domingo, 31 de julho de 2011

FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO


Mãos que ajudam realizam um banquete espiritual e material.

Participantes da "A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos dias"
visitam A Casa do Caminho. Na foto, o Coral da Igreja canta e encanta aos
presentes.  



FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO


Necessidade da caridade, segundo S. Paulo

6. Ainda quando eu falasse todas as línguas dos homens e a língua dos próprios anjos, se eu não tiver caridade, serei como o bronze que soa e um címbalo que retine; - ainda quando tivesse o dom de profecia, que penetrasse todos os mistérios, e tivesse perfeita ciência de todas as coisas; ainda quando tivesse a fé possível, até o ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou. - E, quando houver distribuído os meus bens para alimentar os pobres e houvesse entregado meu corpo para ser queimado, se não tivesse caridade, tudo isso de nada me serviria.

A caridade é paciente; é branda e benfazeja; a caridade não é invejosa; não é temerária, nem precipitada; não se enche de orgulho; - não é desdenhosa; não cuida de seus interesses; não se agasta, nem se azeda com coisa alguma; não suspeita mal; não se rejubila com a injustiça, mas se rejubila com a verdade; tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo sofre.

Agora, estas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade permanecem; mas, dentre elas, a mais excelente é a caridade (S. PAULO, 1ª Epístola aos Coríntios, cap. XIII, vv. 1 a 7 e 13.)

7. De tal modo compreendeu S. Paulo essa grande verdade, que disse: Quando mesmo eu tivesse a linguagem dos anjos; quando tivesse o dom de profecia, que penetrasse todos os mistérios; quando tivesse toda a fé possível, até ao ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou. Dentre estas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade, a mais excelente é a caridade. Coloca assim, sem equívoco, a caridade acima até da fé. É que a caridade está ao alcance de toda gente: do ignorante, como do sábio, do rico, como do pobre, e independe de qualquer crença particular.
Daniel (de boné) conversou com o vovô Raimundo (Jabutaia).


Faz mais: define a verdadeira caridade, mostra-a não só na beneficência, como também no conjunto de todas as qualidades do coração, na bondade e na benevolência para com o próximo.

CAPÍTULO XV



FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO


EXTRAÍDO DO LIVRO "O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO",
DE ALLAN KARDEC
O vovô Casimiro (de costa) cumprimenta carinhosamente cada visitante.


 A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos dias, representada pelos
jovens, transmitem  alegria e  divulgam a importância da vivência dos
ensinos do Mestre Jesus. 


Presidente faz a leitura da 1ª Epístola aos Coríntios, do apóstolo Paulo.
Em seguida, comenta com serenidade a riqueza dos ensinamentos de Paulo.



sábado, 30 de julho de 2011

Tesouros íntimos


 

Tesouros íntimos


Se você recebesse a notícia de que a sua cidade seria destruída em poucas horas, certamente buscaria fugir o mais depressa possível. E nesse caso, o que levaria na bagagem?

Quando os soldados de Ciro, o Grande, estavam prestes a invadir a cidade de Priene, na Jônia, a população preparava-se para a fuga.

Homens e mulheres, moços e velhos atropelavam-se, em desespero, tentando salvar seus pertences mais valiosos.

Apenas um homem se mantinha calmo. Era o filósofo Bias, famoso por seus dotes de cultura, moral e virtude.

Era tão ponderado e íntegro que foi considerado um dos sete sábios da Antiga Grécia.

As pessoas, vendo-o tranquilo e sereno, perguntaram se ele não iria preparar a carga que deveria levar, e ele respondeu simplesmente: Eu trago tudo comigo.

Aquele nobre cidadão guardava consigo os patrimônios mais valiosos da retidão, bondade e inteligência, que ninguém lhe roubaria.

E eram esses valores que lhe permitiam colocar-se acima das inquietações daquela hora e das preocupações com os bens efêmeros da Terra.

Sem dúvida, somente as pessoas que constroem essas virtudes e cultivam a fé em Deus, podem permanecer tranquilas diante de qualquer situação, por mais grave que seja.

Ante a notícia, por exemplo, de uma guerra atômica, capaz de aniquilar a raça humana, muitos se desesperariam e o caos se estabeleceria em pouco tempo.

Só aquele que edificou na própria intimidade, os valores imperecíveis, manteria a calma.

Teria a certeza da Providência Divina e da sobrevivência da alma. A lógica e a razão lhe dariam a convicção de que, se tudo fosse destruído, nós continuaríamos a viver, pois somos imortais.

Estaria certo de que Deus não nos deixará ao desamparo. Se não houver condições de vida na Terra, o Senhor nos dará outro lugar para morar, pois na Sua casa, que é o Universo infinito, há muitas moradas.

* * *

O medo, a insegurança e o desejo de posse têm sido os grandes responsáveis pelo desespero e a depressão de muitas criaturas.

A insegurança, filha da falta de fé, gera uma espécie de ansiedade que facilmente conduz à depressão, infelicitando e matando a esperança.

O desejo desequilibrado de posse é um forte componente para o nascimento e a sustentação da violência e do desespero.

A vida agitada, as privações materiais, as provações morais, os conflitos de convivência familiar ou social, só serão superados com tranquilidade por aqueles que cultivam a paz na intimidade.

Esses, e somente esses, é que permanecerão serenos diante de qualquer situação, por mais grave que seja. A exemplo do filósofo Bias, dirão: Eu trago tudo comigo.

A esse estado de alma é que Jesus se referia falando dos tesouros que a traça não come nem a ferrugem corrói, e que ladrão nenhum rouba. São bens eternos e indestrutíveis.

* * *

Você é um ser criado para a eternidade. É como uma chama que jamais se apagará.

Procure cultivar as virtudes que o libertarão das misérias próprias da inferioridade humana.

E lembre-se sempre: Você é herdeiro de Deus. O Universo lhe pertence.

Para conquistá-lo basta fazer a parte que lhe cabe nesta bendita escola chamada Terra, que representa um grão de areia diante do Infinito.

Por tudo isso vale a pena começar agora a cultivar os tesouros morais que nos credenciarão ao voo definitivo rumo à grande luz, rumo aos altos cimos, onde a felicidade já é uma realidade.

Pense nisso!


Autor:
Redação do Momento Espírita, com base no cap. Depressão, do livro Temas de hoje, problemas de sempre, de Richard Simonetti, ed. Boa Nova. Disponível no CD Momento Espírita, v. 6, ed. Fep.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Porque não somos somente ESPÍRITAS?


Evangelização com Jesus.

Porque não somos somente ESPÍRITAS?

Com esta profusão de manifestos, de questionamentos do porque não se vêem espíritas 'ortodoxos' nos centros, com as famigeradas brigas entre os 'cientificistas' e os 'místicos'(que já vem desde o tempo de Bezerra de Menezes), fico a me perguntar: Porque ninguém se satisfaz somente em ser Espírita?

Kardec deixou claro que se reconhece um espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que faz para domar suas más inclinações, além de que o Espiritismo é uma questão de convicção íntima e não imposição, portanto, a partir do momento em que decido estudar e conformar minha conduta com os preceitos da Doutrina Espírita eu sou espírita.

A razão é a pedra fundamental para o entendimento da vida e da Doutrina Espírita, mas sem o coração disciplinado, acabamos fascinados por qualquer um que fale de amor e caridade, pois sem a disci plina não exercitamos nossa capacidade de analisar, de avaliar, de criticar.

Entretanto, se o coração precisa ser disciplinado, por que não disciplinamos também a razão? Ela não tem supremacia total, embora a sua importância.

E diante disto, fico a pensar: realmente entendemos a proposta espírita?

Não, não acusem os outros. Não apontem os dedos, a não ser para si mesmos.

Autoconhecimento é a capacidade de se analisar e se compreender.

Então, é uma boa dica para compreendermos o porque destas atitudes que de espíritas não tem nada!

O Evangelho segundo o Espiritismo não faz parte da codificação? Porque? Porque em vez de consequências morais, Kardec mencionou religiosas? No fundo, no fundo, não há distinção entre estas duas palavras. A diferença maior são as atitudes que tomamos pela compreensão ou imcompreensão delas.

Por isto, não devemos procurar míst icos ou cientificistas num centro, mas ESPÍRITAS somente! Espíritas que vivam e conheçam verdadeiramente, como ansiava Herculano Pires, o Espiritismo.

Ainda questionam a autoridade que teria Kardec ao emitir uma opinião... Meu Deus, não vamos santificá-lo, não é isso que ele queria.

Ele não é nem desejava ser o máximo pontífice do Espiritismo, mas, convenhamos, sua opinião não pode - nem deve - ser descartada levianamente só porque não gostamos de uma ou duas palavras...

Isto é divisionismo, falta de análise, de reflexão.

E isto é o engraçado. Todo mundo, para demonstrar opinião, muitas vezes lança-se a críticas sobre o que, em geral, conhece pouco. E não me eximo este erro.

Uns vivem a criticar o Ramatís, sem ter lido uma página sequer de sua obra. Outros criticam quem o analisa, mesmo tendo lido toda a sua obra.

Alguns aceitam cegamente as obras de Ermance Dufaux, chegando a discutir seus pontos sem analisa-los. Outros aceitam suas obras com ressalvas. Outros, enfim, não as aceitam, por terem analisado seus textos e notado erros graves, uso indevido de nomes de indivíduos espíritas que não ditariam tais textos - como Humberto de Campos -, e nem por isso saem a criar ortodoxismos da vida. Mesmo sendo alvo de críticas pelos primeiros.

Uns pregam a necessidade de críticas, de avaliações, de pesquisas para poder aceitar-se qualquer coisa que venha dos Espíritos. Outros abominam estas atitudes porque não veem motivos para duvidar de nenhum espírito, principalmente se vem através de homens 'santos' como Chico Xavier, pecando por uma idolatria que em Espiritismo não deveria prevalecer.

O respeito pelos indivíduos de conduta reta, digna deve ser mantido. E mantenho o meu pela pessoa de Chico Xavier. Médium de faculdades amplas, de postura digna. Entretanto, mesmo ele sendo uma pessoa de caráter idoneo, is to, em nada, impede que através de sua mediunidade fluam mensagens apócrifas tendo por finalidade estimular nos indivíduos à sua volta e nele mesmo a finalidade de chamar-lhes a atençao para a devida análise criteriosa das mesmas, com todo o rigor possível.

E aí me pergunto novamente: não encontramos estes apontamentos, estas explicações na Codificação?

E porque não as praticamos?

E, após tudo isto, fico a me perguntar, como no início do texto: Porque ninguém se satisfaz somente em ser Espírita?

Nem místico, nem ortodoxo, nem de direita nem de esquerda. Nem Kardecista, nem Divaldista.

Somente ESPÍRITA.

Ou, no mínimo, algo parecido com o Homem de Bem que encontramos descrito tanto no ESE quanto no LE.

Deixemos de ilusões de divisionismos, com estes movimentos que ambicionam reconstruir o Espiritismo no Brasil, sem as gangas que são os nossos de feitos.

Pois foi Kardec que afirmou que:

"Não confiando a um único espírito o encargo de promulgar a Doutrina, o mais pequenino, como o maior, tanto entre os Espíritos, quanto entre os homens, traz a sua pedra para o edifício, a fim de estabelecer entre eles um laço de solidariedade cooperativa, que faltou a todas as doutrinas decorrentes de um tronco único". [A Gênese]

Será que há uma busca por esta solidariedade ao se tentar colocar mais uma pedra neste grandioso edifício?

Será que se busca, ao se divulgar uma idéia, inteira concordância com os princípios gerais, com as leis elementares da Doutrina Espírita, seja ela de origem de um espírito encarnado, seja de um desencarnado? E quando vem deste último, tomam-se todas as precauções para evitar uma mistificação, ou para atestar sua verdade?

Estamos exercitando, de verdade, aquilo que os Espíritos definiram como o verdadeiro espírita?

E afinal, não basta ser somente espírita?

 
Obs: texto escrito tendo por base discussões na comunidade orkuteana Espiritismo sobre manifestos ortodoxos, ausência de ortodoxos nos centros espíritas, prevalência de princípios entranhos ao Espiritismo quando estes é que deveriam prevalecer numa comunidade espírita.

Fonte:analisesespiritas.blogspot
Por Anderson Carlos(Recife-PE)



quinta-feira, 28 de julho de 2011

Mensagem de Bezerra de Menezes


Mensagem de Bezerra de Menezes, recebida por Divaldo Franco na última quinta-feira, dia 14 de julho de 2011

por Mansão Do Caminho, segunda, 18 de julho de 2011 às 16:43


...Nós fomos chamados por Jesus para tornar o mundo melhor.

Não foi por acaso que na hora última a voz do Divino Pastor chegou até nós.

Não nos encontramos no mundo assinalados apenas pelos delitos e os erros pretéritos, somos os Servos do Senhor em processo de aperfeiçoamento para melhor servi-lo.

Nem a jactância dos presunçosos, nem a subestima dos que preferem a acomodação.

Servir, meus filhos, com a instrumentalidade de que disponhamos é o nosso dever.

Observamos que a seara cresce, mas os trabalhadores não se multiplicam geometricamente como seria de desejar, porque estamos aferrados aos hábitos doentios, que no momento da evolução antropológica, serviram-nos de base para a transformação do instinto em emoção edificante .

A maneira mais segura de preservar os valores do Evangelho de Jesus em nós é através da vinculação mental com o Nosso Condutor.

Saiamos da acomodação justificada de maneira incorreta para a ação. Abandonemos as reações perturbadoras e aprendamos as ações edificantes.

Sempre dizemos que necessitamos de Jesus, sem cuja Misericórdia estaríamos como náufragos perdidos na grande travessia da evolução, mas tenhamos em mente que Jesus necessita de nós, porque enquanto falamos a Ele pela oração Ele nos responde pela inspiração.

Ele age pelos nossos sentimentos através das nossas mãos. Sejam as mãos que ajudam, abençoadas em grau mais expressivo do que os lábios que murmuram preces contemplativas.

A nossa postura no mundo neste momento é de misericórdia.

Que nos importam os comentários deprimentes a nosso respeito, se valorizamos o mundo, respeitando os seus cânones e paradigmas? Não nos preocupemos com que o mundo pensa e fala de nós através de outros corações.

No belo ensinamento de Jesus na casa de Lázaro, enquanto Maria o ouve e Marta se afadiga temos uma lição extraordinária – não é necessário ficar numa contemplação de natureza egoística, mas é necessário aprender para poder servir.

A atitude de Marta é ansiosa, era a preocupação com o exterior. A atitude de Maria era iluminativa, a que parte dos tesouros sublimes da coragem e do amor, através da sabedoria, para poder melhor servir.

O serviço é o nosso campo de iluminação.

Nós outros, os companheiros da Vida Espiritual, acompanhamos as lágrimas que são vertidas pelos sentimentos de todos aqueles que nos suplicam ajuda e, interferimos com a nossa pequenez, junto ao Mestre Incomparável para que Ele leve ao Pai as nossas necessidades, mas bendigamos a dor sem qualquer laivo masoquista; agradeçamos a dor que nos desperta para a Verdade, e que nos dilui as ilusões; que faz naufragar as aventuras de consequências graves antes que aconteçam.

Estamos portanto convocados para a construção da Sociedade Nova, na qual o bem pairará soberano, como já ocorre, acima de todas e quaisquer vicissitudes.

Filhos da Alma, tende bom ânimo. Não recalcitreis contra o aguilhão nem vos permitais a deserção lamentável ou a parada perturbadora na escalada difícil da sublimação.

Jesus espera-nos, avancemos! Suplicando a Ele, o Amigo Incomparável de todos nós, envolvemos os afetuosos corações em dúlcidas vibrações de paz.

Na condição de servidor humílimo e paternal de sempre,

Bezerra

(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, ao final da conferência pública, realizada no Grupo Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro, na noite de 14 de julho de 2011).



quarta-feira, 27 de julho de 2011

JUSTIÇA DE CIMA

Justiça

JUSTIÇA DE CIMA

Quatro operários solteiros quase todos da mesma idade compareceram ao tribunal de Justiça de Cima, depois de haverem perdido o corpo físico, num acidente espetacular.

Na Terra, foram analisados por idêntico padrão.

Excelentes rapazes, aniquilados pela morte, com as mesmas homenagens sociais e domésticas.

Na vida espiritual, contudo, mostravam-se diferentes entre si, reclamando variados estudos e diversa apreciação.

Ostentando, cada qual, um halo de irradiações específicas, foram conduzidos ao juiz que lhes examinara o processo, durante alguns dias, atenciosamente.

O magistrado convidou um a um a lhe escutarem as determinações, em nome do Direito Universal, perante numerosa assembléia de interessados nas sentenças.

Ao primeiro deles, cercados de pontos escuros, como se estivesse envolvido numa atmosfera pardacenta, o compassivo julgador disse, bondoso:

- De tuas notas, transparecem os pesados compromissos que assumiste, utilizando os teus recursos de trabalho para fins inconfessáveis. Há viúvas e órfãos, chorando no mundo, guardando amargas recordações de tua influência.

E porque o interpelado inquirisse quanto ao futuro que o aguardava, o árbitro amigo observou, sem afetação:

- Volta à paisagem onde viveste e recomeça a luta de redenção, reajustando o equilíbrio daqueles que prejudicaste. És naturalmente obrigado a restituir-lhes a paz e a segurança.

Aproximou-se o segundo, que se movimentava sob irradiações cinzentas, e ouviu as seguintes considerações:

- Revelam os apontamentos a teu respeito que lesaste a fábrica em que trabalhavas. Detiveste vencimento e vantagens que não correspondem ao esforço que despendeste.

E, percebendo-lhe as interrogações mentais, acrescentou:

- Torna ao teu antigo núcleo de serviço e auxilia os teus companheiros e as máquinas que exploraste em mau sentido. É indispensável resgates os débitos de alguns milhares de horas, junto deles, em atividade assistencial.

Ao terceiro que se aproximou, a destoar dos precedentes pelo aspecto em que se apresentava, disse o juiz, generoso:

- As informações de tua romagem no Planeta Terrestre explicam que demonstraste louvável correção no proceder. Não te valeste das tuas possibilidades de serviço para prejudicar os semelhantes, não traíste as próprias obrigações e somente recebeu do mundo aquilo que te era realmente devido. A tua consciência está quite com a Lei. Podes escolher o teu novo tipo de experiência, mas ainda na Terra, onde precisas continuar no curso da própria sublimação.

Em seguida, surgiu o último. Vinha nimbado de belo esplendor. Raios de safira claridade envolviam-no todo, parecendo emitir felicidade e luz em todas as direções.

O juiz inclinou-se, diante dele, e informou:

- Meu amigo, a colheita de tua sementeira confere-te a elevação. Serviços mais nobres esperam-te mais alto.

O trabalhador humilde, como que desejoso de ocultar a luz que o coroava, afastou-se em lágrimas de júbilo e gratidão, nos braços de velhos amigos que o cercavam, contentes, e, em razão das perguntas a explodirem nos colegas despeitados, que asseveravam nele conhecer um simples homem de trabalho, o julgador esclareceu persuasivo e bondoso:

- O irmão promovido é um herói anônimo da renúncia. Nunca impôs qualquer prejuízo a alguém, sempre respeitou a oficina em que se honrava com a sua colaboração e não se limitou a ser correto para com os deveres, através dos quais conquistava o que lhe era necessário à vida. Sacrificava-se pelo bem de todos. Soube ser delicado nas situações mais difíceis. Suportava o fígado enfermo dos colegas, com bondade e entendimento. Inspirava confiança. Distribuía estímulo e entusiasmo. Sorria e auxiliava sempre. Centenas de corações seguiram-no, além da morte, oferecendo-lhe preces, alegrias e bênçãos.

A Lei Divina jamais se equivoca.

E porque o julgamento fora satisfatoriamente liquidado, o tribunal da Justiça de Cima, encerrou a sessão.


Livro: "Contos e Apólogos"- Psicografia Francisco C. Xavier - Irmão X.





terça-feira, 26 de julho de 2011

Os Mensageiros


Os Mensageiros

Lendo este livro, que relaciona algumas experiências de mensageiros espirituais, certamente muitos leitores concluirão, com os velhos conceitos da filosofia, que “tudo está no cérebro do homem”, em virtude da materialidade relativa das paisagens, observações, serviços e acontecimentos.

Forçoso é reconhecer, todavia, que o cérebro é o aparelho da razão e que o homem desencarnado, pela simples circunstância da morte física, não penetrou os domínios angélicos, permanecendo diante da própria consciência, lutando por iluminar o raciocínio e preparando-se para a continuidade do aperfeiçoamento noutro campo vibratório.

Ninguém pode trair as leis evolutivas.

Se um chimpanzé, guindado a um palácio, encontrasse recursos para escrever aos seus irmãos de fase evolucionária, quase não encontraria diferenças fundamentais para relacionar, ante o senso dos semelhantes. Daria noticias de uma vida animal aperfeiçoada e talvez a única zona inacessível às suas possibilidades de definição estivesse justamente na auréola da razão que envolve o espírito humano. Quanto às formas de vida, a mudança não seria profundamente sensível. Os pelos rústicos encontram sucessão nas casimiras e sedas modernas. A Natureza que cerca o ninho agreste é a mesma que fornece estabilidade à moradia do homem. A furna ter-se-ia transformado na edificação de pedra. O prado verde liga-se ao jardim civilizado. A continuação da espécie apresenta fenômenos quase idênticos. A lei da herança continua, com ligeiras modificações. A nutrição demonstra os mesmos trâmites. A união de família consangüínea revela os mesmos traços fortes. O chimpanzé, desse modo, somente encontraria dificuldade para enumerar os problemas do trabalho, da responsabilidade, da memória enobrecida, do sentimento purificado, da edificação espiritualenfim, relativa à conquista da razão.

Em vista disso, não se justifica a estranheza dos que lêem as mensagens do teor das que André Luis endereça aos estudiosos devotados à construção espiritual de si mesmos.

O homem vulgar costuma estimar as expectativas ansiosas, à espera de acontecimentos espetaculares, esquecido de que a Natureza não se perturba para satisfazer a pontos de vista da criatura.

A morte física não é salto do desequilíbrio, é passo da evolução, simplesmente.

À maneira do macaco, que encontra no ambiente humano uma vida animal enobrecida, o homem que, após a morte física, mereceu o ingresso nos círculos elevados do Invisível, encontra uma vida humana sublimada.

Naturalmente, grande número de problemas, referentes à Espiritualidade Superior, aí espera a criatura, desafiando-lhe o conhecimento para a ascensão sublime aos domínios iluminados da vida, O progresso não sofre estacionamento e a alma caminha, incessantemente, atraída pela Luz Imortal.

No entanto, o que nos leva a grafar este prefácio singelo, não é a conclusão filosófica, mas a necessidade de evidenciar a santa oportunidade de trabalho do leitor amigo, nos dias que correm.

Felizes os que buscarem na revelação nova o lugar de serviço que lhes compete, na Terra, consoante a Vontade de Deus.

O Espiritismo cristão não oferece ao homem tão somente o campo de pesquisa e consulta, no qual raros estudiosos conseguem caminhar dignamente, mas, muito mais que isso, revela a oficina de renovação, onde cada consciência de aprendiz deve procurar sua justa integração com a vida mais alta, pelo esforço interior, pela disciplina de si mesma, pelo auto-aperfeiçoamento.


Não falta concurso divino ao trabalhador de boa vontade. E quem observar o nobre serviço de um Aniceto, reconhecerá que não é fácil prestar assistência espiritual aos homens. Trazer a colaboração fraterna dos planos superiores aos Espíritos encarnados não é obra mecânica, enquadrada em princípios de menor esforço. Claro, portanto, que, para recebê-la, não poderá o homem fugir aos mesmos imperativos. É indispensável lavar o vaso do coração para receber a “água viva”, abandonar envoltórios inferiores, para vestir os “trajes nupciais” da luz eterna.

Entregamos, pois, ao leitor amigo, as novas páginas de André Luiz, satisfeitos por cumprir um dever. Constituem o relatório incompleto de uma semana de trabalho espiritual dos mensageiros do Bem, junto aos homens e, acima de tudo, mostram a figura de um emissário consciente e benfeitor generoso em Aniceto, destacando as necessidades de ordem moral no quadro de serviço dos que se consagram às atividades nobres da fé.

Se procuras, amigo, a luz espiritual; se a animalidade já te cansou o coração, lembra-te de que, em Espiritualismo, a investigação conduzirá sempre ao Infinito, tanto no que se refere ao campo infinitesimal, como à esfera dos astros distantes, e que só a transformação de ti mesmo, à luz da Espiritualidade Superior, te facultará acesso da fontes da Vida Divina. E, sobretudo, recorda que as mensagens edificantes do Além não se destinam apenas à expressão emocional, mas, acima de tudo, ao teu senso de filho de Deus, para que faças o inventário de tuas próprias realizações e te integres, de fato, na responsabilidade de viver diante do Senhor.

EMMANUEL

Pedro Leopoldo, 26 de fevereiro de 1944.

Extraído do livro Os Mensageiros, de André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier.











segunda-feira, 25 de julho de 2011

Missionários da Luz - Prefácio de Emmanuel


Ante os tempos novos

Enquanto a história relaciona a intervenção de fadas, referindo-se aos gênios tutelares, aos palácios ocultos e às maravilhas da floresta desconhecida, as crianças escutam atentas, estampando alegria e interesse no semblante feliz. Todavia, quando o narrador modifica a palavra, fixando-a nas realidades educativas, retrai-se à mente infantil, contrafeita, cansada... Não compreende a promessa da vida futura, com os seus trabalhos e responsabilidades.

Os corações, ainda tenros, amam o sonho, aguardam heroísmo fácil, estimam o menor esforço, não entendem, de pronto, o labor divino da perfeição eterna e, por isso, afastam-se do ensinamento real, admirados, espantadiços. A vida, porém, espera-os com as suas leis imutáveis e revela-lhes a verdade, gradativamente, sem ruídos espetaculares, com serenidade de mãe.

As páginas de André Luiz recordam essa imagem.

Enquanto os Espíritos Sábios e Benevolentes trazem a visão celeste, alargando o campo das esperanças humanas, todos os companheiros encarnados nos ouvem, extáticos, venturosos. É a consolação sublime, o conforto desejado. Congregam-se os corações para receber as mensagens do céu. Mas, se os emissários do plano superior revelam alguns ângulos da vida espiritual, falandolhes do trabalho, do esforço próprio, da responsabilidade pessoal, da luta edificante, do estudo necessário, do auto-aperfeiçoamento, não ocultam a desagradável impressão. Contrariamente às suposições da primeira hora, não enxergam o céu das facilidades, nem a região dos favores, não divisam acontecimentos milagrosos nem observam a beatitude repousante. Ao invés do paraíso próximo, sente-se nas vizinhanças de uma oficina incansável, onde o trabalhador não se elevará pela mão beijada do protecionismo e sim à custa de si mesmo, para que deva à própria consciência a vitória ou a derrota.

Percebem a lei imperecível que estabelece o controle da vida, em nome do Eterno, sem falsos julgamentos. Compreendem que as praias de beleza divina e os palácios encantados da paz aguardam o Espírito noutros continentes vibratórios do Universo, reconhecendo, no entanto, que lhes compete suar e lutar, esforçar-se e aprimorar-se por alcançá-los, bracejando no imenso mar das experiências.

A maioria espanta-se e tenta o recuo. Pretende um céu fácil, depois da morte do corpo, que seja conquistado por meras afirmativas doutrinais. Ninguém, contudo, perturbará a lei divina; a verdade vencerá sempre e a vida eterna continuará ensinando, devagarzinho, com paciência maternal.

Ao Espiritismo cristão cabe, atualmente, no mundo, grandiosa e sublime tarefa.

Não basta definir-lhe as características veneráveis de Consolador da Humanidade, são preciso também lhe revelar a feição de movimento libertador de consciências e corações.

A morte física não é o fim. É pura mudança de capítulo no livro da evolução e do aperfeiçoamento. Ao seu influxo, ninguém deve esperar soluções finais e definitivas, quando sabemos que cem anos de atividade no mundo representa uma fração relativamente curta de tempo para qualquer edificação na vida eterna.

Infinito campo de serviço aguarda a dedicação dos trabalhadores da verdade e do bem. Problemas gigantescos desafiam os Espíritos valorosos, encarnados na época presente, com a gloriosa missão de preparar a nova era, contribuindo na restauração da fé viva e na extensão do entendimento humano.

Urge socorrer a Religião, sepultada nos arquivos teológicos dos templos de pedra, e amparar a Ciência, transformada em gênio satânico da destruição.

A espiritualidade vitoriosa percorre o mundo, regenerando-lhe as fontes morais, despertando a criatura no quadro realista de suas aquisições. Há chamamentos novos para o homem descrente, do século 20, indicando-lhe horizontes mais vastos, a demonstrar-lhe que o Espírito vive acima das civilizações que a guerra transforma ou consome na sua voracidade de dragão multi-milenário.

Ante os tempos novos e considerando o esforço grandioso da renovação, requisita-se o concurso de todos os servidores fiéis da verdade e do bem para que, antes de tudo, vivam a nova fé, melhorando-se e elevando-se cada um, a caminho do mundo melhor, a fim de que a edificação do Cristo prevaleça sobre as meras palavras das ideologias brilhantes.

Na consecução da tarefa superior, congregam-se encarnados e desencarnados de boa vontade, construindo a ponte de luz, através da qual a Humanidade transporá o abismo da ignorância e da morte.

É por este motivo, leitor amigo, que André Luiz vem, uma vez mais, ao teu encontro, para dizer-te algo do serviço divino dos “Missionários da Luz”, esclarecendo, ainda, que o homem é um Espírito Eterno habitando temporariamente o templo vivo da carne terrestre, que o perispírito não é um corpo de vaga neblina e sim organização viva a que se amoldam às células materiais; que a alma, em qualquer parte, recebe segundo as suas criações individuais; que os laços do amor e do ódio nos acompanham em qualquer círculo da vida; que outras atividades são desempenhadas pela consciência encarnada, além da luta vulgar de cada dia; que a reencarnação é orientada por sublimes ascendentes espirituais e que, além do sepulcro, a alma continua lutando e aprendendo, aperfeiçoando-se e servindo aos desígnios do Senhor, crescendo sempre para a glória imortal a que o Pai nos destinou.

Se a leitura te assombra, se as afirmativas do Mensageiro te parecem revolucionárias, recorre à oração e agradece ao Senhor o aprendizado, pedindo-lhe te esclareça e ilumine, para que a ilusão não te retenha em suas malhas. Lembra-te de que a revelação da verdade é progressiva e, rogando o socorro divino para o teu coração, atende aos sagrados deveres que a Terra te designou para cada dia, consciente de que a morte do corpo não te conduzirá à estagnação e sim a novos campos de aperfeiçoamento e trabalho, de renovação e luta bendita, onde viverás muito mais, e mais intensamente.

EMMANUEL

Pedro Leopoldo, 13 de maio de 1945.



Francisco Cândido Xavier - Missionários da Luz - pelo Espírito André Luiz

domingo, 24 de julho de 2011

Os Mensageiros

A aniversariante Cidália, Igor, Wellington e Bruno.

Advertências profundas

– “Irmãos nossos – prosseguiu Telésforo, sob o calor de sagrada inspiração –, fazem-se ouvir na Terra gritos comovedores de sofrimento. Necessitamos de servidores que desejem integrar-se na escola evangélica da renúncia.

“Desde as primeiras tarefas do Espiritismo renovador, “Nosso Lar” tem enviado diversas turmas ao trabalho de disseminação de valores educativos. Centenas de companheiros partem daqui anualmente, aliando necessidades de resgate ao serviço redentor; mas ainda não conseguimos os resultados desejáveis. Alguns alcançaram resultados parciais nas tarefas a desenvolver, mas a maioria tem fracassado ruidosamente. Nossos institutos de socorro debalde movimentam medidas de assistência indispensável.

Raríssimos conquistam algum êxito nos delicados misteres da mediunidade e da doutrinação.

“Outras colônias de nossa esfera providenciam tarefas da mesma natureza, mas pouquíssimos são os que se lembram das realidades eternas, no “outro lado do véu”... A ignorância domina a maioria das consciências encarnadas. E a ignorância é mãe das misérias, das fraquezas, dos crimes. Grandes instrutores, nos fluidos da carne, amedrontam-se por sua vez, diante dos atritos humanos, e se recolhem, indevidamente, na concepção que lhes é própria. Esquecem-se de que Jesus não esperou que os homens lhe atingissem as glórias magnificentes e que, ao invés, desceu até ao plano dos homens para amar, ensinar e servir. Não exigiu que as criaturas se fizessem imediatamente iguais a Ele, mas fez-se como os homens, para ajudá-los na subida áspera.”

E, com profundo brilho no olhar, Telésforo acentuou, depois de pequeno Intervalo:
– “Se o Mestre Divino adotou essa norma, que dizer das nossas obrigações de criaturas falidas?

“Abstraindo-nos das necessidades imensas de outros grupos, procuremos identificar as falhas existentes naqueles que nos são afins.

“Em derredor de nós mesmos, os laços pessoais constituem extenso campo de atividade para o testemunho.

“Cesse, para nós outros, a concepção de que a Terra é o vale tenebroso, destinado a quedas lamentáveis, e agasalhemos a certeza de que a esfera carnal é uma grande oficina de trabalho redentor.

Preparemo-nos para a cooperação eficiente e indispensável.

Esqueçamos os erros do passado e lembremo-nos de nossas obrigações fundamentais.

“A causa geral dos desastres mediúnicos é a ausência da noção de responsabilidade e da recordação do dever a cumprir.

“Quantos de vós fostes abonados, aqui, por generosos benfeitores que buscaram auxiliar-vos, condoídos de vosso pretérito cruel? Quantos de vós partistes, entusiastas, formulando enormes promessas? Entretanto, não soubestes recapitular dignamente, para aprender a servir, conforme os desígnios superiores do Eterno.

Quando o Senhor vos enviava possibilidades materiais para o necessário, regressáveis à ambição desmedida; ante o acréscimo de misericórdia do labor intensificado, agarrastes a idéia da existência cômoda; junto às experiências afetivas, preferistes os desvios sexuais; ao lado da família, voltastes à tirania doméstica, e aos interesses da vida eterna sobrepusestes as sugestões inferiores da preguiça e da vaidade. Destes-vos, na maioria, à palavra sem responsabilidade e à indagação sem discernimento, amontoando atividades inúteis. Como médiuns, muitos de vós preferíeis a inconsciência de vós mesmos; como doutrinadores, formuláveis conceitos para exportação, jamais para uso próprio.

“Que resultado atingimos? Grandes massas batem às fontes do Espiritismo sagrado, tão só no propósito de lhe mancharem as águas. Não são procuradores do Reino de Deus os que lhe forçam, desse modo, as portas, e sim caçadores dos interesses pessoais.

São os sequiosos da facilidade, os amigos do menor esforço, os preguiçosos e delinqüentes de todas as situações, que desejam ouvir os Espíritos desencarnados, receosos da acusação que lhes dirige a própria consciência. O fel da dúvida invade o bálsamo da fé, nos corações bem intencionados. A sede de proteção indevida azorraga os seguidores da ociosidade. A ignorância e a maldade entregam-se às manifestações inferiores da magia negra.

“Tudo porque, meus irmãos? Porque não temos sabido defender o sagrado depósito, por termos esquecido, em nossos labores carnais, que Espiritismo é revelação divina para a renovação fundamental dos homens. Não atendemos, ainda, como se faz indispensável, à construção do “Reino de Deus” em nós.

“Contudo, não abandonemos nossos deveres a meio da tarefa.

Voltemos ao campo, retificando as semeaduras. O Ministério da Comunicação vem incentivando esse movimento renovador.

Necessitamos de servidores de boa vontade, leais ao espírito da fé.

Não serão admitidos os que não desejarem conhecer a glória oculta da cruz do testemunho, nem atendem aqui os que se aproximem com objetivos diferentes...

“Aqui estamos todos, companheiros da Comunicação, endividados com o mundo, mas esperançosos de êxito em nossa tarefa permanente. Levantemos o olhar. O Senhor renova diariamente nossas benditas oportunidades de trabalho, mas, para atingirmos os resultados precisos, é imprescindível sejamos seguidores da renunciação ao inferior. Nenhum de nós, dos que aqui nos encontramos, está livre do ciclo de reencarnações na Crosta. Todos, portanto, somos sequiosos de Vida Eterna. Não olvidemos, desse modo, o Calvário de Nosso Senhor, convictos de que toda saída dos planos mais baixos deve ser uma subida para a esfera superior.

E ninguém espere subir, espiritualmente, sem esforço, sem suor e sem lágrimas!...”

Nesse momento, cessou a preleção de Telésforo, que abençoou a assembléia, mostrando o olhar infinitamente brilhante e aceitando, em seguida, o braço de Aniceto, para afastar-se.

Debaixo de profunda impressão, em face das incisivas declarações do instrutor, observei que numerosos circunstantes choravam em silêncio.

Ao meu olhar interrogativo, Vicente explicou:

– São servidores fracassados.

Nesse instante, Telésforo e o nosso orientador postaram-se junto de nós.

Extraído do livro OS MENSAGEIROS, de André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier - 

sábado, 23 de julho de 2011

DIREITO ADQUIRIDO

BR 230 KM 470 - SOUSA-PB.

DIREITO ADQUIRIDO


O amigo era muito devotado á caridade e acreditava que, depois da morte, ela, por si só, poderia conduzi-lo ao Céu.
Esforçava-se no bem dos semelhantes, mas não se empenhava na própria renovação.
Se assim podemos nos expressar, auxiliava mais do que conseguia auxiliar-se…
Enfiava a mão no bolso com extrema facilidade, no entanto experimentava enorme dificuldade para libertar-se de certos hábitos infelizes.
Certa vez, aproximando-se de um companheiro cuja opinião tinha em alta conta, questionou:
— Você acha que continuando a fazer o que eu faço, terei direito ao Céu?…
O irmão, que era considerado por ele como um Instrutor encarnado, respondeu-lhe sem rodeios, deixando-o embasbacado:
— Falando francamente, para o Céu acho que você não vai, mas com certeza você terá direito a ar condicionado no Inferno!…

Ramiro Gama através de Carlos A. Baccelli












sexta-feira, 22 de julho de 2011

A m i g o


Apolo


A m i g o

Examina o trabalho que desempenhas.

Analisa a própria conduta.

Observa os atos que te definem.

Vigia as palavras que proferes.

Aprimora os pensamentos que emites.

Pondera as responsabilidades que recebeste.

Aperfeiçoa os próprios sentimentos.

Relaciona as faltas em que, porventura, incorreste.

Arrola os pontos fracos da própria personalidade.

Inventaria os débitos em que te inseriste.

Sê o investigador de ti mesmo, o defensor do próprio coração, o guarda de tua mente.

Mas, se não deténs contigo a função do juiz, chamado à cura das chagas sociais, não julgues o irmão do caminho, porque não existem dois problemas, absolutamente iguais, e cada espírito possui um campo de manifestações particulares.

Cada criatura tem o seu drama, a sua aflição, a sua dificuldade e a sua dor.

Antes de julgar, busca entender o próximo e compadece-te, para que a tua palavra seja uma luz de fraternidade no incentivo do bem.

E, acima de tudo, lembra-te de que amanhã, outros olhos pousarão sobre ti,

assim como agora a tua visão se demora sobre os outros.

Então, serás julgado pelos teus julgamentos e medido, segundo as medidas que aplicas aos que te seguem.

André Luiz

De "Comandos do Amor", de Francisco Cândido Xavier.