quarta-feira, 30 de novembro de 2016


NA FONTE DO BEM

 

“Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos...”

PAULO (GÁLATAS, 6:19.)

 

Muita gente só admite auxílio eficiente, quando o dinheiro aparece.

Entretanto, há serviços que o ouro não consegue remunerar.

Há vencimentos justos para os encargos do professor; todavia, ninguém pode estabelecer pagamento aos sacrifícios com que ele abraça os misteres da escola.

Existem honorários para as atividades do médico; no entanto, pessoa alguma logrará recompensar em valores amoedados o devotamento a que se entrega o missionário da cura, no socorro aos enfermos.

Não se compra estímulo ao trabalho. Não se vende esperança nos armazéns.

O sorriso fraternal não é matéria de negócio. Gentileza não é artigo de mercado.

Onde a vida te situe, aí recolherás, todo dia, múltiplas ocasiões de fazer o bem.

Nem sempre movimentarás bolsa farta para mitigar a penúria alheia, mas sempre disporás da frase confortadora, da oração providencial, da referência generosa, do gesto amigo.

O Apóstolo Paulo reconhece que, às vezes, atravessamos grandes ou pequenos períodos de inibições e provações, pelo que nos recomenda: “enquanto temos tempo, façamos o bem a todos”; contudo, mesmo nas circunstâncias difíceis, urge endereçar aos outros o melhor ao nosso alcance, porque segundo as leis da vida, aquilo que o homem semeia, isso mesmo colherá.

 

Emmanuel, do livro Palavras da vida Eterna, psicografia de Chico Xavier.

terça-feira, 29 de novembro de 2016


Em Tarefa do Amor

 

A tarefa de amor

Resume-se em servir.

Decide-te e começa...

Une-te aos companheiros,

Sem contar desenganos.

Há irmãos que se queixam

Outros se desanimam,

Alguns te desaprovam,

Muitos te desconhecem...

Mas se segues com Deus

Nunca te cansarás.

 

 

 

Ergue-te e Segue

 

Os dias de tristeza

E os desgostos à vista!...

Erraste e sofres.

Perdeste amigos.

Vieram provações.

Choram entes amados.

A ansiedade é tão grande

Que supões impossível

Levantar-te do leito...

No entanto, ergue-te e anda

Deus te renovará.

 

 

Orientações

 

O fato é autêntico e sabido, mas é justo registrá-lo, de nossa parte.

Alguns ministros da fé se reuniram, a fim de se entenderem quanto às melhores orientações na tradução do Evangelho de Jesus.

Um deles destacou antiga publicação da latinidade, outro se referiu a inspirado escritor de assuntos religiosos, e ainda outros salientaram os tradutores que se lhes faziam favoritos.

Um deles, porém, que se mantinha em silêncio, foi chamado a opinar.

A melhor tradução do Evangelho que conheço - disse ele - é a de minha mãe.

Não sabíamos que sua genitora se dedicava às letras sagradas - falou um dos maiorais. Onde o livro dela para que possamos fazer a aquisição.

O interpelado respondeu, com simplicidade:

Minha mãe nada escreveu. Ela traduziu as lições de Jesus para nós, o seus filhos, em atos de amor e sacrifício, com tanta grandeza de humildade e trabalho que não será nos possível esquecer-lhe o devotamento. Nesse ponto das apreciações gerais, a reunião foi encerrada.

 

 

Pensa Mais

 

Pensa mais e observa

O mundo em que resides.

Guardas o privilégio

Da própria moradia

Em prodígios gratuitos.

O Sol não pede contas,

Flores te acariciam,

As fontes te acalentam,

O ar é doação...

Nunca te queixes. Serve.

Todo valor real

É dádiva de Deus.

 

Prece por Visão

 

Senhor!

Ensina-me a ver as minhas próprias faltas, auxiliando-me a corrigi-las, para que eu faça o melhor de mim, segundo os teus desígnios.

Entretanto, Senhor, apaga-me a vocação de descobrir as faltas alheias, a fim de que a tua paz me fortaleça o coração.

Assim seja.

 

Teu Sorriso

 

Se um coração foi aliviado;

Se alguém obteve novo ânimo;

Se alguma pessoa descobriu para si própria algum sinal de paz;

Ou se teu próprio ambiente surgiu mais claro;

O teu sorriso, mesmo constrangido,

Apresentou imenso valor,

Porque o sorriso,

Mesmo forçado,

Vale muito mais que não sorrir.

 

 

MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

 FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
EMMANUEL

segunda-feira, 28 de novembro de 2016


A Palavra dos Mortos

 

Pedem de São Paulo a colaboração humilde do meu esforço para a apresentação de “Palavras do Infinito” que um grupo de espiritistas da Sociedade de Metapsíquica do grande Estado, tendo à frente o eminente amigo Dr. João Batista Pereira, vai lançar à publicidade com o objetivo de fornecer gratuitamente, com a mensagem dos mortos, um consolo aos tristes, uma esperança aos desafortunados e um raio de claridade aos que naufragam, desesperados, na noite escura da dúvida e da descrença em meio às borrascas do oceano tempestuoso da vida.

Existem poucas probabilidades de eficácia no esforço dos mortos em favor da regeneração da sociedade dos vivos. Contudo, as atividades de ordem espiritualista, na atualidade do mundo, constituem a derradeira esperança da civilização. Sou agora dos que vêem de perto o trabalho intenso das coletividades invisíveis pelo progresso humano; sinto ao meu lado a vibração luminosa do pensamento orientador das sentinelas avançadas de outras esferas da evolução e do conhecimento e reconheço que somente das concepções do moderno Espiritualismo poderá nascer o novo dia da Humanidade. E embora a negação sistemática dos homens diante dessas realidades consoladoras, os túmulos vêm deixando escapar os seus profundos e maravilhosos segredos, falando a sua palavra tocada de conforto e de claridades sobrenaturais.

Na Antiguidade egípcia, figurava-se o santuário da verdade ao fim de uma estrada sinuosa, rodeada de esfinges representando os enigmas das suas essências profundas; e no seu estranho simbolismo essas imagens constituíam as esfinges da Morte, cujos umbrais de silêncio e de treva a Vida jamais poderia transpor para solucionar os problemas inextricáveis dos destinos e dos seres. O tempo, todavia, modificou a mentalidade humana, adaptando-a para um conhecimento melhor de si mesma. Em meados do século passado, quando o materialismo atingia as suas cumiadas, na expressão filosófica dos pregoeiros e expositores, eis que os mortos voltam a confabular com os vivos sobre a sua maravilhosa ressurreição. A esperança volta a felicitar a mansarda dos pobres e o coração dos oprimidos na prodigiosa perspectiva da imortalidade através de todos os mundos e os desencarnados, num heroísmo supremo, volvem aos centros de estudos e aos gabinetes dos sábios com a lição piedosa das suas experiências.

Não obstante a arrancada gloriosa dos que já haviam partido das substâncias poderes da Terra para as esferas luminosas do Céu, tentando, com os seus exércitos de arcanjos, reorganizar a sociedade humana, restaurando os alicerces do Cristianismo, poucos foram aqueles que ouviram as suas trombetas ecoando no vale das lágrimas e das provações. Diante desse fenômeno universal, a religião não pôde volver dos seus interesses e da sua intransigência para identificar a espiritualidade dos seus santos e dos seus antigos reformadores; a ciência acadêmica, por sua vez, conserva-se de guarda ao seu passado e com as suas conquistas de ontem presume-se na posse da sabedoria culminante. Entretanto, o dogmatismo é incompatível com o progresso, e todas as concepções cientificas de cada século se caracterizam pela sua instabilidade, porque os olhos da carne não vêem o que existe. Nenhuma teoria pode explicar a vida à base exclusivista da matéria. Todos os fenômenos mecânicos do Universo obedecem a uma força inteligente e nada existe de real diante da visão apoucada dos homens, porque as verdades profundas se lhes conservam invisíveis.

Os movimentos planetários, os turbilhões atômicos no complexo de todas as coisas tangíveis, inclusive o seu próprio corpo, o mistério da força, os enigmas da aglutinação molecular, o segredo da atração, a identidade substancial da energia e da matéria, que nunca se encontram separadas uma da outra, não se mostram aos olhos humanos dentro da sua transcendência e da sua grandeza. Todo átomo de matéria tem a sua gênese no átomo invisível, de natureza psíquica. Raios impalpáveis e ocultos trazem a vida e trazem a morte. E o homem, na sua ignorância presumida, mal se apercebe que é o fantasma cambaleante de Édipo, vivendo na zona limitada do seu livre-arbítrio, mas submetido às leis de bronze do destino e da dor, cujas atividades objetivam o aprimoramento de sua personalidade; apesar da sua vaidade e do seu orgulho, todas as suas glórias materiais caminham para a morte. Nietzsche arquiteta com Zaratustra a filosofia do homem superior para cair aniquilado sobre o seu próprio infortúnio. Napoleão, depois das lutas prestigiosas que lhe granjearam a admiração universal, recolhe-se em Santa Helena para meditar nas célebres sentenças do Eclesiastes. Édison, após encher de conforto as cidades modernas com a sua imaginação criadora, sente o esgotamento de suas forças físicas para aguardar o gume afiado da morte. Os homens, com todos os pergaminhos de suas conquistas, viverão sempre no círculo de suas fraquezas e de suas misérias, enquanto não se voltarem para o lado espiritual do Sofrimento e da Vida.

A manifestação das atividades dos mortos não lhes tem fornecido as conclusões de ordem moral que se fazem necessárias ao aperfeiçoamento coletivo; com algumas honrosas exceções, despertou apenas o sentimento de suas análises, nem sempre orientadas no propósito de saber, para serem filhas intempestivas das vaidades pessoais de cada um. Disse Ingenieros, nos seus estudos psicológicos, que a história da civilização representa apenas o desenvolvimento da curiosidade humana. Se isso é um fato incontestável, não é menos verdade que essa sede de revelações deve possuir uma bússola espiritual nas suas longas e acuradas perquirições do invisível. Muita experiência trouxe do mundo para acreditar que as teorias, só por si, possam operar a salvação da humanidade. Elas constituem apenas o roteiro de sua marcha onde os espíritos de boa vontade vão conhecer o caminho. São acessórios do seu esclarecimento sem representarem a compreensão em si mesmas. Toda a civilização ocidental fundou-se à base do Cristianismo; todavia o que menos se vê, no seu fausto e na sua grandeza, é o amor e a piedade do Crucificado. A atualidade está cheia de exemplos dolorosos. Povos considerados cristãos preparam-se afanosamente para as lutas fatricidas. A Liga das Nações, que alimentava o sonho da paz universal está hoje quase reduzida a uma abstração de ideólogos. A Itália e Alemanha expansionistas empunham a espada do arrasamento e da destruição. Ainda agora o general Ludendhorf acaba de entregar à publicidade o seu livro terrível sobre a guerra total.

A crença e a fé não procedem de combinações teóricas ou do malabarismo das palavras e dos raciocínios. É no trabalho e na dor que se processam e se afinam. Para a Fé não há melhor símbolo que o toque de Moisés sobre as rochas adustas, fazendo brotar o lençol líquido das águas claras da vida. Só a dor pode tocar o coração empedernido dos homens e é por isso que a lição dos mortos servirá somente para constituir a base nova da sociologia de amanhã. A fé, por enquanto, continuará como patrimônio dos corações que foram tocados pela graça do sofrimento. Tesouro da imortalidade, seria o ideal da felicidade humana se todos os homens o conquistassem, mesmo nos desertos tristes da Terra.

Um grande astrônomo francês, inquirido sobre as recompensas do Céu, acentuou:

“Mesmo aqui podem as criaturas receber as recompensas do paraíso. O Céu é o infinito e a Terra é uma das pátrias da Imensidade; todos os homens, portanto, são cidadãos celestes. É aqui, na superfície triste do mundo, que as almas realizam a aquisição de suas felicidades. Estamos em pleno céu e em toda à parte veremos cada um receber segundo as suas obras...”.

Sobre as frontes orgulhosas dos homens pairam os órgãos invisíveis de uma justiça imanente e sobre a terra pode o espírito fazer jus aos prêmios do Alto. A crença com os seus esplendores subjetivos, é um desses maravilhosos tesouros.

Que as palavras do infinito se derramem sobre o entendimento das criaturas; cooperando com a dor, elas descobrirão para o homem as grandezas ocultas de sua própria alma, a fim de ele aceite, em seu próprio beneficio, as realidades confortadoras da sobrevivência. A voz do além pode ficar incompreendida, mas os mortos continuarão a falar para os vivos, comandados à ordem de Alguém, que está acima das opiniões de todos os cientistas e escritores, encarnados e desencarnados. Foi a piedade de Jesus que abriu as cortinas que velavam os mistérios escuros e tristes da morte e o Divino Jardineiro conhece o terreno fecundo onde germinam as sementes do seu amor.

Os homens aprenderão à custa das suas dores, com todo o fardo de suas misérias e de suas fraquezas e as palavras do infinito cairão sobre eles como a chuva de favores do alto. Que elas se espalhem nos corações e nas almas, porque cada uma trás consigo a claridade de um sol e a doçura de uma benção.

 

Humberto de Campos

 (Recebida em Pedro Leopoldo a 27 de março de 1935).

Francisco Cândido Xavier

Humberto de Campos

Palavras do Infinito

domingo, 27 de novembro de 2016


AMOR

 

O amor puro é o reflexo do Criador em todas as criaturas.

Brilha em tudo e em tudo palpita na mesma vibração de sabedoria e beleza.

É fundamento da vida e justiça de toda a Lei.

Surge, sublime, no equilíbrio dos mundos erguidos à glória da imensidade, quanto nas flores anônimas esquecidas no campo.

Nele fulgura, generosa, a alma de todas as grandes religiões que aparecem, no curso das civilizações, por sistemas de fé à procura da comunhão com a Bondade Celeste, e nele se enraíza todo o impulso de solidariedade entre os homens.

Plasma divino com que Deus envolve tudo o que é criado, o amor é o hálito dEle mesmo, penetrando o Universo.

Vemo-lo, assim, como silenciosa esperança do Céu, aguardando a evolução de todos os princípios e respeitando a decisão de todas as consciências.

Mercê de semelhante bênção, cada ser é acalentado no degrau da vida em que se encontra.

O verme é amado pelo Senhor, que lhe concede milhares e milhares de séculos para levantar-se da viscosidade do abismo, tanto quanto o anjo que o representa junto do verme. A seiva que nutre a rosa é a mesma que alimenta o espinho dilacerante. Na árvore em que se aninha o pássaro indefeso, pode acolher-se a serpente com as suas armas de morte. No espaço de uma penitenciária, respira, com a mesma segurança, o criminoso que lhe padece as grades de sofrimento e o correto administrador que lhe garante a ordem.

O amor, repetimos, é o reflexo de Deus, Nosso Pai, que se compadece de todos e que a ninguém violenta, embora, em razão do mesmo amor infinito com que nos ama, determine estejamos sempre sob a lei da responsabilidade que se manifesta para cada consciência, de acordo com as suas próprias obras.

E, amando-nos, permite o Senhor perlustrarmos sem prazo o caminho de ascensão para Ele, concedendo-nos, quando impensadamente nos consagramos ao mal, a própria eternidade para reconciliar-nos com o Bem, que é a Sua Regra Imutável.

Herdeiros dEle que somos, raios de Sua Inteligência Infinita e sendo Ele Mesmo o Amor Eterno de Toda a Criação, em tudo e em toda parte, é da legislação por Ele estatuída que cada espírito reflita livremente aquilo que mais ame, transformando-se, aqui e ali, na luz ou na treva, na alegria ou na dor a que empenhe o coração.

Eis por que Jesus, o Modelo Divino, enviado por Ele à Terra para clarear-nos a senda, em cada passo de seu Ministério tomou o amor ao Pai por inspiração de toda a vida, amando sem a preocupação de ser amado e auxiliando sem qualquer ideia de recompensa.

Descendo à esfera dos homens por amor, humilhando-se por amor, ajudando e sofrendo por amor, passa no mundo, de sentimento erguido ao Pai Excelso, refletindo-lhe a vontade sábia e misericordiosa. E, para que a vida e o pensamento de todos nós lhe retratem as pegadas de luz, legou-nos, em nome de Deus, a sua fórmula inesquecível: — “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.”

 

PENSAMENTO E VIDA

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

DITADO PELO ESPÍRITO EMMANUEL

sábado, 26 de novembro de 2016


 
 
Espiritismo e Você
 
Recentemente você teve os primeiros contatos com a Doutrina Espírita e agora se deslumbra com as novas perspectivas espirituais da existência.

Ideais redentores,

Conversações edificantes,

Leitura nobre.

Promissores ensejos de servir à fraternidade.

Recorde, no entanto, os imperativos da disciplina, em todos os empreendimentos, para que a afoiteza não lhe crie frustrações.

Tornar-se espírita não é santificar-se automaticamente, não significa privilégio e nem expressa cárcere interior.

É oportunidade de libertação da alma, com responsabilidades maiores ante as Leis da Criação.

É reencarnar-se moralmente, de novo, dentro da própria vida humana.
Convicção espírita é galardão abençoado no aprendizado multimilenar da evolução.

Desse modo, nem prevenção nem invigilância constituem caminhos para semelhante conquista.

Urge sustentar perseverança e paciência na execução justa de todos os deveres.

Evite arrancar abruptamente as raízes defeituosas, mas profundas, de suas atividades; empreenda qualquer renovação pouco a pouco.

Contenha os ímpetos de defesa intempestiva das suas idéias novas; sedimente primeiro os próprios conhecimentos.

Espiritismo é Claridade Eterna.

Gradue a intensidade da luz que você vislumbrar para que seus olhos não sejam acometidos pela cegueira do fanatismo.

Muitos irmãos nossos ainda se debatem nas lutas de subnível, porque não se dispuseram a aceitar a realidade que você está aceitando, mas também, outros muitos palmilharam o lance da experiência que hoje você palmilha e nem por isso alcançaram êxitos maiores na batalha íntima e intransferível que travamos conosco, em vista da negligência a que ainda se afazem.

Crença não nos exime da consciência.

Acertar ou cair são problemas pessoais.

Tudo depende de você.

Quem persiste na ilusão, abraça a teimosia.

Quanto mais se edifica a inteligência, mais se lhe acentua o prazer de servir.

Obedeça, pois, ao chamamento do Senhor, emprestando boa-vontade ao engrandecimentos da redenção humana, através do trabalho ativo e incessante nos diversos setores em que se possa desenvolver a colaboração.

Conserve-se encorajado e confiante,

Alegria serena, em marcha uniforme, é a norma ideal para atingir-se a meta colimada.

Eleve anseios e esperanças, tentando sublimar emoções e cometimentos.
Acima de tudo, consolide no coração a certeza de que a revelação maior é aquela que preceitua o dever de procurar com Jesus a nossa libertação do mal e, em nosso próprio benefício, compreendamos a real posição do Mestre como Excelso Condutor de nosso mundo, em cujo infinito amor estamos construindo o Reino de Deus em nós.
 
ANDRÉ LUIZ
(O Espírito da Verdade, 92, Chico Xavier, Waldo Vieira, FEB)

sexta-feira, 25 de novembro de 2016


Considerações

 

 

Devemos guardar o Evangelho na cabeça?

- Sim, porque precisamos orientar o pensamento para o bem.

Cabe-nos a obrigação de imprimir o Evangelho nos olhos?

- Sim, porque é indispensável permaneça a nossa visão identificada com o ensinamento Divino, que transparece de todos os lugares.

Compete-nos conservar o Evangelho nos ouvidos?

- Sim, porque é imprescindível registrar a mensagem de bondade que o Céu nos reserva, em todas as particularidades da senda a percorrer.

É imperioso guardar o Evangelho nas mãos?

- Sim, porque nossos braços são os instrumentos com os quais criaremos o mundo de nossas boas obras, em direção ao Paraíso.

Será necessário respeitar o Evangelho com os nossos pés?

- Sim, porque a reta diretriz é imperativo comum.

Justo; porém, antes de tudo, situar o Evangelho no coração, para que o ensino de Jesus, aplicado em nós mesmos, resplandeça através de nossa mente, de nosso olhar, de nossa audição, de nossas mãos e de nossos pés, a fim de que não sejamos aprendizes fragmentários, subestimando o serviço do Divino Mestre.

É imprescindível trazer a Boa Nova em todos os nossos pensamentos e aspirações, potências e atividades, salientando-se, contudo, o impositivo da lição de Jesus no imo dos nossos sentimentos, para que estejamos ligados, primeiramente, ao Senhor e não ao nosso "eu", de vez que, segundo as velhas e sempre jovens palavras da Escritura Celeste, onde guardarmos o coração aí se encontrará o tesouro de nossa vida.

Evangelho no coração será, portanto, a plenitude do Cristo em nós.

PERANTE JESUS

 

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

EMMANUEL

quinta-feira, 24 de novembro de 2016


Convencer-se e Converter-se

 

 

Muito fácil convencer-se alguém da Verdade do Senhor, transformando a vida dos companheiros.

Muito difícil, porém, converter-se ao Senhor da Verdade, renovando a própria vida.

O homem apenas convencido pode: construir maravilhosos templos para o culto religioso e morrer desabrigado; orientar o combate aos inimigos da Humanidade e permanecer possuído por terríveis adversários de si mesmo; distribuir benefícios incontáveis e atingir o fim da experiência terrestre em angustiosa fome do coração; acender inúmeras lâmpadas no caminho e entregar-se à morte às escuras; receber prodigiosos dons do Céu e estendê-los aos semelhantes, persistindo em asfixiante cegueira no campo intimo.

O homem somente convencido: derruba sem construir, critica sem cooperar, discute sem esclarecer, exige de todos sem auxiliar a ninguém, hostiliza o bem provável, sem edificar o bem positivo.

Muito perigoso convencer-se quanto à verdade espiritual pelo raciocínio, sem converter-se a ela pelo coração.

Muitos chamados, poucos escolhidos.

Muitos se convencem, poucos se convertem.

Somente o homem verdadeiramente convertido a Jesus adquire suficiente poder para desligar-se dos domínios do "eu", buscando o Reino de Deus.

Só é instrumento capaz de atender, com eficiência, no divino trabalho da redenção humana ao descobrir o júbilo de servir, no legítimo entendimento da evolução e da eternidade.

Representa, efetivamente, o discípulo fiel, o cooperador decidido e voluntario.

Para o seu raciocínio unido ao sentimento, terminou o nevoeiro da negação, da incerteza e da dúvida. O Senhor determina e ele obedece.

 

Confraternizemo-nos...

 

Solicitar diretrizes do Plano Elevado, esperando que os Desígnios Divinos se adaptem aos nossos caprichos, é loucura do coração.

 

PERANTE JESUS

 

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

EMMANUEL

quarta-feira, 23 de novembro de 2016


Na Seara do Cristo

 

Realmente, a mediunidade, em maior ou menor grau, reside em nós todos, - sejamos nós cultivadores da verdade, encarnados ou desencarnados, - entretanto, muitos companheiros do progresso espiritual, acusam-se inaptos, na construção do bem, por não possuírem

desenvolvimento mediúnico mais amplo.

 

Existem, todavia, vastas fieiras de obrigações a serem cumpridas, fora dos labores medianímicos propriamente considerados.

 

No exame de semelhante assertiva, vejamos algumas de nossas atitudes negativas para que nos seja possível avaliar o acervo imenso de tarefas a que nos cabe atender.

 

Na condição de espíritas, - estejamos ou não atrelados ao carro físico, - muito freqüentemente perpetramos erros clamorosos, como sejam:

 

- colocar Jesus em nossas palavras e não em nossas vidas;

- desertar da evangelização;

- não dar importância à vida espiritual;

- desdenhar a prece;

- recusar o estudo;

- nunca encontrar tempo para as boas obras;

- não praticar todo o bem de que sejamos capazes;

- cair na indisciplina, a pretexto de esposar uma doutrina de livre-pensamento e fé raciocinada;

- deixar de considerar todas as criaturas como sendo criaturas irmãs perante Deus;

- não partilhar o sofrimento dos semelhantes, embora respeitando-lhes sempre a maneira de vida e o modo de ser;

- cultivar desafetos;

- embrenhar-se na auto-determinação, desprezando os preceitos evangélicos que proclamamos respeitar;

- não assumir responsabilidade, diante do bem de todos, atendendo a temores e preconceitos.

 

Fácil verificar que nem só de mediunidade se alimenta a edificação de Jesus, na Casa Terrestre.

 

Mais que isso, a obra do auxílio e educação para a vitória do Cristo de Deus é inimaginável na grandeza e complexidade com que se apresenta.

 

Não permaneças à margem.

 

Tomemos posse do nosso privilégio de aprender e servir.

 

Emmanuel

terça-feira, 22 de novembro de 2016


O verdadeiro e o falso Espírita.

 

É dever de todo o Espírita seguidor do Mestre de Nazaré, buscar viver a sua identidade real, isto é, procurar em primeiro lugar despender esforços na procura de conhecer-se para seu próprio bem. (já dizia um Sábio da antiguidade, conhece-te a ti mesmo).

 

Mantendo-se o mesmo em qualquer lugar ou circunstância. (não sendo um na Casa Espírita e outro no lar, na via pública etc...), Não se apresentando superior ao que é, nem se subestimando a ponto de parecer o que não seja. (Ser autêntico é uma forma de demonstrar dignidade).

 

Aquele que quer triunfar amanhã, deve começar a trabalhar hoje, agora, pois deve reconhecer que aquele que hoje triunfa, começou a batalha bem cedo.

 

Todo aquele que de coração se empenhar em busca da vitória sobre si mesmo, alcançará mais cedo ou mais tarde a bênção da elevação moral espiritual, galgando patamares mais elevados na escala hierárquica do ser eterno e imortal que somos; para tanto a força de vontade, a disposição em mudar os velhos hábitos e a perseverança na busca dos objetivos colimados, não podem ser negligenciados em nenhum momento.

 

Ninguém, jamais, subirá um degrau, sem o mérito do esforço em dar o primeiro passo, e se nascemos destinados a perfeição, é necessário buscá-la com todas as forças possíveis, não dando oportunidade ao desânimo, de nos fazer temerosos, indecisos, ou preguiçosos retardando ainda mais o momento em que alcançaremos a felicidade tão desejada por todos nós seres humanos.

 

Todos fomos criados de igual maneira, e a todos são oferecidas as mesmas oportunidades, de crescimento e elevação, o que nos diferencia uns dos outros são nossas atitudes diante das dificuldades que a vida nos impõe; assim é que :

 

O verdadeiro Espírita, é sempre parte do resultado, pois participa na busca da solução;

 

O falso Espírita, é sempre parte do problema, pois em nada se empenha para resolvê-lo.

 

O verdadeiro Espírita, sempre tem um programa a cumprir, uma meta a buscar, um roteiro a seguir;

 

O falso Espírita, sempre tem uma desculpa antecipadamente pronta para dar, sem objetivos determinados, espera acontecer.

 

O verdadeiro Espírita, está sempre disposto a se oferecer para ajudar, contribuir, participar, fazer...

 

O falso Espírita, se esconde na velha desculpa de que não é sua obrigação! Não tem nada a ver com o caso.

 

O verdadeiro Espírita, visualiza uma saída para cada problema que lhe aparece.

 

O falso Espírita, enxerga um empecilho em cada resposta que surge.

 

O verdadeiro Espírita, encara o problema na certeza de que pode ser difícil, mas, é possível resolvê-lo.

 

O falso Espírita, entende que pode até ser possível, mas, que é muito difícil a solução.

 

Dessa forma, o verdadeiro Espírita deve em qualquer circunstância ser um representante da verdade, sem transformá-la em arma de destruição ou de ofensa ao iludido da estrada, não se julga infalível, pois bem sabe que também comete erros, procurando assumi-los e buscando a devida reparação.

 

Enquanto o falso Espírita, nada assume, procurando imediata desculpa atirando a culpa no seu semelhante com o tradicional “não foi culpa minha”.

 

O verdadeiro Espírita deve tomar a decisão que provoque menor soma de consequências negativas para si e para seu próximo, procurando desfazer injustiças, e intrigas, buscando a paz e o entendimento.

 

O falso Espírita, não leva muito em consideração estes cuidados e toma inicialmente a decisão que o isenta de culpa, cause ela as consequências que causarem, e a quem quer que seja.

 

O verdadeiro Espírita, sabe que está na vida para colaborar com ela, entendendo dessa forma que é um membro do organismo social universal, investido de tarefas e responsabilidades, de cujo desempenho resultarão a ordem e o sucesso de muitas coisas, assumindo e executando com esmero as tarefas que dele dependem.

 

O falso Espírita espera que tudo seja feito em seu benefício, para tirar o devido proveito, achando mesmo que faz um favor ao mundo participar de sua população.

 

O verdadeiro Espírita, trabalha cada vez mais arduamente que o falso e tem muito mais tempo a desfrutar, pois realiza seu dever com prazer e alegria usufruindo de tudo que a tarefa pode conceder-lhe em termos de conhecimento e experiência.

 

O falso Espírita, está sempre ocupado, não tem tempo para nada, não aceita responsabilidades, pois a preguiça o desânimo e o temor, por mais um fracasso, lhe surgem como barreiras intransponíveis.

 

Por tudo isso, meus irmãos, é necessário refletirmos equilibradamente sobre nossa própria situação, se estamos sendo verdadeiros ou falsos Espíritas, e levar em consideração que o verdadeiro Espírita deve considerar-se pessoa valiosa no conjunto da criação, tornando-se cada dia mais atuante na obra do Pai e fazendo-a mais e melhor conhecida, considerada e respeitada.

 

Somos todos herdeiros de Deus, e o universo, de alguma forma também nos pertence, em vista disso precisamos nos empenhar em fazer por merecê-lo.

 

Que o Mestre de Nazaré nos mantenha sob sua doce Paz!

Francisco Rebouças