sábado, 30 de junho de 2012

Reencarnação



Reencarnação na arte Hindu

Reencarnação
Frases usadas por Gilberto Rodrigues (IDE/Araras), em sua palestra no dia 10/03/2006, sobre

Reencarnação, Amor e Justiça.:



Benjamin Franklin mandou que lhe colocassem esta lápide tumular: “Aqui jaz o corpo de Benjamin Franklin, livreiro, como a capa de um livro velho, despedaçado e despido de seu título e de seus dourados, entregue aos vermes. Mas a obra não está perdida, pois aparecerá mais uma vez, em nova e elegante edição, revista e corrigida pelo autor”.
O renomado industrial Henry Ford, assim se pronunciou: “O trabalho é fútil se não podemos utilizar a experiência que reunimos numa vida para usa-la na próxima. Quando descobri a
reencarnação, foi como se tivesse encontrado um plano universal. Compreendi que havia uma oportunidade para pôr em jogo minhas ideias. Gênio é experiência. Algumas pessoas parecem pensar que se trata de um dom ou de um talento, mas é fruto de longa experiência em outras vidas”.
O líder hindu Ghandi explicava: “Faz parte da bondade da Natureza isso de  não recordamos os nascimentos passados.                  
Que haveria de bom no conhecimento pormenorizado dos numerosos nascimentos pelos quais temos passado? A vida seria uma carga se carregássemos tão tremendo acúmulo de lembranças”.
 


Afirma Léon Denis:
Notemos, primeiramente, pelo que respeita às

religiões, que....

seiscentos milhões de asiáticos, bramanistas e
budistas, partilham da nossa crença.
Dela partilharam também os egípcios, os gregos e os celtas, nossos antepassados. Por conseguinte, ela faz parte da nossa verdadeira herança nacional.
Vimos que o
Cristianismo primitivo dela esteve impregnado até ao século quarto.
Presentemente a encontramos mesmo no
Islamismo, sob a forma de certas suratas do Alcorão. Segue-se que a reencarnação é ou foi admitida em todas as religiões.
Só o
Catolicismo e os outros ramos do moderno Cristianismo escapam à regra universal, desde que fizeram silêncio e mergulharam em trevas certas passagens da Escritura que afirmavam as vidas anteriores.


A Filosofia colheu dela as mais belas inspirações.
Pitágoras
, que a ensinou, foi considerado um gênio por toda a Antiguidade.
Platão
recebeu o cognome de «divino», mesmo dos Pais da Igreja do Oriente.
A Escola de Alexandria, com a sua plêiade de escritores Filon, Plotino, etc. — lhe deveu suas obras mais brilhantes.
Kant
, Spinoza a entreviram e, mais recentemente, a lista dos homens ilustres que a adotaram desde Victor Hugo até Mazzini, ocuparia uma página inteira.
Ainda neste momento ela reaparece nas teorias de Bergson, que parecem destinadas a revolucionar todo o pensamento contemporâneo.
Quanto à moral, essa só tem que beneficiar da doutrina das vidas sucessivas. A convicção de ser ele próprio o artífice de seus destinos, de que tudo o que fizer, de mau ou de bom, recairá sobre a sua cabeça como sombras ou raios de luz, servirá ao homem de estímulo para a sua marcha ascendente e o obrigará a vigiar escrupulosamente seus atos. Cada uma das nossas existências, boas ou más, sendo a conseqüência rigorosa das que a precederam e a preparação das que hão de seguir-se, nos males da vida veremos o corretivo necessário das nossas faltas passadas e hesitaremos em recair nelas. Esse corretivo será muito mais eficaz do que o temor dos

suplícios do inferno, nos quais ninguém mais crê, nem mesmo os que deles falam com uma segurança mais fingida do que real.

O princípio das reencarnações tudo aclara.
Todos os problemas se resolvem.
A ordem e a justiça surgem no Universo.
A vida toma um caráter mais nobre, mais elevado.
Torna-se a conquista gradual, pelos nossos esforços amparados do Alto, de um futuro sempre melhor.
O homem sente engrandecer-se a sua fé, a sua confiança em
Deus e, desta concepção larga, a vida social recebe profundas repercussões.


Ao inverso, não é uma ideia pobre e lamentável a que consiste em acreditar que Deus nos concede uma única vida para nos melhorarmos e progredirmos?

Pois quê! Uma existência que não dura mais do que alguns anos, alguns meses e, para muitos, algumas horas apenas, que é de oitenta ou cem anos para outros, tão desarmônica conforme as condições e os meios em que nos achamos colocados, conforme as faculdades e recursos que nos são outorgados, pode constituir o eixo único sobre o qual repouse todo o conjunto dos nossos destinos imortais?
Léon Denis
 
Extraído do livro O PORQUÊ DA VIDA - Léon Denis - Solução racional do problema da existência (Que somos - De onde viemos - Para onde vamos) - Correspondências de

Laváter sobre a vida futura. - FEB

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Lembranças





Laurita Pires de Sá,  declamava com precisão e
emoção a poesia A FLOR E A FONTE, que
aprendeu
nos anos de 1930, quando estudava no
Colégio das Dorotéias, em Cajazeiras (PB).

A FLOR E A FONTE





"Deixa-me, fonte!" Dizia
A flor, tonta de terror.
E a fonte, sonora e fria,
Cantava, levando a flor.
"Deixa-me, deixa-me, fonte!
" Dizia a flor a chorar:
"Eu fui nascida no monte...
"Não me leves para o mar".
E a fonte, rápida e fria,
Com um sussurro zombador,
Por sobre a areia corria,
Corria levando a flor.
"Ai, balanços do meu galho,
"Balanços do berço meu;
"Ai, claras gotas de orvalho
"Caídas do azul do céu!...
Chorava a flor, e gemia,
Branca, branca de terror,
E a fonte, sonora e fria
Rolava levando a flor.
"Adeus, sombra das ramadas,
"Cantigas do rouxinol;
"Ai, festa das madrugadas,
"Doçuras do pôr do sol;
"Carícia das brisas leves
"Que abrem rasgões de luar...
"Fonte, fonte, não me leves,
"Não me leves para o mar!...
" As correntezas da vida
E os restos do meu amor
Resvalam numa descida
Como a da fonte e da flor...
VICENTE DE CARVALHO
(1866-1924)

Foto: Laurita Pires de Sá, em processo de pós-operatório, ora no leito ora na cadeira, declama com precisão e emoção a poesia A FLOR E A FONTE, que aprendeu nos anos de 1930, quando estudava nos Colégio das Dorotéias, em Cajazeiras.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Reencontro com DEUS




REENCONTRO COM DEUS”





Deus, passei tanto tempo te procurando, não sabia onde estavas.
Olhava para o infinito, não te via....e pensava comigo mesmo: “Será que tu existes”?

Não me contentava na busca e prosseguia...
Tentava te encontrar nas
religiões, nos templos. Tu lá não estavas.
Te busquei com a ajuda de gurus, sacerdotes, pastores e doutores. Também não te encontrei.
Senti-me só, vazio, desesperado e descrente.

Na descrença te ofendi, e na ofensa tropecei. No tropeço caí e na queda senti-me fraco. Fraco, procurei ajuda e na ajuda encontrei amigos. Nos amigos encontrei carinho e no carinho vi nascer o
amor. Com amor, vi um mundo novo e no mundo novo resolvi viver.
O que recebi resolvi doar, e doando alguma coisa, muito recebi. E recebendo, senti-me feliz. E sendo feliz encontrei a paz.

Tendo paz foi que enxerguei...que dentro de mim é que tu estavas e sem procurar-te foi que te encontrei...!”
Poema de Adélio Neves

terça-feira, 26 de junho de 2012

Melodia Sublime




Melodia Sublime




"O' Senhor Supremo de Todos os Mundos
e de Todos os Seres,
Recebe, Senhor, O nosso agradecimento
De filhos do teu amor!

Dá-nos tua bênção,
Ampara-nos a esperança,
Ajuda-nos o ideal
Na estrada imensa da vida...

Seja para o teu coração,
Cada dia, nosso primeiro pensamento de amor!
Seja para tua bondade
Nossa alegria de viver!...

Pai de amor infinito
Dá-nos tua mão generosa e santa.


Longo é o caminho.
Grande o nosso débito,
Mas inesgotável é a nossa esperança.

Pai amado,
Somos as tuas criaturas,
Raios divinos
De tua Divina Inteligência.

Ensina-nos a descobrir
Os tesouros imensos
Que guardastes
Nas profundezas de nossa vida,
Auxilia-nos a acender
A lâmpada sublime
Da Sublime Procura!

Senhor, Caminhamos contigo
Na eternidade!...
Em Ti nos movemos para sempre.

Abençoa-nos a senda,
Indica-nos a Sagrada Realização.
E que a glória eterna
Seja em teu eterno trono!...

Resplandeça contigo a Infinita Luz,
Mane em teu coração misericordioso
A Soberana Fonte de Amor,
Cante em tua criação Infinita
O sopro divino da eternidade.

Seja a tua bênção
Claridade aos nossos olhos,
Harmonia ao nosso ouvido,
Movimento às nossas mãos,
Impulso aos nossos pés.

No amor sublime da Terra e dos Céus!...
Na beleza de todas as vidas,
Na progressão de todas as coisas,
Glorificado sejas para sempre,
Senhor."

Extraído do livro "OS MENSAGEIROS"
Ditado por André Luiz
Psicografado por Francisco Cândido Xavier

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Prece de Jerônimo de Praga




Concílio de Constança

Prece de Jerônimo de Praga



Meu Deus, tu que és grande, tu que és tudo, deixa cair sobre mim, pequenino, sobre mim, que existo porque tu quiseste, um raio de tua luz. Faz que, penetrado por teu amor, eu ache o bem, fácil, e o mal, odioso; que, animado do desejo de agradar, meu espírito vença os obstáculos que se opõem ao triunfo da verdade sobre o erro, da fraternidade sobre o egoísmo.
Faz que, em cada companheiro de provas, eu veja um irmão, como tu vês um filho em cada um dos seres que emanam de ti e devem para ti retornar.
Dá-me o amor ao trabalho, que é o dever de todos na Terra, e, com a ajuda da luz que puseste à minha frente, esclarece-me sobre as imperfeições que atrasam meu progresso nesta vida e na outra.”
Extraído do livro de Léon Denis – Espíritos e Médiuns

Complementação: A história elucida a forma de como
Jerônimo morreu cantando salmos na fogueira
By Aislin Ganesha | maio 30, 2009
30 de maio de 1416 – Jerônimo de Praga é condenado à morte na fogueira por heresia, pelo Concílio de Constança, realizado na cidade de Constança, na Alemanha.
Suas extensas viagens, sua ampla erudição, sua eloqüência, sua inteligência e sabedoria fizeram dele um formidável crítico da degenerada Igreja daqueles tempos, que chegou a possuir três papas ao mesmo tempo. Foram essas qualidades que fizeram repercutir suas profundas críticas à Igreja, contribuindo, mais que qualquer heresia, para sua condenação à morte. Sua morte ocorreu menos de um ano após a morte de Huss, contribuindo para inflamar o movimento nacionalista da Boêmia, que resultou em uma série de movimentos armados conhecidos como guerras hussitas. Jerônimo de Praga, assim como Jan Huss e John Wyclif é considerado precursor da Reforma Protestante que ocorreria no século XVI. Jerônimo morreu cantando salmos na fogueira.


Brooke Waggoner – Daylover

domingo, 24 de junho de 2012

Advertência aos médiuns


Meditação
Advertência aos médiuns


Allan Kardec afirmou com sabedoria que a mediunidade é “apenas uma aptidão para servir de instrumento mais ou menos dúctil aos Espíritos, em geral”. Por essa e outras razões, os médiuns não se podem vangloriar de haverem sido eleitos como missionários da Nova Era, deixando-se sucumbir aos tormentos da fascinação sutil ou extravagante. A atividade mediúnica, por isso mesmo, constitui oportunidade abençoada para o aperfeiçoamento intelecto-moral do indivíduo, que se permitiu dislates em reencarnações anteriores, comprometendo-se em lamentáveis situações espirituais.


A mediunidade é, portanto, um ensejo especial para a auto recuperação, devendo ser utilizada de maneira dignificante, em cujo ministério de amor e de caridade será encontrada a diretriz de segurança para o reequilíbrio. Quando se trata de mediunidade ostensiva, com mais gravidade devem ser assumidos os deveres que lhe dizem respeito, porquanto maior se apresenta a área de serviço a ser desenvolvido.

Em qualquer tipo de realização nobilitante sempre se enfrentam desafios e lutas, em face do estágio evolutivo em que se encontram os seres humanos e o planeta terrestre. É natural que haja alguma indiferença pelo que é bom e elevado, quando não se apresentam hostilidades em trabalho impeditivo da sua divulgação.

Sendo a mediunidade um recurso que possibilita o intercâmbio entre o mundo físico e o espiritual, as mentes desprevenidas ou ainda arraigadas na perversidade tudo investem para impedir que o fenômeno ocorra de maneira saudável, proporcionando, assim, os meios para restabelecer-se a ordem moral e confirmar-se a imortalidade do ser, propondo-lhe equilíbrio e venturas no porvir.

Não são poucos os obstáculos a serem transpostos por todo aquele que se candidata ao relevante labor mediúnico. Os primeiros encontram-se no seu mundo íntimo, nos hábitos doentios a que se acostumou no pretérito, quando permaneceu distanciado dos deveres morais, criando problemas para o próximo, que resultaram em inquietações para si mesmo. A luta a ser travada, para a superação do desafio, ninguém vê, exceto aquele que está empenhado no combate em favor da autolibertação, impondo-se a necessidade de rigorosas disciplinas que possam proporcionar-lhe novas condutas saudáveis, capazes de facilitar-lhe a execução das tarefas espirituais sob a responsabilidade e comando dos Mensageiros do Senhor.

O estudo consciente da faculdade mediúnica e a vivência dos requisitos morais são, a seguir, outro grande desafio, por imporem condições de humildade no desempenho das tarefas, tomando sempre para si as informações e advertências que lhe chegam do Mais Além, ao invés de transferi-las para os outros.

O médium sincero, mais do que outro lidador laborioso, em qualquer área de ação, encontra-se em constante perigo, necessitando aplicar a vigilância e a oração com frequência, de modo a manter-se em paz ante o cerco das Entidades ociosas e vingadoras da erraticidade inferior. Isto porque, comprazendo-se na prática do mal, a que se dedicam, as mesmas transformam-se em inimigos gratuitos de todos aqueles que lhes parecem ameaçar a situação em que se encontram.

Por isso mesmo, a prática mediúnica reverte-se de seriedade e de entrega pessoal, não dando espaço para estrelismo, as competições doentias e as tirânicas atitudes de agressão a quem quer que seja...

Devendo ser passivo o médium, a fim de bem captar o pensamento que verte das Esferas superiores, o seu comportamento há de caracterizar-se pela jovialidade, pela compreensão das dificuldades alheias, pela compaixão em favor de tudo e de todos que encontre pelo caminho.

As rivalidades entre médiuns, que sempre existiram e continua, defluem da inferioridade moral dos mesmos, porque a condição mais relevante a ser adquirida é a de servidor incansável, convidado ao trabalho na Seara por Aquele que é o Senhor.

Examinar com cuidado as comunicações de que se faz portador, evitando a divulgação insensata de temas geradores de polêmica, a pretexto de revelações retumbantes, e defendê-los, constitui inadvertência e presunção, por considerar-se como o vaso escolhido para as informações de alto coturno que o mundo espiritual libera somente quando isso se faz necessário. Jamais esquecer, quando incluído nessa categoria, que o caráter da universalidade do ensino, conforme estabeleceu o mestre de Lyon, é fundamental para demonstrar a qualidade e a origem do ensinamento, se pertencente a um Espírito ou se, em chegando o momento da sua divulgação entre as criaturas humanas, procede da Espiritualidade superior.

Quando se sente inspirado a adotar comportamentos esdrúxulos, informações fantasiosas e de difícil confirmação, materializando o mundo espiritual como se fosse uma cópia do terrestre e não ao contrário, certamente está a desserviço do Bem e da divulgação do Espiritismo.

O verdadeiro médium espírita é discreto, como corresponde em relação a todo cidadão digno, evitando, quanto possível, o empenho em impor as revelações de que se diz instrumento.

De igual maneira, quando o médium passa a defender-se, a criticar os outros, a autopromover-se, a considerar-se melhor que os demais, encontra-se enfermo espiritualmente, a caminho de lamentável transtorno obsessivo ou emocional.

A sua sensibilidade é considerada não apenas pelo fato de receber os Espíritos superiores, mas pela facilidade de comunicar-se com todos os Espíritos, conforme acentua o insigne Codificador.

Assim deve considerar, porque a mediunidade é, em si mesma, neutra, podendo ser encontrada em todos os tipos humanos, razão pela qual não se trata de uma faculdade espírita, porém, humana, que sempre existiu em todas as épocas da sociedade, desde os tempos mais remotos até os atuais.

No trabalho silencioso e discreto do atendimento aos sofredores, seja no seu cotidiano em relação aos companheiros da romagem carnal, seja nas abençoadas reuniões de atendimento aos desencarnados em agonia, assim como àqueles que se rebelaram contra as Leis da Vida, encontrará o medianeiro sincero inspiração e apoio para a desincumbência da tarefa que abraça.

Dedicando-se ao labor da caridade sem jaça, granjeia o afeto dos Espíritos elevados, que passam a protegê-lo sem alarde e a inspirá-lo nos momentos de dificuldades e de sofrimentos, consolando-o nos testemunhos e na solidão que, não raro, dominam-lhe as paisagens íntimas.

Consciente da responsabilidade que lhe diz respeito, não se preocupa com as louvaminhas e os aplausos da leviandade, em agradar os poderosos e os insensatos que o buscam, por compreender que está a serviço da Verdade, que, infelizmente, ainda, como no passado, não existe lugar para a sua instalação. Dessa forma, mantém-se fiel à sua implantação interna, vivendo-a de maneira jovial e enriquecedora, dando mostras de que o Reino dos Céus instala-se a princípio no coração, de onde se expande para o mundo transcendente.

Tem cuidado na maneira pela qual exterioriza as informações recebidas, dando-lhes sempre o tom de naturalidade e de equilíbrio, evitando o deslumbramento que a ignorância em torno da sua faculdade sempre reveste com brilho falso os seus portadores.

Jamais se deve permitir a presunção, acreditando-se irretocável, herdeiro da memória e dos valores dos missionários do passado próximo ou remoto, tendo em Jesus Cristo, e não em pessoa alguma, o seu guia e modelo.

Despersonalizar-se para que nele se reflita a figura incomparável do Mestre de Nazaré, eis uma das metas a conquistar, recordando-se de João Batista, que informou sobre a necessidade de diminuir-se para que Ele crescesse, considerando-se indigno de atar as amarras das Suas sandálias...

A mediunidade é instrumento que se pode transformar em vínculo de luz entre a Terra e o Céu, ou furna de perturbação e sofrimento onde se homiziam os invigilantes e os desalmados, em conflitos e pugnas contínuas.

A faculdade, em si mesma, é portadora de grande potencialidade para proporcionar a felicidade, quando o indivíduo que a aplica no Bem procura servir com bondade e alegria, evitando a disputa das glórias mentirosas do mundo físico, assim como os desvios de conduta responsáveis pelas quedas morais da sua aplicação indevida.

As trombetas do mundo espiritual ressoam hoje, como em todos os tempos, nas consciências alertas, convocando os corações afetuosos para o grande empreendimento de iluminação de vidas e de sublimação de sentimentos, atenuando as dores expressivas deste momento de transição de mundo de provas e expiações para mundo de regeneração.

Aos médiuns dignos e sinceros cabe a grande tarefa de preparar o advento da Era Nova, conforme o fizeram aqueles que se tornaram instrumento das mensagens libertadoras que foram catalogadas por Allan Kardec, nos seus dias, elaborando a Codificação Espírita, e que se mantêm atuais ainda hoje, prosseguindo certamente pelos dias do futuro.

Que os médiuns, pois, se desincumbam do compromisso e não da missão, como alguns levianamente a interpretam, gerando simpatia e solidariedade, unindo as pessoas numa grande família, que a constituem, e sustentando-lhes a sede e a fome de luz e de paz, de esperança e de amor, como somente sabem fazer os Guias da Humanidade a serviço de Jesus.

Manoel Philomeno de Miranda

Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na tarde de 16 de abril de 2009, na Mansão do Caminho, em Salvador, Bahia.

FONTE: Palavra Espírita

sábado, 23 de junho de 2012

ANTE O SUICÍDIO ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ESPÍRITAS







ANTE O SUICÍDIO ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ESPÍRITAS


Em recente reportagem, divulgou-se que uma jovem, de 15 anos, suicidou-se com um tiro de revolver, dentro de uma escola, em Curitiba. Não houve grito nem pedido de socorro.

Em silêncio, ela entrou no banheiro e se trancou em uma das cinco cabines reservadas.

Sentada sobre o vaso sanitário, disparou contra a boca.

Suicídios desse gênero (tiro especialmente), em escolas brasileiras, não são comuns.

“Três meses antes da tragédia, a jovem procurou os pais e pediu para que eles a levassem a um psicólogo.

Dizia sentir-se triste e desmotivada.

O pai passou a pegá-la na aula de pintura e levá-la, semanalmente, a um psiquiatra. No inquérito policial sobre o suicídio, apurou-se que ela tomava benzodiazepínicos (soníferos) para dormir, e outros fármacos para controlar a ansiedade que sentia”. 

Diante do dilema, indagamos: Como os pais podem proteger os filhos ante os desequilíbrios emocionais que assolam a juventude de hoje?

Obviamente, precisam estar atentos.

Interpretar qualquer tentativa ou anúncio de suicídio do jovem como sinal de alerta.

O ideal é procurar ajuda especializada de um psicólogo e, para os pais espíritas, os recursos terapêuticos dos centros espíritas.

Aproximar-se, mais amiudemente, do filho que apresenta sinais fortes de introspecção ou depressão. O isolamento e o desamparo podem terminar com aguda depressão e ódio da vida.

É evidente que sugerir serem os pais os únicos responsáveis pelo autocídio de um filho(a), é algo muito delicado e preocupante, pois, trata-se um ato pessoal de extremo desequilíbrio da personalidade, gerado por circunstâncias atuais ou por reminiscências de existências passadas.

Se há culpa dos pais, atribui-se à negligência, à desatenção, a não perceber as mudanças no comportamento de um filho(a) e a tudo que acontece à sua volta.

Sobre isso, estamos convictos de que a sociedade, como um todo, é, igualmente, culpada. Inobstante colocarem o fardo da culpa nos pais em primeiro lugar, reflitamos: quem pode controlar a pressão psicológica que uma montanha de apelos vazios faz na cabeça dos jovens, diariamente? O suicídio é um ato exclusivamente humano e está presente em todas as culturas. Suas matrizes causais são numerosas e complexas.

Os determinantes do suicídio patológico estão nas perturbações mentais, depressões graves, melancolias, desequilíbrios emocionais, delírios crônicos, etc. Algumas pessoas nascem com certas desordens psiquiátricas, tal como a esquizofrenia e o alcoolismo, o que aumenta o risco de suicídio. Há os processos depressivos, onde existem perdas de energia vital no organismo, desvitalizando-o, e, conseqüentemente, interferindo em todo o mecanismo imunológico do ser.


Em termos percentuais, 70% das pessoas que cometem suicídio, certamente sofriam de um distúrbio bipolar (maníaco-depressivo); ou de um distúrbio do humor; ou de exaltação/euforia (mania), que desencadearam uma severa depressão súbita, nos últimos minutos que antecederam aos de suas mortes.


O suicídio pode ocorrer, tanto na fase depressiva, quanto na fase da mania, sempre conseqüente do estado mental. O suicida é, antes de tudo, um deprimido, e a depressão é a doença da modernidade.

O suicida não quer matar a si próprio, mas alguma coisa que carrega dentro de si e que, sinteticamente, pode ser nominado de sentimento de culpa e vontade de querer matar alguém com quem se identifica.

Como as restrições morais o impedem, ele acaba se autodestruindo. Assim, “o suicida mata uma outra pessoa que vive dentro dele e que o incomoda, profundamente. Outra coisa que deve ser analisada é a obsessão que poderia ser definida como um constrangimento que um indivíduo, suicida em potencial ou não, sente, pela presença perturbadora de um obsessor.

A religião, a moral, todas as filosofias condenam o suicídio como contrário às leis da Natureza. Todas asseveram que ninguém tem o direito de abreviar, voluntariamente, a vida. Entretanto, por que não se tem esse direito? Por que não é livre o homem de pôr termo aos seus sofrimentos? Ao Espiritismo estava reservado demonstrar, pelo exemplo dos que sucumbiram, que o suicídio não é uma falta somente por constituir infração de uma lei moral – consideração, essa, de pouco peso para certos indivíduos – mas, também, um ato estúpido, pois que nada ganha quem o pratica.

Antes, o contrário, é o que se dá com eles, na existência espiritual, após ato tão insano. Temos notícia, não somente, pelo que lemos nos livros da Doutrina Espírita e que nos advertem os Espíritos Superiores, mas pelos testemunhos que nos dão esses infelizes irmãos, narrando tristes fatos que eles mesmos nos põem sob as vistas, em sessões de orientação às entidades sofredoras.

Sob o ponto de vista sociológico, o suicídio é um ato que se produz no marco de situações anômicas, em que os indivíduos se vêem forçados a tirar a própria vida para evitar conflitos ou tensões inter-humanas, para eles insuportáveis.

O pensador Émile Durkheim teoriza que a “causa do suicídio, quase sempre, é de raiz social, ou seja, o ser individual é abatido pelo ser social.

Absorvido pelos valores [sem valor], como o consumismo, a busca do prazer imediato, a competitividade, a necessidade de não ser um perdedor, de ser o melhor, de não falhar, o jovem se afasta de si mesmo e de sua natureza. Sobrevive de ‘aparências’, para representar um ‘papel social’ como protagonista do meio. Nessa vivência neurotizante, ele deixa de desenvolver suas potencialidades, não se abre, nem expõe suas emoções e se esmaga na sua intimidade solitária.”

O Espiritismo adverte que o suicida, além de sofrer no mundo espiritual as dolorosas conseqüências de seu gesto impensado, de revolta diante das leis da vida, ainda renascerá com todas as seqüelas físicas daí resultantes, e terá que arrostar, novamente, a mesma situação provacional que a sua flácida fé e distanciamento de Deus não lhe permitiram o êxito existencial.

É verdade que após a desencarnação não há tribunal nem Juízes para condenar o espírito, ainda que seja o mais culpado. Fica ele, simplesmente, diante da própria consciência, nu perante si mesmo e todos os demais, pois nada pode ser escondido no mundo espiritual, tendo o indivíduo de enfrentar suas próprias criações mentais.

“O pensamento delituoso é assim como um fruto apodrecido que colocamos na casa de nossa mente. A irritação, a crítica, o ciúme, a queixa exagerada, qualquer dessas manifestações, aparentemente sem importância, pode ser o início de lamentável perturbação, suscitando, por vezes, processos obsessivos nos quais a criatura cai na delinqüência ou na agressão contra si mesma.”

A rigor, não existe pessoa “fraca”, a ponto de não suportar um problema, por julgá-lo superior às suas forças. O que de fato ocorre é que essa criatura não sabe como mobilizar a sua vontade própria e enfrentar os desafios.

Joanna de Angelis assevera que o “suicídio é o ato sumamente covarde de quem opta por fugir, despertando em realidade mais vigorosa, sem outra alternativa de escapar”.

Na Terra, é preciso ter tranqüilidade para viver, até porque, não há tormentos e problemas que durem uma eternidade.

Recordemos que Jesus nos assegurou que

“O Pai não dá fardos mais pesados que nossos ombros” e “aquele que perseverar até o fim, será salvo”. 


Jorge Hessen

Fonte: Publicado por Espaço Espiritual

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Você mesmo



Evangelização
Você mesmo

Lembre-se de que você mesmo é:


o melhor secretário de sua tarefa,


o mais eficiente propagandista de seus ideais,

a mais clara demonstração de seus princípios,

o mais alto padrão do ensino superior que seu espírito abraça e a mensagem viva das elevadas noções que você transmite aos outros.


Não se esqueça, igualmente, de que:



o maior inimigo de suas realizações mais nobres,




a completa ou incompleta negação do idealismo sublime que você apregoa,




a nota discordante da sinfonia do bem que pretende executar, o arquiteto de suas aflições




e o destruidor de suas oportunidades de elevação,


— é você mesmo.

André Luiz

Mensagem retirada do livro "Agenda Cristã" psicografia de Francisco Cândido Xavier

quinta-feira, 21 de junho de 2012

O mais importante

O Mais Importante
O mais importante não é crer, é, sim, fazer.
O mais importante não é ver, é, sim, compreender.
Fazei o Bem e alcançareis a sabedoria dos simples de coração.
Compreendei as lições que a vida nos oferece e vereis a Justiça e o Amor que a regem.
Fazei Luz na consciência, e a coragem surgirá por suporte da alma.
Compreender as mensagens de equilíbrio que a dor vos traz e vereis nascer a paz, luarizando o caminho.
Fazei as obras, e a fé as sustentará.
Compreendei o valor de vossa renovação e vereis a virtude fluir portas adentro de vosso coração.
Trabalhai e crede! Tudo vos será possível!
Compreendei a razão de viver e vereis, por fim, a Sublime Luz que é o seio da imortalidade gloriosa.
-Um amigo espiritual-.
Livro: Os caminhos da Paz - Ed. Léon Denis

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Sempre o Bem



Sempre o Bem

Bendito sejas, coração amigo,
Buscando construir e elevar para o bem

Sem destacar a treva
Nem ferir a ninguém.


D
eus te guarde na lei
do auxílio que nos rege
Sempre que te dediques a expressar-te,
À Excelsa Pro
vidência
determina
Que a bênção do socorro esteja em toda p
arte
.

Quem de nós, aprendizes do
progresso
,
Estará esquecendo
orgulho, possessão, vaidade, força
bruta?
Sem o amparo de alguém que nos tolere
E nos minore a luta?


Não vale maldizer a sombra em torno
Basta a fim de arredá-la humilde vela acesa,
Unir e melhorar, ajudar e servir

São determinações da natureza.

Um pântano qualquer pode fazer-se, um dia,
Campina surpreendente, em fruto e flor,
Mas não prescindirá de mãos amigas
Que lhe estendam recurso, auxílio e
amor
...
Fita a cachoeira em ápices de
força
...
Sem alguém que lhe oferte o controle da usina,
É grandeza de ação deficitária,
Alto poder entregue à in
disciplina
.

Certo bloco de mármore do monte
Rolou a flagelar canteiros de verdura,
Mas um artista a educá-lo, dia-a-dia,
Dele fez obra-prima de escultura.


Pensemos quanto a isso,
alma
querida,
Estendendo a esperança, ante a
força do bem
;
Quem procura no
amor a elevação
da vida,
Não se detém no
mal, nem censura a ninguém.


Maria Dolores

terça-feira, 19 de junho de 2012

Jesus e a Samaritana.

O Ministro Sábio

Mateus discorria, solene, sobre a missão dos que dirigem a massa popular, especificando deveres dos administradores e dificuldades dos servos.

A conversação avançava, pela noite a dentro, quando Jesus, notando que os aprendizes lhe esperavam a palavra amiga, narrou, sorridente: — Um reino existia, em cuja intimidade aparec
eu um grande partido de adversários do soberano que o governava.
Pouco a pouco, o
espírito de rebeldia cresceu em certas famílias revoltadas e, a breves semanas, toda uma província em desespero se ergueu contra o monarca, entravando-lhe as ações.

Naturalmente preocupado, o rei convidou um hábil juiz para os encargos de primeiro ministro do país,
desejoso de apagar a discórdia; mas o juiz começou a criar quantidade enorme de leis e documentos escritos, que não chegaram a operar a mínima alteração.

Desiludido, o imperante substituiu-o por um
doutrinador famoso.
O tribuno, porém, conduzido à elevada posição, desfez-se em
discursos veementes e preciosos que não modificaram a perturbação reinante.

Continuavam os inimigos internos solapando o prestígio nacional, quando o soberano pediu o socorro de um sacerdote que, situado em tão nobre posto, a
maldiçoou, de imediato, os elementos contrários ao rei, piorando o problema.

Desencantado, o monarca trouxe um médico à direção dos negócios gerais, mas tão logo se viu em palácio, partilhando as honras públicas, o novo ministro afirmou, para conquistar o favor régio, que o partido de adversários da Coroa se constituía de doentes mentais, e fez disso propaganda tão ruinosa que a in
disciplina se tornou mais audaciosa e a revolta mais desesperada.

Pressentindo o trono em perigo, o soberano substituiu o médico por um general célebre, que tomou pro
vidência drástica, arregimentando forças armadas nas regiões fiéis e mobilizando- as contra os irmãos insubmissos.

Estabelec
eu-se a guerra civil.

E quando a
morte começou a ceifar vidas inúmeras, inclusive a do temido lidador militar que se convertera em primeiro ministro do reino, o imperante, de alma confrangida, convidou um sábio a ocupar-se do posto então vazio.

Esse ch
egou à administração, meditou algum tempo e deu início a novas atividades.

Não criou novas
leis, não pronunciou discursos, não censurou os insurretos, não perdeu tempo em zombaria e nem estimulou qualquer cultura de vingança.

Dirigiu-se em
pessoa à região conflagrada, a fim de observar-lhe as necessidades.

Reparou, aí, a
existência de inúmeras criaturas sem teto, sem trabalho e sem instrução, e erigiu casas, criou oficinas, abriu estradas e improvisou escolas, incentivando o serviço e a educação, lutando, com valioso espírito de entendimento e fraternidade, contra a preguiça e a ignorância.

Não transcorr
eu muito tempo e todas as discórdias do reino desapareceram, porque a ação concreta do bem eliminara toda a desconfiança, toda a dureza e indecisão dos espíritos enfermiços e inconformados.

M
ateus contemplava o Senhor, embevecidamente, deliciando-se com as idéias de bondade salvadora que enunciara, e Jesus, respondendo-lhe à atenção com luminoso sorriso, acrescentou para finalizar: — O ódio pode atear muito incêndio de discórdia, no mundo, mas nenhuma teoria de salvação será realmente valiosa sem o justo benefício aos espíritos que a maldade ou a rebelião desequilibraram.
Para que o
bem possa reinar entre os homens, há de ser uma realidade positiva no campo do mal, tanto quanto a luz há de surgir, pura e viva, a fim de expulsar as trevas.

Neio Lúcio
Do livro: Jesus no Lar, Médium: Francisco Cândido Xavier