domingo, 31 de outubro de 2010

Educandário de luz


O novo Educandário de Luz. Foto de 29.10.2010.

Educandário de luz

Ninguém se reconheceria fora da paciência e do amor que Jesus nos legou, se todos freqüentássemos a universidade da beneficência, cujos institutos de orientação funcionam, quase sempre nas áreas da retaguarda.

Aí, nos recintos da penúria, as lições são administradas, ao vivo, através das aulas inumeráveis do sofrimento.

 
Tanto quanto possas e, mais demoradamente nos dias de aflição, quando tudo te pareça convite ao desalento, procura experiência e compreensão nessa escola bendita, alicerçada em necessidades e lágrimas.

 
Se contratempos te ferem nos assuntos humanos, visita os irmãos enfermos, segregados no hospital, a fim de que possas aprender a valorizar a saúde que te permite trabalhar e renovar a esperança.

 

Valorosos Operários no novo Educandário de Luz, em 29.10.2010.

Quando te atormente a fome de sucesso nos temas afetivos e a ventura do coração se te afigure tardia, toma contato com aqueles companheiros que habitam furnas abandonadas, para quem a solidão se fez o prato de cada dia.

 
 
Ante os empeços da profissão com que o mundo te honra a existência, consagra alguns minutos a escutar o relatório dos pais de família, entregues ao desespero por lhes escassearem recursos à própria subsistência.

 
E, se experimentas dissabores, perante os filhos que te enriquecem a a alma de esperança e carinho, à face das tribulações que lhes gravam a vida, observa aqueles outros pequeninos que caminham nas trilhas do mundo, sem tutela de pai ou mãe que os resguarde, atirados à noite da criminalidade e da ignorância.

Matricula-te no educandário da caridade e guardarás a força da paciência.

 
Enriquece de cultura os dotes que te enfeitam a personalidade e realiza na terra os nobres ideais afetivos que te povoam os pensamentos, no entanto, se queres que a felicidade venha morar efetivamente contigo, auxilia igualmente a construir a felicidade dos outros.

 
 
Trabalhador prepara o alicerce do Educandário de Luz.
Setenta e seis colunas brotarão de cada alicerce,
 iguais ao da foto acima.

Nosso encontro com aqueles que sofrem dificuldades e provações maiores que as nossas será sempre, em qualquer lugar, o nosso mais belo e mais duradouro encontro com Deus.

Emmanuel

Do livro "Paz e Renovação" Psicografia de Francisco Cândido Xavier.




Onze abnegados trabalhadores constroem o Educandário de Luz, sendo
um Mestre, dois Pedreiros e oito Serventes de Obra.


O trabalho dignifica o homem. 


sábado, 30 de outubro de 2010

O EXEMPLO DO CRISTO

Jesus falando à multidão.

O EXEMPLO DO CRISTO



Sem nos referirmos, porém, aos problemas da política transitória do mundo, lembremos, ainda, que a lição do Cristo ficou para sempre na Terra, como o tesouro de todos os infortunados e de todos os desvalidos.

Sua palavra construiu a fé nas almas humanas, fazendo-lhes entrever os seus gloriosos destinos. Haja necessidade e tornaremos a ver a crença e a esperança reunindo-se em novas catacumbas romanas, para reerguerem o sentido cristão da civilização da Humanidade.

É, muitas vezes, nos corações humildes e aflitos que vamos encontrar a divina palavra cantando o hino maravilhoso dos bemaventurados.

E, para fechar este capítulo, lembrando a influência do Divino Mestre em todos os corações sofredores da Terra, recordemos o episódio do monge de Manilha, que, acusado de tramar a liberdade de sua pátria contra o jugo dos espanhóis, é condenado à morte e conduzido ao cadafalso.
No instante do suplício, soluça desesperadamente o mísero condenado -

"Como, pois, será possível que eu morra assim inocente?

Onde está a justiça? Que fiz eu para merecer tão horrendo suplício?"

Mas um companheiro corre ao seu encontro e murmura-lhe aos ouvidos:

- "Jesus também era inocente!..."

Passa, então, pelos olhos da vítima, um clarão de misteriosa beleza.

Secam-se as lágrimas e a serenidade lhe volta ao semblante macerado, e, quando o carrasco lhe pede perdão, antes de apertar o parafuso sinistro, ei-lo que responde resignado:

- "Meu filho, não só te perdôo como ainda te peço cumpras o teu dever."



Emmanuel
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
A Caminho da Luz
FEB

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A LOUCURA E O ESPIRITISMO


Turma do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita - ESDE


A LOUCURA E O ESPIRITISMO

Há também pessoas que vêem perigo em todos os lugares e em tudo o que não conhecem e rapidamente apontam uma conseqüência desfavorável no fato de algumas pessoas, ao estudar a Doutrina Espírita, terem perdido a razão. Como é que homens de bom senso podem ver nesse fato uma objeção séria? Não ocorre o mesmo com todas as preocupações intelectuais sobre um cérebro fraco? Sabe-se lá o número de loucos e maníacos produzidos pelos estudos matemáticos, médicos, musicais, filosóficos e outros? É preciso, por causa disso, banir esses estudos? O que prova esse fato? Muitas vezes os trabalhos corporais deformam ou mutilam os braços e as pernas, que são os instrumentos da ação material; pode acontecer que os trabalhos da inteligência danifiquem o cérebro, o instrumento pelo qual o pensamento se expressa.

Mas se o instrumento está quebrado, o Espírito está intacto, e quando se libertar do corpo vai se achar de posse e na plenitude de suas capacidades.

É dessa maneira, como homem, um mártir do trabalho. Qualquer uma das grandes preocupações do Espírito pode ocasionar a loucura: as ciências, as artes e a própria religião mostram-nos vários casos. A loucura tem como causa principal uma predisposição orgânica do cérebro, que o torna mais ou menos acessível a algumas impressões. Se houver predisposição para a loucura, ela assume um caráter de preocupação principal, se transformando em idéia fixa, podendo tanto ser a dos Espíritos, em quem com eles se ocupou, como poderá ser a de Deus, dos anjos, do diabo, da fortuna, do poder, de uma arte, de uma ciência, da maternidade ou a de um sistema político-social. É provável que um louco religioso se tornasse um louco espírita, se o Espiritismo fosse sua preocupação dominante, como um louco espírita o teria sido sob uma outra forma, segundo as circunstâncias.

Digo, portanto, que o Espiritismo não tem nenhum privilégio nessa relação; e digo mais, afirmo que, se bem compreendido, o Espiritismo é uma defesa contra a loucura.


Entre as causas mais comuns de superexcitação cerebral, ou seja, do desequilíbrio mental, estão as decepções, as infelicidades, as afeições contrariadas, que são, ao mesmo tempo, as causas mais freqüentes de suicídio. Assim é que o verdadeiro espírita vê as coisas deste mundo de um ponto de vista mais elevado; elas lhe parecem tão pequenas, tão mesquinhas, diante do futuro que o espera; a vida é para ele tão curta, tão passageira, que as tribulações são, a seus olhos, apenas incidentes desagradáveis de uma viagem. O que em qualquer outro produziria uma violenta emoção pouco o afeta; sabe, além de tudo, que os desgostos da vida são provas que servem para o seu adiantamento, se as suporta sem lamentar, porque será recompensado segundo a coragem com que as tiver suportado. Suas convicções lhe dão uma resignação que o protege do desespero e, por conseqüência, de uma causa freqüente de loucura e suicídio. Ele sabe, por outro lado, por observar as comunicações com os Espíritos, o destino dos que encurtaram voluntariamente seus dias, e esse quadro é muito sério para fazê-lo refletir; também o número de pessoas que por causa disso se detiveram sobre essa inclinação fatal é considerável.

Esse é um dos resultados do Espiritismo. Que os incrédulos riam dele quanto quiserem. Desejo-lhes as consolações que ele proporciona a todos que se dão ao trabalho de sondar-lhe as misteriosas profundezas.

Ao número das causas de loucura é preciso ainda adicionar o dos temores, e entre estes o medo do diabo, que provocou o desequilíbrio de mais de um cérebro. Sabe-se lá o número de vítimas que se fez ao amedrontar as fracas imaginações com esse quadro que se procura tornar sempre mais pavoroso com terríveis detalhes? O diabo que, dizem, apenas mete medo às criancinhas, é um freio para torná-las ajuizadas, como o bicho-papão e o lobisomem. Contudo, quando não têm mais medo deles, tornam-se piores; e esse belo resultado não é levado em conta no número das epilepsias (25) causadas pelo abalo em cérebros delicados. A religião seria bem fraca se não gerasse medo, sua força correria risco, seria abalada. Felizmente não é assim, há outros meios de ação sobre as almas; o Espiritismo lhe aponta os mais eficazes e os mais sérios, se souber usá-los com proveito; mostra a realidade das coisas e com isso neutraliza os efeitos desastrosos de um temor exagerado.

(25) - Epilepsia: distúrbio do cérebro (sistema nervoso); disritmia cerebral que provoca contração muscular involuntária e convulsões (N. E.).

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DOUTRINA ESPÍRITA
O LIVRO DOS ESPÍRITOS
























Allan Kardec

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Interrupção, intervalo

Estrêlas
 INTERREGNO

 
Mais uma pausa em nossa longa caminhada; repouso para a áspera tensão de vosso pensamento e orientação no vasto mar do conhecimento que vos exponho, de maneira que vossa meta esteja sempre presente.

Não digais: felizes os que podem viver sem saber e sem perguntar. Dizei antes: felizes aqueles cujo espírito jamais se sacia de conhecimento e de bem, que lutam e sofrem por uma conquista cada vez mais alta. Lamentai os satisfeitos da vida, os inertes, os apagados; o tempo deles é apenas ritmo de vida física e transcorre sem criações. Eles recusam o esforço destas elevadas compreensões que vos ofereço e não existe luz no amanhã para o espírito que adormece.

Meu olhar novamente pousa em vosso mundo, saturado de inconsciência e de dor, de erudição e de agnosticismos, de luta e de loucura: turbilhões de paixões, provas tremendas, tormentos cobertos de sorrisos. Grande e trágico é o quadro de vossos destinos, porque ouço aquele grito desesperado que prorrompe da alma e que escondeis, porque, no fundo do riso dos gozadores, ouço o respiro dos agonizantes em desespero.

Alma, alma, centelha divina, que nenhuma de vossas loucuras jamais poderá destruir e está sempre pronta a ressurgir cada vez mais bela de cada dor! Potência que jamais se cansa de ser e de criar, só tu verdadeiramente vives. Nenhuma conquista de pensamento, nenhuma afirmação humana poderá jamais extinguir tua sede de infinito. Vossa ciência, muitas vezes mera presunção de palavras eruditas, e vossa civilização exterior e mecânica esqueceram que isto é o centro da vida, a causa primária dos fenômenos mais próximos de vós e intrínsecos. A alma tem suas necessidades e seus direitos. Não se pode matá-la, não se pode atordoá-la para fazê-la calar. Não ouvis seu grito desesperado, que se ergue entre vossas vicissitudes individuais e sociais? Sua vida, negligenciada, pesa em vosso destino e o arruina. Vossa alma sofre, e sequer sabeis encontrá-la novamente; certos abismos vos desanimam e as águas fecham-se tranquilamente num sorriso aparente por cima do báratro tremendo. Que acontecerá lá embaixo, no mistério das causas profundas, que desejaríeis ignorar e afastar da consciência? Alguma coisa palpita e treme nas trevas profundas. Cada alma esconde dentro de si uma sombra secreta que não ousa olhar, mas que jamais poderá esconder de si mesma: uma sombra sempre pronta a ressurgir, logo que uma hora de paz diminua a tensão da corrida louca com que quereis distrair-vos. A alma não se sacia, embalando o corpo em comodidades supérfluas e dispendiosas, acariciando os olhos com um brilho apenas externo. Na satisfação dos sentidos, alguma coisa sofre igualmente no íntimo e agoniza numa angústia profunda. Resta um vazio dentro de vós, em que apenas uma voz, perdida e desconsolada, eleva-se inquieta para perguntar: e depois?

Então vos falo. Falo num tom de paixão, para as almas prontas e ardentes; em tom de sabedoria para quem é mais apto a responder às vibrações intelectivas. A todos falo, porque quero sacudir e unir todos em uma fé mais alta, numa verdade mais profunda. Aqui, dirigindo-me à mente, convoco todos à colheita: químicos e filósofos, teólogos e médicos, astrônomos e matemáticos, juristas e sociólogos, economistas e pensadores, os sábios em todos os campos do cognoscível humano, a cada um falo sua própria linguagem; convoco à colheita as mentes mais elevadas, que dirigem o pensamento humano, para compreenderem esta Síntese e saberem, finalmente alcançar, com ela, um pensamento unitário que resolva tudo e o diga à mente e ao coração, para os supremos fins da vida.

Esta pausa é para dizer-vos que, no fundo deste árido tratado científico, arde uma paixão imensa de bem; esta paixão é a centelha que anima toda essa ciência que vos exponho. Quem não sentir essa centelha, que se comunica diretamente de alma para alma, e lançar a este escrito um olhar simplesmente curioso, ou ávido de aprender somente, não ficará nutrido.

A pena que escreve e segue meu pensamento, gostaria de precipitar-se para as conclusões. Mas o caminho tem de ser percorrido todo; o edifício é vasto e o trabalho tem de ser executado por inteiro, para que a construção seja sólida e possa resistir aos golpes do tempo e dos céticos. Nesta pausa que vos concedo, deixo a alegria das antecipações, o pressentimento das conclusões e o repouso da visão de conjunto. O próprio tratado assim se valoriza, ilumina-se com uma luz mais alta que a pura erudição ou os fins utilitários; ilumina-se com um significado que, muitas vezes, a ciência não possui. Só com essa nobreza de objetivos e com essa pureza de intenções, se tem o direito de olhar de frente os maiores mistérios do ser e de enfrentar os problemas que dizem respeito à vida e à morte.


A GRANDE SÍNTESE
Síntese e Solução dos Problemas da Ciência e do Espírito.PIETRO UBALDI
18ª EDIÇÃO - Tradução de Carlos Torres Pastorino e Paulo Vieira da Silva





INSTITUTO PIETRO UBALDI — Av. Rui Barbosa, 1.061 Campos dos Goytacazes, RJ — 28.015-520



quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Mensagem de Eurípedes Barsanulfo aos evangelizadores


Wellington Ferreira realizou palestra no dia 23.10.2010,
 na Casa do Caminho, com tema a Lei de Liberdade.

A paz seja com todos aqui reunidos, nesta hora tão propícia, em que temos o ensejo de dirigir, de maneira direta, a nossa palavra aos nossos queridos amigos.

Oh! Que alegria, que prazer, que contentamento imenso experimentamos por esta situação feliz!

Amigos queridos, familiares, companheiros em crença, aqui estamos presentes para vos dar as boas-vindas, para vos aconchegar ao nosso coração, num gesto de carinho, de amizade e de amor.

Sim, amigos, fomos testemunhas do conclave que hoje realizastes; sabei que está chegando a hora do preparo para a recepção dos prepostos da Espiritualidade, que vêm descer ao plano terreno, no desempenho de tarefas nas lides do Espírito de Verdade.

Estai a postos, amigos; desenvolvei por toda parte, à luz da Doutrina, essas instruções às crianças, aos moços, aos homens, a fim de que as hostes do Senhor desçam ao plano terreno num ambiente onde possam receber instruções, luzes e conhecimento para o preparo de sua tarefa, da sua responsabilidade e até da sua missão na Terra!

Eia, pois, amigos! Nada de desânimo, nada de receios; aqui estamos todos presentes. Sabei que a falange do Bem está ativa no mundo espiritual, neste anseio de que mui próximo possa dar-se esta descida de Espíritos prepostos, sob a égide do Cristo na direção deste trabalho de reestruturação, de transformação e de renovação das inteligências.

Alistai-vos, amigos de bom coração! Alistai-vos na Doutrina; vivei em fraternidade; abri os vossos corações à dor, à necessidade do seu semelhante. Orai ao Pai com fervor, quotidianamente, formando ambiente de serenidade, de união e fraternidade. E, com o pensamento preso à figura sacrossanta do Cristo, sejais habilitados nesta tarefa que vós mesmos vos propondes, de desenvolver os trabalhos do esclarecimento da verdade espiritual do Evangelho do Cristo em todos os corações.

Agradecido. Mil vezes agradecido pelos pensamentos fervorosos dirigidos à nossa direção.

Que a paz do Mestre amado seja em todos os corações!

Eurípedes Barsanulfo.

Mensagem recebida pelo Dr. Tomás Novelino, ex-aluno de Eurípedes, em 28 de janeiro de 1990, durante a realizaçao de uma reunião de evangelizadores, na cidade de Sacramento-MG, na qual o Dr. Tomás tomou parte ativa, proferindo uma maravilhosa palestra exaltando a importância do trabalho da Evangelização.
Mais de duas centenas de participantes estiveram presentes na reunião e na recepçao da mensagem.




















terça-feira, 26 de outubro de 2010

ESTUDO SISTEMATIZADO DA DOUTRINA ESPÍRITA - ESDE

Turma do ESDE da segunda-feira, no Programa Complementar

"Um programa de estudo sistematizado da Doutrina Espírita(...) é o programa da atualidade sob a inspiração do Cristo."
Bezerra de Menezes
(Mensagem recebida na ocasião do lançamento da Campanha do ESDE em 1983)
O ESDE é uma reunião privativa de grupos, a qual objetiva o estudo metódico, contínuo e sério do Espiritismo, com programação fundamentada na Codificação Espírita.
Apostila da FEB.

"Os cinco documentos básicos da Doutrina Espírita:

O Livro dos Espíritos;
O Livro dos Médiuns;
O Evangelho segundo o Espiritismo;
O Céu e o Inferno; e
A Gênese.

É claro que a lista não termina aí. Há, na literatura espírita, um acervo considerável de livros que constituem leitura obrigatória para todo aquele que se propõe a um trabalho sério junto aos companheiros desencarnados, pois não nos devemos esquecer de que o Espiritismo, como doutrina essencialmente evolutiva, não termina com Kardec; começa com ele."

O amor não exige recompensa. O amor, dizia Edgar Cayce, não é possessivo; o amor é.

“Lamentar a desgraça — dizia Horace Mann — é apenas humano; minorá-la é divino.”

 
Textos extraídos do livro DIÁLOGO COM AS SOMBRAS, de HERMÍNIO C. MIRANDA.































segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Pensamento



Evangelização: oportunidade de direcionar
o pensamento para o bom, o belo e o justo.
Pensamento

"O que se pensa sempre responde pelo clima emocional onde se vive. Mede-se, pois, a psicosfera de alguém pela incidência freqüente do seu pensamento, no que elege.

A inteireza moral é uma defesa para qualquer tipo de agressão, difícil de atingida; a conduta digna irradia forças contrárias às investidas perniciosas; o hábito da prece e da mentalização edificante aureola o ser de força repelente que dilui as energias de baixo teor vibratório; a prática do bem fortalece os centros vitais do perispírito que rechaça, mediante a exteriorização de suas moléculas, qualquer petardo portador de carga danosa; o conhecimento das leis da Vida reveste o homem de paz, levando-o a pensar nas questões superiores sem campo de sintonia para com as ondas carregadas de paixão e vulgaridade".



Manoel Philomeno de Miranda
Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Loucura e Obsessão

domingo, 24 de outubro de 2010

Porque Deus proverá e em Deus qualquer problema achará solução...

Vó Raimunda sempre carinhosa com Vó Helena(deitada)
 que dorme o sono dos justos.

Porque Deus proverá e em Deus qualquer problema achará solução...

É possível haja você caído em profundo desânimo, por estar sofrendo:

 
- A falta de alguém;

- A incompreensão de amigos;

- O frio da solidão;

- O conflito de idéias;

- Acusações indébitas;

- Desajustes no trabalho;

- Dívidas agravadas;

- Prejuízo em negócios;

- Doenças no próprio corpo;

- Moléstias em família;

- Complexos de culpa;

- Reprovações e críticas;

- Sensações de abandono;

- Lutas e desafetos;

- Deserções de entes caros;

- Obsessões ocultas...

 
Seja qual for, porém, a sua prova em si, erga a própria cabeça, ponha os olhos no Alto e retome a tarefa em que deva servir, confiando-se a Deus, porque Deus proverá e em Deus qualquer problema achará solução.

ANDRÉ LUIZ

Mensagem "Remédio de Base"
(Do livro “Busca e Acharás”, Emmanuel, André Luiz, FCXavier)

sábado, 23 de outubro de 2010

A honra

Quadro: Jesus salvando almas


A honra
Conta-se que um promotor público, nomeado para uma cidade interiorana do Sul do Brasil, ali chegou jovem e entusiasta.
Conhecedor da lei, amante da ordem e do direito, se propôs a realizar o melhor, naquela localidade.
 Um dos primeiros casos que lhe chegou às mãos foi o de um homem que, em plena praça, à vista de vários cidadãos, descarregara todas as balas do seu revólver em sua esposa.

Fora um crime bárbaro, cruel, presenciado por muitos. O jovem promotor estudou o caso e, com tranquilidade, se propôs a fazer a acusação daquele réu.
 Para ele, não havia dúvidas. Tratava-se de um crime bárbaro. O homem, tomado de ciúmes, pois descobrira que a esposa o traíra, a matara de forma fria, premeditada.
Havia muitas testemunhas. O fato era notório. Não havia erro. Aquele homem seria condenado.
Contudo, no transcurso do processo, foi se tomando de surpresa o promotor.

O advogado do réu apresentou sua defesa baseado em que ele não deveria ser julgado culpado pois, afinal, fora brutalmente ofendido em sua honra.
A surpresa foi maior ainda quando o júri chegou ao veredito de inocente. Entenderam os jurados daquela cidade que o homem traído mais não fizera do que lavar a sua honra. E honra se lava com sangue.

Não se tratava de uma questão de direito, de certo e de errado, mas de como aquela gente entendia que tudo deveria ser resolvido.
E, no caso, somente a morte poderia lavar a honra daquele cidadão.

Em várias localidades, em nosso país e no mundo, muitos ainda acreditam que a honra se lava com sangue.
Quando ouvimos relatos de fatos semelhantes, aqui e ali, tentando justificar atos de violência, ficamos chocados.
Compete-nos refletir e pesar nossos valores.



Recordamos que, certa feita, Moandas Gandhi, o líder pacifista da Índia, foi esbofeteado em pleno rosto.
O golpe fora tão rude que ele caíra. Levantou-se, limpou a poeira da roupa e, sereno, continuou o seu caminho.
Uma jornalista londrina teve oportunidade de lhe perguntar:

Senhor, o senhor não vai revidar?
Por que deveria? – Perguntou, tranquilo.
Mas, senhor, ele lhe esbofeteou a face. Feriu a sua honra.
Gandhi a olhou, profundamente, nos olhos e respondeu:
Minha jovem, minha honra não está no rosto.
Sim, sua honra como a de todos nós, não está no rosto. A honra está na alma e essa ninguém a pode remover, senão nós mesmos.

Manchamos nossa honra de filhos de Deus quando nos permitimos revidar agressões, descer ao nível do agressor.
Dilapidamos nossa honra quando nos permitimos compactuar com a mentira, com a corrupção, com o crime de qualquer nível.

Pensemos nisso e nos mantenhamos no bem, no caminho do reto dever, mesmo que as circunstâncias pareçam contra nós.

Recordemos a exortação do Divino Pastor: Quem perseverar até o fim, este será salvo!
Perseveremos no bem, conservando a honra inigualável de filhos de Deus.

Redação do Momento Espírita, com base em fato narrado por Sandra Della Pola, em palestra proferida no Teatro da Federação Espírita do Paraná, no dia 11 de julho de 2010.



sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Ética profissional no Espiritismo


Ética profissional no Espiritismo


Quando se fala em ética o mais comum é pensar nos segredos guardados pelo psicólogo de seu paciente ou de um advogado que conhece, mas não divulga  as verdades sobre quem defende.

Muitos autores definem a ética profissional como sendo um conjunto de normas de conduta que deverão ser postas em prática no exercício de qualquer profissão. Seria a ação "reguladora" da ética agindo no desempenho das profissões, fazendo com que o profissional respeite seu semelhante quando no exercício da sua profissão.

No espiritismo, principalmente na área da divulgação e informação, ética parece não ser pratica  de alguns profissionais.

Devido a diversidade de  crenças moldadas em nosso movimento, muitos divulgadores confundem  divulgação com manipulação, dando conotação pessoal em seus artigos, e por vezes elaborando criticas destrutivas  devido suas crenças particulares.

Não é novidade que por vezes alguns jornais ou blog, que deveriam noticiar/divulgar sobre o espiritismo com imparcialidade, usa de ma fé, valendo-se  de informações conflitantes ou editadas, tentam persuadir  os leitores a seguirem suas recomendações... recomendações essas que podem desde a incentivar  seus leitores a não ir á determinado evento, até  usar de nomes pejorativos para difamar uma ou mais  pessoas.

E nessa questão, vem a pergunta: Onde esta a ética?

Esta nos bons profissionais que atuam no mercado, que mesmo em meio  a esses anti-éticos  permanecem comprido arduamente e imparcialmente seu papel.

"A Ética baseia-se em uma filosofia de valores compatíveis com a natureza e o fim de todo ser humano, por isso, "o agir" da pessoa humana está condicionado a duas premissas consideradas básicas pela Ética: "o que é" o homem e "para que vive", logo toda capacitação científica ou técnica precisa estar em conexão com os princípios essenciais da Ética." (MOTTA, 1984, p. 69)

O espiritismo no Brasil passou por varias mudanças adaptando-se a varias outras crenças para se propagar e fixar, e hoje o movimento espírita tem tendências místicas, religiosas ou laicas, e, portanto sua divulgação tem de ser eclética e imparcial, cabe ao leitor decidir o que é certo ou errado.

Já dizia Aristóteles: "O ser humano é um animal social e deve viver em sociedade."



Não nos deixemos influenciar por qualquer palavra que lemos ou ouvimos. Na duvida reflitamos sobre os ensinamentos contidos, principalmente, nas obras básicas do Espiritismo.















quinta-feira, 21 de outubro de 2010

HÁ ESPÍRITOS?



Desprendimento
HÁ ESPÍRITOS?

4. A existência da alma e a de Deus, conseqüência uma da outra, constituindo a base de todo o edifício,antes de travarmos qualquer discussão espírita, importa indaguemos se o nosso interlocutor admite essa base. Se a estas questões:

Credes em Deus?
Credes que tendes uma alma?
Credes na sobrevivência da alma após a morte?

responder negativamente, ou, mesmo, se disser simplesmente: Não sei; desejara que assim fosse, mas não tenho a certeza disso, o que, quase sempre, eqüivale a uma negação polida, disfarçada sob uma forma menos categórica, para não chocarnbruscamente o a que ele chama preconceitos respeitáveis, tão inútil seria ir além, como querer demonstrar as propriedades da luz a um cego que não admitisse a existência da luz. Porque, em suma, as manifestações espíritas não são mais do que efeitos das propriedades da alma. Com semelhante interlocutor, se se não quiser perder tempo, terse-á que seguir muito diversa ordem de idéias.

Admitida que seja a base, não como simples probabilidade, mas como coisa averiguada, incontestável, dela muito naturalmente decorrerá a existência dos Espíritos.

5. Resta agora a questão de saber se o Espírito pode comunicar-se com o homem, isto é, se pode com este trocar idéias. Por que não? Que é o homem, senão um Espírito aprisionado num corpo? Por que não há de o Espírito livre se comunicar com o Espírito cativo, como o homem livre com o encarcerado?Desde que admitis a sobrevivência da alma, será racional que não admitais a sobrevivência dos afetos? Pois que as almas estão por toda parte, não será natural acreditarmos que a de um ente que nos amou durante a vida se acerque de nós, deseje comunicar-se conosco e se sirva para isso dos meios de que disponha? Enquanto vivo, não atuava ele sobre a matéria de seu corpo? Não era quem lhe dirigia os movimentos?

Por que razão, depoisde morto, entrando em acordo com outro Espírito ligado a um corpo, estaria impedido
de se utilizar deste corpo vivo, para exprimir o seu pensamento, do mesmo modo que um mudo pode servir-se de uma pessoa que fale, para se fazer compreendido?6. Abstraiamos, por instante, dos fatos que, ao nosso ver, tornam incontestável a realidade dessa comunicação; admitamo-la apenas como hipótese. Pedimos aos incrédulos que nos provem, não por simples negativas, visto que suas opiniões pessoais não podem constituir lei, mas expendendo razões peremptórias, que tal coisa não pode dar-se. Colocando-nos no terreno em que eles se colocam, uma vez que entendem de apreciar os fatos espíritas com o auxílio das leis da matéria, que tirem desse arsenal qualquer demonstração matemática, física, química, mecânica, fisiológica e provem por a mais b, partindo sempre do principio da existência e da sobrevivência da alma:

1º que o ser pensante, que existe em nós durante a vida, não mais pensa depois da morte;

2º que, se continua a pensar, está inibido de pensar naqueles a quem amou;

3º que, se pensa nestes, não cogita de se comunicar com eles;

4º que, podendo estar em toda parte, não pode estar ao nosso lado;

5º que, podendo estar ao nosso lado, não pode comunicar-se conosco;

6º que não pode, por meio do seu envoltório fluídico, atuar sobre a matéria inerte;

7º que, sendo-lhe possível atuar sobre a matéria inerte, não pode atuar sobre um ser animado;

8º que, tendo a possibilidade de atuar sobre um ser animado, não lhe pode dirigir a mão para fazê-lo escrever;

9º que, podendo fazê-lo escrever, não lhe pode responder às perguntas, nem lhe transmitir seus pensamentos.

Quando os adversários do Espiritismo nos provarem que isto é impossível, aduzindo razões tão patentes quaisas com que Galileu demonstrou que o Sol não é que gira em torno da Terra, então poderemos considerar-lhes fundadas as dúvidas. Infelizmente, até hoje, toda a argumentação a que recorrem se resume nestas palavras: Não creio, logo isto é impossível. Dir-nos-ão, com certeza, que nos cabe a nós provar a realidade das manifestações. Ora, nós lhes damos, pelos fatos e pelo raciocínio, a prova de que elas são reais. Mas, se não admitem nem uma, nem outra coisa, se chegam mesmo a negar o que vêem, toca-lhes a eles provar que o nosso raciocínio é falso e que os fatos são impossíveis.

O LIVRO DOS MÉDIUNS
capítulo I páginas de  23 a 26 Editora FEB
Há Espíritos?
ALLAN KARDEC

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Os inimigos desencarnados




Após longa pausa é iniciado as obras da Casa do
 Caminho, sendo inicialmente
 quatro salas de aulas e um auditório


Os inimigos desencarnados

5. Ainda outros motivos tem o espírita para ser indulgente com os seus inimigos. Sabe ele, primeiramente, que a maldade não é um estado permanente dos homens; que ela decorre de uma imperfeição temporária e que, assim como a criança se corrige dos seus defeitos, o homem mau reconhecerá um dia os seus erros e se tornará bom.

Sabe também que a morte apenas o livra da presença material do seu inimigo, pois que este o pode perseguir com o seu ódio, mesmo depois de haver deixado a Terra; que, assim, a vingança, que tome, falha ao seu objetivo, visto que, ao contrário, tem por efeito produzir maior irritação, capaz de passar de uma existência a outra. Cabia ao Espiritismo demonstrar, por meio da experiência e da lei que rege as relações entre o mundo visível e o mundo invisível, que a expressão: extinguir o ódio com o sangue é radicalmente falsa, que a verdade é que o sangue alimenta o ódio, mesmo no além-túmulo. Cabia-lhe, portanto, apresentar uma razão de ser positiva e uma utilidade prática ao perdão e ao preceito do Cristo:
Amai os vossos inimigos. Não há coração tão perverso que, mesmo a seu mau grado, não se mostre sensível ao bom proceder. Mediante o bom procedimento, tira-se, pelo menos, todopretexto às represálias, podendo-se até fazer de um inimigo um amigo, antes e depois de sua
morte. Com um mau proceder, o homem irrita o seu inimigo, que então se constitui instrumento de que a justiça de Deus se serve para punir aquele que não perdoou.

6. Pode-se, portanto, contar inimigos assim entre os encarnados, como entre os desencarnados. Os inimigos do mundo invisível manifestam sua malevolência pelas obsessões e subjugações com que tanta gente se vê a braços e que representam um gênero de provações, as quais, como as outras, concorrem para o adiantamento do ser, que, por isso; as deve receber com resignação e como conseqüência da natureza inferior do globo terrestre. Se não houvesse homens maus na Terra, não haveria Espíritos maus ao seu derredor. Se, conseguintemente, se deve usar de benevolência com os inimigos encarnados, do mesmo modo se deve proceder com relação aos que se acham desencarnados.

Outrora, sacrificavam-se vítimas sangrentas para aplacar os deuses infernais, que não eram senão os maus Espíritos. Aos deuses infernais sucederam os demônios, que são a mesma coisa. O Espiritismo demonstra que esses demônios mais não são do que as almas dos homens perversos, que ainda se não despojaram dos instintos materiais; que ninguém logra aplacá-los, senão mediante o sacrifício do ódio existente, isto é, pela caridade; que esta não tem por efeito, unicamente, impedi-los de praticar o mal e, sim, também o de os reconduzir ao caminho do bem e de contribuir para a salvação deles. E assim que o mandamento: Amai os vossos inimigos não se circunscreve ao âmbito acanhado da Terra e da vida presente; antes, faz parte da grande lei da solidariedade e da fraternidade universais.

CAPÍTULO XII

AMAI OS VOSSOS INIMIGOS
DO LIVRO "O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO", DE ALLAN KARDEC









terça-feira, 19 de outubro de 2010

Doce Bilhete

SOL
Meus queridos pais:

Por mais me esforce, não consigo arrancar do lápis a nota de minha alegria em lhes comunicando o reconhecimento e o jubilo que me vão dentro d’alma.
Creio, hoje, que as mais belas expressões da natureza, no mundo, são silenciosas e mudas, porque a palavra talvez lhes desfigure a beleza.
O sol, a fonte, a árvore e a flor não falam. Irradiam a luz, a harmonia, a beleza e o perfume por mensagens intraduzíveis da sua gratidão ao Senhor.
É assim nossa alma, quando a morte nos despoja do corpo denso, revelando-nos as realidades sublimes que nos cercam.
Por esse motivo, não posso falar-lhes do regozijo com que desejaria expressar-me.
A emoção eleva-se, majestosa, do meu coração até o cérebro; mas, quando tento arremessá-la através da escrita humana, desaponta-me a pobreza dos recursos de manifestação intima ao nosso dispor na Terra.
Mamãe, não ignoramos a sua renunciação por nós todos no mundo. Seu devotamento tem sido o manancial cristalino de água pura a banhar-nos a plantação de fé e entendimento. Todos nós nos sentimos imantados à sua ternura que representa, para nós, suave alimento. Nos dias escuros, o seu carinho foi nossa claridade invariável e, nas horas claras da esperança, o seu amor foi sempre o nosso estimulo. Continue sem descanso em sua sementeira de caridade.
Hoje sabemos, com mais segurança e precisão, quanto vale a sua confiança em Deus a beneficio de nosso grupo familiar. E pedimos à sua dedicação jamais confiar-se à incerteza ou a dor, ao desalento ou à indecisão.
Além dos nossos, a sua e a nossa família espiritual crescem constantemente, em busca de nosso concurso fraterno e, desse modo, desejamos sabê-la forte e bem disposta para todas as tarefas que o senhor nos confiou.
Não pense estejamos distantes. Vivemos unidos em espírito, na mesma faixa de serviço e compreensão.
A sua bondade tem sido o instrumento de muitos para muito e, mais que nunca, precisamos de sua coragem e de sua devoção ao bem para o trabalho que nos cabe desenvolver.
Daqui, do mundo novo, a que fui conduzido pelos nossos Maiores, trago-lhes as rosas sem espinhos do nosso afeto, que não morreu.
A morte nos mergulha no sono por algumas horas, para arrebatar-nos, depois, à benção do dia.
Tudo é vida a estender-se sem fim.
Tudo é grandeza divina, a dilatar-se perante os nossos olhos, do grão de areia aos mundos distantes nos confins do Universo.
Não permitamos que a tristeza se avizinhe de nós.
Deus é Sol de amor, que nunca se apaga. E a vida é o coro de alegrias eternas que lhe flui do coração.
Reunindo todos os nossos no mesmo abraço de carinho e de amor, saudade e confiança de todos os dias, sou o filho que lhes pede a benção e que lhes beija as mãos com muita ternura e reconhecimento.
Itamar

Livro Mãe. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.




segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O lobo e o cordeiro

ESCRAVOS

O lobo e o cordeiro 


Um lobo, ao ver um cordeiro bebendo de um rio, resolveu utilizar-se de um pretexto para devorá-lo. Por isso, tendo-se colocado na parte de cima do rio, começou a acusá-lo de sujar a água e impedi-lo de beber. Como o cordeiro dissesse que bebia com as pontas dos beiços e não podia, estando embaixo, sujar a água que vinha de cima, o lobo, ao perceber que aquele pretexto tinha falhado, disse: “Mas, no ano passado, tu insultaste meu pai”. E como o outro dissesse que então nem estava vivo, o lobo disse: “Qualquer que seja a defesa que apresentes, eu não deixarei de comer-te”.



MORAL DA HISTÓRIA:
A fábula mostra que, ante a decisão dos que são maus, nem uma justa defesa tem força.

Esopo, Fábulas completas, tradução de Neide Smolka do original grego, ed. Moderna, 1994.




Ofensas

Pegadas na areia

Ofensas

"O mal então desapareceria, ficai bem certos."

(Allan Kardec E.S.E. Capítulo XI, Item 12).


Sem que o desejasse, você foi o veículo inconsciente da animosidade.
Impensadamente, você plasmou o petardo da infâmia, atirando-o aos ouvidos aguçados de companheiros levianos, que o reproduziram adiante.

Embora infundada, você repetia a referência que lhe deram.

 
Você não pretendia ferir; até mesmo buscava ajudar. Mas feriu. Num momento impensado, atingiu a sensibilidade do amigo que agora lhe volta a face com rancor.

 
Certamente, você não acha justo. E não o é.

Todavia, o tropeço na estrada atira o corpo ao chão.

O descuido do engenheiro retira a segurança da construção.

Você dirá que não foi intencional e o diz bem. Não pretendia ultrajar. Mesmo assim, há de convir em que o pequeno talho na pele é porta aberta à infecção.

A minúscula picada do anófele injeta o hematozoário da febre palustre.

 
Existem almas doentes que preferem recolher calhaus a descobrir as flores da vida.


Sofrem muito e agravam os próprios sofrimentos, demorando-se encasteladas no "estou com a razão".

Rogam um mundo de seres perfeitos.

Amarguram a existência, sorvendo o fel que escorre, abundante, em forma de lágrimas.

Não conseguem desculpar nem compreender.

Constrangem-se e fogem, ficando deslocadas.

Brincam, mas não toleram gracejos.

Zombam, todavia não admitem apontamentos.

Merecem e necessitam de compreensão.


Se algum amigo se afastou, agastado, de seu, círculo, sindique a consciência e, se ela o acusa, busque o companheiro retraído e desculpe-se, enquanto é cedo.

Não procure saber os motivos do constrangimento.

Distenda um coração gentil, ofereça ânimo novo, demonstre, com naturalidade, que tudo está como anteriormente.

Uma expressão delicada consegue milagres.

Um gesto de escusas representa muito.

Você não tem o direito de roubar a alegria do próximo.

Evite, então, qualquer palavra ríspida e esforce-se para reprimir toda referência pouco digna.

Exercitando-se nas bagatelas de sacrifício, você atingirá o cume do supremo esforço pela paz de nossos irmãos na Terra, coroando de bênçãos seu próprio labor na conjugação do verbo "acertar", verificando que o "mal então desaparecerá".

Marco Prisco
Da obra: Glossário Espírita-Cristão, Divaldo Franco