sexta-feira, 31 de agosto de 2018




O Espiritismo com Jesus, entretanto, não é somente o corredor de acesso ao paraíso das consolações. Representa, acima de tudo, movimento libertador da consciência encarnada, oficina de instalação do Reino Divino no campo humano.


Não basta sentir simplesmente a bênção da Verdade Soberana. É imprescindível dilatá-la ao círculo de nossos semelhantes, através do bem que concretize a divina palavra de que somos portadores.


Ante o mundo moderno, em doloroso e acelerado processo de transição, procuremos em Cristo Jesus o clima de nossa reconstrução espiritual para a Vida Eterna.


Imprescindível renovar o coração convertendo-o em vaso de graças divinas para a extensão das dádivas recebidas.


Indaguemos, estudemos, movimentemo-nos na esfera científica e filosófica, todavia, não nos esqueçamos do “amemo-nos uns aos outros” como o Senhor nos amou.
Lembremo-nos de que somos os herdeiros diretos da confiança e do amor daqueles que tombaram nos circos do martírio por trezentos anos consecutivos.


Sem a humildade não há progresso possível.


Perdendo na esfera da posse transitória, ganharemos sempre nas possibilidades de conquistar a Luz Imperecível.


Verbo primoroso, sem fundamentos de sublimação, não alivia, nem salva. Sentimento educado e iluminado, contudo, melhora sempre.

Emmanuel

quinta-feira, 30 de agosto de 2018



Lições do momento

Deus é amor invariável e o amor desafivela os grilhões do espírito.

Se há repouso na consciência, a evolução da alma ergue-se, desenvolta, dos alicerces insubstituíveis do sacrifício.

Quem não se bate pelo bem, desce imperceptivelmente para as fileiras do mal.

Junto à correção sempre existe o desacerto, exaltando o mérito do dever na conduta digna.

Identifique, na dificuldade, o favor da Providência Divina para dilatar-lhe a paz, sentindo, no imprevisto da experiência mais grave, o fulcro de incitamento à perseverança na boa intenção e vendo, na tibiez de quantos imergiram na invigilância, o exemplo indelével daquilo que não deve ser feito.

Quanto maior a sombra em torno, mais valiosa a fonte de luz.

Desse modo, a alegria pura viceja entre a dor e o obstáculo; a resignação santificante nasce em meio às provas difíceis; a renúncia intrépida irrompe no seio da injustiça das emulações acirradas, e a pureza construtiva surge, não raro, em ambiente de viciação mais ampla.

Eis por que, em seu círculo pessoal, se entrecruzam mensagens importantes e diversas a lhe doarem o estímulo e a consolação, o entendimento e a claridade de que você carece para ajustar-se espiritualmente, através das lides variadas de cada instante.

O chefe irritadiço é instrumento providencial da corrigenda.

O companheiro problemático deixa-nos livre caminho à sementeira da fraternidade sem mescla.

O engano é precioso contraste a ressaltar as linhas configurativas da atitude melhor.

A tortuosidade do caminho demonstra a excelência da estrada reta.

Faça, pois, do momento que transcorre, a lição recolhida para o momento a transcorrer, verificando quantas vezes, em vinte e quatro horas, você é requisitado a auxiliar os semelhantes, e não regateie cooperação.

Na oficina de trabalho, buscam-lhe a gentileza no amparo de muitos corações que se sentem ao desabrigo.

Na via pública, esbarram-lhe o passo companheiros que vão e vêm buscando encontrar o sorriso que você pode ofertar-lhes como incentivo à esperança.

No recesso do lar, o alvorecer encontra-lhe a presença, em novas possibilidades de exaltar a confiança nos Desígnios da Altura.

Na conversação comum, requisições ostensivas auscultam-lhe a disposição de estender conhecimento e virtude, na enfermagem das chagas morais, entrevistas na modulação das vozes e nos traços dos semblantes, afora variegados ensejos de assistir o próximo, a lhe desafiarem a eficiência e a vigilância, tais como a necessidade interior estampada no silêncio do visitante, o azedume do colega menos feliz, o doente a buscar-lhe os préstimos, o sofredor a rogar-lhe compreensão, a abordagem da criancinha desvalida, a surpresa menos agradável, a correspondência a exigir-lhe a atenção ou o noticiário intranquilo que a imprensa propala.

Pureza inoperante é utopia igual a qualquer outra e, em razão disso, ignorar a poça infecta é manter-lhe a inconveniência.

Não menospreze, assim, a lição do momento, na certeza de que renovamos idéias, experiências e destinos, cada dia, segundo as particularidades das manifestações de nosso livre arbítrio.

André Luiz

quarta-feira, 29 de agosto de 2018


Amigos e Inimigos

Emmanuel


O amigo é uma bênção.
O inimigo, entretanto, é também um auxílio, se nos dispomos a aproveitá-lo.
O companheiro enxerga os nossos acertos, estimulando-nos na construção do melhor de que sejamos capazes.
O adversário identifica os nossos erros, impelindo-nos a suprimir a parte menos desejável de nossa vida.
O amigo se rejubila conosco, diante de pequeninos trechos de tarefa executada.
O inimigo nos aponta a extensão da obra que nos compete realizar.
O companheiro nos dá força.
O adversário nos mede a resistência.
Quem nos estima, frequentemente categoriza nossos sonhos por serviços feitos, tão-só para induzir-nos a trabalhar.
Quem nos hostiliza, porém, não nos nega valor, porquanto não nos ignora e sim nos combate, reconhecendo-nos a presença em ação.
Na fase deficitária da evolução que ainda nos caracteriza, precisamos do amigo que nos encoraja e do inimigo que nos observa.
Sem o companheiro, estaremos sem apoio e, sem o adversário, ser-nos-á indispensável enorme elevação para não tombar em desequilíbrio. Isso porque o amigo traz a cooperação e o inimigo forma o teste.
Qualquer servidor de consciência tranquila se regozija com o amparo do companheiro, mas deve igualmente honrar-se com a crítica do adversário que o ajuda na solução dos problemas do reajuste.
Jesus foi peremptório em nos recomendando:
"Amai os vossos inimigos". Saibamos agradecer a quem nos corrige as falhas, guardando-nos o passo em caminho melhor.


terça-feira, 28 de agosto de 2018


O Caminho do Alto

Escuta, alma querida,
Quando a prova te alcança
E o sofrimento te golpeia a vida,
Impondo-te cansaço e insegurança;
Quando a aflição te cerca e te subjuga,
Portas a dentro de teu próprio ser,
Sem apelos à fuga
Em que te possas esconder,
Indagas, quase sempre,
De ânimo frustrado
Revelando revolta amarga e triste:
- Se Deus é Amor Eterno e Ilimitado,
Por que razão a dor existe?
Por que ao sonho se seguem, com freqüência,
O fel, o desengano, a desventura
Que nos induzem a existência
Ao vasto espinheiral
Em que a nossa esperança se enclausura?

E guardando-te, a sós, sob angústia mortal,
Certas vezes, de anseio em desalinho,
Quererias fugir de teu próprio caminho...

Entretanto, alma boa,
Se algo te feriu, não te agastes, perdoa...
E, sobretudo, raciocina
Que a dor lembra o esmeril da Lei Divina
Que, em nos tocando, nos aperfeiçoa.

Tudo o que te garante o próprio alento
Passou por disciplina e sofrimento
Sem que a ovelha aceitasse os golpes da tosquia,
Não teria a lã que te guarda o calor;
Sem que a minério padecesse um dia
O fogo abrasador,
Não dispunhas da casa, em fina arquitetura,
Sobre vigas leais de sólida estrutura;
Sem árvores tombando, a rude corte,
Nas fruías na própria residência
O ambiente ideal em que se te conforte
A energia precisa às lutas da existência;
A dentes de serrote, a natureza
Formou, em teu auxílio, o refúgio da mesa,
E o trigo que passou pela trituração,
Em qualquer tempo, é a base de teu pão.

Não acuses a dor que te procura
A fim de preparar-te a grandeza futura,
Sem ela que nos frena e regenera,
Estaríamos nós, provavelmente,
Na condição da fera
Sob a selvageria permanente.

Por fim, alma querida, considera:
De heróis que já tivemos,
Almas gigantes na sabedoria,
Corações a brilhar, nos ápices supremos
Da beleza imortal que se irradia
Dos tesouros do amor;
De todos os apóstolos da História
Que apontaram a Vida Superior
De que o mundo conserva algum indício,
Aquele que nos deu, constantemente,
O sentido da dor
Por fonte renascente
De ascenção e nobreza, vida e luz,
Com bases sobre o próprio sacrifício,
Esse herói foi Jesus.


Maria Dolores

segunda-feira, 27 de agosto de 2018


Abrigo Ideal

E tudo vai passando, como sempre dizes,
Os dias de infortúnio e os movimentos felizes.

Tempos de infância, belos e risonhos
Envaíram-se todos, tais quais sonhos
Que não consegues explicar;
O lar de agora já não te parece
O mesmo antigo lar
Em que o colo de mãe, na luz da prece,
Inteiro se te abria,
Sustentando-te a paz no clarão da alegria...

Onde ouvir novamente as vozes que, à noitinha,
Uniam-se-te à voz inocente a cantar:
- “Oh! ciranda, cirandinha.
Vamos todos cirandar!...”

Fitavam-te, na marcha dos instantes,
Estrelas cintilantes,
Como a notar-te o sentimento puro
E a te indicarem, sem que percebesses,
As estradas difíceis do futuro.

A juventude plena de ansiedade
Passou, qual luminosa floração
E indagas onde estão
Os planos da primeira mocidade...

Refletes nas queridas afeições
No ponto solitário em que te pões...

Quantos amigos desertaram
Da senda em que persistes?
Quantos julgaram tristes
As tarefas que abraças?
E largaram-te, a sós, dizendo-se à procura
Do prazer, do renome e da ventura?!...
Enquanto passas,
No serviço de sempre,
De coração ao desalinho,
Perguntas, muitas vezes, quantos lábios
Ouviste transformados no caminho,
Lábios que te falavam, ontem, de ternura,
Em promessas de apoio e de carinho
E hoje te comunicam amargura,
Acusação, queixa e censura,
Impondo-te incerteza e incompreensão?
E os outros que, em magoada despedida,
Deixaram-te no mundo, em busca de outra vida,
Dando-te a inquietação constante que te invade
Pela chama invisível da saudade?!...

E tudo vai passando, tal qual dizes,
Os instantes felizes e infelizes,
Entretanto, alma irmã, de pés sangrando embora,
Segue amando e servindo, tempo afora...
Nada te impeça caminhar
Para a sublimação que te pede lutar,
Esculpindo, em ti mesmo, o amor cuja beleza
Palpita em tua própria natureza.

Não contes desengano, prova, idade...
Segue e não temas,
Quem serve encontra em todos os problemas
Motivação para a felicidade.

E quando tudo te pareça
Saudade e solidão
Na bruma que te envolva o coração,
Entra no claro abrigo que reténs,
Que se te faz no mundo o mais alto dos bens,
Riqueza em luz e paz que ninguém desarruma
E nunca sofre alteração alguma...
Esse refúgio ideal que te descansa
Nos tesouros de tudo quanto é teu,
É a bênção de servir que te guarda a esperança
No trabalho do bem que Deus te concedeu...


CAMINHOS DO AMOR

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
MARIA DOLORES

domingo, 26 de agosto de 2018


Missão de Mulher

Jovem prendada e linda, era a própria beleza,
Rosa de inteligência e natureza,
Viera de remoto povoado,
Com tarefas de estudo e sonhos de noivado,
E conquistara enorme simpatia...
Fizera-se modelo e se reconhecia
O ponto alto das exibições,
Favorita do brilho em passarela,
Pisando corações...

Ela encontra, por fim, num jovem rico e nobre
A cortina de ouro em que se encobre.

Quatro anos de luxo nos salões
Tornaram-na famosa e cada vez mais bela.

Certo dia, no entanto, inesperadamente,
Uma carta lhe chega... Vem da vila
Em que passara a infância humílima e tranquila,
É da mãezinha que se diz doente...
Falecera-lhe o irmão, seu único parente,
Declarava-se triste e desolada,
Incapaz de ganhar o próprio pão...
Rogava à filha proteção,
Sentia-se sozinha e fatigada
E, sobretudo, estava em luta insana,
Pois era agora triste hanseniana.

A moça treme revoltada
E, às súbitas, planeia
O que admite por melhor medida;
Não quer aquela mãe que a desnorteia;
Detestaria ver-se diminuída
Perante o homem que ama.
Age arbitrariamente,
Adita ao próprio nome um nome diferente
Na rude inquietação que ela própria extravasa...
E, mudando de casa,
Permaneceu na expectativa...

Realmente, depois de algum tempo passado,
Senhora hanseniana morta-viva
Bate-lhe à porta, em tom desesperado;
Servidores atendem, entretanto
Ela quer ver a filha que ama tanto,
Colhendo reiterada negativa.
Mas sabendo-a sentada sobre o piso
Que dava acesso ao grande apartamento,
A própria moça surge, de improviso,
A gritar-lhe, de ânimo violento:
- Saia daqui, depressa! Vá-se embora!...
Não conheço a senhora
E caso aqui persista,
Tenho a polícia à vista!...

- Filha, dize por que... -
Exclamou a mulher agoniada, -
Estarei eu assim tão deformada
Que o seu olhar já não me vê?
Não ficarei aqui, não lhe trarei perigo,
Mas não vês que a mãezinha está contigo?

- A senhora não passa de embusteira, -
Falou a moça, a gestos desumanos.
- Minha mãe já morreu, há muitos anos...
Velha tonta,
Não sei como se fez aventureira,
Mas a polícia vai tomar-lhe a conta...

Minutos decorridos,
Enquanto a pobre mãe chorava, angustiada,
Uma ambulância veio em disparada
E conduziu-a para um sanatório.

Trinta anos passaram sobre a cena,
A filha desposara o jovem que a queria.
O casal conjugava a fortuna e a alegria,
Ele, o industrial, ela, a nobre senhora,
E um filho nobre e forte
Surgiu-lhes a brilhar
Por tesouro do lar.
Quanto à pobre mulher deixara a enfermaria,
Conseguira curar-se,
Mas não mostrava mais a face antiga,
Era triste velhinha sem disfarce,
Desditosa mendiga...
Conhecida por velha hanseniana,
Já sofrera de sobra a zombaria humana...
Morava numa furna abandonada,
Não distante da fábrica de tubos
E outros artigos de eletricidade
De que o neto distinto era dono e gerente...

Sabendo-se que fora humilhada e doente,
Cobria-se com capa esburacada
E, lembrando uma sombra a pervagar na estrada,
Pedia aqui e ali, um socorro qualquer...
Mas em torno da fábrica era o ponto
Em que a infeliz mulher
Parecia um rondante, atento e pronto,
A observar o que passasse...
Se encontrava o gerente, face à face,
Dizia, constrangida: - Uma esmola, doutor!...
Intrigado o rapaz notava aqueles olhos
Que o miravam, mostrando imenso amor...
Dava-lhe algum dinheiro, atento a isso,
Depois seguia adiante
Mergulhando a atenção em seu próprio serviço...

Seguia o tempo em marcha regular,
Quando veio a estourar
Na fábrica tranquila
Um grande movimento
De protesto violento,
Que englobava, por si, todo o operariado...
A gerência estudava ação conciliadora
E os conflitos surgiam, lado a lado.

No ápice da luta,
A velhinha cansada, dia-a-dia,
Observa o extensão da rebeldia,
Mantendo-se, de guarda, ao pé das oficinas,
Qual um posto de escuta.

Certa noite, enxergou dois delinquentes
Quando os vigias cochilavam fora,
Agiam, sem que a vissem trêmula e calada...
Uma porta se arromba
E os dois, dentro da fábrica isolada
Colocam grande bomba,
No intuito de gerar perturbação,
E fogem, assustados, do recinto...

Ela entra em ação,
Obedecendo ao próprio instinto...

O estopim fumegava... Ela, porém,
Sem o concurso de ninguém,
Toma nas mãos o engenho destruidor,
Avança sem temor,
Sai pela porta afora,
Correndo sem a mínima demora,
Mas, antes que atirasse a bomba ao chão,
Dá-se a grande explosão.

A fábrica salvara-se.
Ela, porém, tombara
Mortalmente ferida...

Faz-se tumulto, em torno... Eis o chefe a chegar...
Reconhece a velhinha e determina
Que ela seja tratada
Por valente heroína...

Foi no hospital a derradeira cena.
Finava-se a velhinha devagar,
Mostrando no semblante a beleza serena
De quem transmite paz no próprio olhar...

Eis que, em dado momento,
Ela percebe vozes e alarido;
Ao formoso aposento
O gerente trouxera os pais com garbosa alegria;
Deviam ver a pobre que morria
E que o amara tanto...

O casal aproxima-se... A senhora
Treme ao reconhecer a mãe que rejeitara outrora...
Enquanto filho e pai conversam à distância,
Ajoelha-se a filha, ante a mulher que morre...
Ela perde perdão no pranto que lhe escorre
Dos olhos espantados...
Contudo, a agonizante ao percebê-la,
Ciciou as palavras: - Minha estrela!...
Ouvindo-a soluçar,
Consegue novamente sussurar:
- Filha do coração, Jesus a trouxe aqui...
Depois disse ao cair, em profundo torpor:
- Não chores, meu amor,
Eu nunca te esqueci...

Lá fora, o Sol, em tudo, era vida e esplendor,
Parecendo dizer na própria chama
Que, desde a luz dos Céus aos abismos da lama,
Deus, em todo o Universo, é a Presença do Amor.


CAMINHOS DO AMOR

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
MARIA DOLORES

sábado, 25 de agosto de 2018


SEMI MORTOS


Emmanuel

Um homem que descia de Jerusalém para Jericó caiu em poder de ladrões que o despojaram, cobriram de ferimentos e o deixaram semimorto...
- Começa Jesus o ensinamento inesquecível da parábola.

*
Em todos os tempos, encontramos também os semimortos da alma, nas estradas do mundo:
Os caídos a golpes de incompreensão...
Os desorientados que o ateísmo empurrou para o nevoeiro de sofrimento...
Os mutilados da mente, que a calúnia atropelou em pleno trabalho...
Os cansados de solidão...
Os que se emaranharam no espinheiral da revolta...
Os envenenados de desespero...
Os perseguidos pela dúvida destrutiva...
Os prisioneiros da obsessão...
As vítimas do desânimo...
Os que sucumbiram sob a hipnose de sugestões infelizes...
Os feridos de angústia...
Os que foram esquecidos na sombra da ignorância...

*
Companheiros do mundo; sois Espíritos eternos, em viagem educativa na escola e na oficina do Planeta; Ao término da jornada  conhecereis o que aprendestes e colhereis o que semeastes. A Terra é tão-somente a estalagem a que chegastes ontem e da qual partireis amanhã; Acumulai os tesouros da felicidade futura, aperfeiçoando-vos pelo estudo e servindo aos outros, quanto puderdes!... Sobre tudo, meditai nos outros viajores em condições mais difíceis que as vossas e aproveitai o vosso privilégio de entender e de auxiliar!...



sexta-feira, 24 de agosto de 2018


SE  TIVERES  PACIÊNCIA


Emmanuel


Se tiveres paciência, serás o sustentáculo do instituto doméstico, evitando conflitos e contendas entre aqueles que mais amas.

*
Se tiveres paciência, auxiliarás ao colega de trabalho na inexperiência que demonstre, amparando-lhe o espírito contra a inquietação do desemprego e angariando um amigo para o dia de tuas necessidades.

*
Se tiveres paciência com os amigos de teu grupo social, conseguirás vaciná-los contra o delírio da discórdia e contra o frio do desânimo.

*
Se tiveres paciência com o teu próprio corpo, abstendo-te dos desmandos da cólera e das extravagâncias da alimentação, resguardarás a própria saúde.

*
Se tiveres paciência, saberás cultivar a tolerância e a cortesia, nas vias públicas, sobrepondo-te, quase sempre, aos assaltos da delinquência.

*
Se tiveres paciência, a paz em ti se te fará clima da esperança e do otimismo, que te sustentarão nos caminhos do Bem.

quinta-feira, 23 de agosto de 2018


Auxilia aos outros com aquilo que possuas de melhor.
Emmanuel


O amor não depende de ouro para servir.
Sem qualquer recurso monetário, Jesus transformou a Terra, trazendo-nos ensinamentos inolvidáveis cuja grandeza cresce para nós todos no transcurso dos séculos.
Emmanuel


Ajuda aos outros e serás amparado pelos heróis do bem.
Semeia a fraternidade e conquistarás a influência benéfica de milhares de irmãos.
Emmanuel


Antes do apelo à justiça roga clemência e piedade, de vez que pelo socorro do temporário esquecimento na vida física – brando anestésico de que se utiliza a Compaixão do Senhor para extirpar-nos do espírito as raízes do mal – por muito tempo ignoramos toda a extensão de nossos débitos.
Emmanuel


Não peças diretrizes à Vida Superior, antes de haver praticado a fraternidade no círculo de criaturas em que te encontras.
Emmanuel


Mais amor em nossas atividades de cada dia é solução gradativa a todos os enigmas que nos cercam. Só a luz é capaz de extinguir a sombra. Só a sabedoria aniquila a ignorância. Só o amor redime, vitoriosamente, a miséria.
Não nos abeiremos da revelação, simplesmente indagando, pedindo, reclamando. Aprendamos a trabalhar e servir.
Emmanuel


Amemo-nos uns aos outros e uma luz nova brotará no terreno vivo de nossa alma, constrangendo-nos a sentir que só o trabalho no serviço ao próximo é capaz de conduzir-nos à comunhão com a verdadeira felicidade, que decorre de nosso ajustamento às Leis Celestiais.
Emmanuel


Honremos os familiares amparando-os, quanto nos seja possível.
Emmanuel




Procuremos não prejudicar a ninguém.
Emmanuel


Trabalhemos com alegria servindo a todos, em favor de nós mesmos.
Emmanuel


A leviandade, a ignorância, a perturbação, a desordem, a incompreensão e a ingratidão constituem paisagens de trabalho espiritual, reclamando-nos atuação regeneradora.
Emmanuel


Não pedirás ao botão entreaberto o prodígio da rosa que só amanhã desabrochará plena de cor e perfume.
Emmanuel


Se já sabes entender, ama e auxilia sempre.
Emmanuel


Se a leviandade te desafia, ajuda ao companheiro de jornada, orientando-lhe o pensamento para o que seja nobre e justo.
Emmanuel


Observa e descobrirás a Bondade Eterna selando a vida em toda parte.
Meimei


Ninguém caminha sem testemunho de fé.
Emmanuel


Espírito algum obtém elevação ou cura por osmose, mas sim através de trabalho paciente e intransferível.
Emmanuel
ANTOLOGIA DO CAMINHO


FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
ESPÍRITOS DIVERSOS