terça-feira, 31 de julho de 2018


A Palavra

A palavra é indubitavelmente um dos fatores determinantes no destino das criaturas.
Ponderada – favorece o juízo.
Leviana – descortina a imprudência.
Alegre – espalha otimismo.
Triste – semeia desânimo.
Generosa – abre caminhos à elevação.
Maledicente – cava despenhadeiros.
Gentil – provoca o reconhecimento.
Atrevida – traz a perturbação.
Serena – produz calma.
Fervorosa – impõe a confiança.
Descrente – invoca a frieza.
Bondosa – ajuda sempre.
Cruel – fere implacável.
Sábia – ensina.
Ignorante – complica.
Nobre – tece o respeito.
Sarcástica – improvisa o desprezo.
Educada – auxilia a todos.
Inconsciente – gera amargura.
Por isso mesmo, exortava Jesus: - “Não procures o argueiro nos olhos de teu irmão, quando trazes uma trave nos teus”.
A palavra é a bússola de nossa alma, onde estivermos.
Conduzamo-la na romagem do mundo para a orientação do Senhor, porque, em verdade, ela é a força que nos abre as portas do coração às fontes luminosas da vida ou às correntes da morte.

André Luiz

segunda-feira, 30 de julho de 2018


Bezerra de Menezes

Dedicada Irmã Yolanda e demais irmãs e companheiros do Lar Oficina que vos consagrastes ao culto de gratidão, e ao nosso querido amigo Augusto Cezar, campeão da bondade e da elevação na Vida Maior, e a todos os irmãos e irmãs presentes, o Senhor nos abençoe.

Estamos agradecendo ao Grupo referido as alegrias e bênçãos deste dia, em que nossos corações se irmanaram no amor ao próximo.
Companheiras e Companheiros; amigos do Lar Oficina, a inspiração nos sobe do íntimo a fim de manifestar-vos o nosso reconhecimento, entretanto, a vibração de entusiasmo e felicidade que nos surge da alma esmorece nos domínios da palavra, pela incapacidade de enunciarmos aquelas que nos configuram a emoção e o agradecimento.

Trabalhastes durante o ano inteiro, confiando o vosso tempo e as forças, gratuitamente, para organizar o festival de paz e amor que nos oferecestes, na pessoa dos nossos companheiros mais necessitados do que nós mesmos e distribuístes o pão que era vosso e vestistes os nus com as roupas que entretecestes e que vos pertenciam por direito natural da vida e entregastes a vós mesmos aos irmãos infelizes, trazendo até aqui o tributo de vossa caridade manifesta, sem exigir recompensas e nem pedir homenagens de qualquer natureza.

E milhares de criaturas se reuniram conosco, de modo a externar-vos como somos felizes, sentindo a presença de Jesus em vossos gestos de carinho e bondade para com todos aqueles que se abeiraram das vossas mesas de alegria e generosidade, exprimindo nosso louvor ao Nosso Senhor Jesus Cristo que vos inspirou a realização na qual sois heróis anônimos do serviço e da disciplina, demonstrando com o vosso exemplo o modelo de construção do Mundo Melhor.

Estivemos, nós outros os amigos domiciliados na Vida Espiritual, em todos os vossos passos e palavras e bendizemos a ventura de encontrar-vos com os frutos das mãos operosas, pensando espontaneamente nos sofrimentos e necessidades de quantos de nossos amigos em provação, em cuja face colocastes o sorriso de gratidão e em cujos corações, atribulados no escárnio das rudes experiências da vida terrestre, a chama da esperança e da fé no Pai de Misericórdia, que nos criou e nos guia os destinos.

Sem dúvida, dispondes da facilidade de erguer um bazar ou um supermercado para as peças e utilidades que vos nascem das mãos, entretanto, atendestes ao pedido do Amado Amigo da humanidade e entregastes todas as obras-primas de vosso ideal de servir àqueles irmãos nossos que faceiam dificuldades e tropeços, provas e amarguras que não conhecemos.

Benditos sejam todos cós, irmãs e irmãos dos nossos corações, que vos lembrastes das expressões de Jesus. “Todo o bem que fizerdes a um destes pequeninos, é a mim que o fizestes”.
A propósito de vossa grandeza de sentimentos, escolhemos para a noite de hoje, para nossa meditação, a Parábola do Bom Samaritano e, por isso tomamos a liberdade de reatircular-vos às afirmações:
- Um homem que seguia de Jerusalém para Jericó, caiu sob o domínio de malfeitores que o maltrataram e o deixaram no pó da estrada, semimorto...
Um sacerdote que perambulava pelo mesmo sítio; contemplou a cena, mas passou de largo, temendo as complicações que o socorro ao desconhecido lhe traria.
Um auxiliar do culto que se devotava a Deus, passou pelo mesmo lugar e fez o mesmo, fugindo de prestar qualquer tipo de assistência ao ferido.
Entretanto, apareceu um homem samaritano que atravessava a região, auxiliou a vítima prostrada no chão do caminho, compadeceu-se daquele homem maltratado e sem recursos, sofreu o cavalo em que prosseguia com os seus objetivos e abraçou o espoliado e tratou-lhe as feridas.
Era ele apenas um homem, sem títulos nobiliárquicos, que assim procedeu.
Em seguida depôs o ferido sobre a sua própria montaria, guiou-o até uma hospedaria e internou-o no conforto doméstico do hospedeiro, pagou-lhe a entrada do companheiro ferido e recomendou ao hospedeiro que o tratasse afetuosamente, e prometeu que lhe pagaria todos os cuidados em favor desconhecido, quando regressasse.

Vejamos que o ensinamento do Divino Mestre nos apresenta no samaritano a figura de um homem comum.
Não explicou se ele era um capitalista;
Um pobre lavrador;
Um homem de más tendências;
Um descrente de Deus;
Um aficionado dos prazeres mundanos;
Se ele fora um delinquente;
Se não cultivava hábitos louváveis;
Se era casado;
Se era solteiro;
Se era negociante;
Se era um alcoólatra;
Se descendia de família considerada nobre;
Se era filho de alguma choupana esquecida;
Se fora um intrigante;
Se fora um administrador;
Se era um considerado de classe inferior;
Se era virtuoso;
Se era devasso;
Se amava a Deus ou se pertencia a alguma seita de propósitos ocultos.

A lição do Mestre nos esclarece que era apenas um homem sem nome, praticando a solidariedade humana para com o próximo abatido por cultivadores da indiferença e criminalidade.
Era apenas um homem...

Fizestes hoje a revivescência do herói anônimo que estimava no próximo um dos seus semelhantes em provação e abandono.
Benditos, sejais todos vós, irmãs e irmãos, notadamente do Lar Oficina, que nos visita, que hoje levantaram tantas criaturas que se achavam à margem de fatal depressão ou no círculo de doenças atrozes.

Nós, os amigos espirituais; vos agradecemos o amor ao próximo que demonstrastes sem nenhum interesse por compensações e grandezas humanas.
Nós vos agradecemos por todos aqueles aos quais amparastes com a vossa bondade natural e sentimento humano.
Estou entre os pobres aos quais socorrestes e, em nome de todos os meus companheiros de pequenez e de infortúnio, estou aqui, presente, mendigo que sou entre vós outros, os ricos de trabalho e de amor, para unicamente dizer-vos:
-Muito obrigado por todos os meus irmãos de pobreza e sofrimento e que Deus, nosso Pai de Infinita Bondade, vos auxilie e vos abençoe.

Bezerra de Menezes.

(Mensagem recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, em 19 de dezembro de 1992, em Uberaba, Minas, dirigida ao grupo de irmãos do Lar Oficina, dirigido pela irmã D. Yolanda Cézar, após a tradicional Distribuição de Natal do Grupo Espírita da Prece).

domingo, 29 de julho de 2018


Servir é um Privilégio

Servir é um privilégio que o Céu te concedeu. Quando devas surgir, Deus te revelará.
Realmente a liberdade autêntica existe, no entanto, essa liberdade tem o tamanho dos deveres cumpridos.
Crê, trabalha e não temas. Deus te apóia e te guarda.
Por mais lutas à frente, segue e confia em Deus.
Lembra-te da poção medicamentosa que te suprime a dor, do copo de água pura que dessedenta, do livro simples que baseia a cultura complexa e jamais te digas inútil.
Chegarás futuramente às culminâncias do serviço e da luz, na esfera de ação direta do Cristo de Deus, mas para isso é imprescindível que faças agora, tão bem quanto possível, todo o bem que és capaz de fazer.
Convençamo-nos de que não existem corações de mármore e sim, corações retalhados de dor.
É justo usar os patrimônios de inteligência e reconforto que o mundo nos oferece à solução dos nossos problemas evolutivos, mas é indispensável saber distribuir com espontâneo amor as facilidades que a Terra situa em nossas mãos, a fim de que a fé não brilhe debalde em nossa rota.
Empobreçamo-nos de vaidade e orgulho, de ambição e egoísmo e, certamente, a verdade nos impelirá aos planos mais altos da vida.

Emmanuel

sábado, 28 de julho de 2018


Sofrimento

Quando o sofrimento te abale os recessos da própria alma, entrega-te à fé, refugia-te em Deus, pensa em Deus, confia em Deus e espera por Deus, porque, acima de todas tempestades e quedas, tribulações e desenganos, Deus te sustentará.
Com Jesus, a vida adquire novo sentido.
A dificuldade se faz bênção.
Dor é alegria.
Tristeza é a véspera da consolação.
Trabalho é condição de felicidade.
Renúncia é aquisição.
Sacrifício é a estrada para as alturas.
Admira as estrelas, mas não te descuides dos sinais do trânsito.
Todas as formas de beneficência se revestem de grandeza singular, no entanto, aquela em que o amor se exterioriza será sempre a mais alta. Quando irradias semelhante luz, notarás que fulgurações de alegria se te reluzem no íntimo, conquanto encerradas na felicidade interior que nem sempre consegues transferir.
A Eterna Providência nos socorre e abençoa sem metro ou balança.
Criadores do próprio destino, temos em nós o que fazemos de nós.
Aprende a estimar os outros como se te apresentem, sem exigir-lhes mudanças imediatas.

Emmanuel

sexta-feira, 27 de julho de 2018


PERANTE  A  FELICIDADE


Emmanuel


O problema da felicidade está sempre condicionada ao foro íntimo.
*
E porque, ainda mesmo nos assuntos mais transcendentes, não podemos prescindir da simplicidade, em auxílio à nossa argumentação, invocamos a natureza, em cujos degraus evolutivos, é possível observar as crisálidas de consciência nas limitações relativas a que se ajustam.
*
Vemos que cada ser nos círculos inferiores à escola humana, possui as alegrias que lhe são próprias.
Para o corvo, a felicidade é a penetração nos detritos.
Para a serpente, é a absorção do veneno com que se fortalece na defensiva.
Para a coruja é a excursão nas trevas.
Para a lesma é a ociosidade incessante.
Para a andorinha é o culto da primavera onde a primavera fulgure.
Para a fonte é o serviço a todos.
Para a árvore é a incansável beneficência.
Para o sol é o privilegio de servir em luminosa doação de si mesmo.
*
Cada espírito, qual acontece aos elementos mais simples, demora-se mais ou menos na atitude mental que se lhe afigura como sendo a aspiração satisfeita.
*
Para muitos, a felicidade é a imersão na preguiça e no ódio, na discórdia e na crueldade, na penúria e na ignorância, no desalento e na rebeldia.
Entretanto, para as almas acordadas na Revelação do Cristo, a felicidade é a construção de si mesmas para a comunhão ideal com Deus.

*
Se já despertaste para a verdade, aceita o trabalho e a renúncia, as aflições e as penas da estância física por abençoado material de tua própria edificação.
*
E, aprendendo e servindo infatigavelmente, sem qualquer inventário de sacrifício e sem qualquer preocupação pelo tempo adequado ao reajuste, conseguirás o equilíbrio interior, tecendo com a própria luta, as asas com que livrarás nos cimos da vida, em pleno triunfo.


quinta-feira, 26 de julho de 2018


OS  DONS  DE  CRISTO


Emmanuel


“Mas a graça foi dada a cada um de nós, segundo a medida do dom de Cristo”.
 Paulo – Efésios, 4:7.


A alma humana, nestes vinte séculos de Cristianismo, é uma consciência esclarecida pela razão, em plena batalha pela conquista dos valores iluminativos.

*
O campo de luta permanece situado em nossa vida íntima.
Animalidade versus espiritualidade.

*
Milênios de sombras cristalizadas contra a luz nascente.
E o homem, pouco a pouco, entre as alternativas de vida e morte, renascimento no corpo e retorno à atividade espiritual, vai plasmando em si mesmo as qualidades indispensáveis à ascensão, que, no fundo, constituem as virtudes do Cristo, progressivas em cada um de nós.
*
Daí a razão da luz divina ocupar a existência humana ou crescer dentro dela, à medida que os dons de Jesus, incipientes, reduzidos, regulares ou enormes nela se possam expressar.
*
Onde estiveres, seja o que fores, procura aclimatar as qualidades cristãs em ti mesmo, com a vigilante atenção igual àquela dispensada à cultura das plantas preciosas, ao pé do lar.
*
Quanto à existência temporária no mundo, todos somos suscetíveis de produzir para o bem ou para o mal.

*
Ofereçamos ao Divino Cultivador o vaso do coração, recordando que se o “solo consciente” do nosso espírito aceitar as sementes do Celeste Pomicultor, cada migalha de nossa boa vontade será convertida em canal adequado para a exteriorização do bem, com a multiplicação permanente das bênçãos do Senhor, ao redor de nós.
*
Observa a tua “boa parte” e lembra que podes dilatá-la ao infinito.
Não intentes destruir milênios de ignorância, de um momento para outro.
Vale-te do esforço de auto-aperfeiçoamento cada dia.
Persiste em aprender com o Mestre do Amor e da Renúncia.

*
Não nos esqueçamos de que a Luz Divina ocupará o nosso espaço individual, na medida de nosso crescimento real nos dons de Cristo.


quarta-feira, 25 de julho de 2018


NA  ORDEM  SOCIAL


Emmanuel


Observa no próprio lar as forças diferentes que se congregam, nutrindo-te a segurança, para que te não furtes ao dever de servir:
O legislador, cujo pensamento garante a harmonia na via pública.
O engenheiro que te traçou o plano da moradia.
O pedreiro que levantou o edifício a que te acolhes.
O pintor que te alegrou o ambiente.
O operário que te trouxe a bênção das águas ao reduto doméstico.
O braço diligente que te garante combustível e força para que te não faltem calor e luz.
*
Pensa ainda nos missionários outro que te oferecem equilíbrio e tranquilidade:
O médico que te preserva a saúde.
O escritor que te renova às idéias.
O professor que te educa.
O irmão que te estende amizade e reconforto.
O lixeiro que te alivia.
O varredor que cultiva a higiene.
O lavrador que te assegura o alimento.

*
Não admitas que o dinheiro seja o único poder aquisitivo de semelhantes valores.
*
O ouro, só por si, num mundo de sedentos e esfomeados, não valeria a gota d´água, nem a migalha de pão.

*
Refletem na interdependência que nos rege todas as fases da vida e aprende a valorizar teus minutos na extensão do bem.

*
Auxiliar a todos com espontaneidade e carinho, é agradecer aos outros o auxílio com que nos seguem.

*
Fugir à crítica e à desaprovação, abraçando a solidariedade e o estímulo fraterno é compreender nossas próprias necessidades, de vez que não caminharemos sem o concurso alheio.
*
Entendamos a amplitude da colaboração anônima que recolhemos do próximo e, oferecendo ao próximo o melhor de nós mesmos, estaremos com Cristo, nosso Mestre e Senhor, que, no sacrifício supremo, nos ensinou a alcançar a suprema vitória.

terça-feira, 24 de julho de 2018


COMO  FALAR?  COMO ESCREVER?


Emmanuel

“E tornando a inclinar, escrevia na terra”.
João, 8:8.

Quanta gente não abusará dos recursos da escrita, por veiculares imposições e difundir enganos na Terra? Quantos espíritos, mesmo desencarnados, valem-se dessa possibilidade para atender a venenosos caprichos individuais? Aqui se escreve para a consecução de determinados objetivos inferiores, além, aproveitam-se publicações para o mercado de propósitos subalternos.
*
Quantas vezes, nós mesmos, teremos movimentado o jornal ou o livro, pretendendo impor nossa interpretação individual?

*
Quem escreve precisará lutar contra numerosas leviandades que ameaçam o espírito. É indispensável guardar-se todos os dias. E, nessa vigilância justa, será razoável lembrar a posição de Jesus que não deixou livros ou pergaminhos, legando-nos, apesar disso, os tesouros da vida imperecível.

*
Imposta considerar, no entanto, que o Mestre Divino escreveu na Terra.

*
Nunca encontraste o simbolismo profundo desse gesto de Cristo?

*
Quem poderá passar no planeta sem grafar alguma idéia nos caminhos do mundo? Nem todo homem gravará páginas, mas todos escreverão na Terra a história de sua passagem comum.
No campo, traçará leiras, plantará árvores, modificará paisagens; nas cidades construirá oficinas, instituirá universidades, levantará edifícios.

*
A Terra é o grande livro que o Senhor nos deu aos serviços de formação espiritual.
Ainda que não percebas, está escrevendo diariamente. Se for a criatura de entendimento frágil, se ainda não tens o contato com os ensinamentos do Cristo, não de descuides da escrita diária.
Vê o que gravas nas páginas da vida.
Tuas mãos e atitudes gravam sempre, a todo minuto, com as tintas luminosas ou sombrias do coração.
A Terra está registrando o que fazes.
Não manches o livro que o Pai nos confiou.

***
Auxilia, perdoa, trabalha, ama e serve, gastando sensatamente os recursos que o Céu te situou no caminho e nas mãos, como quem sabe que a Contabilidade Divina a todos nos procura no grave instante do acerto justo.

segunda-feira, 23 de julho de 2018


Oração
Maria Dolores

Abençoa, Senhor,
A casa que nos deste
Para exaltar o bem
E, amparados à fé,
Que saibamos servir
Sem perguntar a quem.

Não nos deixe sozinhos
Perguntando
Nossos deveres com são...
Desejamos doar,
Na bênção de Teu Nome,
Alegria, socorro,
Auxílio, inspiração...

No apoio do trabalho
A que nos levas,
Queremos reencontrar-te
Nos mais necessitados
Do caminho,
Sejam de qualquer parte.

Que em tua proteção
Sejamos todos
Em nossas provações
Lutando embora,
Um refúgio de calma
A quem se desespera,
Um recanto de paz
Que alivie a quem chora.

Ampara-nos, Jesus,
No dever de ajudar,
De compreender, lenir,
Confortar, recompor...
Aspiramos a ser contigo,
Onde estivermos,
O abrigo da esperança
E a presença do amor.

Ambulatório Espírita Irmã Scheilla - Catanduva – São Paulo 08.03.1976


domingo, 22 de julho de 2018


PELOS INIMIGOS DO ESPIRITISMO

50. Bem-aventurados os famintos de justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o reino dos céus. Ditosos sereis, quando os homens vos carregarem de maldições, vos perseguirem e falsamente disserem contra vós toda espécie de mal, por minha causa. – Rejubilai-vos, então, porque grande recompensa vos está reservada nos céus, pois assim perseguiram eles os profetas enviados antes de vós. (S. MATEUS, 5:6 e 10 a 12.) Não temais os que matam o corpo, mas que não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode perder alma e corpo no inferno. (S. MATEUS, 10:28.) 51. PREFÁCIO. De todas as liberdades, a mais inviolável é a de pensar, que abrange a de consciência. Lançar alguém anátema sobre os que não pensam como ele é reclamar para si essa liberdade e negá-la aos outros, é violar o primeiro mandamento de Jesus: a caridade e o amor do próximo. Perseguir os outros, por motivos de suas crenças, é atentar contra o mais sagrado direito que tem todo homem, o de crer no que lhe convém e de adorar a Deus como o entenda. Constrangê-los a atos exteriores semelhantes aos nossos é mostrarmos que damos mais valor à forma do que ao fundo, mais às aparências, do que à convicção. Nunca a abjuração forçada deu a quem quer que fosse a fé; apenas pode fazer hipócritas. É um abuso da força material, que não prova a verdade. A verdade é senhora de si: convence e não persegue, porque não precisa perseguir.

O Espiritismo é uma opinião, uma crença; fosse (1) até uma religião, por que se não teria a liberdade de se dizer espírita, como se tem  a de se dizer católico, protestante, ou judeu, adepto de tal ou qual doutrina filosófica, de tal ou qual sistema econômico? Essa crença é falsa, ou é verdadeira. Se é falsa, cairá por si mesma, visto que o erro não pode prevalecer contra a verdade, quando se faz luz nas inteligências. Se é verdadeira, não haverá perseguição que a torne falsa. A perseguição é o batismo de toda idéia nova, grande e justa e cresce com a magnitude e a importância da idéia. O furor e o desabrimento dos seus inimigos são proporcionais ao temor que ela lhes inspira. Tal a razão por que o Cristianismo foi perseguido outrora e por que o Espiritismo o é hoje, com a diferença, todavia, de que aquele o foi pelos pagãos, enquanto o segundo o é por cristãos. Passou o tempo das perseguições sangrentas, é exato; contudo, se já não matam o corpo, torturam a alma, atacam-na até nos seus mais íntimos sentimentos, nas suas mais caras afeições. Lança-se a desunião nas famílias, excita-se a mãe contra a filha, a mulher contra o marido; investe-se mesmo contra o corpo, agravando-se-lhe as necessidades materiais, tirando-se-lhe o ganha-pão, para reduzir pela fome o crente. (Cap. XXIII, nos 9 e seguintes.) Espíritas, não vos aflijais com os golpes que vos desfiram, pois eles provam que estais com a verdade. Se assim não fosse, deixar-vos-iam tranquilos e não vos procurariam ferir. Constitui uma prova para a vossa fé, porquanto é pela vossa coragem, pela vossa resignação e pela vossa paciência que Deus vos reconhecerá entre os seus servidores fiéis, a cuja contagem ele hoje procede, para dar a cada um a parte que lhe toca, segundo suas obras. A exemplo dos primeiros cristãos, carregai com altivez a vossa cruz. Crede na palavra do Cristo, que disse: “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, que deles é o reino dos céus. Não temais os que matam o corpo, mas que não podem matar a alma.” Ele também disse: “Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos fazem mal e orai pelos que vos perseguem.” Mostrai que sois seus verdadeiros discípulos e que a vossa doutrina é boa, fazendo o que ele disse e fez. A perseguição pouco durará. Aguardai com paciência o romper da aurora, pois que já rutila no horizonte a estrela d’alva. (Cap. XXIV, nos 13 e seguintes.)

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Allan Kardec

 1 Ver Reformador de 1946, pág. 253; Revue Spirite, de dezembro de 1868; Allan Kardec, de Zêus Wantuil e Francisco Thiesen, vol. III, pág. 100. Nota da Editora da FEB

sábado, 21 de julho de 2018


De Pé os Mortos

 Irmão X

Senhor!
O Brasil é o coração do Mundo e o coração nunca dorme.
É a Pátria do Evangelho, é a Terra espiritual do testemunho.
Confiaste-lhe a Árvore de Teu Infinito Amor e no País da Fraternidade estenderam-se-lhe os ramos verdes e fartos, acolhendo as criaturas.
Abençoaste os que choram. O Brasil incorporou torturados e oprimidos de outras raças à sua família generosa.
Atendeste a injustiçados. O Brasil sempre abrigou os perseguidos, proporcionando-lhes vida nova.
Exaltaste os pacíficos. O Brasil exerceu, em todo tempo, a bondade e a tolerância, perdoando criminosos, anistiando rebeldes, esquecendo traições e calúnias, por acolher irmãos bem-amados.
Elevaste os limpos de coração. O Brasil nunca tingiu as mãos no sangue fratricida, nas horas culminantes de renovação política, aceitando-Te os desígnios nos instantes solenes de sua história.
-o-
Determinaste que os homens se amem uns aos outros, como nos amaste. O Brasil abriu suas portas de oito mil quilômetros de extensão à frente do mar e recebeu fraternalmente os filhos de todos os povos do globo, sem preconceitos de cor, de sangue, de nacionalidade, de religião.
-o-
Agora, Senhor, neste momento grave do mundo, o Teu grande Brasil, nossa Pátria, foi chamado à defesa da verdade contra a mentira e a impostura.
Não Te reclamamos a assistência necessária. Sabemos que Tuas mãos misericordiosas pousam no leme, guiando aqueles que governam o destino dos filhos do Cruzeiro; mas, neta hora de suprema determinação histórica, reafirmamos-Te confiança e pedimos derrames Tua luz em cada coração, em cada anseio materno, em cada recanto do lar, para que todo o Brasil compreenda que esta não é uma guerra de irmãos contra irmãos, porém, a da luz contra as sombras, da civilização contra a barbaria, do direito contra a força, do equilíbrio contra a demência.
-o-
Sabemos  que preservarás a Pátria do Evangelho, desde o vale do Amazonas às coxilhas do Rio Grande, envolvendo-a nas dobras do pendão auriverde, em que colocaste um coração azul enfeitado de estrelas, símbolo de Tuas sagradas esperanças; que irás de norte a sul, inspirando os que administram, orientando resoluções sábias, encorajando as mães, iluminando o conselho dos velhos, renovando energias da juventude, unificando o pensamento nacional. Entretanto, rogamos esclareças a todos os brasileiros, para que cada um se integre no espírito de serviço que dignifica o dever, a responsabilidade, o trabalho, a ordem e a disciplina. Auxilia-os a fazerem cessar neste momento as paixões, contendas, suspeitas, opiniões individualistas, interpretações políticas e sectarismos religiosos, a fim de que paire, acima das preocupações inferiores, a visão do Brasil imperecível, na integridade gloriosa dos bens que nos confiaste.
-o-
Nós, os “mortos” da Pátria, estamos igualmente de pé.
Aqui nos encontramos para dizer aos nossos irmãos que a Vida Eterna resume as realidades sublimes e imortais, e que entrelaçaremos nossas mãos com as deles, nos testemunhos necessários.
-o-
Jesus, acrescenta valores aos nossos valores, como tens acrescentado confiança à nossa fé; ensina-nos a transportar a flâmula auriverde, do topo radiante dos mastros aos nossos corações, a fim de a içarmos bem alto no cimo da consciência.
Senhor, o Brasil permanece contigo, por expulsar do templo da vida os vendilhões do direito e da paz, e cada brasileiro reconhece que Tu estás conosco, porque a Tua cruz é símbolo de resistência heróica e porque sabemos que combates, desde o primeiro dia do Evangelho, na guerra do bem contra o mal, que ainda não terminou.

quinta-feira, 19 de julho de 2018


A Mãe das Mães

Que os sacrossantos eflúvios do amor, d’aquela que é a Mãe das Mães, se infiltrem em nossas orações!

O Código do Dever

Amigos espirituais velam sempre junto à nossa cabeceira, nas horas de preocupação e insônia e, frequentemente quando desorientadas influencias nos incitam ao desvio, sopram-nos aos ouvidos espirituais as regras do código do dever.

O Livro da Paciência

Leiamos o livro da paciência e da resignação. As suas folhas são como a esperança e os caracteres inscritos nas suas páginas são lindos como se fossem confeccionados com pequeninas gotas estelíferas, assemelhando-se aos prantos salvadores.
As suas lições são úteis e proveitosas
Ensinam-nos tudo quanto pode nobilitar a esposa, a irmã e a mãe querida, elas preparam o coração da mulher que tem uma força misteriosamente prodigiosa para vencer os sofrimentos que arrebatam os espíritos dos lamaçais da terra para as paisagens deslumbrantes do firmamento constelado.
Sejamos, pois, resignados aos desígnios de Deus e humildes nas provações da terra.
Não podemos transformar tudo de um momento para o outro, porém, com a vontade Divina, conseguiremos vencer.
Onde não mais pudermos descerá dos céus a força precisa a nos dar esperança e amparo.

O Escopo da Dor

Não se pode fugir à provação. É a dor que burila os corações para a felicidade perfeita. Sob o trabalho do seu escopo muito sofremos; ela, porém, está fazendo a arte animada e inimitável da vida que é obra de Deus.
Coragem e resignação!
Perseverança e fé!
Sobretudo muita humildade.
Deus derrame a paz em nossos lares e em nossos corações!

ACEITAÇÃO E VIDA

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
ESPÍRITO DE MARGARIDA

quarta-feira, 18 de julho de 2018


Ponderação

Bezerra de Menezes

Diante do mal quantas vezes!...
Censuramos o próximo...
Desertamos do testemunho da paciência...
Criticamos sem pensar...
Abandonamos companheiros infelizes à própria sorte...
Esquecemos a solidariedade...
Fugimos ao dever de servir...
Abraçamos o azedume...
Queixamo-nos uns dos outros...
Perdemos tempo em lamentações...
Deixamos o campo das próprias obrigações...
Avinagramos o coração...
Desmandamo-nos na conduta...
Agravamos problemas...
Aumentamos os próprios débitos...
Complicamos situações...
Esquecemos a prece...
Desacreditamos a fraternidade...
E, às vezes, olvidamos até mesmo a fé viva em Deus...
Entretanto a fórmula da vitória sobre o mal ainda e sempre é aquela senha de Jesus:
“Amai-Vos Uns Aos Outros Como Eu Vos Amei”!!...