domingo, 31 de dezembro de 2017



PALAVRAS DE CHICO XAVIER
1

Respeito os estudos sobre o Apocalipse, mas não tenho largueza de pensamento para interpretar o Apocalipse como determinados técnicos o interpretam e situam.

Mas, acima do próprio Apocalipse, eu creio na bondade eterna do Criador que nos insuflou de vida imortal. Então, acima de todos os Apocalipses, eu creio em Deus e na imortalidade humana, e essas duas realidades preponderarão em qualquer tempo da humanidade.

 

2

Dentro da visão espírita-cristã, céu, inferno e purgatório começam dentro de nós mesmos. A alegria do bem praticado é o alicerce do céu. A má intenção já é um piso para o purgatório e o mal devidamente efetuado, positivado, já é o remorso que é o princípio do inferno.

 

3

Acreditamos que para melhores esclarecimentos sobre médiuns e mediunidade, as obras de Allan Kardec devem ser consultadas e estudadas. Com todo o nosso respeito aos entrevistadores, devemos dizer que solicitar de nós uma explicação sobre Deus é o mesmo que pedir a um verme para que se pronuncie quanto à glória e a natureza do Sol, embora o verme, se pudesse falar, diria, com toda a certeza, da veneração e do amor que consagra ao Sol que lhe garante a vida.

 
4

Agora, o problema no Brasil, pessoalmente, opinião minha, o que deveria ser faceado pela comunidade brasileira como um dos problemas mais sérios é o problema do trabalho. O amor ao trabalho e a fidelidade ao cumprimento do dever. Se nós todos trabalharmos, se carpirmos a terra, se construirmos, se lidarmos com a pedra, com o barro, com a sementeira, com os fios; se tecermos; se todos nós nos unirmos para criar valores em nosso benefício, a pobreza deixará de existir.

 

5

Não posso julgar os companheiros que sintam receio da mediunidade, porque a minha mediunidade realmente começou muito cedo, eu não tive oportunidade de sentir medo, isso para mim começou em criança em minha vida, e passou a fazer parte de minha existência atual.

 

6

Eu penso com aquela assertiva do nosso André Luiz, que é um mentor que nós respeitamos, se cada um de nós consertar de dentro o que está desajustado, tudo por fora estará certo.

 

7

Aprendi desde muito cedo a venerar Nosso Senhor Jesus Cristo, na fé que minha mãe me transmitiu desde os 2 anos de idade. Um dia, tendo perguntado a ela como orientar minhas preces, minha mãe ensinou-me a considerar Jesus como Nosso Senhor e Mestre. Nas rodopias do tempo, eu fui compreendendo que Jesus é realmente o Guia Espiritual da Humanidade, perante Deus, a quem nós chamamos, segundo o ensinamento dele mesmo, de Pai Nosso que está nos Céus.

 

8

Nunca nos cansaremos de repetir que mediunidade é sintonia. Subamos aos cimos da virtude e do conhecimento e a mediunidade, na condição de serviço de sintonia com o Plano Divino, se elevará conosco.

 

9

Aceitemos com humildade o concurso sagrado daqueles que se constituem nossos benfeitores nas Esferas Mais Altas e estendamos aos nossos irmãos mais necessitados que nós mesmos os braços fraternos que o Espiritismo envolve em bênçãos de revelação e de amor.

 

10

Quando cada um de nós transformar-se em livro atuante e vivo de lições para quantos nos observam o exemplo, as fronteiras da interpretação religiosa cederão lugar à nova era de fraternidade e paz que estamos esperando.

 

11

A vitória na luta pelo bem contra o mal caberá sempre ao servidor que souber perseverar com a Lei Divina até o fim.

 

12

Somos companheiros otimistas no campo da fraternidade. Se Jesus espera no homem, com que direito deveríamos desesperar? Aguardemos o futuro triunfante, no caminho da luz. A Terra é uma embarcação cósmica de vastas proporções e não podemos olvidar que o Senhor permanece vigilante no leme.

 

13

O amor é ciência de sublimação para Deus e a felicidade para crescer deve dividir-se. Não há ruptura de laços entre os que se amam no infinito do espaço e na eternidade do tempo. As almas afins se engrandecem constantemente repartindo as suas alegrias e os seus dons com a Humanidade inteira, não existindo limitações para o amor, embora seja ele também a luz divina a expressar-se em graus diferentes nas variadas esferas da vida.


14

O amor é o clima em que as menores expressões da vida, em todos os planos, crescem nos laboratórios do tempo, para a divina glorificação.

 
15

Tenho aprendido com os Benfeitores Espirituais que a paz é doação que podemos oferecer aos outros sem tê-la para nós mesmos. Isto é, será sempre importante renunciar, de boa vontade, as vantagens que nos favoreceriam, em favor daqueles que nos cercam. Em razão disso, seríamos todos nós, artífices da paz, começando a garanti-la por dentro de nossas próprias casas e dos grupos sociais a que pertençamos.

 

16

Esperemos que o amor se propague no mundo com mais força que a violência e a violência desaparecerá, à maneira da treva quando a luz se lhe sobrepõe. Consideremos, porém, que essa obra, naturalmente, não prescindirá da autoridade humana, mas na essência e na prática exige a cooperação de nós todos.

 

17

Acreditamos que as administrações na Terra, gradativamente, estão resolvendo o problema da penúria, mas até que o problema seja solucionado, admito seja nossa obrigação auxiliar-nos, uns aos outros, para que as provações da carência sejam atenuadas.

 

18

Não vemos luta competitiva entre a Doutrina Espírita e as religiões tradicionais que zelam pela memória e pelos ensinos de Jesus. Ante o Evangelho do Divino Mestre, a Doutrina Espírita é portadora de princípios que aclaram com segurança as lições do Cristo, sem qualquer pretensão de superioridade sobre as organizações cristãs, sempre dignas do maior respeito.


19

Acreditamos que o Criador nos fez ricos a todos, sem exceção, porque a riqueza autêntica, a nosso ver, procede do trabalho e todos nós de uma forma ou de outra, podemos trabalhar e servir.

Quanto à felicidade, cremos que ela nasce na paz da consciência tranquila pelo dever cumprido e cresce, no íntimo de cada pessoa, à medida que a pessoa procura fazer a felicidade dos outros, sem pedir felicidade para si própria.


20

Indubitavelmente. Vemos o Espiritismo influenciando, não apenas no campo da Arte, mas em quase todos os setores da inteligência humana.

21

Não acreditamos que criaturas humanas e comunidades humanas consigam ser felizes sem a ideia de Deus e sem respeito aos semelhantes.

 

22

A alma humana não pode viver sem religião. Quanto mais o materialismo cresce, mais nosso Espírito tem saudade da união com Deus. Isso é nato em cada um de nós. Toda pessoa tem essa sede.

 

23

Segundo admitimos, o padrão ideal para a convivência pacífica entre as criaturas da Terra, está contido naquele inesquecível mandamento de Jesus Cristo: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”.

Quando este preceito for praticado, certamente usufruiremos a felicidade do Mundo Melhor com que todos sonhamos.

 

24

Creio que a importância do Evangelho de Jesus em nossa evolução espiritual, é semelhante à importância do Sol na sustentação de nossa vida física.

 

25

Não há ninguém desamparado. Assim como aqui na Terra, na pior das hipóteses, renasceremos a sós, em companhia de nossa mãe, mas nunca sozinhos, no mundo espiritual também a Providência Divina ampara todos os seus filhos.

Ainda aqueles considerados os mais infelizes, pelas ações que praticaram e que entram no mundo espiritual com a mente barrada pela sombra, que eles próprios criaram em si mesmos, ainda esses têm o carinho de guardiões amorosos que os ajudam e amparam, no mundo de mais luzes e mais felicidade.

 

26

Temos aprendido com os Benfeitores da Vida Maior que todos os três aspectos do Espiritismo são essencialmente importantes, entretanto, o religioso é o mais expressivo por atribuir-nos mais amplas responsabilidades de ordem moral, no trato com a vida.

 

27

Emmanuel costuma afirmar-nos que, sem religião, seríamos na Terra, viajores sem bússola, incapazes de orientar-nos no rumo da elevação real.

 

28

Segundo os mensageiros da Espiritualidade Maior, nós, as criaturas terrestres de todas as idades, superaremos as crises atuais e dizem que as transformações aflitivas do Mundo moderno se verificam para o bem geral.

 

29

Os nossos guias espirituais traduzem a nossa insatisfação, no mundo inteiro, como sendo a ausência de Jesus Cristo em nossos corações.

 
30

Precisamos desalojar o ódio, a inveja, o ciúme, a discórdia de nós mesmos, para que possamos chegar a uma solução em matéria de paz, de modo a sentirmos que “os tempos são chegados” para a felicidade humana.

 
31

Na ignorância não conseguiríamos, como não conseguiremos, enxergar o caminho real que Deus traçou a cada um de nós na Terra.

Todos nós, sejamos crianças ou jovens, adultos ou já muitíssimos maduros, devemos estudar sempre.

 
32

A vida está repleta da beleza de Deus e por isso não nos será lícito entregar o coração ao desespero, porque a vida vem de Deus, tal qual o Sol maravilhoso nos ilumina.


33

Ainda sabendo que a morte vem de Deus, quando nós não a provocamos, não podemos, por enquanto, na Terra receber a morte com alegria porque ninguém recebe um adeus com felicidade, mas podemos receber a separação com fé em Deus, entendendo que um dia nos reencontraremos todos numa vida maior e essa esperança deve aquecer-nos o coração.

 

34

Acreditamos que para que o homem atinja a perfeição não se pode menosprezar os valores do Espírito.

Todos estamos formulando votos aos Poderes Divinos que governam o Mundo e a Humanidade, para que o homem se volte para dentro de si mesmo a fim de que nós todos, dentro dessa interiorização, venhamos a compreender que sem os valores da alma não podemos avançar muito tão-só com os valores físicos que são praticamente transitórios.


35

Mas a pessoa sã, em plenitude dos seus valores físicos, pode perfeitamente estudar a própria mediunidade e ver qual o caminho que suas faculdades mediúnicas podem tomar.

36

Os nossos Benfeitores Espirituais nos esclarecem, frequentemente, que a Doutrina Espírita formula explicações mais lógicas, mais simples em torno dos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, explicações essas, que nós encontramos com muita riqueza de minudências nas obras codificadas por Allan Kardec. Mas, explicam também, que todas as religiões são respeitáveis e que nossa atitude, diante de todas elas, deve ser de extremada veneração, pelo bem que elas trazem às criaturas humanas e por serem igualmente sustentáculos do bem na comunidade em nome de Deus.

 
37

Estávamos, certa vez, sob chuvas de observações e eu pedi ao Espírito de Emmanuel: “que fazer! dizem tanto mal...” e ele respondeu: “Olha, a boca do mal na Terra é como a boca da noite. Ninguém consegue fechá-la. Vamos trabalhar, trabalhar...”

 

38

Cremos que, em matéria de compreensão e experiência, todos nos assemelhamos aos frutos que o tempo vai amadurecendo a pouco e pouco.


39

A mediunidade pode manifestar-se através da pessoa absolutamente inculta, mas os Bons Espíritos são de parecer que todos os médiuns são chamados a estudar a fim de servirem com mais segurança.


40

A solidão é boa somente para refletir, porque, sem dúvida, fomos criados para viver uns com os outros.

 

PALAVRAS DE CHICO XAVIER

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

EMMANUEL

sábado, 30 de dezembro de 2017


CARIDADE PARA COM OS CRIMINOSOS

14. A verdadeira caridade constitui um dos mais sublimes ensinamentos que Deus deu ao mundo. Completa fraternidade deve existir entre os verdadeiros seguidores da sua doutrina. Deveis amar os desgraçados, os criminosos, como criaturas, que são, de Deus, às quais o perdão e a misericórdia serão concedidos, se se arrependerem, como também a vós, pelas faltas que cometeis contra sua Lei. Considerai que sois mais repreensíveis, mais culpados do que aqueles a quem negardes perdão e comiseração, pois, as mais das vezes, eles não conhecem Deus como o conheceis, e muito menos lhes será pedido do que a vós.

Não julgueis, oh! não julgueis absolutamente, meus caros amigos, porquanto o juízo que proferirdes ainda mais severamente vos será aplicado e precisais de indulgência para os pecados em que sem cessar incorreis. Ignorais que há muitas ações que são crimes aos olhos do Deus de pureza e que o mundo nem sequer como faltas leves considera?

A verdadeira caridade não consiste apenas na esmola que dais, nem, mesmo, nas palavras de consolação que lhe aditeis. Não, não é apenas isso o que Deus exige de vós. A caridade sublime, que Jesus ensinou, também consiste na benevolência de que useis sempre e em todas as coisas para com o vosso próximo. Podeis ainda exercitar essa virtude sublime com relação a seres para os quais nenhuma utilidade terão as vossas esmolas, mas que algumas palavras de consolo, de encorajamento, de amor, conduzirão ao Senhor supremo.

Estão próximos os tempos, repito-o, em que nesse planeta reinará a grande fraternidade, em que os homens obedecerão à lei do Cristo, lei que será freio e esperança e conduzirá as almas às moradas ditosas. Amai-vos, pois, como filhos do mesmo Pai; não estabeleçais diferenças entre os outros infelizes, porquanto quer Deus que todos sejam iguais; a ninguém desprezeis. Permite Deus que entre vós se achem grandes criminosos, para que vos sirvam de ensinamento. Em breve, quando os homens se encontrarem submetidos às verdadeiras leis de Deus, já não haverá necessidade desses ensinos: todos os Espíritos impuros e revoltados serão relegados para mundos inferiores, de acordo com as suas inclinações.

Deveis, àqueles de quem falo, o socorro das vossas preces: é a verdadeira caridade. Não vos cabe dizer de um criminoso: “É um miserável; deve-se expurgar da sua presença a Terra; muito branda é, para um ser de tal espécie, a morte que lhe infligem.” Não, não é assim que vos compete falar. Observai o vosso modelo: Jesus. Que diria ele, se visse junto de si um desses desgraçados? Lamentá-lo-ia; considerá-lo-ia um doente bem digno de piedade; estender-lhe-ia a mão. Em realidade, não podeis fazer o mesmo; mas, pelo menos, podeis orar por ele, assistir-lhe o Espírito durante o tempo que ainda haja de passar na Terra. Pode ele ser tocado de arrependimento, se orardes com fé. É tanto vosso próximo, como o melhor dos homens; sua alma, transviada e revoltada, foi criada, como a vossa, para se aperfeiçoar; ajudai-o, pois, a sair do lameiro e orai por ele. – Isabel de França. (Havre, 1862.)

CAPÍTULO X I

Amar o próximo como a si mesmo

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Allan Kardec

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017


OS  DONS  DE  CRISTO


 

Emmanuel

 

 

“Mas a graça foi dada a cada um de nós, segundo a medida do dom de Cristo”.  Paulo – Efésios, 4:7.

 

 

A alma humana, nestes vinte séculos de Cristianismo, é uma consciência esclarecida pela razão, em plena batalha pela conquista dos valores iluminativos.

 

*

O campo de luta permanece situado em nossa vida íntima.

Animalidade versus espiritualidade.

 

*

Milênios de sombras cristalizadas contra a luz nascente.

E o homem, pouco a pouco, entre as alternativas de vida e morte, renascimento no corpo e retorno à atividade espiritual, vai plasmando em si mesmo as qualidades indispensáveis à ascensão, que, no fundo, constituem as virtudes do Cristo, progressivas em cada um de nós.

*

Daí a razão da luz divina ocupar a existência humana ou crescer dentro dela, à medida que os dons de Jesus, incipientes, reduzidos, regulares ou enormes nela se possam expressar.

*

Onde estiveres, seja o que fores, procura aclimatar as qualidades cristãs em ti mesmo, com a vigilante atenção igual àquela dispensada à cultura das plantas preciosas, ao pé do lar.

*

Quanto à existência temporária no mundo, todos somos suscetíveis de produzir para o bem ou para o mal.

 

*

Ofereçamos ao Divino Cultivador o vaso do coração, recordando que se o “solo consciente” do nosso espírito aceitar as sementes do Celeste Pomicultor, cada migalha de nossa boa vontade será convertida em canal adequado para a exteriorização do bem, com a multiplicação permanente das bênçãos do Senhor, ao redor de nós.

*

Observa a tua “boa parte” e lembra que podes dilatá-la ao infinito.

Não intentes destruir milênios de ignorância, de um momento para outro.

Vale-te do esforço de auto aperfeiçoamento cada dia.

Persiste em aprender com o Mestre do Amor e da Renúncia.

 

*

Não nos esqueçamos de que a Luz Divina ocupará o nosso espaço individual, na medida de nosso crescimento real nos dons de Cristo.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017


COMO  FALAR?  COMO ESCREVER?

 
Emmanuel
 
“E tornando a inclinar, escrevia na terra”.
João, 8:8.
 
Quanta gente não abusará dos recursos da escrita, por veiculares imposições e difundir enganos na Terra? Quantos espíritos, mesmo desencarnados, valem-se dessa possibilidade para atender a venenosos caprichos individuais? Aqui se escreve para a consecução de determinados objetivos inferiores, além, aproveitam-se publicações para o mercado de propósitos subalternos.
*
Quantas vezes, nós mesmos, teremos movimentado o jornal ou o livro, pretendendo impor nossa interpretação individual?
 
*
Quem escreve precisará lutar contra numerosas leviandades que ameaçam o espírito. É indispensável guardar-se todos os dias. E, nessa vigilância justa, será razoável lembrar a posição de Jesus que não deixou livros ou pergaminhos, legando-nos, apesar disso, os tesouros da vida imperecível.
 
*
Imposta considerar, no entanto, que o Mestre Divino escreveu na Terra.
 
*
Nunca encontraste o simbolismo profundo desse gesto de Cristo?
 
*
Quem poderá passar no planeta sem grafar alguma ideia nos caminhos do mundo? Nem todo homem gravará páginas, mas todos escreverão na Terra a história de sua passagem comum.
No campo, traçará leiras, plantará árvores, modificará paisagens; nas cidades construirá oficinas, instituirá universidades, levantará edifícios.
 
*
A Terra é o grande livro que o Senhor nos deu aos serviços de formação espiritual.
Ainda que não percebas, está escrevendo diariamente. Se for a criatura de entendimento frágil, se ainda não tens o contato com os ensinamentos do Cristo, não de descuides da escrita diária.
Vê o que gravas nas páginas da vida.
Tuas mãos e atitudes gravam sempre, a todo minuto, com as tintas luminosas ou sombrias do coração.
A Terra está registrando o que fazes.
Não manches o livro que o Pai nos confiou.
 
***
Auxilia, perdoa, trabalha, ama e serve, gastando sensatamente os recursos que o Céu te situou no caminho e nas mãos, como quem sabe que a Contabilidade Divina a todos nos procura no grave instante do acerto justo.
 
NÓS
 
Francisco Cândido Xavier
 
(Espírito de Emmanuel)

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017


Lábios

 

Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim”.                                         Jesus (Mateus, 15.8).

 

Com os lábios, beijam as mãos da Terra as flores sublimes da vida, cooperando nas obras divinas do Eterno, mas, com os lábios obedeceu a Judas às vozes inferiores, entregando o Senhor com um beijo de ingratidão.

 

**

Com os lábios, os apóstolos do trabalho fazem o verbo criador nos serviços nobres do planeta; todavia, igualmente com eles, os mentirosos e os perversos espalham a maldade no mundo.

 

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Das potências do corpo são os lábios das mais delicadas e importantes. Portas da língua que pode salvar e arruinar; edificar e destruir, não devem permanecer distantes de sentinelas da disciplina.

 

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A palavra do homem é criação sua, que lhe testificará a vida. O beijo da criatura é laço que determinarás sua união com o bem ou com o mal.

 

**

Os lábios dão passagem ao verbo e transmite o beijo.

 

Quantos sofrimentos se espalham na Terra, através da palavra leviana ou fingida e do ósculo criminoso ou insincero? Entretanto, a maioria dos homens persiste em desconhecer o papel dos lábios na própria existência.

 

**

Se procurares, porém, a união com o Senhor, repara o que dizes e como dizes, observa os afetos a que te unes e a maneira pela qual estima a alguém.

 

O grande problema não reside em falares tudo o que pensas, nem no apego às situações com todas as tuas forças, mas em falares e amares, pondo nos lábios a sinceridade construtiva do amor cristão.

 

TRILHA DE LUZ

 

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

ESPÍRITO EMMANUEL

terça-feira, 26 de dezembro de 2017


Francisco Cândido Xavier

-Através da Rádio Difusora e do “Jornal de Piracicaba”, nós estamos enviando um abraço fraternal a todos os nossos companheiros da região, pedindo a Deus que nos abençoe e nos dê a todos amparo e recursos suficientes para que as nossas forças estejam ao nível de nossas tarefas.

Sem dúvida, eu não tenho o dom da oratória, como quer o nosso amigo entrevistador, mas deixamos consignado aqui o nosso abraço de fraternidade a todos os amigos ouvintes e leitores.

 

Nadir Roberto

-O Reverendo Cyrus Dawsey, Pastor da Igreja Metodista de Piracicaba, lhe faz esta pergunta, através do nosso programa:

-Se a reencarnação é tão evidente e de grande importância na vida do homem e do mundo, por que Jesus não deu maior importância ao assunto?

 

Francisco Cândido Xavier

-Cremos que o Divino Mestre deu importância fundamental à Vida Eterna. Cada existência nossa é naturalmente um passo para a conquista da imortalidade sublimada.

Imortais; somos todos, filhos de Deus, mas a sublimação é naturalmente aquele coroamento necessário que tão só ao nosso burilamento espiritual se pode atribuir.

Muitas vezes, autoridades religiosas atribuem outra interpretação às palavras do Senhor, quando Ele disse a Nicodemos:

-“Necessário vos é nascer de novo”.

Sim, nascer de novo todos os dias, nascer de novo todas as semanas, de ano para ano, de etapa para etapa, mas também de vida em vida, de berço em berço.

 

Nadir Roberto

-O Bispo Diocesano de Piracicaba, Dom Aniger Francisco de Maria Melilo, solicitou que fizéssemos esta pergunta:

-Como o senhor interpreta a carta de São Paulo aos Hebreus, que diz:

“-Os homens morrem uma só vez, e depois haverá um julgamento”.

(hebreus, Capítulo 9, Versículo 27).

 

Francisco Cândido Xavier

-Temos interpelado, com a devida reverência, a Benfeitores Espirituais sobre esta passagem da Epístola de Paulo aos Hebreus.

Eles afirmam que o Apóstolo se refere à morte da nossa personalidade inferior.

Nós todos temos conosco um conteúdo psicológico, que representa aquela sedimentação de qualidade primitiva de que nos desfaremos, um dia, através das reencarnações.

Então, realmente, morremos uma só vez, vamos deixar para sempre aquele homem velho a que se referem os nossos filósofos, querendo nos dizer que todos nós precisamos de renovação permanente para alcançar a sublimação na Vida Eterna.

 

Nadir Roberto

-Gostaríamos que fizesse duas perguntas, uma para o Pastor Cyrus Dawsey e outra para o Bispo Dom Aniger Francisco de Maria Melilo.

 

Francisco Cândido Xavier

-Sinceramente, com muito respeito ao pastor Cyrus Dawsey e ao estimado Bispo, Dom Aniger Francisco de Maria Melilo, devemos dizer que a nossa veneração por eles é total, porque se encontram na direção de rebanhos de Nosso Senhor Jesus Cristo, e tão somente a nós competem o respeito e o acatamento à autoridade que o Senhor conferiu a eles, diante da comunidade cristã.

Não temos pergunta alguma, porque seria, de nossa parte, naturalmente, quase que um desrespeito, um desconhecimento da autoridade com que devemos reverenciar, tanto nos Pastores da Comunidade Evangélica, quanto nos Bispos e Arcebispos da Igreja Católica, que consideramos como sendo mãe da civilização do Ocidente.

Cabe a nós ouvi-los, respeita-los, informar o que nos é possível, dentro da nossa pequenez, em se referindo a mim, que me reconheço demasiadamente insignificante para tratar destes assuntos.

Nossos respeitos ao Pastor e ao Bispo, pedindo a ambos, se lhes forem possíveis, me auxiliarem com as bênçãos das suas orações, em meu favor.

 

Nadir Roberto

-O que acha, Chico Xavier, dos médicos que não acreditam na Espiritualidade.

Alguns neurologistas e psiquiatras acham, que o nosso cérebro é norteado por eletricidade, e que as emoções fracas ou fortes é que determinam o nosso comportamento.

 

Francisco Cândido Xavier

-São assuntos de Ciência que nós acatamos e que, naturalmente, terão resposta quando tivermos evoluído suficientemente para nos encontrar nas grandes definições da Vida Eterna, tanto a Ciência quanto a Religião.

Cada criatura, cada coletividade tem um fragmento da Verdade, uns mais, outros menos...

Um dia, chegaremos todas à meta; que é o nosso encontro com a Verdade Integral.

 

Nadir Roberto

-Por que hoje se fala pouco de Zé Arigó?

Qual a diferença do senhor como Zé Arigó, concernente à espiritualidade dotada a cada um?

 

Francisco Cândido Xavier

-Não posso saber, porque não me sinto digno de consideração alguma e respeito Arigó como sendo um grande medianeiro da Espiritualidade.

 

Nadir Roberto

Gostaríamos de dizer ao senhor que fazemos esta pergunta com o máximo respeito, para esclarecer certas pessoas mal informadas.

Os principais hospitais psiquiátricos são de origem espírita. Então, a grande pergunta é se o Espiritismo leva à loucura e se a loucura leva ao Espiritismo...

 

Francisco Cândido Xavier

-Não creio que a loucura leve alguém ao Espiritismo, nem que o Espiritismo leve alguém à loucura.

O desequilíbrio mental pode surgir em qualquer pessoa ou em qualquer grupo social.

Cremos que, em vista de a Psiquiatria ser uma Ciência nova, integrada no quadro da Medicina, que é uma Ciência antiga, naturalmente que os psiquiatras encontraram os espíritas muitos interessados em auxiliar aos irmãos portadores de processos obsessivos.

Mas, graças a Deus, temos hoje, em todos os países, grandes médicos psiquiatras que podem perfeitamente definir as fronteiras entre obsessão e enfermidade mental.

Esse serviço de regeneração da saúde humana e os cristãos, como quaisquer criaturas, quaisquer samaritanos da vontade, podem auxiliar nesse grande empreendimento de socorro aos que sofrem.

 

(A Flama Espírita – Uberaba, Minas, 19 de novembro de 1988).

 

NOVO MUNDO

 

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

EMMANUEL