segunda-feira, 31 de março de 2014

Ação Mediúnica


 
Ação Mediúnica
 
 
Conhecida em todos os tempos da cultura sócio-histórico-antropológica, na Terra, têm-se manifestado a ação mediúnica através de complexas expressões.


Nabucodonosor, o célebre rei da Assíria, com frequência era visitado por entidades perversas, assumia postura chocante sob a injunção de doloroso fenômeno obsessivo que o maltratava mediunicamente.


Akenathon, o insigne faraó egípcio, inspirado por excelentes Numes Tutelares, penetrou, psiquicamente, no mundo espiritual, oferecendo nobre visão de Deus, através da deidade Athon representada no Astro-rei, que se faz presente em tudo e sustenta a vida...


Pitágoras, iniciado na comunicação com os espíritos, ensinava as técnicas de educação espiritual, no seu santuário em Crotona. Domício Nero, déspota e alienado, sofria a visita mediúnica da genitora e da esposa, que ele assassinara.

Na esfera do Cristianismo, as comunicações eram comuns, e o Apóstolo Paulo, escrevendo aos coríntios, apresentou a "variedade de dons" mediúnicos que se encontram presentes nas criaturas.


Francisco de Assis ou Tereza de Ávila, Condorcet ou Voltaire, Schumann ou Schiller, para citar apenas alguns, foram instrumentos dos Imortais, que lhes tangiam as cordas sensíveis da alma, trazendo do Mundo Maior as belas páginas de diversificada cultura e arte que ainda deslumbram e comovem a humanidade.
 
Joanna de Ângelis
 
ATENÇÃO!
Palestra de Frederico Menezes,  com o título "Morrer, e depois?",
no auditório da Faculdade de Direito de Sousa, na rua Sinfrônio Nazaré,
Sousa, no dia 19.04.2014, sábado, as 20:00h.

 
 
 No domingo dia 20.04.2014, as 09:00h, na Casa do Caminho BR 230, km 470, 
 seminário "MORRER, E DEPOIS?",

domingo, 30 de março de 2014

Entre as Rotas do Mundo






Foto acima de Casimiro (99).
Palestra de Frederico Menezes,  com o título "Morrer, e depois?",
no auditório da Faculdade de Direito de Sousa, na rua Sinfrônio Nazaré,
Sousa, no dia 19.04.2014, sábado, as 20:00h.
 
 No domingo dia 20.04.2014, as 09:00h, na Casa do Caminho BR 230, km 470, 
 seminário "MORRER, E DEPOIS?",
 
Entre as Rotas do Mundo

Admira o trabalho do vento que desmancha a névoa a perambular no caminho...



Os raios caniculares do sol que alcatifam o horizonte, jorrando reverberações de ouro em chamas...



A leve poeira de pólem das flores que se eleva a dançar pelos ares fertilizando a campina em ondas de encantamento...

A brisa cantora, amansando as vagas espumosas e multicores no escachoar das catadupas, em sons dispersos...



O perfume que habita o seio da rosa ou que denuncia o fruto amadurecido...



As línguas de fogo que lambem o lixo informe, ao rufar das labaredas, em largo cortejo de esplendores...



A poalha de grânulos cintilantes da imensidade recheada de astros...

Em tudo isso, - criações que te não podem passar desapercebidas – há uma idéia básica que plasma, um pendor de bondade que provê, um toque de beleza que
ameniza... Tudo isso fala em amor, amor de Deus, - o Princípio da Caridade em todos os idiomas...



Quanto recebes da vida sem dependeres um só ceitil!



Tais espetáculos a Natureza oferece pelo contentamento maternal de ver-te feliz em seus dons inefáveis.



É o bem pelo próprio bem que Deus nos endereça.



É o bem, que se faz por simples prazer.



O Sol, o vento ou a água nada reclama.



Ensinam-nos a amar sem nada pedir; a amar sempre sem exigir cousa alguma.



Segue assim a Celeste Orientação entre as rotas do mundo.



Atende a todas as escudelas de pedintes, por onde passes, mas não te satisfaças apenas, com isso; o irmão comum é nosso próprio familiar.




Deixa que a emoção te tanja as fibras da alma em mil tonalidades de carinho, diante da eloqüência de um sorriso infantil, da aflição de uma lágrima da velhice, da
impetuosidade ou da incerteza de um olhar da juventude...



O exemplo é o mais poderoso imã do espírito.



A necessidade marcha em rodízio de vida em vida, de destino em destino.



O dinheiro e as posses do corpo, ao fim da viagem terrestre, são sempre quais punhados de lama e pó que tentamos reter debalde e que nos escapam, inapelavelmente, por entre os próprios dedos.



Aconchega em teu coração, os arroubos de fazer o bem pelo prazer que o bem te proporciona com a única idéia preconcebida; a de criar alegria para as criaturas de Deus e dar aos que te rodeiam pelo menos leve parcela de amor do Amor Infinito que Deus nos dá.

 

o     Maria Celeste


 

o    Do livro Ideal Espírita, psicografia de  Francisco Cândido Xavier.

sábado, 29 de março de 2014

Médiuns: Ontem e Hoje


 

Médiuns: Ontem e Hoje


Decididamente você tem razão quando se reporta à felonia sutil dos adversários gratuitos do Espiritismo, quando expõem os médiuns da atualidade a toda sorte de injúrias.

- “Basta que alguém se disponha a servir entre as duas esferas, para que lhe amargue a vida que passa, então, a ser criticada e politicada por toda gente”, - afirma você com larga dose de pessimismo.



Entretanto, se meditar demoradamente, cotejando a posição dos médiuns de hoje com os médiuns de ontem, re
conhecerá que as dificuldades modernas são simples operações do campo opinativo, resultando sempre em propaganda maior das verdades eternas, enquanto que os entraves do pretérito emolduravam invariavelmente a asfixia da revelação e a morte dos medianeiros.



Há pouco mais de duzentos anos
espíritos notáveis, quais Voltaire e Benjamim Franklin já se encontravam no mundo, trabalhando pela libertação mental do povo, todavia, quem nessa época se atreveria a falar na sobrevivência da alma, sem os figurinos teológicos? Quem poderia enunciar conceito mais amplo da fraternidade humana ou referir-se aos fundamentos da evolução?



Persegui
dores sistemáticos mantinham-se a postos.



Tudo o que esca
passe ao metro estabelecido para os assuntos da , transpirava heresia. E desde o Tratado de Paris, em 1229, assinado sobre o sangue dos albigenses, a Inquisição havia nascido para depurar os hereges e acomodá-los às trevas da intolerância.



Quem procurasse enxergar a
verdadeira posição de Jesus, quem se propusesse à livre interpretação das letras sagradas, quem admitisse a dignidade individual nas vítimas da escravidão a quem se abalançasse a mostrar faculdades medianímicas era chamado a inquéritos aviltantes, padecendo, de imediato, a segregação em masmorras inacessíveis, sob o capricho delituoso de príncipes e sacerdotes, magistrados e qualificadores inconscientes. E consumada a detenção da criatura infeliz, que se dispunha a pensar por si, começava o suplício lento pelo qual as autoridades caridosas disputavam a Satanaz a alma cândida e valorosa que persistia em acreditar na liberdade do pensamento. Iniciava-se o processo condenatório, a preço de confissões extorquidas à fome, quando os instrumentos de martírio não funcionavam em recintos infectos, nos segredos da noite. Encarceravam-se-lhes os parentes, para informes especiais. Arrancavam-se depoimentos de réus contra réus para que as indicações caluniosas alcançassem o objetivo. O ódio começava as sentenças para que o medo as completasse. E estabelecida à suposta criminalidade da vítima, confiscava-se-lhe os bens, que passavam, quase sempre, ao domínio dos delatores, erguidos à condição de profissionais da mentira e da infâmia, com vistas a escusos fins.

Se o condenado era
homem, mais depressa era arrancado à cama podre do cárcere para fogueira conveniente, mas se fosse mulher, ampla demora experimentava no calabouço para que se profanassem os sentimentos, pelos aguilhões da necessidade, ou pelo acicate do desespero, antes que fosse entregue ao socorro da morte.



Aos padecimentos físicos e morais, nas celas apertadas e
tidas, acrescentava-se o estigma sobre os descendentes que, fora das grades, eram compelidos a exílio certo pelo sarcasmo do populacho e a muitos deles, para que se lhes terrificasse o ânimo, enviava-se, de antros invioláveis, os cabelos e olhos, as orelhas e as mãos, de pessoas queridas, quanto os prisioneiros se extinguiam de dor, sem possibilidade de exibição pública nos solenes autos-de-fé.



A degradação extrema e o flagelo irremediável constituíam resposta legal a todo impulso de emancipação religiosa, em quase todas as linhas da civilização, somente há dois outros séculos, com os mais celebrados tribunais de tortura, em nome do Cristo, o divino condenado à morte por haver ensinado a paternidade de Deus, a responsabilidade da consciência e o amor puro entre os homens.



Como vê, não precisamos vascolejar o lixo do tempo para descobrir as conquistas da Humanidade e exaltá-las com a nossa admiração.



Não podemos negar que os médiuns da atualidade estão expostos à incompreensão e à ironia de muitos, pois a ignorância é joio habitual na lavoura do progresso, entretanto, a lógica vem subindo de cotação entre os homens e todo intérprete dos desencarnados, no Espiritismo, pode responder com a palavra inarticulada do dever nobremente cumprido às campanhas de insulto e difamação, reconhecendo-se que a criatura humana, não vale simplesmente pelos princípios que exponha, mas, acima de tudo, pela vida que se decida a viver.



Dito isso, meu caro, e para que não nos alonguemos em ociosa argumentação, conduzamos nossa bandeira de imortalidade para diante, oferecendo ao Cristo e ao próximo o melhor de nós mesmos, a cavaleiro da calúnia e da crueldade, por que enquanto o mundo não se houver convertido em Reino de Deus, a boca de maledicência na Terra é como a boca da noite que não se fecha para ninguém.

Irmão X

Do livro Relatos da Vida, psicografia de Francisco Cândido Xavier.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Serenidade


 
Serenidade

Tão almejada por todos e tão pouco encontrada no rol dos tesouros da alma, este estado do Espírito é conquista de quem disciplina suas emoções.



Procurar conhecer-se e analisar o que está, primariamente, acionando as reações emocionais é etapa fundamental para o auto-encontro.



Exercícios mentais de direcionamento de emoções, pensamentos equilibrados e com ideal superior possibilitam a disciplina das reações. Não se busca o simples aprisionamento ou a negação das reações que desestabilizam as emoções e afastam dos estados conscienciais de maior bem estar. Procura-se o entendimento real do porquê do desequilíbrio e descontrole mental, para então, educando-se as emoções, permitir que sentimentos elevados aflorem e envolvam plenamente, permitindo a conquista da serenidade.



A meditação, a humildade, a oração, a instrução edificante, o filtrar os canais de impressão material à alma e, sobretudo, a fé, são caminhos necessários ao que almeja conquistar a preciosa serenidade.



Não esmoreça ante os percalços e frustrações nas tentativas até aqui experimentadas.



Quem se dispõe a seguir um caminho poderá não atingir a meta de imediato ou com a facilidade imaginada ao início.

Entretanto, prosseguindo vencerá os obstáculos da jornada e, persistindo até o final, chegará ao tão anelado objetivo.

A cada passo mais próximo estará da meta.



O amparo possível é sempre oferecido ao que busca, por isso mantenha a intenção e, com o tempo, os frutos da serenidade brindar-lhe-ão a existência.

 

Josué

quinta-feira, 27 de março de 2014

O Cristão que Voltou


 
O Cristão que Voltou

Conta-se que certo cristão de recuados tempos, após reconhecer a grandeza do Evangelho, tomou-se de profunda ansiedade pela completa integração com o Senhor. Ouvia, seguidos de paz celeste, as preleções dos missionários da Revelação Divina e, embora tropeçasse nos caminhos ásperos da Terra, permanecia em perene contemplação do Céu, repetindo:



Jamais serei como os outros homens, arruinados e falidos na fé! Oh! meu Salvador, suspiro pela eterna união contigo!



De fato, conquanto não guardasse o fingimento do fariseu, em pronunciando semelhantes palavras, fixava as lutas e fraquezas do próximo, com indisfarçável horror.



Assombravam-no os conflitos humanos e as experiências alheias repercutiam-lhe na alma angustiosamente. Não seria razoável refugiar-se na oração e aguardar o encontro divino?

Figurava-se-lhe o mundo velho campo lodoso, ao qual era indispensável fugir.



Concentrado em si mesmo, adotou o isolamento como norma a seguir no trato com os semelhantes. Desligado de todos os interesses do trabalho humano, vivia em prece contínua, na expectativa de absoluta identificação com o Mestre. Se alguma pessoa lhe dirigia a palavra, respondia receoso, utilizando monossílabos apressados. Pesados tributos de sofrimento exigia a vida de bocas levianas e insensatas e, por isso, temia oferecer opiniões e pareceres. Nas assembleias de oração, quase nunca era visto em companhia de outrem. Desvara-se de tudo e de todos na sua sede de Jesus Cristo. À noite, sonhava com a sublime união e, durante o dia, consagrava-se a longos exercícios espirituais, absorvidos na preparação do dia glorioso.



Nem por isso, contudo, a vida deixada de acenar-lhe ao espírito, convidando-lhe o coração ao esforço ativo. No lar, no templo, na via pública, o mundo chamava-o a pronunciamento em setores diversos. Entretanto, mantinha-se inflexível. Detestava as uniões terrestres, desdenhava os laços afetivos que unem os seres e, zombava de todas as realizações planetárias e punha toda a sua esperança na rápida integração com o Salvador. Se encontrava companheiros cogitando de serviços políticos, recordava os tiranos e os exploradores da confiança pública, asseverando que semelhantes atividades constituíam um crime. À frente de obrigações administrativas, afirmava que a secura e a dureza caracterizam a atitude dos que dirigem as obras terrenas e, perante os servidores leais em ação, classificava-os à conta de bajuladores e escravos inúteis.

Examinando a arte e a beleza, desfazia-se em acusações gratuitas, definindo-as por elementos de exaltação condenável da carne transitória e, observando-a ciência, menoscabava-lhe as edificações. Unir-se-ia a Jesus, - ponderava sempre – e jamais entraria em acordo com a existência no mundo.



Se companheiros abnegados lhe pediam colaboração em serviços terrestres, perguntava:



Para quê?



E acrescentava:



Os felizes são bastante endurecidos para se aproveitarem de meu concurso, e os infelizes bastante desesperados, merecendo, por isso mesmo, a purificação pela dor. Não perturbarei meu trabalho, seguirei ao encontro de meu Senhor. E de tal modo viveu apaixonado pela glória do encontro celeste que se retirou, um dia, do corpo, pela influência da morte, revestido de pureza singular. Na leveza das almas tranquilas, subiu, orgulhoso de sua vitória, para ter com o Senhor e com Ele identificar-se para sempre.

No esforço de ascensão, passou por velhos desiludidos, mães atormentadas, pois sofredores, jovens sem rumo e espíritos informados de todas sorte... Não lhes deu atenção, todavia. Suspirava por Cristo, pretendia-lhe a convivência para a eternidade.



Peregrinou dias e noites, procurando ansiosamente, até que, em dado instante, lhe surgiu aos olhos maravilhados um palácio deslumbrante. Luzes sublimes banhavam-no todo e, lá dentro harmonias celestes se fazem ouvir em deliciosa surdina.

O crente ajoelhou-se e chorou de júbilo intenso. Palpita-lhe descompassado o coração amante. Ia, enfim, concretizar o longo sonho.



Contudo, antes que se dispusesse a bater junto à portaria resplandecente, apareceu-lhe um anjo, diante do qual se prosterna, extasiado e feliz. Quis falar, mas não pôde. A emoção embargava-lhe a voz, todavia, o mensageiro afagou-lhe a fronte e exclamou compassivo:



Jesus compadeceu-se de ti e mandou-me ao teu encontro.



Estamos no Reino do Senhor? – inquiriu, afinal, o crente venturoso.

Sim, respondeu o emissário angélico, - temos à frente o início de vasta região bem-aventurada do Reino.



Posso entrar? – indagou o cristão contente.



O anjo fixou nele o olhar melancólico e informou.



Ainda não meu amigo.



E ante o interlocutor, profundamente decepcionado, continuou:

Realizaste a fiel adoração do Mestre, mas não executaste o trabalho do Pai. Teu coração em verdade palpitou pelo Cristo, entretanto, Jesus não se enfeita de admiradores apaixonados como as árvores que se adornam de orquídeas. Não pede cortejadores para a sua glória e sim espera que todos os seus aprendizes sejam também glorificados. Por isso, em sua passagem pela Terra nunca se afirmou proprietário do mundo ou doador das bênçãos. Antes, atendeu a todos os sublimes deveres do serviço comum e convidou os homens a cumprir os superiores designos do nosso Eterno Pai. Não deixou os discípulos diretos, aos quais chamou amigos, na qualidade de flores ornamentais de sua doutrina e sim na categoria de sal da Terra destinado à glorificação do gosto de viver. Estabelecera-se longa pausa que o mísero desencarnado não ousou interromper. O mensageiro, porém, acariciando-o, com bondade, observou ainda:

Volta, meu amigo, e completa a realização espiritual! Não procures Jesus como admirador apaixonado, mas inútil... Torna ao plano terrestre, luta, chora, sofre e ajuda no círculo dos outros homens! A dor conferir-te-á dons divinos, o trabalho abrir-te-á portas benditas de elevação, a experiência encher-te-á o caminho de infinita luz e a cooperação entregar-te-á tesouros de valor imortal! Não necessitarás, então, procurar o Senhor, como quem busca um ídolo, porque o Senhor te procurará como amigo fiel! Volta e não temas!



Nesse momento, algo aconteceu de inesperado e doloroso. Desapareceram o palácio, o anjo e a paisagem de luz...

Estranha escuridão pesou no ambiente e, quando o pobre desencarnado tornou a sentir o beijo da luz nos olhos lacrimosos, encontrava-se, no mesmo lar modesto de onde havia saído, ansioso agora por retomar o trabalho da realização divina noutra forma carnal.

Irmão X

Do Livro Coletâneas do Além, psicografia de Francisco Cândido Xavier.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Amor


 
Amor

Quem verdadeiramente ama nunca se preocupa em ser amado.

O amor não faz exigência de nenhuma espécie, não impõe condições, não traça normas, não cobra retorno.

Aquele que reclama de sacrifício e renúncia desconhece o que é amor.



O amor é devotamento extremo, entrega absoluta, abnegação completa, doação desinteressada.



Por enquanto, amamos muito mais a nós mesmos do que amamos a Deus e ao próximo. Isto é egoísmo.



A distância que existe entre nós e o próximo, em essência, e a mesma que existe entre nós e Deus.



Aprendamos a ceder de nós mesmos renunciando aos nossos interesses pessoais.



Exercitemos o desprendimento.



Busquemos dar alegria, invés de nos colocarmos na expectativa de recebê-la.



Não esperemos que os outros girem na órbita de nossos caprichos, à feição de satélites em torno do Sol.



Não nos esqueçamos de que o amor não é uma algema que escraviza, mas sim um laço consentido parte a parte.

Irmão José

terça-feira, 25 de março de 2014

Deus




Lívia com o canudo de Arquiteta na mão.
Parabéns pelo título acadêmico.
Agradeçamos, pois tudo emana de Deus.
 
Deus

Devemos considerar Deus como a causa primeira de todas as coisas, o ponto de partida de tudo! 


É natural que julguemos uma causa por seus efeitos, mesmo quando não vemos a causa, pois se vemos um pássaro morto e verificamos que o óbito se deu por um tiro, concluímos que alguém o fez, sem necessariamente termos visto o atirador. É observando-se os efeitos que se chega ao conhecimento da causa! 


Por conseguinte, podemos concordar, que todo efeito inteligente, teve, por sua vez, uma causa inteligente.


Pois então, se perguntássemos a um Pesquisador, quem construiu as Pirâmides do Egito? e o mesmo dissesse que ela se fez por si ou a um Pintor, quem pintou a Mona Lisa? e o mesmo dissesse que ela se formou ao acaso, certamente diríamos que os dois estão equivocados. Analisando a extraordinária arquitetura das Pirâmides e a perfeição da Mona Lisa, podemos concluir que se elas são verdadeiras obras-primas, só podem ter sido feitas por Homens de Gênio, pois jamais diríamos que elas foram feitas por alguém ignorante e menos ainda por um animal ou pelo acaso.


Pela grosseria ou perfeição do trabalho se reconhecerá o grau de perfeição daquele que a realizou. 


Pois bem! Lancemos o olhar sobre as obras da natureza, observemos a providência, a sabedoria, a harmonia que a tudo preside e reconheceremos que nenhum homem poderia tê-la feito. Desde que admitimos não ter sido o homem, pois sua inteligência não seria capaz de produzi-la, podemos concluir que só pode ter sido obra de uma inteligência infinitamente superior (pela perfeição da obra), a de Deus!

Equipe Caminhos de Luz

segunda-feira, 24 de março de 2014

Lição de Mentor



 
Lição de Mentor

Porque se visse questionado por um de nossos colegas, quanto à necessidade do sofrimento, o Instrutor esclareceu:

- Um apólogo simples pode fornecer-nos a ideia precisa.

E continuou:


- Dizem que, após a instalação das criaturas humanas, na superfície da terra, o Ouro Nativo, o Pinheiro, o Trigo, o Cavalo, o Cão e a Ovelha, representando a Natureza, compareceram, diante do Criador, expondo-lhe o anseio de trabalhar, junto dos homens, para refletir-lhes a luz da inteligência.

- Senhor - rogou o Ouro Nativo - auxilia-me a cooperar na vida e no brilho dos homens.

O Pai Amigo recomendou, então, fosse o Ouro Nativo entregue ao fogo, de modo a purificar-se, para transformá-lo, depois, em preciosas moedas.


O Pinheiro formulou idêntica petição.


O Todo-Misericordioso enviou-o à serraria, onde lâminas diversas lhe retalharam o corpo, convertendo-o em vasta mesa de refeições.


O Trigo aproximou-se, exibindo dourados cachos, e rearticulou a rogativa.


O senhor exigiu passasse o Trigo a ser triturado, batido em massa e colocado em forno candente para torná-lo em pão.


Veio o Cavalo irrequieto e renovou o petitório. O Todo-Sábio determinou-lhe a prisão entre varais de ferro para que aprendesse a dominar-se, transportando carros e cargas.

O Cão abeirou-se dos ajustes em andamento e repetiu a prece geral.


O Pai Generoso mandou acorrentá-lo a fim de que treinasse humildade e obediência, de maneira a transformar-se num cooperador atento e fiel.


Por fim, a Ovelha reformulou a mesma súplica. O Senhor recomendou- lhe exercitar renúncia, ordenando-lhe doar a própria lã, em desapiedada tosquia em favor dos homens.

Nesse ponto de elucidação, o Orientador observou:


- Habitualmente, escutamos vocês, rogando acesso à moradia dos anjos, ansiosos todos pela ascensão aos Céus...


E como concordássemos com o pensamento exposto, rematou ele bem- humorado:


- Como é fácil de ver, o assunto é esta aí... Quem quiser retaguarda, que se arraste no chão da Terra pelos séculos que deseje; quem escolha, porém, subir aos Planos Superiores, que saiba aguentar o sofrimento e ficar firme.

 
Irmão X

Do livro Momentos de Ouro, psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Lívia (pano vermelho na cabeça) defendeu  hoje a
monografia de ARQUITETURA e foi aprovada.
Parabéns!
 Atrás sua irmã Ierma Sélida (blusa branca).