domingo, 30 de novembro de 2014


Novidades

Nunca passes recibo
De aceitação de ofensa.

Agressão é moléstia
Que não melhora aos murros.

Às vezes quem te fere
Carrega o peito em chagas.

Revide, queixa e mágoa
São reações comuns.

O perdão, entretanto,
É a grande novidade.

Porque o perdão é amor
Em ligação com Deus.

Emmanuel

Do livro: Hora Certa, psicografia de Francisco Cândido Xavier - Edição GEEM

sábado, 29 de novembro de 2014


Disciplina Mental

Não permitas que as circunstâncias da vida interfiram no teu caráter. Forma um modo de ser, firme, e não arredes pé dessa norma que estabeleceres. A tua conduta deve ser equilibrada, não sofrendo alteração alguma, quando as coisas tomarem rumo diferente daquele que desejarias.

Ser sempre igual faz com que as criaturas não sintam receio de lidar conosco. Aquele que ora apresenta uma face, ora outra, cuja voz é mansa, às vezes, e outras, agressiva; não convida a que o procuremos sem reservas. Receamos sempre não o encontrarmos num dos seus dias favoráveis.

É muito importante adquirirmos uma característica e nela permanecermos.

Nossa fisionomia deve manter-se sempre serene e inalterável, nossa voz mansa, ainda quando tivermos de tomar atitudes sérias e graves. Se conseguirmos aquietar dentro de nós os sentimentos, eles nos obedecerão e não teremos expansões exageradas nem na alegria, nem na dor. Fácil e aconselhar, dirão muitos; difícil é viver-se aquilo que se aconselha.

Não nos esqueçamos de que, para se embeber e encharcar uma esponja, temos que mergulhá-la várias vezes na água. Assim, tanto falamos aos outros, tanto aconselhamos que também nos convencemos a nos mesmos e passamos a viver aquilo que pregamos.


Não há necessidade de correr muito. "A Natureza não dá saltos." Com calma alcançaremos a meta.


A questão e não nos desviarmos da rota e não nos distrairmos no caminho. Caminhar sempre em linha reta faz com que em breve cheguemos ao nosso destino. Não te constranjas de levar a palavra de ensinamento aonde fores, se te solicitarem e sempre que for oportuno, ainda que não estejas em condições de viver tais ensinamentos.


Compenetra-te de que a palavra é mágica e; uma vez pronunciada, impressiona as mentes que a ouvem.

Tu também ouves a tua palavra. Por isso aprende a falar somente palavras positivas e bondosas, para que teu cérebro responda num eco, baixinho, e transmita a teu corpo a ordem de pôr em prática aquilo que falaste.


Disciplina mental é importante. Pensar coisas boas e puras é preparar a palavra na mesma tônica, para levá-la a todos que necessitam da magia da voz.



Aprende a ser sempre a mesma pessoa, quer o tempo esteja sereno ou tempestuoso dentro de tua alma, e todos sentirão prazer e lucrarão com a tua companhia.

Meimei

quinta-feira, 27 de novembro de 2014


Telefone Mediúnico

Uns não acreditam nas comunicações dos espíritos, outros acreditam demais e querem obtê-las com a facilidade de uma ligação telefônica. Nem tanto ao céu, nem tanto à terra! Se as comunicações entre as criaturas terrenas nem sempre são fáceis, que dizer das que se processam entre os espíritos e os homens? Muita gente procura o médium como se ele fosse uma espécie de cabina telefônica. Mas nem sempre o circuito está livre e muitas vezes o espírito chamado não pode atender.

Não há dúvida que estamos na época profetizada por Joel, em que as manifestações se intensificam por toda parte. Nem todos os espíritos, porém, estão em condições de comunicar-se com facilidade. Além desazo, a manifestação solicitada pode ser inconveniente no momento, tanto para o espírito quanto para o encarnado.



A morte é um fenômeno psicobiológico que ocorre de várias maneiras de acordo com as condições ídeo-emotivas de cada caso, envolvendo o que parte e os que ficam. A questão 155 de O Livro dos Espíritos explica de maneira clara a complexidade do processo de desencarnação. Alguns espíritos se libertam rapidamente do corpo, outros demoram a fazê-lo e isso retarda a sua possibilidade de comunicar-se.



Devemos lembrar ainda que os espíritos são criaturas livres e conscientes. Não estão ao sabor dos nossos caprichos e nenhum médium ou diretor de sessões tem o poder de fazê-los atender aos nossos chamados. Quando querem manifestar-se, eles o fazem espontaneamente, e não raro de maneira inesperada. Enganam-se os que pensam que podem dominá-los. Já ensinava Jesus, como vemos nos Evangelhos: o espírito sopra onde quer e ninguém sabe de onde vem nem para onde vai.



É natural que os familiares aflitos procurem obter a comunicação de um ente querido. Mas convém que se lembrem da necessidade de respeitar as leis que regem as condições do espírito na vida e na morte. O intercâmbio mediúnico é um ato de amor que só deve realizar-se quando conveniente para os dois lados. O Espiritismo nos ensina a respeitar a morte como respeitamos a vida, confiando nos desígnios de Deus. Só a misericórdia divina pode regular o diálogo entre os vivos da Terra e os vivos do Além. Façamos nossas preces em favor dos que partiram e esperemos em Deus a graça do reencontro que só Ele nos pode conceder.

Muitos religiosos condenam as comunicações mediúnicas, alegando que elas violam o mistério da morte e perturbam o repouso dos mortos. Esquecem-se de que os próprios espíritos de pessoas falecidas procuram comunicar-se com os vivos. Foi dessa procura de comunicação dos mortos, tão insistente no mundo inteiro, que se iniciaram de maneira natural as relações mediúnicas entre o mundo visível e o invisível. O conceito errôneo da morte, como aniquilamento ou transformação total da criatura humana, gera e sustenta essas formas de superstição. O Espiritismo, revivendo os fundamentos esquecidos do Cristianismo puro, mostra-nos que a comunicação mediúnica é lei da vida a nos libertar de erros e temores supersticiosos do passado.

Irmão Saulo

Do livro Diálogo dos Vivos, Médium: Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires - Espíritos Diversos.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014


Penitência

De todos os viajantes que atravessam o rio da morte, sem dúvida é o sacerdote aquele que mais se surpreende, ante o inesperado painel da realidade além-túmulo.


A pompa de culto externo entre os homens constitui para ele algo mais que o título e a condecoração para um general vitorioso na Terra; porque o militar, ainda o mais duro, sempre se dobra às injunções da disciplina humana e não espera a conservação de suas medalhas nas remotas cidades do Paraíso, ao passo que o clérigo, iludido pela própria vaidade, invariavelmente presume-se eleito para a Corte Celestial.

Em razão disso, o sopro da verdade é para ele mais frio, quando o corpo alquebrado se confunde com o pó.

Nossa pequenez, diante da vida, adquire então estarrecedor aspecto, e reconhecemos, com tardo arrependimento, que a religião é viveiro de almas, não cárcere do pensamento.

Aldo de terrível sucede conosco no indescritível instante...

O sacerdote, no fundo, julga-se um salvador de consciências, com teorias próprias acerca do inferno e do céu; mas a morte é sempre a ventania arrasadora que lhe arrebata a veste e os símbolos materializados da fé, exibindo-o nu aos olhos espantados do rebanho que ele pretendera doutrinar e conduzir.

Ai de nós, que olvidamos o Mestre seminu sobre o madeiro!

Quando a túnica das boas obras não nos agasalha o espírito desiludido, é mister vestir a pesada armadura do remorso, com infinita humildade, para recomeçar o amanho da sementeira.

Nem sempre, porém, há suficiente provisão de virtude para o serviço renovador, e muitos, quais tigres feridos, regressam aos recôncavos da mata humana, expandindo a revolta e o sofrimento moral, de que se cumularam, em atos de ferocidade, como se lhes fora consolo vingar em outros o pavoroso infortúnio que devem a si mesmos. Dispostos à rebelião, arregimentam as ovelhas frágeis, sob o mesmo critério do número, criando legiões atormentadas que, intangíveis, povoam os templos com espectros de dor, miséria, ignorância e desespero, nutrindo e exacerbando as velhas angústias do povo.


Não nos deteremos, porém, no analisar essas legiões sombrias e tristes, prostradas na sombra, senão que nos valemos da oportunidade que se oferece para alertar algum irmão onerado de compromissos graves, considerando que, incontestavelmente, a Igreja não pode modificar sua organização dum dia para outro.


Que lucro se abalançaria a demolir um velho cais, sem haver antes levantado outra edificação à altura das necessidades comuns, simplesmente porque se aperfeiçoara a técnica da engenharia?

Que precipitado doutrinador violentará o espírito da criança, impondo-lhe os conhecimentos dum sábio?


Nada é proveitoso à vida, sem trabalho ou sem preparação.

Ao nosso parecer, não vale esbarrondar na instituição católico-romana a golpes de anticlericalismo.


O duelo não cura, senão aviva os arranhões da honra, em qualquer caso evertendo a existência dos contendores.

Que existiram e ainda existem maus padres, quem o negaria?

O mundo, por enquanto, não possui traços de terra especial e diferente par que se mantivessem jardins inacessíveis aos vermes.

Por mais que nos dediquemos à cultura carinhosa de plantas nobres, lá surge um dia em que a lagarta ou o gafanhoto nos persegue as flores e os frutos, agravando-nos os cuidados e as preocupações.


É indubitável que a Igreja tem errado muito, na sua estrutura política, comprometendo a evolução da idéia religiosa, não só pela embriaguez de domínio que assinalou muitos príncipes do pode eclesiástico no passado, como também pelo relaxamento espiritual que a levou a descurar do aspecto científico das coisas do espírito.


É imperioso, porém, notar que o tempo e o sacerdote são ainda os sagrados pontos de referência para milhões de almas ignorantes e fracas, errantes nas velhas trilhas da experiência carnal.


Muitos salientam os delitos do confessionário, mas poucos enxergam as consolações e as bênçãos, os estímulos e as alegrias aí nascidos, a troco da amargura e do sacrifício de abnegados campeões da fé, constrangidos a incessante renúncia pelas necessidades populares e pelas exigências dos princípios hierárquicos, entre a miséria dos pequenos e a opulência dos grandes.


A esses padres honestos e admiráveis, espalhados no turbilhão das cidades babilônicas ou esquecidas na singeleza dos campos, e que fazem dos votos contraídos a razão da própria vida, dirijo o meu pensamento de carinho e de veneração para dizer-lhes que, se a morte é uma grande surpresa para quantos levantaram o sagrado cálice, à frente do altar, a virtude é sempre a mesma divina moeda de luz nos mais remotos centros da vida.


Jesus não permanece muito tempo junto daqueles que lhe consagram hosanas, mas algemados ao formulário e despreocupados do verdadeiro bem; vive sempre, por seus emissários, onde a caridade e a educação se traduzam em ações dignificantes que objetivem o progresso e a felicidade de todos, independentemente do credo individual.

Ninguém está em condições mais favoráveis que o padre sincero, para estabelecer a felicidade legítima da multidão.

Não é desencadeando a discórdia que se mantém a fé, nem cevando a ignorância que se conserva a harmonia.

Ninguém se valha da sanguissedenta espada da tirania, nem do veneno sutil da desobediência, no intuito de auxiliar aqui ou além.


A exibição de poder gera a revolta.


A indisciplina favorece a subversão.


Cristo não predicou o separatismo, antes ensinou a paciência, a tolerância e a ordem, recomendando fosse facultado ao joio o direito de crescer naturalmente, ao largo do trigo, até o dia da ceifa. O Mestre não se declarou contra o aperfeiçoamento da alma nessa ou naquela região da vida e, sim, asseverou que somente a verdade nos fará livres; nem se insurgiu contra ninguém, tomando o partido de alguns. Aceitou, Ele mesmo, a cruz do sacrifício e da morte, indicando-nos o caminho para a ressurreição e para a vitória.


O verdadeiro programa de salvação prescinde de qualquer conflito e dispensa o dogmatismo e a rebelião.


Enquanto surgirem duelos de pontos de vista, com perturbação e desordem, nas manifestações da fé, a crença não passará de vago clarão a perder-se nas sombras do fanatismo.

A idéia é um modo de expressão espiritual quanto a linguagem.

Cada qual adora o Senhor segundo sua capacidade de elevar-se nos domínios do conhecimento e da virtude.

A igualdade absoluta, no plano das potencialidades e das aquisições relativas, è absurdo insofismável.


Em razão disso, tão digno de lástima é o sacerdote que condena, quanto o crente que o amaldiçoa.


Aquele que realmente desperta para o bem e deseja colaborar na felicidade comum, põe os atos muito acima das palavras; cultiva o discernimento e afasta de si qualquer pensamento agressivo ou ocioso, compreendendo que a obra de regeneração de cada um requer a ação do tempo e o concurso direto de quantos já formam a vanguarda do progresso moral.


Reconhecendo a posição ideal do padre para orientar o serviço iluminativo da caridade cristã, não devemos esquecer a cooperação devida a todo e qualquer missionário do bem, consagrado à renúncia de si mesmo, a fim de acender nova luz na senda dos homens.


Lei nenhuma, ainda que a melhor, tem qualquer significação onde ninguém se dispunha a cumpri-la.


Não será licito concentrar as responsabilidades da construção do bem de todos na cabeça de um só. O serviço da comunidade exige divisão e descentralização.


Consagrar o espírito ao apostolado com Jesus,  é dever.

Quem se interessa, efetivamente, pela prosperidade popular não suspira pela galeria dos grandes encargos públicos, nem reclama vasto patrimônio amoedado, os quais, na maioria das vezes, são verdadeiros empecilhos ao ascendimento do coração ao Reino Divino.


É indispensável descerrar a alma às alegrias do serviço do bem, partilhando com os outros a experiência de cada dia.

Convertamos, assim, as naves dos templos em abrigos providenciais da legítima fraternidade, que recolham os enfermos, os fracos, os desamparados da Terra, os tristes, os desesperados e as criancinhas sem lar; consolidemos nos santuários o trabalho da assistência social e da escola ativa, para que a Igreja represente o papel de orientadora maternal das criaturas, não só nos breves instantes do ofício religioso, mas igualmente pelo tempo a dentro, correspondendo aos anseios do povo que procura em suas diretrizes a segurança e a paz.


Desejamos, porém, que tia modificações nasçam, não de encíclicas e pastorais, mas, sim, espontaneamente, do coração.

A elevação comum é problemas da unidade.


Procede o renascimento moral de indivíduo para indivíduo.

O pastor é o núcleo do rebanho, a cuja inspiração as ovelhas obedecem, gravitando em torno de suas deliberações.

O sacerdote de uma paróquia é a alma dela mesma. Ele pode, mais do que ninguém, entender-se com os mais velhos, amainando a ventania que sopra do passado, e conversar com os mais jovens, preparando o futuro. Em torno dele se espraia largo mundo de trabalho e de esperança, que lhe não cabe menosprezar.


Todo êxito, contudo, depende da compreensão e do discernimento, do bom senso e da boa-vontade. As renovações indiscutivelmente benéficas da História não se originam da rebelião.


O maior movimento transformador do mundo ainda é o Cristianismo, cujo fundador se deixou crucificar, ao invés de reclamar e ferir.


Se o sacerdócio da atualidade quiser operar a renascença do espírito popular, antes que o progresso natural lhe imponha, é imprescindível se devote à concretização do Evangelho, na missão de instruir e consolar, em nome do Senhor. Para isto, porém, é necessário estender os braços e apertar alheias mãos em atitude compreensiva, reduzindo a escombros as velhas trincheiras da intolerância e da discórdia.


Deus é o Pai de todos os membros da família humana e das mínimas formações da Natureza, e não podemos esquecer, na Terra, que o Cristo é o mesmo para todos, embora nem todos possam analisar, por agora, a influência do Messias.

A escada evolutiva e a luta regeneradora apresentam degraus e fases de magnífica expressão. Cada homem recebe o sol e o ar, segundo a atitude em que se coloque.


Observado de ângulo mais alto, o ministério da Igreja, em suas bases cristãs, cresce e se avoluma no tempo e no espaço, mas ai de nós quando mordomos distraídos de nossas responsabilidades na aplicação de seus tesouros imperecíveis! Nessa condição, por mais hipertrofiados estejamos na ilusão dos postos e dos títulos, reduzimo-nos à insignificância dos servos inúteis, porque todos os monumentos da vaidade humana se esboroam e se tornam em pó ao vendaval da morte. Então, cambaleamos no bojo das trevas, fantasmas de ruína espiritual que só a força da prece restaura.


Profunda comiseração nos possui ante os colegas que ainda jazem nas sombras, e é por isso que, entendendo agora, mais do que nunca a puerilidade dos dogmas, a necessidade de melhor discernimento, a vacuidade das honras e a substância dos dons divinos, regressamos do sepulcro para dizer aos velhos companheiros do breviário que a Coroa da Vida, para acomodar-se à nossa cabeça, reclama esforço mais amplo na disseminação das boas obras.


Efetivamente, a instituição católico-romana, no que se refere às suas ligações legítimas com o Mestre divino, não morrerá. O tempo lhe reorganizará os quadros e lhe refundirá os regulamentos, tanto lhe alterando a vida e os valores, quanto a charrua modifica a paisagem; mas não podemos esquecer que o sacerdote genuinamente cristão, onde estiver, desde hoje, pode afeiçoar-se a Jesus e propagar-lhe o divino apostolado

Joaquim Arcoverde

Do livro: Falando à Terra, Médium: Francisco Candido Xavier – Espíritos Diversos

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Teste postagem

Ok, publicado.

Louvemos a Dor

O tempo é um calmante e um amigo, um remédio e uma Bênção.

A existência na carne é simples passagem por um túnel escuro. E a nossa felicidade nasce, não dos anos que despendemos ao atravessar o mundo, mas sim dos bens que dentro dele conseguimos improvisar.


Tudo na carne é como vemos um dia – manhã cheia de sol, crepúsculo de sombras e noite cerrada ao nosso olhar.


Felizes daqueles que acendem estrelas no firmamento do próprio coração, para que a jornada se torne menos dolorosa, no nevoeiro noturno, que precede a alvorada seguinte.


Perdoemos a vida e as criaturas pelas angústias que impuseram à nossa sensibilidade.


As mãos feridas são mais seguras que os braços habituados a dominar.

As grandes torturas são grandes bênçãos. No mundo, o nosso sentimento de personalismo não nos permite essa realidade. Mas a morte opera em nós completa reforma quando não receamos a verdade tal qual é.


Bendigamos a dor que zurziu a alma, em todos os passos do dia de ontem. Pouco a pouco, transformar-se-á o nosso sofrimento no óleo bendito que sustentará a claridade da candeia frágil de nossa experiência na Terra.


Sem a luta, dormiríamos na matéria densa, sem qualquer proveito. Deus, porém, que é o nosso Pai de Infinita Bondade, permite que a aflição os acompanhe, no mundo, na condição de abnegação instrutora e, com o decurso do tempo, a paz se converte em nossa companheira para todas as situações e problemas terrestres.


Estudemos e trabalhemos sempre mais. Seja a fé religiosa para nós um meio de ajudar a todos, para que estejamos atuando, e fato, em nome do Cristo, que tantos dons nos concedeu.


Jamais nos arrependeremos da obra que vamos levantando, no terreno do nosso próprio coração – obra de amor, entendimento, humildade e perdão.


A vida responde ao nosso esforço na mesma intensidade de nosso impulso, na criação do bem.


Esperemos a passagem dos dias.


Trabalhemos na sementeira de nossa Consoladora Doutrina, nas duas margens de nossa estrada para Jesus e guardemos a certeza de que não nos faltará o amparo do Senhor.


Chegaremos um dia à praia segura, depois da tempestade. Não será, contudo, o porto enganoso da vitória na Terra, mas o refugio doce da serenidade e da compreensão, onde nosso espírito poderá realmente repousar e preparar-se, ante o futuro que se desdobrará no amanhã.


As sementes do Evangelho, caídas de nossas mãos, um dia serão árvores robustas e preciosas, proporcionando-nos alegrias que nossa imaginação não poderá avaliar, por enquanto.


Identifiquemo-nos com serviço da Humanidade e, nesse sublime trabalho, encontraremos a força preciosa para o sacrifício abençoado que nos garantirá a sublime ascensão.

Isabel Campos

Do livro: Cartas do Coração, psicografia de Francisco Cândido Xavier – Espíritos Diversos.

domingo, 23 de novembro de 2014


Raças e povos ainda existem que o desconhecem, porém não ignoram a lei de amor da sua doutrina, porque todos os homens receberam, nas mais remotas plagas do orbe, as irradiações do seu Espírito misericordioso, através das palavras inspiradas dos seus mensageiros.

O Evangelho do Divino Mestre ainda encontrará, por algum tempo, a resistência das trevas. A má-fé, a ignorância, a simonia, o império da força conspiração contra ele… Mas tempo virá em que a sua ascendência será reconhecida. Nos dias de flagelo e de provações coletivas, é para a sua Luz Eterna que a Humanidade se voltará, tomada de esperança.

Então, novamente se ouvirão as palavras benditas do Sermão da Montanha e, através das planícies, dos montes e dos vales, o homem conhecerá o Caminho, a Verdade, a Vida.

Francisco Cândido Xavier
Ditado pelo Espírito EMMANUEL
Mensagem recebida em 21-9-1938.
(Livro: Emmanuel)

sábado, 22 de novembro de 2014


Ordem da Vida

Caminha para frente
Eis a ordem da vida.

Para isso, porém
É preciso te movas.

Medo de auxiliar
Não ajuda a ninguém.

Rompe antigas amarras,
Alija o lastro inútil.

Eleva-te, trabalha,
Age, semeia e cria.

Servir constantemente
É avançar para Deus.

Emmanuel

Do livro: Momentos de Paz, psicografia de Francisco Cândido Xavier.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014


Pergunte a Si Mesmo

Em que base devemos colocar o problema da morte?


Naturalmente, a morte não existe. A própria vida exige a morte como um renascimento; entre ambas, nossa consciência permanece.

Experiências vêm e experiências vão; nesse ínterim, a consciência prossegue. Consciência é Justiça Divina dentro de nós. Não se esqueça de que você vive sempre. O espírito deve ser visto pelo que é; portanto, ele somente pode prosseguir, no Além, no nível ao qual se ajustou. Atravessamos os portões da morte, para viver de novo. Como você sabe, encontramos aquilo que buscamos.


Você experimentará, mais tarde, a felicidade no Além, de acordo com os seus atos agora. Pense nisso. Faça de conta que você se encontra no seu próprio plano póstumo e examine bem suas obrigações antes de contraí-las.

Todas as manhãs, pergunte a sim mesmo: "Que pretendo?" Primeiro de tudo, ouça a sua consciência; não faça rodeios. Todos nos devemos curvar diante da verdade.


Quando estiver errado, é melhor admitir os seus enganos, sem reservas, e repará-los daí em diante. Você é chamado ao sofrimento; não se engane a si mesmo, fugindo dele.


A educação, para a felicidade no Além, gira em torno das nossas aflições diárias. Você não pode produzir boas obras, sem esforço.

As dificuldades revelam-lhe o caráter. Se você prometer ajudar a alguém, faça-o agora. Se deseja progredir, não o deixe para amanhã. Faça-o hoje.


Sua origem é o céu e para lá você voltará, levando, na consciência, o fruto das suas obras. Antes de regressar ao Além, você deve purificar seu mundo interior. Acima de tudo, conserve uma boa consciência. O campo do pensamento é livre. Na verdade, você vive pelos atos e não pelos sonhos.


Onde está Deus, está a alegria, mas, onde está Deus, aí está também a responsabilidade. Empregue as faculdades que lhe foram emprestadas, em benefício de todos, pois, quando a morte chega, você terá tudo quanto deu aos outros. Aqui e acolá, que o amor de Deus possa ser visto por seu intermédio.

o     Ernest O Brien

quinta-feira, 20 de novembro de 2014


Sinceramente

Se você efetivamente deseja cooperar com Jesus, nada conseguirá arredá-lo do propósito de servir.


Mesmo sob circunstâncias adversas, saberá encontrar recursos para que o bem se manifeste através de suas mãos.

Ao invés de inspirarem-lhe desânimo, os percalços naturais do caminho ser-lhe-ão apelos à perseverança e convites ao devotamento.

Não perderá tempo reclamando situações de privilégio ou esperando condições mais favoráveis ao cumprimento do dever.

Por mais insignificante que considere a sua tarefa, procurará desempenhá-la com a responsabilidade daqueles aos quais a vida já confiou encargos maiores.


Se acontecimentos inesperados lhe impuserem limitações ao campo de ação pessoal, não se acanhará de tornar às suas próprias origens no serviço de natureza espiritual com a alegria e com a esperança que lhe assinalaram os primeiros passos na senda do aperfeiçoamento.


Compreenderá que todo sofrimento é lição, agradecendo à dor a experiência adquirida na cartilha da provação.

Preferirá ser desagradado pelos que ainda não conseguem aceitá-lo como é, do que desagradar a consciência que lhe ensina a ser melhor a cada dia que passa.


Na companhia de amigos, ou solitário, seguirá adiante sem se deixar absorver exclusivamente pelos compromissos de ordem material, lutando, a todo custo, pela emancipação íntima, reconhecendo que toda construção sólida no reino do espírito se alicerça no sacrifício.


Se você sinceramente deseja acompanhar o Mestre na jornada de volta para Deus, tome a sua cruz sobre os ombros e não O perca de vista, em meio às surpresas e desafios da estrada.

André Luiz

quarta-feira, 19 de novembro de 2014


Justiça na Espiritualidade

Como atua o mecanismo da Justiça no Plano Espiritual?
ANDRÉ LUIZ:


No mundo espiritual, decerto, a autoridade da justiça funciona com maior segurança, embora saibamos que o mecanismo da regeneração vige, antes de tudo, na consciência do próprio indivíduo.


Ainda assim, existem aqui, como é natural, santuários e tribunais, em que magistrados dignos e imparciais examinam as responsabilidades humanas, sopesando-lhes os méritos e deméritos.


A organização do júri, em numerosos casos, é aqui observada, necessariamente, porém, constituída de Espíritos integrados no conhecimentos do Direito, com dilatadas noções de culpa e resgate, erro e corrigenda, psicologia humana e ciências sociais, a fim de que as sentenças ou as informações proferidas se atenham à precisa harmonia, perante a Divina Providência, consubstanciada no amor que ilumina e na sabedoria que sustenta.


Há delinquentes tanto no plano terrestre quanto no plano espiritual, e, em razão disso, não apenas os homens recentemente desencarnados são entregues a julgamento específico, sempre que necessário, mas também as entidades desencarnadas que, no cumprimento de determinadas tarefas, se deixam, muitas vezes, arrastar a paixões e caprichos inconfessáveis.


É importante anotar, contudo, que quanto mais baixo é o grau evolutivo dos culpados, mais sumário é o julgamento pelas autoridades cabíveis e, quanto mais avançados os valores culturais e morais do indivíduo, mais complexo é o exame dos processos de criminalidade em que se emaranham, não só pela influência com que atuam nos destinos alheios, como também porque o Espírito, quando ajustado à consciência dos próprios erros, ansioso de reabilitar-se perante a vida e diante daqueles que mais ama, suplica por si mesmo a sentença punitiva que reconhece indispensável à própria restauração.

André Luiz

segunda-feira, 17 de novembro de 2014


Podemos Perguntar?

É preocupação de muita gente dirigir-se aos espíritos, através de médiuns, espíritas ou não, para pedir conselhos, orientações, fazer perguntas... Em O LIVRO DOS MÉDIUNS (cap. XXVI – item 291 –, questão 17), encontramos a seguinte questão: “ 17.Podem pedir-se conselhos aos Espíritos ?” E a resposta:  “Sim, certamente; Os bons Espíritos jamais recusam ajudar àqueles que os invocam com confiança, principalmente naquilo que toca à alma; mas repelem os hipócritas, os que tem o ar de pedirem a luz mas que se comprazem nas trevas.”

Como isso se procede ? Procura-se um Centro, um médium, lança-se a questão e obtemos a resposta? Aqui é preciso fazer algumas considerações:


1) Para se obter respostas e conselhos dignos de confiança, é preciso que seja feito em ambientes honestos, com médiuns conhecidos, para evitar fraudes de médiuns e espíritos; 2) O consulente deverá ter coerência na pergunta, que busque o bem e o progresso, seu ou de terceiros; 3) Havendo frivolidade nas perguntas, sujeita-se a obter respostas fraudulentas, também frívolas, de espíritos pouco interessados no bem e no progresso das criaturas, respondendo a tudo, sem o menor compromisso com a verdade...


Porém, há um equívoco a sanar: Imagina-se que o pedido de conselho aos Espíritos. Benfeitores, aos Amigos Espirituais ou Protetores, dá-se apenas através de médiuns nas reuniões mediúnicas. Breve consulta em O LIVRO DOS ESPÍRITOS e encontraremos nas questões 489 a 521, amplos comentários sobre ANJOS GUARDIÃES, ESPÍRITOS PROTETORES, FAMILIARES OU SIMPÁTICOS, com as respostas dos Espíritos Codificadores, acrescidas de comentários do Codificador, sobre esse magno assunto. São eles, os amigos espirituais, a quem todos podemos nos dirigir, pela prece – sem interferência de médiuns –, para pedir conselhos nas dificuldades morais ou nos diversos problemas que todos enfrentamos. Sua ação orientadora é oculta, discreta, porém sempre presente ...

Orson Carrara

domingo, 16 de novembro de 2014


Entendamo-nos

"Mas, sobretudo, tende ardente caridade uns para com os outros." Pedro. (I PEDRO, 4:8.)



Não existem tarefas maiores ou menores. Todas são importantes em significação.


Um homem será respeitado pelas leis que implanta, outro será admirado pelos feitos que realiza. Mas o legislador e o herói não alcançariam a evidência em que se destacam, sem o trabalho humilde do lavrador que semeia o campo e sem o esforço apagado do varredor que contribui para a higiene da via pública.


Não te isoles, pois, no orgulho com que te presumes superior aos demais.


A comunidade é um conjunto de serviço, gerando a riqueza da experiência. E não podemos esquecer que a harmonia dessa máquina viva depende de nós.


Quando pudermos distribuir o estímulo do nosso entendimento e de nossa colaboração com todos, respeitando a importância do nosso trabalho e a excelência do serviço dos outros, renovar-se-á a face da Terra, no rumo da felicidade perfeita.


Para isso, porém, é necessário nos devotemos à assistência recíproca, com ardente amor fraterno...


Amemos a nossa posição na ordem social, por mais singela ou rudimentar, emprestando ao bem, ao progresso e à educação as nossas melhores forças.


Seremos compreendidos na medida de nossa compreensão.
Vejamos nosso próximo, no esforço que despende, e o próximo identificar-nos-á nas tarefas a que nos dedicamos.


Estendamos nossos braços aos seres que nos cercam e eles nos responderão com o melhor que possuem.
O capital mais precioso da vida é o da boa-vontade.


Ponhamo-lo em movimento e a nossa existência estará enriquecida de bênçãos e alegrias, hoje e sempre, onde estivermos.

Emmanuel

sábado, 15 de novembro de 2014

Amor, não aquele sentimento que insistimos chamar por amor, mas aquele que os espíritos de luz nos chamam a conhecer, aquele que Cristo veio nos ensinar, aquele que se unifica com a caridade, com a doação, com a fraternidade. O verdadeiro amor.


Pequeno trecho de um texto escrito por Madre Teresa de Calcutá:




"(...) A mais bela de todas as coisas?



O AMOR.




A inteligência sem amor, te faz perverso.
A justiça sem amor, te faz implacável.
A diplomacia sem amor, te faz hipócrita.
O êxito sem amor, te faz arrogante.
A riqueza sem amor, te faz avaro.
A docilidade sem amor te faz servil.
A pobreza sem amor, te faz orgulhoso.
A beleza sem amor, te faz ridículo.
A autoridade sem amor, te faz tirano.
O trabalho sem amor, te faz escravo.
A simplicidade sem amor, te deprecia.
A oração sem amor, te faz introvertido.
A lei sem amor, te escraviza.
A política sem amor, te deixa egoísta.
A fé sem amor te deixa fanático.
A cruz sem amor se converte em tortura.
A vida sem amor... não tem sentido..."
 
Texto copiado do blog janelaespirita.blogspot.com.br

sexta-feira, 14 de novembro de 2014


Diante da Perfeição

“Sede perfeitos como Nosso Pai Celestial!”


Esta foi a advertência do Senhor ao nosso coração de aprendizes. Todavia, à maneira do verme, contemplando a estrela longínqua, sabemos quão imensa é a distância que nos separa da meta.


Impedimentos, compromissos e inibições fluem do nosso “ontem”, asfixiando-nos, a cada momento de hoje, o anseio de movimentação para a luz.


Entretanto, se ainda nos situamos tão longe do justo aprimoramento que nos integrará na magnificência divina, é imperioso começar a grande romagem, oferecendo ao avanço as melhores forças.


Ninguém exige sejas de imediato o paradigma do amor que o Mestre nos legou, mas podes ser, desde agora, o cultor da compreensão e da gentileza dentro da própria casa.


Ninguém te pede a renúncia integral aos bens que te enriquecem os dias terrestres, no entanto, podes doar, de improviso, a migalha de que te sobre ao conforto doméstico, em auxílio ao companheiro necessitado.


Ninguém esperas desempenhes, ainda hoje, o papel de herói na praça pública, mas podes calar, sem detença, a palavra escura ou amargosa capaz de emergir de teu coração para os lábios.


Ninguém aguarda sejas o remédio para todas as doenças, entretanto, ainda hoje, podes ser a enfermagem diligente, balsamizando as úlceras dos enfermos relegados ao abandono.

Ninguém te solicita prodígios, em manifestações prematuras de fé, mas podes ser, sem delonga, o reconforto que ampare a quantos atravessam as sarças do caminho.

Lembra a semente que te regala o corpo e aprendamos a começar.

A planta que era ontem simples promessa, hoje é garantia do pão que te supre a mesa.


As maiores e mais famosas viagens iniciam-se de um passo.

Esforcemo-nos por fazer o melhor ao nosso alcance, desde agora, e a perfeição ser-nos-á, um dia, preciosa fonte de bênções, descortinando-nos o porvir.

Emmanuel

Do livro: Nascer e Renascer, psicografia de Francisco Cândido Xavier.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014


Almas
Ó solitário das estradas,
Desventurado pensador,
Há no caminho “almas penadas”
Que vão clamando desoladas
A dor e o pranto, o pranto e a dor!...

Vós, que o silêncio amais no mundo,
Em orações ao pé do altar,
Sob as arcadas silenciosas,
Almas feridas, desditosas,
Oram convosco a soluçar.

Ao descansardes, meditando,
À sombra de árvores em flor,
Sabei que às vezes sois seguidos
Pelas angústias dos gemidos,
De almas chagadas no amargar.

Clareie a luz do sol-nascente,
Negreje a treva na amplidão,
Gemem na Terra muitos seres
Pelos amargos padeceres
Depois da morte, na aflição.

Dai-lhes dos vossos pensamentos
Consolação que adoce a dor,
Dai um conforto à desventura,
A prece cheia de ternura,
Algo de afeto, algo de amor!...
Auta de Souza
Do livro: Parnaso de Além-Túmulo, psicografia de Francisco Cândido Xavier.