segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Somente os orgulhosos fogem ao trabalho com medo de que possam notar suas imperfeições.

Voluntários apresentam histórias à Luz do EVANGELHO,
 durante a Evangelização infanto-juvenil,
do DIJ da Casa do Caminho, em Sousa. 


HISTÓRIAS À LUZ DO EVANGELHO

“dona loba”

Dona loba levava vida ociosa, indiferente à fome e à necessidade do próximo.

Um dia leu sobre a caridade. Com preendendo-a sentiu-se profundamente transformada e resolveu exemplificar amparando a todos.

Na floresta, todos acompanhavam sua crescente atividade assistencial. E era assim...

— Dona loba, o Porco Espinho tem febre. Ela corria atender.

— Dona loba, o filhinho da Onça está doente. Lá ia ela atender.

Todos os necessitados recebiam sua agradável visita. Certo dia ocorreu uma epidemia na floresta. Dona loba passou a recolher em seu lar, animaizinhos órfãos, cujos pais haviam desencarnado com a epidemia.

Prolongando-se a doença, a casa de dona loba tornou-se pequena para tantos.

Então teve uma idéia feliz. Iria construir um lar para os órfãos.

O plano fez-se comentado na floresta. Alguns bichos, o Chacal, a Onça e o Bicho Preguiça, duvidavam das suas intenções benévolas.

No dia marcado para o início da obra, dona loba tomou coragem e partiu em direção ao terreno. Chegou sozinha. Ninguém se fez presente.

Seus amigos de véspera, espiavam de longe, apontando, rindo, comentando.

Dona loba chorou e seus sentimentos subiram em direção à Espiritualidade Maior como um pedido de socorro.
Um Bom Espírito apareceu e lhe disse:
— Por que chora dona loba? Ela respondeu.

— Pelos meus erros, Espírito Amigo.

— Dona loba, Jesus sabe de nossos enganos. Reaja e aceite o desafio do trabalho. Eles não deverão desanimá-la.

— Veja o Chacal, afeito a alimentar-se dos restos das coisas, só sabe ver defeitos no semelhante.

— A Onça, incapaz de reconhecer os que se reformam moralmente não vê a própria necessidade de mudar de vida, preferindo acusar os outros.

— O Bicho Preguiça foge de tudo que exige esforço próprio. Acha mais fácil impedir a obra do que contribuir nela trabalhando.

— Que devo fazer então Espírito Amigo?
Ele respondeu.
– Simplesmente trabalhar.


— Que farei com os falsos amigos?
 -Receba-os como filhos de seu coração.

Somente os orgulhosos fogem ao trabalho com medo de que possam notar suas imperfeições.

O humilde caminha sempre se corrigindo para atingir seu alvo, que é o Bem com Jesus, servindo sempre as criaturas.
O Espírito despediu-se e dona loba começou a trabalhar.

Os bichos ouvindo o ruído de suas tarefas, foram se achegando, se achegando e entre resmungos e risos, acusando e defendendo, ocuparam as próprias mãos no trabalho nobre.

Surgiu na floresta o grande lar para órfãos.

“Dona loba compreendeu que o verdadeiro amparo da caridade em toda obra se fundamenta no Evangelho de Jesus, começando com a tolerância mútua entre os próprios obreiros a ela chamados.”

Roque Jacintho



















































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