quarta-feira, 31 de março de 2010

O BEM


"A felicidade sem lindes existe meu filho ,
como decorrência do bem que
fazemos , das lágrimas que enxugamos ,
das palavras que semeamos no caminho ,
para atapetar a senda que um dia percorreremos" .
Dr. Bezerra de Menezes

Texto extraído do Livro “O Semeador de Estrelas" de Suely Caldas Schubert
FOTO: Dedé e Carmen, estudiosos da Doutrina Espírita e assíduos à Casa do Caminho.

terça-feira, 30 de março de 2010

IMORTALIDADE

Imortalidade

Autor: Vianna de Carvalho (espírito)

No justo momento em que a técnica atinge as culminâncias, e o homem sofre aflições sem termo, somos convidados a recordar Jesus-Cristo exclamando: “Eu venci o mundo!”



A ciência vaticinou, para o século corrente, a morte das doutrinas espiritualistas, tendo em vista a marcha natural do progresso intelectivo.



E em verdade, até à metade do século passado, a filosofia espiritualista não passava de um amontoado de informação místicas e de arranjos dogmáticos incapazes de competir com os sistemas filosóficos vigentes, resistindo aos descobrimentos da ciência investigadora.



Coube a Allan Kardec a inapreciável tarefa de demonstrar, pela pesquisa experimental, a realidade do fenômeno da imortalidade da alma. E, graças a isso, o Codificador da Doutrina Espírita se destaca entre os vates do pensamento universal, pelo gigantesco empreendimento de positivar, consoante os dados oficiais da indagação, a continuação da vida além da morte.



A tarefa era, a princípio, sob todos os aspectos intratável, considerando-se a posição da ciência ante os rudimentos da nascente Psicologia.



De um lado, o cientificismo pontificava arbitrário, e o empirismo, no outro extremo, ditava leis falseadas sobre a verdade.



Kardec, porém, embrenhou-se no matagal das informações.



Não foi somente um coligidor dos informes dos Espíritos. Foi, antes de tudo, um admirável garimpeiro da verdade, separando da ganga o ouro rebrilhante, na mensagem eterna.



De 1854 a 1869, pesquisou, selecionou, reparou, fez acréscimos, sopesou e apresentou uma doutrina que pudesse enfrentar o materialismo, justamente no momento em que Engels e Marx iriam desdobrar os conceitos hegelianos, favorecendo os aspectos dialético e histórico, já que o materialismo mecanicista não podia resolver o problema fundamental da imortalidade por lhe faltarem os elementos basilares para destruir a realidade da alma.



Com Hegel, o pensamento passou a ser uma função do cérebro, cuja atividade era pensar, controlando as manifestações nervosas da vida.



Allan Kardec se distinguiu pela tarefa de demonstrar que o pensamento não é apenas uma função do cérebro, sendo este a conseqüência de um pensamento anterior que nele atua através de um outro cérebro mais sutil, comando geral e força dinâmica mantenedora do equilíbrio: o psicossoma.



E acolitado por figuras da enfibratura de Crookes, Zölner, do caráter de Lombroso e de Lodge que vieram a público, posteriormente, apresentar o resultado das suas pesquisas, Kardec demonstrou, à saciedade, o sentido incontroverso da imortalidade da alma, em experiências que se tornaram notáveis, realizadas mais tarde, com o curso de médiuns do quilate de Florence Cook, Eusápia, Daniel Home...



A tarefa se avultava por estarem em jogo os sistemas do monismo e do dualismo.



Allan Kardec demonstrou também que o homem não é constituído apenas de duas peças: o corpo e alma. Mas é formado por uma tríade de elementos: o espírito, perispírito e matéria, sendo o perispírito encarregado de funções específicas na engrenagem harmoniosa da vida hominal.



E quando o materialismo ateu, no seu aspecto dialético, veio a campo combater a Doutrina Espírita, o Espiritismo, como escola filosófica, na sua feição dialética, apresentava “O Livro dos Espíritos” como protesto nobre ao abuso e à arbitrariedade das informações hegelianas, às doutrinas nele inspiradas, bem como às velhas fisolofias espiritualistas sem fundamentação científica.



E a previsão da ciência, que aguardava para o século presente a morte das doutrinas espiritualistas, faliu, porque o século XX, com os seus valiosos descobrimentos e tirocínios, não pode retificar um único conceito da doutrina postulada pelo gigante lionês que, na atualidade, se faz o maior antídoto aos grandes males que afligem a Humanidade.



Como o materialismo é um veneno letal, o Espiritismo é o seu anticorpo, preparado para diminuir ou dirimir os efeitos terríveis dos ódios organizados secularmente e agora disseminados pelo ateísmo existencialista.



Enquanto o homem avança pelas trilhas do prazer, outros homensaparecem como exegetas do trabalho e apóstolos da caridade, formando a mentalidade para o Terceiro Milênio que colocará bem alto o estandarte da luz cristã refletida na mensagem nobre da Doutrina Espírita.



E embora se previsse o soçobro das religiões no século XX, Allan Kardec, semelhante a Copérnico, que veio por cobro às fantasias a respeito do sistema solar, por também termos às superstições a respeito da imortalidade da alma, arracando-a do sobrenatural e do dogma, retificando a sua feição mística, graças à documentação experimental de que a bibliografia espírita é farta, enriquecendo a ciência espiritualista para competir e esclarecer a ciência atual, ajudando-a na busca da verdade.



Ante as dores que se acumulam inevitáveis para os próximos tempos, sem nos desejarmos transformar em Parcas a tecerem a túnica mortuária da Civilização, o Espiritismo é a grande esperança, porque afirma não ser a morte mais do que uma grande transição para o despertamento na verdadeira vida: a Vida Imortal.



Pontifiquemos, desse modo, com Nosso Senhor Jesus-Cristo, o herói da sepultura vazia, atendendo o programa da solidariedade universal, transferindo o sangue novo da fé para os corações esfacelados pelo medo e acendendo em toda a parte a lâmpada da convicção imortalista. Sigamos a trilha da verdade, cumprindo o nosso dever para, vitoriosos, atingirmos o porto da nossa gloriosa Imortalidade.


(Página recebida pelo médium Divaldo P. Franco, na sessão da noite de 15-1-1962, em Salvador, Bahia).

Gravura: Móises, Jesus e Kardec.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Fidelidade a Deus



33. Fidelidade a Deus - Reunido a sós com seus discípulos, Jesus ensinou que na causa de Deus a fidelidade deve ser uma das primeiras virtudes. Nós não podemos duvidar da fidelidade de Nosso Pai. “Sua dedicação -- disse Jesus -- nos cerca os espíritos, desde o primeiro dia. Ainda não o conhecíamos e já ele nos amava.” (P. 44)
34. Dito isto, o Mestre acrescentou: “Tudo na vida tem o preço que lhe corresponde. Se vacilais receosos ante as bênçãos do sacrifício e as alegrias do trabalho, meditai nos tributos que a fidelidade ao mundo exige. O prazer não costuma cobrar do homem um imposto alto e doloroso? Quanto pagarão, em flagelações íntimas, o vaidoso e o avarento? Qual o preço que o mundo reclama ao gozador e ao mentiroso?” (P. 45)
35. Timidamente, Tiago, filho de Alfeu, contou-lhes então a história de um amigo que arruinara a saúde, por excessos nos prazeres condenáveis. Tadeu falou de um conhecido que, depois de ganhar grande fortuna, se havia tornado avarento e mesquinho a ponto de privar-se do necessário, para multiplicar o número de suas moedas, acabando assassinado pelos ladrões. Pedro recordou o caso de um pescador de sua intimidade, que sucumbira tragicamente, por efeito de sua desmedida ambição. (P. 45)
36. Jesus, depois de ouvi-los, perguntou: “Não achais enorme o tributo que o mundo exige dos que se apegam aos seus gozos e riquezas? Se o mundo pede tanto, por que não poderia Deus pedir-nos lealdade ao coração?” E aduziu: “Trabalhamos agora pela instituição divina do seu reino na Terra; mas, desde quando estará o Pai trabalhando por nós?” (P. 45)
37. Na seqüência, respondendo a uma observação feita por Tiago, o Messias lembrou-lhes que nem todos podem compreen-
der a verdade de uma só vez. “Devemos considerar -- disse ele -- que o mundo está cheio de crentes que não entendem a proteção do céu, senão nos dias de tranqüilidade e de triunfo. Nós, porém, que conhecemos a vontade suprema, temos que lhe seguir o roteiro. Não devemos pensar no Deus que concede, mas no Pai que educa; não no Deus que recompensa, sim no Pai que aperfeiçoa. Daí se segue que a nossa batalha pela redenção tem de ser perseverante e sem trégua...” (P. 46)
38. Um dos discípulos então perguntou: “Mestre, não seria melhor fugirmos do mundo para viver na incessante contemplação do reino?” A resposta de Jesus foi dada em forma de pergunta: “Que diríamos do filho que se conservasse em perpétuo repouso, junto de seu pai que trabalha sem cessar, no labor da grande família?” (P. 47)
39. “Em verdade -- esclareceu o Messias --, ninguém pode servir, simultaneamente, a dois senhores. Fora absurdo viver ao mesmo tempo para os prazeres condenáveis da Terra e para as virtudes sublimes do céu. O discípulo da Boa Nova tem de servir a Deus, servindo à sua obra neste mundo. Ele sabe que se acha a laborar com muito esforço num grande campo, propriedade de seu Pai, que o observa com carinho e atenta com amor nos seus trabalhos.” E completou: “o filho de coração fiel a seu Pai se lança ao trabalho com perseverança e boa-vontade”. (P. 47)
40. Ouvindo isto, um dos filhos de Zebedeu perguntou qual a primeira qualidade a cultivar no coração para que nos sintamos plenamente identificados com a grandeza espiritual da tarefa. “Acima de todas as coisas -- respondeu Jesus -- é preciso ser fiel a Deus.” (PP. 47 e 48)
41. André indagou: “Como alguém pode ser fiel a Deus, estando enfermo?” “Ouve”, explicou Jesus. “Nos dias de calma, é fácil provar-se fidelidade e confiança. Não se prova, porém, dedicação, verdadeiramente, senão nas horas tormentosas, em que tudo parece contrariar e perecer. O enfermo tem consigo diversas possibilidades de trabalhar para Nosso Pai, com mais altas probabilidades de êxito no serviço.” (P. 48)
42. Dirigindo-se ao apóstolo, o Mestre recomendou: “André, se algum dia teus olhos se fecharem para a luz da Terra, serve a Deus com a tua palavra e com os ouvidos; se ficares mudo, toma, assim mesmo, a charrua, valendo-te das tuas mãos. Ainda que ficasses privado dos olhos e da palavra, das mãos e dos pés, poderias servir a Deus com a paciência e a coragem, porque a virtude é o verbo dessa fidelidade que nos conduzirá ao amor dos amores!”. (P. 48)




Livro Boa Nova

Humberto de Campos, psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Editora da FEB, 11a edição, 1941.

domingo, 28 de março de 2010

Edifício Divino


Edifício Divino


“...todo o edifício se ergue em santuário sagrado, no Senhor, e vós, também, nele sois co-edificados para serdes uma habitação de Deus, no Espírito.” (Efésios, 2:21 e 22)


O prédio de uma sociedade espírita não deverá fugir aos padrões usuais das construções de alvenaria existentes na comunidade.

Sua arquitetura poderá acompanhar as linhas tradicionais, ou atender aos aspectos modernos, segundo o gosto e preferência de seus associados, observados, porém, em qualquer caso, os aspectos de nobreza e sobriedade.


Entretanto, toda e qualquer instituição cristã deverá se apresentar sem ostentações arquitetônicas desnecessárias, resguardando a simplicidade, quer dizer, o bom gosto somado à discrição, à harmonia e à segurança.


Quase sempre integramos de forma unilateral uma sociedade espírita, visualizando-a externamente com suas construções físicas – auditório, salas, corredores, escritórios e demais acomodações -, não dando a devida importância a suas construções invisíveis.Na maioria das vezes, não registramos claramente a influência benéfica que assimilamos, automática e inconscientemente, no contato com a mensagem inarticulada que paira sobre suas dependências.


O amor dirigido às pessoas, o hábito saudável e cotidiano da prece, a tarefa do intercâmbio espiritual socorrista, a divulgação da Boa Nova, o serviço do passe e a relação de fraternidade ali desenvolvida impregnam as paredes físicas de substâncias curativas, além de aumentarem as possibilidades de uso de recursos tecnológicos utilizados pela Espiritualidade Maior em benefício dos freqüentadores.

Somos atingidos sem interrupção por forças energéticas extremamente fortes e positivas, oriundas do nosso intercâmbio com a invisibilidade na Casa Espírita.
Portanto, o Centro Espírita eleva-se e ultrapassa os limites físicos, demonstrando assim sua transcendência, pois atinge as instâncias superiores do amor e do conhecimento.

Educandário de Luz – favorece o raciocínio lógico aliado ao bom senso, bem como o enobrecimento da intelectualidade, proporcionando às mentes o conhecimento superior.

Oficina da Caridade – fornece agasalho, roupas, farnéis, remédios, alimentando e protegendo os que vivem na penúria e na nudez.

Farmácia da Alma – promove a cura aos doentes do corpo, mas estabelece, acima de tudo, as metas para não mais adoecerem, revigorando-os com os ensinamentos espirituais.

Biblioteca Abençoada – proporciona ambiente adequado e tranqüilo à leitura, à pesquisa e à análise, com livros e periódicos que regeneram e esclarecem para a Eternidade.

Estalagem Fraterna – acolhe e socorre os cansados e desnutridos, dando-lhes guarida perante as lutas expiatórias e as dores provacionais que enfrentam.

O Grupo Espírita nos dá suporte para discernirmos e para aprendermos a viver melhor, além de nos reerguer da estagnação e da cegueira interior rumo aos planos superiores da Vida Maior.

A firme determinação diante dos postulados espíritas nos proporciona serenidade íntima para que possamos triunfar sobre as sombras que nos envolve há séculos.


As luzes espargidas por esse Templo de Amor nos favorecem a redenção de nossas almas, bem como a emancipação espiritual que tanto almejamos.


Paulo de Tarso – escrevendo numa época de superficialidade, quando os templos eram monumentos luxuosos e enormes – oferece a receita substancial aos aprendizes do Evangelho. Podemos concretizar nossas necessidades de conforto e beleza. Isso é bom e natural. Todavia, necessitamos, além disso, de algo muito mais importante: “co-edificar em nós mesmos a habitação de Deus, no Espírito.”


Reconhecendo em nós próprios a “morada divina”, também identificaremos nas estruturas íntimas de uma Casa de Jesus, tal como se qualifica um Centro Espírita, o Cristianismo restaurado, entre as verdades sem máculas onde reina o Amor que salva, educa e transporta as almas da Terra para os Céus Infinitos.


Batuíra
Do livro “Conviver e Melhorar”,
de Francisco do Espírito Santo Neto.
Foto: Entrada da "A Casa do Caminho" na BR 230 - KM470 e a "Casa da Prece".

sábado, 27 de março de 2010

VIGIEMOS

VIGIEMOS

Espíritas!

Realmente a vós outros, servidores do Senhor no Evangelho Restaurado, muito se pedirá no amanhã pelo muito que recolheis no hoje de serviço.

Cultivai o campo da verdade, orientando-vos pelo amor puro e simples.

A gleba dos corações humanos espera, sobretudo, por vosso exemplo, a fim de submeter-se ao arado do Divino Cultivador.

Não façais da responsabilidade que vos honra a existência, trilho de acesso ao personalismo estreito de quantos se confinam à dominação do próprio egoísmo e à exaltação do próprio orgulho.

Não olvideis que a cisânia é venenoso escalracho, sufocando-vos as melhores promessas, e de que os melindres pessoais são vermes devoradores, destruindo-vos a confiança e a caridade nascentes.

Usai a charrua da fraternidade e do sacrifício no amanho da Terra Espiritual que o Senhor vos confia, atentos ao desempenho dos próprios deveres, sem azedume e sem crítica, à frente daqueles que vos defrontam a marcha, de vez que o fel do escárnio e o vinagre da ironia constituem, por si, o fermento da discórdia, em cujo torvelinho de sombras todas as esperanças da Boa Nova sucumbem, esquecidas e aniquiladas.

O suor no dever retamente cumprido vacinar-nos-á contra todas as campanhas de crueldade e ridículo e a humildade com a tolerância construtiva ser-vos-á divina força, assegurando-nos o serviço e renovando-nos a fé.

Lembremo-nos do Cristo e sigamos para frente!

É indispensável esquecer o mal, amparando-lhe as vítimas, para que o mal não nos aprisione em seu visco de sombra.

E, amando e servindo, auxiliando e compreendendo, estaremos na companhia do Mestre que, ainda mesmo no martírio e na Cruz, refletia consigo a Luz Excelsa de Deus, em constante alegria e em perene ressurreição.

Emmanuel



Livro DOUTRINA DE LUZ
Psicografia de Chico Xavier
Foto: Chico Xavier.

sexta-feira, 26 de março de 2010

NOSSOS FAMILIARES

Os instrumentos da perfeição
Naquela noite, Simão Pedro trazia à conversação o espírito ralado por extremo desgosto.
Agastara-se com parentes descriteriosos e rudes.
Velho tio acusara-o de dilapidador dos bens da família e um primo ameaçara esbofeteá-lo na via pública.
Guardava, por isso, o semblante carregado e austero.
Quando o Mestre leu algumas frases dos Sagrados Escritos, o pescador desabafou. Descreveu o conflito com a parentela e Jesus o ouviu em silêncio.
Ao término do longo relatório afetivo, indagou o Senhor:
— E que fizeste, Simão, ante as arremetidas dos familiares incompreensivos?
— Sem dúvida, reagi como devia! — respondeu o apóstolo, veemente. — Coloquei cada um no lugar próprio. Anunciei, sem rebuços, as más qualidades de que são portadores. Meu tio é raro exemplar de sovinice e meu primo é mentiroso contumaz. Provei, perante numerosa assistência, que ambos são hipócritas, e não me arrependi do que fiz.


O Mestre refletiu por minutos longos e falou, compassivo:
— Pedro, que faz um carpinteiro na construção de uma casa?
— Naturalmente, trabalha — redargüiu o interpelado, irritadiço.
— Com quê? — tornou o Amigo Celeste, bem-humorado.
— Usando ferramentas.
Após a resposta breve de Simão, o Cristo continuou:
— As pessoas com as quais nascemos e vivemos na Terra são os primeiros e mais importantes instrumentos que recebemos do Pai, para a edificação do Reino do Céu em nós mesmos.


Quando falhamos no aproveitamento deles, que constituem elementos de nossa melhoria, é quase impossível triunfar com recursos alheios, porque o Pai nos concede os problemas da vida, de acordo com a nossa capacidade de lhes dar solução. A ave é obrigada a fazer o ninho, mas não se lhe reclama outro serviço. A ovelha dará lã ao pastor; no entanto, ninguém lhe exige o agasalho pronto. Ao homem foram concedidas outras tarefas, quais sejam as do amor e da humildade, na ação inteligente e constante para o bem comum, a fim de que a paz e a felicidade não sejam mitos na Terra. Os parentes próximos, na maioria das vezes, são o martelo ou o serrote que podemos utilizar a benefício da construção do templo vivo e sublime, por intermédio do qual o Céu se manifestará em nossa alma. Enquanto o marceneiro usa as suas ferramentas, por fora, cabe-nos aproveitar as nossas, por dentro. Em todas as ocasiões, o ignorante representa para nós um campo de benemerência espiritual; o mau é desafio que nos põe a bondade à prova; o ingrato é um meio de exercitarmos o perdão; o doente é uma lição à nossa capacidade de socorrer. Aquele que bem se conduz, em nome do Pai, junto de familiares endurecidos ou indiferentes, prepara-se com rapidez para a glória do serviço à Humanidade, porque, se a paciência aprimora a vida, o tempo tudo transforma.


Calou-se Jesus e, talvez porque Pedro tivesse ainda os olhos indagadores, acrescentou serenamente:
— Se não ajudamos ao necessitado de perto, como auxiliaremos os aflitos, de longe? Se não amamos o irmão que respira conosco os mesmos ares, como nos consagraremos ao Pai que se encontra no Céu?
Depois destas perguntas, pairou na modesta sala de Cafarnaum expressivo silêncio que ninguém ousou interromper.


Jesus no Lar
Francisco Cândido Xavier
Pelo Espírito Neio Lúcio

FOTO: Imagem de Jesus com uma criança, copiada da Internet.

quarta-feira, 24 de março de 2010

A ESTRADA ESPÍRITA: BENEVOLÊNCIA E CARIDADE

Por princípio, deve-se desconfiar dos entusiasmos demasiado febris: são quase sempre fogo de palha, ou simulacros, ardores ocasionais, que suprem com a abundância de palavras a falta de atos.

A verdadeira convicção é calma, refletida, motivada; revela-se, como a verdadeira coragem, pelos fatos, isto é, pela firmeza, pela perseverança e, sobretudo, pela abnegação. O desinteresse moral e material é a legítima pedra de toque da sinceridade.

Entre os adeptos convictos, não há deserções, na lídima acepção do termo, visto como aquele que desertasse, por motivo de interesse ou qualquer outro, nunca teria sido sinceramente espírita; pode, entretanto, haver desfalecimentos. Pode dar-se que a coragem e a perseverança fraqueiem diante de uma decepção, de uma ambição frustrada, de uma preeminência não alcançada, de uma ferida no amor próprio, de uma prova difícil. Há o recuo ante o sacrifício do bem-estar, ante o receio de comprometer os interesses materiais, ante o medo do «que dirão?»; há o ser-se abatido por uma mistificação, tendo como conseqüência, não o afastamento, mas o esfriamento; há o querer viver para si e não para os outros, o beneficiar-se da crença, mas sob a condição de que isso nada custe.


Sem dúvida, podem os que assim procedem ser crentes, mas, sem contestação, crentes egoístas, nos quais a fé não ateou o fogo sagrado do devotamento e da abnegação; às suas almas custa o desprenderem-se da matéria. Fazem nominalmente número, porém não há contar com eles.

Todos os outros são espíritas que em verdade merecem esse qualificativo. Aceitam por si mesmos todas as conseqüências da doutrina e são reconhecíveis pelos esforços que empregam por melhorar-se.

Jamais pode o gelo imitar o calor.

Digam o que disserem, ou façam o que fizerem, ninguém seria capaz de privar a doutrina do seu caráter distintivo, da sua filosofia racional e lógica, da sua moral consoladora e regeneradora.

Hoje, estão lançadas de forma inabalável as bases do Espiritismo; os livros escritos sem equivoco e postos ao alcance de todas as inteligências serão sempre a expressão clara e exata do ensino dos Espíritos e o transmitirão intacto aos que nos sucederem.

Insta não perder de vista que estamos num momento de transição e que nenhuma transição se opera sem conflito.

Ninguém, pois, deve espantar-se de que certas paixões se agitem, por efeito de ambições malogradas, de interesses feridos, de pretensões frustradas. Pouco a pouco, porém, tudo isso se extingue, a febre se abranda, os homens passam e as novas idéias permanecem.

Espíritas, se quereis ser invencíveis, sede benévolos e caridosos; o bem é uma couraça contra a qual sempre se quebrarão as manobras da malevolência! ...

Nada, pois, temamos: o futuro nos pertence. Deixemos que os nossos adversários se debatam, apertados pela verdade que os ofusca; qualquer oposição é impotente contra a evidência, que inevitavelmente triunfa pela força mesma das coisas. É uma questão de tempo a vulgarização universal do Espiritismo e neste século o tempo marcha a passo de gigante, sob a impulsão do progresso.

Allan Kardec

Do livro
OBRAS PÓSTUMAS
ALLAN kARDEC
Editora FEB
FOTO: Frederico Menezes atende ao pedido de Tereza Cristina e registra sua participaçao no Seminário Iluminação Interior, no dia 13.03.2010 em Sousa-PB.

terça-feira, 23 de março de 2010

Da Lei de Adoração - A PRECE

- Pergunta de Kardec -


664- Será útil que oremos pelos mortos e pelos Espíritos sofredores? E, neste caso, como lhes podem as nossas preces proporcionar alívio e abreviar os sofrimentos? Têm elas o poder de abrandar a justiça de Deus?

Resposta dos Espíritos



“A prece não pode ter por efeito mudar os desígnos de Deus, mas a alma por quem se ora experimenta alívio, porque recebe assim um testemunho do interesse que inspira àquele que por ela pede e também porque o desgraçado sente sempre um refrigério, quando encontra almas caridosas que se compadecem de suas dores. Por outro lado, mediante a prece, aquele que ora concita o desgraçado ao arrependimento e ao desejo de fazer o que é necessário para ser feliz. Nesse sentido é que se lhe pode abreviar a pena, se , por sua parte, ele secunda a prece com boa vontade. O desejo de melhorar-se , despertado pela prece, atrai para junto do Espírito sofredor Espíritos melhores que vão esclarecer, consolar e dar-lhe esperanças. Jesus orava pelas ovelhas desgarradas mostrando-vos, desse modo, que culpados vos tornaríeis se não fizésseis o mesmo pelos que mais necessitam das vossas preces.”



Concita: do verbo concitar, que significa incitar, instigar, estimular.
Secunda:
do verbo secundar, que significa tornar a fazer ou dizer, repetir, reforçar.



O Livro dos Espíritos

- Capítulo II, Parte 3ª Questão 664
Da Lei de Adoração pág. 321
EDITORA - FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA


FOTO: O Evangelizador Igor realizando prece no início encontro de estudos, na Casa do Caminho.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Comunicações mediúnicas: um esclarecimento indispensável

Comunicações mediúnicas: um esclarecimento indispensável
POR RONI COUTO

Está certo que alguns artigos, sites e boletins já haviam questionado o caos das comunicações mediúnicas. Inclusive nós, ao comparar o correio eletrônico com o mediúnico, concluímos sobre a dificuldade em se identificar com segurança o autor. Porque, conforme garantiu o mestre Kardec, se uma pedra for evocada em uma reunião mediúnica, podemos ter certeza de que ela irá responder.1


Tendo chegado a um momento delicado, em que espíritos mantêm até blogs (!!) para a divulgação de idéias bizarras, que se espalham sob a assinatura de nomes respeitáveis do movimento espírita, é mais que oportuna a mensagem de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada em abril deste ano por Divaldo Pereira Franco. Em “Advertência aos médiuns”, publicada na revista Reformador (julho de 2009), Philomeno explica o que está cada vez mais claro: diversos médiuns estão orientando sua atividade mediúnica pela vaidade, autopromovendo-se e divulgando intensamente pretensas novas revelações. A conseqüência dessa fascinação, para os médiuns, instrumentos voluntários da confusão, não é tão somente a ilusão do aplauso e a frustração de falhar na mais importante tarefa de suas atuais encarnações. Terão de responder por maiores estragos, que têm alcançado a divulgação e o movimento espíritas de forma nociva. Médiuns que detêm suas próprias editoras dão livre curso a idéias bizarras e personalistas, que nada têm a ver com o Espiritismo, mas que são estrategicamente organizadas para que o erro se misture com o acerto. Quanto ao fundo, são idéias que desfiguram o Espiritismo, forçam uma permissividade com relação à manifestação mediúnica e fazem das lições transformadoras do Evangelho uma coleção confusa de regras, à maneira da auto-ajuda, o que já faz com que certos agrupamentos tenham todo o aspecto de uma seita, que seguem um líder - o médium - e não a doutrina que, em última análise, não está presente.


Esse é o contexto para o qual Manoel Philomeno intenta alertar, com a autoridade que lhe cabe no assunto.


As críticas, é claro, não têm sido muito bem recebidas por médiuns e simpatizantes das novas “revelações”. E isso é muito estranho, porque deveríamos nos importar com a Verdade – com letra maiúscula –, ou seja, com o conhecimento da realidade, e não com a adequação das teorias segundo nossas preferências. Afinal, deve ser triste acreditar na mentira. Porém, algo faz com que a crença em uma idéia ou teoria torne-se parte da emoção do seguidor. Por isso, ir contra suas idéias tem o mesmo efeito de questionar suas emoções.


O esclarecimento é necessário e urgente. O espírita tem a obrigação de refletir sobre o que lê e ouve, buscando também conhecer as análises que são feitas sobre as novidades mediúnicas, porque, caso contrário, poderá estar sob forte engano, o que será uma grande perda de tempo.


Médiuns sob perigo


O médium sincero, escreve Philomeno, está sempre em perigo, mais do que qualquer outro trabalhador da seara. Torna-se inimigo gratuito de espíritos inferiores, dedicados ao mal, contrários a todos que “lhes pareçam ameaçar a situação em que se encontram”.


Desde os primeiros estudos na mocidade espírita ouvíramos que o médium não é um imã, um atrator de espíritos errantes. Não é mesmo. O que atrai espíritos é a semelhança de pensamentos e sentimentos, seja qual for a qualidade. Portanto, todos atraímos espíritos. Entretanto, Philomeno refere-se à situação oposta, em que o médium é atraído para as armadilhas que poderão atrapalhar sua atividade mediúnica. Nesse caso, o médium é o alvo e o instrumento da perturbação.


Sobre as atuais “revelações”, que não resistem a uma simples análise, Philomeno afirma:


“Examinar com cuidado as comunicações de que se faz portador, evitando a divulgação insensata de temas geradores de polêmica, a pretexto de revelações retumbantes, e defendê-los, constitui inadvertência e presunção, por considerar-se como o vaso escolhido para as informações de alto coturno, que o mundo espiritual libera somente quando isso se faz necessário”.


Embora a euforia e a “paixão” que o assunto tem gerado, é preciso refletir e analisar, o que os “novos reveladores” também não deixam de aconselhar.


Estamos todos vivendo sob o risco do erro, do engano ou da perda de tempo. Inclusive quem escreve essas linhas pode também tropeçar, assim como acredita que há erro nas idéias de determinados espíritos. Deve haver liberdade para a aceitação ou a rejeição.


Para uns e outros, porém, não haverá desculpas, a advertência está no ar.

1 O Livro dos Médiuns, capítulo XXV (Das Evocações), item 283.
Extraído do blog PALAVRA ESPÍRITA - SETEMBRO DE 2009 - MEDIUNIDADE
Foto: VÓ Joanita quando encarnada rezava em nome de Jesus, muitos foram por ela assistidos, sempre com carinho e amor, sob a égide de Jesus. A sua mediunidade foi sempre voltada para auxiliar os enfermos do corpo e da alma.

domingo, 21 de março de 2010

EVANGELIZAÇÃO NA CASA DO CAMINHO.

Deixai que venham a mim as criancinhas

Disse o Cristo: "Deixai que venham a mim as criancinhas." Profundas em sua simplicidade, essas palavras não continham um simples chamamento dirigido às crianças, mas, também, o das almas que gravitam nas regiões inferiores, onde o infortúnio desconhece a esperança. Jesus chamava a si a infância intelectual da criatura formada: os fracos, os escravizados e os viciosos. Ele nada podia ensinar à infância física, presa à matéria, submetida ao jugo do instinto, ainda não incluída na categoria superior da razão e da vontade que se exercem em torno dela e por ela.

Queria que os homens a ele fossem com a confiança daqueles entezinhos de passos vacilantes, cujo chamamento conquistava, para o seu, o coração das mulheres, que são todas mães. Submetia assim as almas à sua terna e misteriosa autoridade. Ele foi o facho que ilumina as trevas, a claridade matinal que toca a despertar; foi o iniciador do Espiritismo, que a seu turno atrairá para ele, não as criancinhas, mas os homens de boavontade.
Está empenhada a ação viril; já não se trata de crer instintivamente, nem de obedecer maquinalmente; é preciso que o homem siga a lei inteligente que se lhe revela na sua
universalidade.

Meus bem-amados, são chegados os tempos em que, explicados, os erros se tomarão
verdades. Ensinar-vos-emos o sentido exato das parábolas e vos mostraremos a forte
correlação que existe entre o que foi e o que é. Digo-vos, em verdade: a manifestação espírita
avulta no horizonte, e aqui está o seu enviado, que vai resplandecer como o Sol no cume dos
montes.
-João Evangelista. (Paris, 1863.)
Texto do livro O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
Allan Kardec
Foto: Iniciado hoje, 21.03.2010, a Evangelização Infanto-juvenal, sob a Coordenaçao de Cátia.
Da esquerda para a direita: Wellington com sua filha Maria Clara nos braços, Ednailda, Ari Junior, Cátia, Rainilly e Igor. Dos Evangelizadores da Casa, ficou faltando na foto o valoroso Tiago Pamplona responsável pela evangelização juvenil.

sábado, 20 de março de 2010

Meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem.

O Espiritismo abre-nos as portas do entendimento esclarecendo a razão para compreendermos Deus, mas após milênios de naufrágios nas águas turbulentas do religiosismo sem Amor, convém-nos, além de “saber Deus”, o “sentir Deus”, pois é pelas vias sagradas do sentimento que ocorre a fixação dos valores Divinos em nós, conduzindo a crença para os domínios da fé racional, transformando o coração no espelho daquilo que realmente lograremos ser, orientando-nos sempre pelas luzes da imortalidade da alma.

O “Guia e Modelo”, consciente desse assunto, exarou que quem mantivesse o coração limpo veria a Deus, e ver Deus é criar a sublime empatia com Sua obra, vibrando em uníssono com Sua criação, condição essa somente alcançada quando envolvemo-nos na aura do Amor.


O centro espírita, como unidade social do Espiritismo, precisa ser promovido a esse patamar de “escola de afeto cristão”, a fim de não estancar na superficialidade da proposta do Espírito Verdade para a humanidade do terceiro milênio, onde a afetividade será o centro das esperanças de um tempo melhor e a bússola segura para encontrarmos a felicidade em relacionamentos gratificantes e libertadores.


Espiritismo estudado, preciosa chave da informação no cérebro. Espiritismo sentido, alforria espiritual pela transformação do coração.


O terceiro milênio será o verdadeiro tempo de Jesus, liberto do dogmatismo e das negativas tradições passadas, vivido em Espírito e realidade.


Esperançosa em ter colaborado, mesmo que palidamente, com esse objetivo de instaurar um novo tempo para nossas agremiações, muito nos alentará saber que nossas palavras, pelo menos, serviram para deixar claro que a grande causa de nossas vidas é o Amor uns pelos outros acima de quaisquer postulados de caráter doutrinário ou religioso, conforme já fora asseverado pelo Pastor de nossas vidas:
“Meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem”.


Dois milênios sem ti Senhor, dois milênios que proclamamos teu nome sem honrar-te os ensinos. Ampara-nos para fazermos nos augúrios do terceiro milênio a era do Espírito imortal, ensejando nosso encontro contigo. Fortalece-nos para transformarmos nossos grupos em celeiros de paz e harmonia, lídimos Educandários do Amor, fiéis a teus postulados, conduzindo a sociedade para um milênio de justiça e lucidez sob a égide de Tua bonança. Auxilia-nos Senhor a limpar nosso coração para merecermos a tão almejada condição de Bem­-aventurados.


Texto de Ermance Dufaux
Foto: Frederico Menezes autografando livros em Sousa (PB), no dia 12.03.2010. Da esquerda para direita: Geny, Araújo, Frederico Menezes e Assis que alegre e fortemente abraça Frederico.

sexta-feira, 19 de março de 2010

O homem jamais caminhará sem a presença de Deus.

"O esforço pela divulgação de um Espiritismo positivista na França, dá a ideia de uma doutrina fria, ressecada dos princípios morais, que nada tem a ver com o ideal de Kardec.

Alguns tentam transformar suas obras com interpretações errôneas, dizendo-as místicas e voltadas às ideias católicas.
Mas isso é pura falsidade. O mestre lionês poupou o cristianismo e não o catolicismo. Manteve ele a moral evangélica, não só religiosa, pertencente a um povo, a uma raça. Não é só isso. Ele quis valorizar a moral superior, aquela que é eterna, que reconstrói todas as sociedades terrenas como as sociedades existentes no espaço.”

“Artesão do seu próprio futuro, o homem continua sua evolução por meio de numerosas existências, na superfície dos mundos, elevando-se gradualmente em direção a um infinito de grandeza, de potência, de beleza...


É nosso dever chamar a atenção dos poderes públicos para a importância de tais elementos do ponto de vista da educação nacional, a fim de proporcionar aos nossos filhos um conhecimento mais preciso das leis da vida, de lhes inspirar mais confiança no destino; de melhor armá-los para
as lutas morais e a conquista do futuro.

Enquanto as universidades ensinam tantos sistemas filosóficos criados pelo pensamento do homem, poder-se-ia considerar, como desprezíveis, ensinamentos dispensados pelas altas inteligências do espaço. Pertence aos poderes públicos regenerar o ensino universitário por essa noção das existências sucessivas da alma, por meio das quais o progresso continua e a justiça encontra sua realização.”

“Quis deixar bem claro, com essa obra, que sendo o Cristo a voz da humanidade em comunicação com Deus, como o Espiritismo poderia ser indiferente a esses sublimes ensinamentos?
Como falar sobre o Cristianismo sem mencionar os dogmas da Igreja? Isso seria impossível.
É necessário esclarecer o povo sobre os pontos que dão origem à obscuridade da chamada “religião-mater”.

Não pretendo, também, dizer que esse livro seja uma obra “apologética”, isto é o estudo da religião com o único objetivo que venha restabelecer os argumentos históricos e racionais, como o fato da revelação cristã. Só pretendo,continuava Léon, lançar a claridade num estudo tão sério e de tanta necessidade, para os que têm fé saberem como ela poderá ser alcançada e quais os verdadeiros fins.A Doutrina de Jesus é aquela encontrada nos Evangelhos e nas Epístolas; é a Doutrina que ensina a liberdade espiritual.”

“O Espiritismo hoje, caros senhores, não pertence só aos pobres, como muitos diziam há tempos atrás e nem só aos analfabetos. Hoje ele está presente entre os cientistas, os intelectuais, que preferem a obscuridade por não quererem dar, ainda, seus testemunhos de crença, mas a doutrina já está fazendo parte dos sábios e dos universitários, dos políticos e dos administradores, pois todos querem comprovar a realidade das comunicações com o Além.
O Espiritismo ajudará a transformar a ciência e irá provocar mudanças nas religiões, para que elas saiam da letargia e caminhem para uma evolução mais humana de uns para com os outros, procurando o mesmo ideal de compreender a vida eterna e o ser infinito, que é Deus.
O homem jamais caminhará sem a presença de Deus.”

“Certo é que a ciência será obrigada a uma revisão completa de seus conceitos, segundo a parte relacionada aos fenômenos mediúnicos com base a religião, que a Doutrina Espírita tão bem explica.”

Léon Denis
Foto: Percíncula proferindo a prece de encerramento da palestra do dia 12.03.2010., no auditório da Faculdade de Direito.

quinta-feira, 18 de março de 2010

SINÔNIMOS.


Berço – oportunidade.
Túmulo – revisão.
Família – vínculo.
Lar – refúgio.
Sociedade – escola.
Profissão – dever.
Instrução – cultura.
Educação – aperfeiçoamento.
Trabalho – renovação.
Serviço – bênção.
Experiência – presciência.
Cooperação – simpatia.
Dificuldade – ensinamento.
Perdão – libertação.
Dor – corrigenda.
Tempo – concessão.
Verdade – equidade.
Consciência – guia.
Caridadesalvação.
Amor Deus.




SINÔNIMOS.
Espírito: ANDRÉ LUIZ.
LIVRO “IDEAL ESPÍRITA”
PSICOGRAFIA: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
Foto: O Orador Espírita Frederico Menezes em palestra na cidade de Sousa, no dia 12/03/2010, e o público alegre e descontraído aos conceitos Espíritas.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Já passou da hora das religiões deixarem de ser razão de conflitos e violencia no mundo. É uma brutal incoerencia que se agrida e se mate em nome dos caminhos do Amor. Muitos se afastaram de Deus porque não aceitaram (com justa razão) que os seguidores dos diversos seguimentos religiosos brigassem pela "posse" de Deus. Muitas transformações vem ocorrendo na humanidade e as religiões, com sua tarefa sagrada, devem buscar as expressões mais belas e límpidas da tolerância e do respeito entre elas.

Quanto possível, tenho ressaltado a necessidade da vivencia dos sublimes postulados religiosos para que o materialismo, o real adversário da verdade, seja enfrentado. A Humanidade está doente e não é por falta de religiões, e sim, por ausência de exemplos vividos. São religiosos de todas as correntes que se apresentam angustiados e deprimidos, sem encontrarem o sentido da vida. Face a força do materialismo, há os que buscam na religião o progresso material, numa relação superficial para com a finalidade da existencia.

Texto de Frederico Menezes
Foto: Fátima ao lado do palestrante Frederico Menezes e Da guia em momentos de confraternização após a palestra, no auditório da UFCG, em Sousa(PB), ao fundo observa-se o rosto feliz, de Eliane, vivendo a harmonia serena do ambiente e atenta aos instantes de ensinamentos espirituais.

terça-feira, 16 de março de 2010

JESUS EM AÇÃO



JESUS EM AÇÃO
Emmanuel

Irmãos surgem que, de vez em vez, se afirmam contra a beneficência, alegando que enquanto nos consagramos ao socorro material esquecemos os nossos deveres na iluminação do espírito. E enfileiram justificativas às quais a Doutrina Espírita, revivendo os ensinamentos de Jesus, opõe naturais contraditas.
Senão vejamos:

A Assistência social, no fundo, deve pertencer ao poder público.
Indiscutivelmente, ninguém nega isso, mas se estamos na praia, vendo companheiros que se afogam, como recusar cooperação ao serviço de salvamento, quando estamos aptos a nadar?

Não adianta dar migalhas aos irmãos em penúria, cujas necessidades são gigantescas.
Consideremos, porém, que se não começarmos as boas obras, com o pouco de nossas possibilidades reduzidas, nunca aprenderemos a desligar-nos do muito para colaborar a benefício dos outros.

Desaconselhável auxiliar criaturas viciadas com o que apenas conseguiríamos conservá-las em perturbação e desequilíbrio.

Quem de nós poderá medir a própria resistência, ante as provações do caminho e de que modo apreciaríamos a conduta do próximo para conosco, se fôssemos nós os caídos em tentação?

Muitos dos chamados pedintes mostram mais necessidade de trabalho que de auxílio.
Claramente justa a alegação, mas muito raramente quem diz isso demonstra a disposição ou a possibilidade de ser o empregador.

Devemos cogitar exclusivamente do ensino moral, de maneira a cumprir as tarefas de orientação que o Espiritismo nos preceitua.

Sem dúvida, é obrigação nossa colaborar, acima de tudo, a obra educativa do espírito eterno, mas é importante lembrar que o próprio Cristo se empenhou a alimentar a multidão faminta, ao ministrar-lhe as Boas Novas de Salvação, de vez que não há cabeça tranqüila sobre estômago atormentado.

Compreendemos isso e, quanto nos seja possível, entreguemo-nos à escola do amparo fraterno, com todas as nossas forças, reconhecendo que estamos cada vez mais necessitados de caridade, em todos os sentidos, de uns para com os outros, a fim de revelarmos que o Espiritismo é realmente Jesus em ação.
Texto do Livro Doutrina de Luz, de Emmanuel, psicografia de Chico Xavier.
Foto: De pé os irmãos Olegário e Valmir, ouvem com atenção e respeito a prece proferida por Casimiro(95) como forma de agradecer a Deus a presença dos irmãos naquele domingo festivo.

segunda-feira, 15 de março de 2010

“Como devemos viver no mundo?”

Acho que das crianças tudo se pode esperar.
Por isso, é essencial educá-las.
Heitor Villa-Lobos

Toda criança precisa de Amor, Afeto, Educação, Saúde, Esperança e Fé raciocinada.

O dinheiro de Jesus é o amor. Sem ele, não é lícito aventurar-se alguém ao sagrado comércio das almas.
Emmanuel - (Caminho, Verdade e Vida)


“Como devemos viver no mundo?”

Mestre: “Cumpra seus deveres mas mantenha a mente em Deus. Viva com todos – esposa, filhos, pai e mãe - e sirva-os. Trate-os como se fossem muito queridos, mas saiba no fundo do seu coração, que eles não lhe pertencem.



“Uma empregada da casa de um homem rico faz todos os serviços da casa, mas seus pensamentos estão voltados para sua casa na terra natal. Cria os filhos do patrão como se fossem os seus próprios. Chega mesmo a referir-se a eles como ‘meu Rama’ ou ‘meu Hari’, mas em sua mente sabe que eles não lhe pertencem.

“A tartaruga movimenta-se na água, mas onde estão seus pensamentos? Nas margens, onde estão enterrados os seus ovos. Faça seus deveres do mundo, mas mantenha o pensamento em Deus.

“Se você entrar no mundo, sem antes ter cultivado o amor de Deus, se enredará cada vez mais. Será subjugado pelos perigos, tristezas e tribulações. Quanto mais pensar nas coisas do mundo, mais se apegará a elas."

Namasté


Foto: O reinicio da Evangelização, conforme informação do DIJ, será no próximo dia 21.03.2010.

domingo, 14 de março de 2010

SEMINÁRIO - ILUMINAÇÃO E INTERIOR


Após a palestra do Espírita Frederico Menezes no dia 12.03.2010, dentro da programação de sua visita, foi realizado o seminário Iluminação e Interior, no dia 13.03.2o1o, a partir das 8h:30m
foi iniciado o seminário na BR 230 KM 470, no salão da Casa da Prece.

sábado, 13 de março de 2010

FREDERICO MENEZES - SUCESSO

Aconteceu na noite de 12.03.2010, às 20h:00, em Sousa (PB), no auditório da UFCG, da faculdade de Direito, a palestra do Orador Espírita, Frederico Menezes, com o tema Humanidade: Transição e recomeço. Na foto acima, momentos antes da palestra, em primeiro plano o palestrante e o irmão Araújo, ouvindo atentamente a belíssima apresentação de Neto e Sonally, com músicas espíritas e de carater edificantes. Na oportunidade, pedimos nossas desculpas aos convidados que não adentraram no auditório em virtude do grande número de participantes, superlotando o ambiente e impedindo o ingresso ao Evento.

sexta-feira, 12 de março de 2010

A TERRA TREMA



O Chile sucumbe ante a força de um devastador terremoto semelhante à tragédia vivida pelo Haiti. Ontem, assisti no JN que cerca de cem corpos foram retirados de um deslizamento em Uganda, na sofrida África. Enxurradas vitimam dezenas de pessoas na Ilha do Madeiro, em Portugal, e por várias partes da Europa mortes se multiplicam face a força arrasadora das enchentes.


Esse post, na verdade, é como uma continuação do anterior que tratou das convulsões da atualidade. O eixo do planeta, segundo os cientistas, se deslocou cerca de 8 centímetros após o terremoto chileno. Quem tem alguma intimidade com o pensamento espiritualista sabe que tudo isso encontra -se dentro das previsões concernentes à mudança que a Terra vem passando no que diz\ respeito à o novo mundo tão decantado pela espiritualidade. Não é só mudança física, geológica. É, também, moral. Diríamos que é, sobretudo, moral. Enquanto não pensarmos o planeta de forma mais ampla, inclusive, inserindo-o no contexto cósmico, não entenderemos a amplitude da vida e nem os trágicos e dolorosos momentos que se vive.


Por outro lado, enquanto a terra treme, os corações também tremem com as idéias que se multiplicam preconizando uma sociedade fraternal, igualitária, marcada pela sinceridade, honestidade de propósitos e pacificação. As crianças dessa nova geração não aceitam a mentira, a desonestidade como prática de vida.Elas demonstram, até com irritação, que não acreditam no engodo, na falcatrua, como elemento constitutivo das relações humanas. É como se a terra tremesse para dar a luz à esses indivíduos que aparecem para romper os arcaicos paradigmas do "mundo velho", prestes à ruir.


Saibamos associar os acontecimentos entre si. O Antigo Mundo do materialismo vê suas pilastras corroídas pelo avanço das ciências, pela sensibilidade da nova geração, cada vez mais apurada e pelo crescimento da utilização da consciência crítica na população, questionando o modelo puramente materialista e refletindo sobre a Inteligencia por trás do Universo, cada vez mais patente.


Se a terra treme, as almas sonham e os idealistas avançam por entre os escombros e os fatos. Eles falam,ainda que em plena luta, dessa imortalidade que sempre moveu a humanidade. Caminhemos, então, serenos, certos da vitória da Grande lei.

Postado por Blog de Frederico Menezes às
05:59 em 04.03.2010.
Foto: Frederico Menezes apresentará palaestra na noite de hoje 12.03.2010, no auditório da UFCG, na cidade de Sousa-PB.

terça-feira, 9 de março de 2010

IMPORTÂNCIA DOS ESTUDOS DOUTRINÁRIOS NO CENTRO ESPIRITA

O Centro Espírita é núcleo formador da educação moral e espiritual do homem, além de ser santuário de prece e de trabalho. "Os candidatos ao exercício mediúnico precisam estar bem conscientes de que se encontram diante de um dos mais sérios compromissos espirituais com a vida." (1) Antes mesmo de serem inseridos nos grupos mediúnicos, que os Centros Espíritas organizam para o cumprimento dessa bela e radiosa faculdade, os médiuns devem cientificar-se, com segurança e discernimento, do que seja a Doutrina Espírita. Será que os candidatos à tarefa mediúnica conhecem os princípios fundamentais deixados por Allan Kardec nas obras basilares e nas instruções complementares? Isso equivale afirmar que se pode falar em ensino espírita, se partirmos dos seus pressupostos básicos, ou seja, do acervo que existe nos livros da Codificação.


Nosso ponto de partida, nessa discussão, tem que ser o Sábio de Lyon, pois foi ele quem sistematizou o Projeto do Paracleto e criou os termos Espiritismo e Espírita. Destarte, no "Projeto 1868", Kardec esclarece que "um curso regular de Espiritismo seria professado com o fim de desenvolver princípios de Ciência e de difundir o gosto pelos estudos sérios. Esse curso teria a vantagem de fundar a unidade de princípios, de fazer adeptos esclarecidos e capazes de espalhar as idéias espíritas, além de desenvolver grande número de médiuns. "Considero esse curso de natureza a exercer capital influência sobre o futuro do Espiritismo e sobre suas conseqüências". (2)

O Movimento Espírita brasileiro, através da Casa-mater (FEB), criou o Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita-ESDE, lançando, na década de 1980, uma campanha nacional para a adoção de um programa a ser cumprido nos Centros. Decorrido algum tempo, o ESDE não somente foi adotado com entusiasmo nas Casas Espíritas, como, atualmente, a FEB vem propondo um estudo mais aprofundado do conteúdo Espírita. Diversas casas espíritas implantaram esse programa e constataram sua praticidade, facilitando e melhorando a qualidade dos estudos. A rigor, em uma Casa Espírita equilibrada, o estudo doutrinário deve ter prioridade número UM. Essa é a ÚNICA forma de os grupos espíritas funcionarem de forma harmônica. O estudo sério não pode ser feito, proveitosamente, senão por homens sérios, perseverantes, isentos de prevenções e animados de uma firme e sincera vontade de chegar a um resultado satisfatório e, consequentemente, equilibrado. Quem se dispõe a dominar uma Ciência deve estudá-la de maneira metódica, começando pelo básico e seguindo o seu encadeamento de idéias. O que caracteriza um estudo sério é a continuidade que se lhe dê. Acontece o mesmo em nossas relações com os Espíritos. Se desejamos aprender com eles, temos de seguir-lhes o curso; mas, como entre nós, é necessário escolher professores e trabalhar com assiduidade".(3)

Na Pátria do Evangelho, um grande impulso para os bons estudos doutrinários aconteceu com o aparecimento do médium Chico Xavier, onde destacamos, em meados do século passado, os 16 livros da série "A Vida no Mundo Espiritual". Pois é! André Luiz não deve ser apenas lido. Para um melhor aprendizado, suas obras devem ser estudadas em profundidade. Não podemos deixar de mencionar, também, as contribuições valiosas de Yvonne A. Pereira, Pedro Franco Barbosa, Deolindo Amorim, Divaldo Franco, Francisco Thiesen e Juvanir Borges.

O Espírito Emmanuel define o Centro Espírita como a universidade da alma, o que nos leva a refletir que a atitude, tanto de quem ensina como de quem aprende, deve ser a de formar almas compenetradas de suas responsabilidades perante si mesmo e perante os outros. Os coordenadores dos cursos doutrinários devem evitar, a todo custo, o autoritarismo. Não pode dizer ao aprendiz: "Você é médium e tem que desenvolver a mediunidade"; nada mais ridículo que isso. Desenvolver a mediunidade não é receber Espíritos; é estar cada vez mais em sintonia com os bons Espíritos que nos acompanham, e para que isso aconteça, os médiuns têm que primar pela boa conduta, aprimorando-se moralmente.

Lembra o Espírito Verdade: "Espíritas: amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo".(4) Entretanto, a obrigatoriedade pelo estudo deve ser relativizado , pois muitos confrades não sabem ler e nem escrever. A relação ensino-aprendizagem é de grande utilidade, tanto para o educador como para o educando. Contudo, não transformemos o ensino-aprendizagem doutrinário em um acúmulo de informações e raciocínios, sem qualquer vínculo com as necessidades prementes do Espírito imortal.

Estudar Espiritismo requer atenção contínua, observação profunda e, sobretudo, como, aliás, todas as ciências humanas, a continuidade e a perseverança. Necessitamos de anos para fazer um médico medíocre e três quartas partes da vida para fazer um sábio, mas muitos querem obter, em algumas horas, a Ciência do infinito! Que ninguém, portanto, se iluda: "O estudo do Espiritismo é imenso; liga-se a todas as questões metafísicas e de ordem social; é todo um mundo que se abre diante de nós. Será de espantar que exija tempo, e muito tempo, para a sua realização?" (5) Os Centros, normalmente, adotam cursos ditos "básicos", com dois anos ou três de duração. Na esmagadora maioria deles, a carga horária média semanal é de uma hora e meia, perfazendo seis horas por mês. Levando-se em conta que metade dos meses de dezembro e fevereiro, e os meses inteiros de janeiro e julho são destinados às férias, temos nove meses de efetivo curso, o que equivale a 54 horas por ano. "Mas os que desejam conhecer completamente uma ciência devem ler, necessariamente, tudo o que foi escrito a respeito, ou pelo menos o principal, não se limitando a um único autor. Devem mesmo ler os prós e os contras, as críticas e as apologias, iniciar-se nos diferentes sistemas a fim de poder julgar pela comparação. Neste particular, não indicamos nem criticamos nenhuma obra, pois não queremos influir em nada na opinião que se possa formar". (6)

Há aqueles que crêem, unicamente, no trabalho de assistência social para ser considerado um respeitável espírita e um bom médium. Porém, vale refletir o seguinte trecho da obra "Paulo e Estêvão": Há dois mil anos Paulo diz: "É justo não esquecer os grandes serviços da igreja de Jerusalém aos pobres e aos necessitados, e creio mesmo que a assistência piedosa dos seus trabalhos tem sido, muitas vezes, sua tábua de salvação. Existem, porém, outros setores de atividade, outros horizontes essenciais. Poderemos atender a muitos pobres, ofertar um leito de repouso aos mais infelizes; mas sempre houve e haverá corpos enfermos e cansados, na Terra. Na tarefa cristã, semelhante esforço não poderá ser esquecido, mas a iluminação do espírito deve estar em primeiro lugar. Se o homem trouxesse o Cristo no íntimo, o quadro das necessidades seria completamente modificado".(7) (grifei). Os Benfeitores reenfatizam o impositivo do estudo, a fim de que a luz do entendimento nos ensine a caminhar com segurança e a viver proveitosamente. Eles estabelecem o confronto entre a fome e a ignorância - dois dos grandes flagelos da Humanidade. Qualquer pessoa pode atender à fome. Raras criaturas, porém, conseguem socorrer a ignorância. Para sanar a fome, basta estender o pão. Para extinguir a ignorância é indispensável fazer luz.


Jorge Hessen



FONTES:(1) Francisco Cândido Xavier. Lições de Sabedoria. São Paulo: Editora Jornalística Fé, 1997, p.140
(2) Kardec, Allan. Obras Póstumas, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2000, p. 342
(3) Kardec, Allan. "O Livro dos Espíritos", Rio de Janeiro: Ed FEB, 2002, Introdução, cap. VIII - Perseverança e seriedade.
(4) Kardec, Allan. "O Evangelho Segundo o Espiritismo", Rio de Janeiro: Ed FEB, 1999, cap. VI - O Cristo Consolador, Espírito de Verdade.
(5) Kardec, Allan. "O Livro dos Espíritos", Rio de Janeiro: Ed FEB, 2002, Introdução, cap. XIII - As divergências de linguagem.
(6) Kardec, Allan. O Livro dos Médiuns", Rio de Janeiro: Ed FEB, 1996, 1ª parte, cap III - Método, item 35
(7) Xavier, Francisco Cândido. Paulo e Estêvão, Ditado pelo Espirito Emmanuel, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1978, pág 326
Foto: Núcleo Espírita Cristã A Casa do Caminho, localizado na rua Gualberto Filho, 31 Sousa(PB).

segunda-feira, 8 de março de 2010

Feliz Dia da Mulher!

Bem aventurada a mulher que cuida do próprio perfil interior e exterior, porque a harmonia da pessoa faz mais bela a convivência humana.


Bem aventurada a mulher que, ao lado do homem, exercita a própria insubstituível responsabilidade na família, na sociedade, na história e no universo inteiro.


Bem aventurada a mulher chamada a transmitir e a guardar a vida de maneira humilde e grande.


Bem aventurada quando nela e ao redor dela acolhe faz crescer e protege a vida.

Bem aventurada a mulher que põe a inteligência, a sensibilidade e a cultura a serviço dela, onde venha a ser diminuída ou deturpada.

Bem aventurada a mulher que se empenha em promover um mundo mais justo e mais humano.

Bem aventurada a mulher que, em seu caminho, encontra Cristo: escuta-O, segue-O, como tantas mulheres do Evangelho, e se deixa iluminar por Ele na opção de vida.

Bem aventurada a mulher que, dia após dia, com pequenos gestos, com palavras e atenções que nascem do coração, traça sendas de esperança para a humanidade.

(G.Quablini)


Texto extraído do site Rede Paraíba Espírita e postado por Patricia Helena Meireles.

Foto: Cidália em evento na Casa do Caminho, responsável pela alimentação dos mais de cinquenta participantes do encontro fraterno.




domingo, 7 de março de 2010

Humanidade: Transição e recomeço

Dia 12.03.2010, no auditório da UFCG, às 20h:00, o médium e orador espírita Frederico Menezes, estará retornando a nossa cidade de Sousa (PB), a convite da Comunhão Espírita Cristã A Casa do Caminho, onde proferirá palestra e lançamento do livro Humanidade: Transição e Recomeço.
Desde já, estejam convidados a participarem do Evento.
Foto: Frederico Menezes em sua última palestra em Sousa(PB).


sábado, 6 de março de 2010

Deus é Caridade

Não guardes e nem fales, coração,
Palavras de azedume ou desesperação.
O verbo que escarnece, esfogueia, envenena,
Traz em si mesmo a dolorosa pena
De amarga frustração!


Muitas vezes nós mesmos, trilha afora
No pensamento que se desarvora,
Nas teias da ilusão sem motivo ou sem base,
Para sair do mal e regressar ao bem
Precisamos apenas de uma frase
Do carinho de alguém!


Na dor que nos renova,
Quantas vezes na vida a gente espera
Simplesmente um sorriso,
Para fazer o esforço que é preciso,
A fim de não perder nas lágrimas da prova
A paz da fé sincera!...


Pensa nisso e abençoa
Àquela própria mão que espanca ou aguilhoa.
Fel, tristeza, amargura,
Transformam desventura em maior desventura!
Se a mágoa te domina,
Observa a lição da Bondade Divina!
Se o homem tala o campo aos horrores da guerra,
Deus recama de verde as úlceras da Terra.
Cerre-se a noite fria,
Deus recompõe sem falta os fulgores do dia.
Atire-se um calhau à fonte na espessura,
Deus protege a corrente
E a fonte lava a pedra a beijos de água pura
E prossegue indulgente,
Doce, clara, bendita,
Fertilizando o campo em que transita.
Isole-se a semente pequenina
Na clausura do chão
E eis que Deus a ilumina
E ela faz a alegria e a fartura do pão!
Que a poda fira a planta a golpes destruidores
E Deus reveste o tronco em auréolas de flores!...


Conquanto seja em tudo a Justiça perfeita
Que nos premia, ampara, aprimora e endireita
Pelo poder do amor incontroverso,
Deus quer que a Lei do amor seja cumprida
Para a glória da vida,
Nas mais remotas plagas do Universo!


Serve, pois, coração,
À tolerância, à paz, à bondade e à união!
Embora desprezado, anônimo, sozinho,
Agradece, em silêncio, a injúria, o pranto, o espinho
E serve alegremente...
Dor é nova ascensão à Vida Superior!...
Rende-te a Deus e segue para a frente,
Pois Deus é Caridade e a Caridade ardente
Tudo cobre de amor!...

Poema de Maria Dolores

Foto: Refeitório da Casa Transitória em Sousa(PB).



sexta-feira, 5 de março de 2010

Jesus está chamando

Desde a primeira hora do Apostolado Divino, Jesus está chamando cooperadores para os serviços de extensão do Reino de Deus na Terra.

A princípio, buscou Pedro e André, os pescadores humildes, a tarefa de salvação.

Convocou Mateus, o administrador de impostos, à coleta de bens do Céu.

Trouxe Maria de Magdala, a obsidiada de vários demônios, à necessária renovação.

Convidou Joana, a esposa admirável de ilustre funcionário do bem público, ao concurso fraterno.

Chamou Zaqueu, o mordomo da fortuna, do alto do sicômoro, ao esforço de benemerência.

Exaltou em Maria da Betânia o valor da meditação.

Requisitou Marta, a preocupada servidora doméstica, às obras do pensamento sublime.

Acordou Nicodemos, o mestre intelectual de Israel, para o ministério da santificação.

Ergueu Lázaro, no sepulcro, para a manifestação do Divino Poder.

E ainda, no último dia e na derradeira hora, despertou um ladrão crucificado para a divina esperança.

Em todos os vinte séculos de Cristianismo que estamos vivendo, o Senhor está chamando colaboradores para a sua obra excelsa de redenção e aprimoramento.

Há serviço para cada um e degraus iluminativos para todos.

Para onde segues, irmão?

Jesus, por nós, imolou-se na cruz.

Que fazemos nós por Ele?


Emmanuel
Médium: Francisco Cândido Xavier
Foto: A Pioneira Ritinha(esposa de Sebastião Felix) da Loja Maçonica Calixto Nóbrega no.15, atenta e servindo aos Idosos da Casa Transitória, durante o café matinal de 28.02.2010.

quinta-feira, 4 de março de 2010

SINTONIZADOS COM O EVANGELHO

O ENCONTRO DE ZAQUEU COM JESUS

Grandes multidões se apinhavam nas estradas. Um publicano abastado, de nome Zaqueu, conhecia o renome do Messias e desejava vê-lo. Chefe prestigioso na sua cidade, homem rico e enérgico, Zaqueu era, porém, de pequena estatura, tanto assim que, buscando satisfazer ao seu vivo desejo, procurou acomodar-se sobre um sicömoro, levado pela ansiosa expectativa com que esperava a passagem de Jesus. Coração inundado de curiosidade e de sensações alegres, o chefe publicano, ao aproximar-se o Messias, admirou-lhe o porte nobre e simples, sentindo-se magnetizado pela sua indefinível simpatia.


Se a riqueza é causa de muitos males, se exacerba tanto as más paixões, se provoca mesmo tantos crimes, não é a ela que devemos inculpar, mas ao homem, que dela abusa, como de todos os dons de Deus. Pelo abuso, ele torna pernicioso o que lhe poderia ser de maior utilidade. É a consequencia do estado de inferioridade do mundo terrestre. Se a riqueza somente males houvesse de produzir, Deus não a teria posto na Terra. Compete ao homem fazê-la produzir o bem. Se não é um elemento direto de progresso moral, é, sem contestação, poderoso elemento de progresso intelectual.


Pode parecer a alguns que, subindo a uma árvore para conseguir ver as feições de Jesus, Zaqueu tenha cedido apenas à curiosidade. É evidente, porém, que o movél de sua ação era bem mais elevado: talvez uma ânsia incontida de receber alguma benção, ou de ouvir-lhe uma palavra que demudasse o rumo de sua existencia. Por simples curiosidade, não iria ele expor-se ao ridículo e enfrentar os ápodos e gracejos da multidão, mormente tendo-se em vista a alta posição que ocupava entre os publicanos.


E, quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe:

- Zaqueu, desce depressa, porque, hoje, me convém pousar em tua casa. E, apressando-se, desceu e recebeu-o com júbilo. E, vendo todos isso, murmuravam, dizendo que entrara para ser hóspede de um homem pecador. E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor:

- Senhor, eis que eu dou aos pobres metades dos meus bens; e, se em alguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado. E disse-lhe Jesus:

- Hoje, veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido(Lucas 19: 5-10).


Jesus, cujo olhar penetra o âmago das criaturas, percebeu o que ia pela alma de Zaqueu, notou o quanto era sincero aquele arroubo, e dai o ter-lhe solicitado hospedagem, para o escândalo do povo, que, como em outras ocasiões, entrou logo a murmurar, censurando-o por albergar-se em casa de pecadores. Notemos, no entanto, que cena maravilhosa ali ocorre. Ao acolher tal hóspede, Zaqueu cai-lhe aos pés e exclama:

- Senhor, distribuo aos pobres a metade dos meus haveres, e se lesei a alguém, seja no que for, restituo-lhe quadruplicado. Não diz: distribuirei, hei de restituir, mas sim: distribuo, restituo, o que caracteriza bem a realidade de sua transformação moral. E isso ele o faz publicamente, penitenciando-se num gesto de humildade perfeita, como poucas vezes se descreve nos Evangelhos.

Referencias:

Humberto de Campos - O bom Servo livro Boa Nova - Chico Xavier
ESE Allan Kardec cap. 16, item 7,
Páginas de espiritismo Cristão Rodolfo Calligaris A Conversão de Zaqueu

foto: Manhã memorável de 28.02.2010, na Casa Transitória, do trabalho de sintonia com Jesus, das Pioneiras, das filhas de Jó, dos Demolays e dos maçons, ao distribuirem alimentos e, em seguida, momentos de oração e de agradecimento a Deus pela oportunidade festiva de percepção espiritual ao produzir o bem pela pratica de idéais nobres e generosos de doação ao próximo.