quinta-feira, 31 de agosto de 2017


SIGAMOS

Sigamos.

Benditos quantos sofram pelo nome e pela Obra do Senhor.

 

E sabemos que não sofremos em vão.

Nossos pés serão guardados na trilha a percorrer e nossos pensamentos de paz e de amor se elevarão para o Alto, nascidos de nossa alma na direção do Amigo Eterno.

 

Antigamente, os seguidores de Jesus eram dados ao sacrifício nas arenas de martírio.

A morte era assunto direto nos espetáculos públicos. E com o suplício de tantos heróis se pavimentou a estrada pela qual transitam no Mundo as revelações do Evangelho.

 

Hoje, os companheiros do Mestre são constrangidos a testemunhar esperança e compreensão, luz e vida nos recintos fechados da Terra, entre as paredes da vida particular.

A morte que se lhes deseja infligir se efetua sob os ditames da violência, mas, a pouco e pouco, sob as farpas da calúnia ou da injúria, da perseguição indireta ou da incompreensão em forma de desequilíbrio e loucura.

 

Entretanto, é por esse caminho espinhoso de dores e aflições a fogo lento, ocultas por dentro do espírito, que se edificará o clima da instalação definitiva do Cristianismo na Terra.

Por isso mesmo, é imperioso entender, silenciar, amar, perdoar...

 

Digamos “presente” à chamada do Senhor e continuemos a doar de nós tudo aquilo que possuímos de melhor.

Ante a sombra, faze luz. Diante do ódio, descortinar fontes novas de amor.

À frente da perturbação, trabalhar sempre em favor de todos, e mais particularmente a favor dos que se tresmalham na discórdia e na acusação, ignorando que, em fazendo sofrer outros, plasmam eles cárceres de sofrimento para si mesmos.

 

Recebamos as dificuldades da tarefa por lições abençoadas, em que o Senhor nos pede mais amplas demonstrações de união com Ele.

 

Abençoar e abençoar sempre. A tempestade ruge e nos ameaça a construção, mas a nossa capa espiritual – a definir-se pela moradia espiritual de nosso princípios e convicções – está edificada sobre a rocha da confiança.

 

Sustentemos a nossa firmeza em trabalho, sorrindo para todos os companheiros que nos compartilhem a experiência e a todos louvando pelo concurso bendito com que nos impulsionam para a frente.

Somos devedores de todos e a cada um nos cabe retribuir com a luminosa moeda do amor.

 

Nunca nos julguemos sozinhos, nem mesmo naqueles momentos em que surpreendemos a nossa prece orvalhada de lágrimas, no silêncio de nossas conversações com Deus, nas quais ouvimos a sua voz perguntando: “Senhor, por que?”.

 

De mãos unidas, depois de cada prece, regressemos ao serviço do bem, no qual aprendemos a libertar-nos definitivamente do mal. Confiemos.

 

E, agora, terminado, reflitamos no Benfeitor Divino que nos precedeu monte acima.

 

A subida é áspera e os horizonte parecem carregados de sombra... Entretanto, nos cimos do outeiro alcançaremos visão mais dilatada e mais sublime do Mundo e as nuvens se desfarão para que a luz resplandeça nos Céus...

 

Esperança e alegria e estejamos na certeza de que o Senhor nunca nos faltará; sigamos.

Maria do Rosário

Livro “TEMAS DA VIDA”

Francisco Cândido Xavier

quarta-feira, 30 de agosto de 2017


Podia Ser

André Luiz

 

A velhinha que vimos, vergada ao peso do sofrimento, não é aquela benfeitora que nos ofertou o berço na Terra, no entanto, podia ser.

O trabalhador abatido que passou esmagado de angustia, não é aquele amigo respeitável que nos serviu de pai no mundo, mas, em verdade, podia ser.

A criança desditosa, que renteou conosco na via pública, não é nosso filhinho, contudo, podia ser.

O mendigo cansado de abandono, relegado à incerteza da rua, não é pessoa de nossa casa, entretanto, podia ser.

O doente caído em desamparo e cujo martírio orgânico nos inclina a pensar nas desventura dos que vagam sem teto, não é nosso parente consanguíneo, todavia, podia ser.

Diante dos que choram e sofrem coloquemo-nos, de imediato, em lugar deles, e saberemos compreender que toda migalha de bondade e alegria é talento de luz.

Caridade é bênção de Deus em movimento constante.

Hoje é a nossa hora de dar, amanhã será o nosso dia de receber.

 

 

MARCAS DO CAMINHO

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

ESPÍRITOS DIVERSOS

terça-feira, 29 de agosto de 2017


Nas Provas da Senda

Emmanuel

 

A natureza, por livro divino da Sabedoria Celeste, ensina, em toda parte, que a persistência é o sinal luminoso da evolução.

O Sol não se faz menos brilhante quando ilumina o vasto espelho do deserto sem água.

A flor não esconde o perfume que lhe é próprio, porque surjam emanações pestilentas do charco que foi situada.

A fonte não cessa de correr porque o leito em que se movimenta se constitua de pedras.

A árvore não recolhe os seus galhos porque os vermes considerados venenosos lhe venham sugar os frutos.

As estrelas fulguram no seio imenso da noite.

A catarata é a força divina da Terra a despenhar-se no abismo.

O pântano drenado é chão proveitoso.

Só o homem dá curso ao desânimo e à desconfiança, ante os reservatórios inesgotáveis da paciência e da bondade divina do Senhor. Só o homem duvida, dilacera-se, dorme e recua, perdendo, por vezes, benditas oportunidades de elevação para os cimos deslumbrantes da vida. E, na indisciplina e na intemperança, no desespero e na negação a que se entrega, comumente procura fugir ao quadro de obrigações que lhe cabem, mas, ainda que se projete aos confins do Universo, não encontrará senão a si mesmo, com as suas realidades conscienciais, com o impositivo de tudo recapitular e tudo recomeçar, para reaprender e refazer.

Assim, pois, em nossas lutas naturais do caminho regenerativo e santificante, aceitemos o cálice de nossas provações, seja qual for, sorvendo-lhe corajosamente o conteúdo lembrando que nada vale para nós a fuga dos deveres fundamentais que nos competem, porque, em nos afastando dos aguilhões salvadores dentro da vida, estamos simplesmente recusando em vão o programa sagrado de Deus.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017


As Almas Enfraquecidas

Emmanuel

 

Minhas palavras de hoje são dirigidas aos que ingressam nos estudos espiritistas, tangidos pelos azorragues impiedosos do sofrimento; no auge das suas dores, recorreram ao amparo moral que lhes oferecia a doutrina e sentiram que as tempestades amainavam... Seus corações reconhecidos voltaram-se então para as coisas espirituais; todavia, os tormentos não desapareceram. Passada uma trégua ligeira, houve recrudescência de prantos amargos.

Experimentando as mesmas torturas, sentem-se vacilantes na fé e baldos do entusiasmo das primeiras horas e é comum ouvirem-se as suas exclamações: "Já não tenho mais fé, já não tenho mais esperanças..." Invencível abatimento invade-lhes os corações tíbios e enfraquecidos na luta, desamparados na sua vontade titubeante e na sua inércia espiritual.

Essas almas não puderam penetrar o espírito da doutrina, vagando apenas entre as águas das superficialidades.

 

Livro “PALAVRAS  DE  EMMANUEL”

 

 

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

domingo, 27 de agosto de 2017


MISSÃO DO ESPIRITISMO

 

A missão do Espiritismo, tanto quanto o ministério do Cristianismo, não será destruir as escolas de fé, até agora existentes.

Cristo acolheu a revelação de Moisés.

A Doutrina dos Espíritos apoia os princípios superiores de todos os sistemas religiosos.

Jesus não critica a nenhum dos Profetas do Velho Testamento.

O Consolador Prometido não vem para censurar os pioneiros dessa ou daquela forma de crer em Deus.

O Espiritismo é, acima de tudo, o processo libertador das consciências, a fim de que a visão do homem alcance horizontes mais altos.

Há milênios, a mente humana gravita em derredor de patrimônios efêmeros, quais sejam os da precária posse física, atormentada por pesadelos carnais de variada espécie.

Guerras de todos os matizes consomem-lhe as forças.

Flagelos de múltiplas expressões situam-lhe a existência em limitações aflitivas e dolorosas.

Com a morte do corpo, não atinge a liberação.

Além-túmulo, prossegue atenta às imagens que a ilusão lhe armou no caminho, escravizada a interesses inconfessáveis.

Em plena vida livre, guarda, ordinariamente, a posição da criatura que venda os olhos e marcha, impermeável e cega, sob pesadas cargas a lhe dobrarem os ombros.

A obstinação em disputar satisfações egoísticas, entre os companheiros da carne, constitui-lhe deplorável inibição e os preconceitos ruinosos, os terríveis enganos do sentimento, os pontos de vista pessoais, as opiniões preconcebidas, as paixões desvairadas, os laços enfermiços, as concepções cristalizadas, os propósitos menos dignos, a imaginação intoxicada e os hábitos perniciosos representam fardos enormes que constrangem a alma ao passo vacilante, de atenção voltada para as experiências inferiores.

A nova fé vem alargar-lhe a senda para mais elevadas formas de evolução.

Chave de luz para os ensinamentos do Cristo, explica o Evangelho não como um tratado de regras disciplinares, nascidas do capricho humano, mas como a salvadora mensagem de fraternidade e alegria, comunhão e entendimento, abrangendo as leis mais simples da vida.

 

Aparece-nos, então, Jesus, em maior extensão de sua glória.

Não mais como um varão de angústia, insinuando a necessidade de amarguras e

lágrimas e sim na altura do herói da bondade e do amor, educando para a felicidade integral, entre o serviço e a compreensão, entre a boa-vontade e o júbilo de viver.

Nesse aspecto, vemo-lo como o maior padrão de solidariedade e gentileza, apagando-se na manjedoura, irmanando-se com todos na praça pública e amparando os malfeitores, na cruz, à extrema hora, de passagem para a divina ressurreição.

O Espiritismo será, pois, indiscutivelmente, a força do Cristianismo em ação para reerguer a alma humana e sublimar a vida.

O Espaço Infinito, pátria universal das constelações e dos mundos, é, sem dúvida, o clima natural de nossas almas, entretanto, não podemos esquecer que somos filhos, devedores, operários ou companheiros da Terra, cujo aperfeiçoamento constitui o nosso trabalho mais imediato e mais digno.

Esqueçamos, por agora, o paraíso distante para ajudar na construção do nosso próprio Céu.

Interfiramos menos na regeneração dos outros e cogitemos mais de nosso próprio reajuste, perante a Lei do Bem Eterno, e, servindo incessantemente com a nossa fé à vida que nos rodeia, a vida, por sua vez, nos servirá, infatigável, convertendo a Terra em estação celestial de harmonia e luz para o acesso de nosso espírito à Vida Superior.

 

Emmanuel, Roteiro, Francisco Candido Xavier

sábado, 26 de agosto de 2017


ANTE OS NOVOS TEMPOS

CASTRO ALVES

Brilham áureos tempos novos,

A Inteligência domina,

Fala a Razão cristalina,

Que estuda, aclara e deduz;

A Ciência larga a Terra,

Onde refulge de rastros,

Para a conquista dos astros,

Sob o fascínio da Luz!...

 

No bojo do firmamento,

Do chão à face da Lua...

A pesquisa continua...

Engenhos e lumaréus!...

A Eletrônica revela

Vida mais alta e mais rica

E o Homem se comunica,

Povo a Povo, Céus a Céus!...

 

A Cultura pede frente,

Entre aplausos invulgares.

No Ar, no Solo, nos Mares, -

Em tudo – o apelo ao Porvir!...

De ponta a ponta do Globo,

Em vasta ascensão na História,

Clama o Cérebro – mais Glória!

Grita o Mundo – Progredir!...

 

Mas no concerto dos louros

Em que a Idéia se embriaga,

Brado aflitivo pervaga –

O choro da multidão!...

São milhões de almas cativas

À ignorância na Terra,

Que a noite da angústia encerra

Nos vales de provação!...

 

A mágoa segue a penúria,

O crime instala a doença,

Lastima-se turba imensa

Encarcerada na dor!...

A legião do protesto

Volve à barbárie sombria,

Supondo na rebeldia

O facho libertador!...

 

A guerra distende as garras,

Surgem conflitos de sobra,

A descrença se desdobra

Em chaga descomunal...

E a força do Raciocínio

Do píncaro a que se eleva

Na barra a invasão da treva,

Nem doma a fúria do mal...

 

Do Alto, porém, dimana

Visão diversa das cousas,

Os mortos rebentam lousas,

Irrompem vozes do Além!...

São Mensageiros do Eterno,

Anjos do Céu sem escolta,

Trazendo Jesus de volta

Para a vitória do Bem!...

 

Companheiros do Evangelho,

Que o vosso Amor vibre, puro,

Edificando o Futuro

Nas leis Excelsas do Pai!...

Eis que o Cristo nos conclama,

Sob o fulgor do Cruzeiro,

Repetindo ao mundo inteiro:

- “Espíritas, educai!...”.

 

Livro “DOUTRINA E VIDA” - ESPÍRITOS DIVERSOS –

PSICOGRAFIA: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

sexta-feira, 25 de agosto de 2017


No suor dos dias teus

Usa a oração sem mostrá-la.

Na oração falas com Deus,

No serviço Deus te fala.

 

Silveira Carvalho

 

A oração

 

A princípio, é um rumor do coração que clama, Asa leve a rufiar da alma que anseia e chora... Depois, é como um círio hesitante da aurora, Convertendo-se, após, em resplendente chama... Então, ei-la a vibrar como estrela sonora !...

É a prece a refulgir por milagrosa flama,

Glória de quem confia o poder de quem ama,

Por mensagem solar, cindindo os céus afora...

Depois, outro clarão do Além desce e fulgura,

E a resposta divina aos rogos da criatura,

Trazendo paz e amor em fúlgidos rastilhos!...

Irmão, guardai na prece o altar do templo vosso!

Através da oração, nós bradamos: - "Pai Nosso!"

E através dessa luz, Deus responde: - "Meus filhos!"

Amaral Ornelas

 

 

 

 

A prece

 

A oração não será um processo de fuga do caminho que nos cabe percorrer, mas constituirá uma abençoada luz em nossas mãos, clareando-nos a marcha.

Não representará uma porta de escape ao sofrimento regenerativo de que ainda carecemos, mas expressará um bordão de arrimo, com o auxílio do qual superamos a ventania da adversidade, no rumo da bonança.

Não será um privilégio que nos exonere da enfermidade retificadora, ambientada em nosso próprio templo orgânico pela nossa incúria e pela nossa irreflexão, no abuso dos bens do mundo, entretanto, comparecerá por remédio balsamisante e salutar, que nos renove as energias, em favor de nossa cura.

Não será uma prerrogativa indébita que nos isente da luta humana, imprescindível ao nosso aperfeiçoamento individual, todavia, brilhará em nossa experiência por sublime posto de reabastecimento espiritual, susceptível de garantir-nos a resistência e o valor na tarefa de renunciação e sacrifício em que nos cabe perseverar.

Não será uma outorga de recursos para que os nossos caprichos pessoais sejam atendidos, no jardim de nossas predileções afetivas, contudo, será uma dispensação de forças para que possamos tolerar galhardamente as situações mais difíceis, diante daqueles que nos desagradam, em sociedade ou em família, ajudando-nos, pouco a pouco, a edificar o santuário da verdadeira fraternidade, no próprio coração, em cujos altares amealharemos o tesouro da paz e do discernimento.

Ainda mesmo que te encontres no labirinto quase inextrincável das provações inflexíveis, ainda mesmo que a tua jornada se alongue sob o granizo da discórdia e da incompreensão, em plena sombra, cultiva a prece, com a mesma persistência a que te induzas na procura da água para a sede e do pão para a fome do corpo.

Na dor, ser-te-á divino consolo, na perturbação constituirá tua bússola.

Não olvides que a permanência na Terra é uma simples viagem educativa de nossa alma, no espaço e no tempo, e não te esqueças de que somente pela oração, descobriremos, cada dia, o rumo que nos conduzirá de retorno aos braços amorosos de Deus.

Emmanuel

 

À LUZ DA ORAÇÃO

 

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

ESPÍRITOS DIVERSOS

quinta-feira, 24 de agosto de 2017


AMOR

 

O amor puro é o reflexo do Criador em todas as criaturas.

Brilha em tudo e em tudo palpita na mesma vibração de sabedoria e beleza.

É fundamento da vida e justiça de toda a Lei.

Surge, sublime, no equilíbrio dos mundos erguidos à glória da imensidade, quanto nas flores anônimas esquecidas no campo.

Nele fulgura, generosa, a alma de todas as grandes religiões que aparecem, no curso das civilizações, por sistemas de fé à procura da comunhão com a Bondade Celeste, e nele se enraíza todo o impulso de solidariedade entre os homens.

Plasma divino com que Deus envolve tudo o que é criado, o amor é o hálito dEle mesmo, penetrando o Universo.

Vemo-lo, assim, como silenciosa esperança do Céu, aguardando a evolução de todos os princípios e respeitando a decisão de todas as consciências.

Mercê de semelhante bênção, cada ser é acalentado no degrau da vida em que se encontra.

O verme é amado pelo Senhor, que lhe concede milhares e milhares de séculos para levantar-se da viscosidade do abismo, tanto quanto o anjo que o representa junto do verme. A seiva que nutre a rosa é a mesma que alimenta o espinho dilacerante. Na árvore em que se aninha o pássaro indefeso, pode acolher-se a serpente com as suas armas de morte. No espaço de uma penitenciária, respira, com a mesma segurança, o criminoso que lhe padece as grades de sofrimento e o correto administrador que lhe garante a ordem.

O amor, repetimos, é o reflexo de Deus, Nosso Pai, que se compadece de todos e que a ninguém violenta, embora, em razão do mesmo amor infinito com que nos ama, determine estejamos sempre sob a lei da responsabilidade que se manifesta para cada consciência, de acordo com as suas próprias obras.

E, amando-nos, permite o Senhor perlustrarmos sem prazo o caminho de ascensão para Ele, concedendo-nos, quando impensadamente nos consagramos ao mal, a própria eternidade para reconciliar-nos com o Bem, que é a Sua Regra Imutável.

Herdeiros dEle que somos, raios de Sua Inteligência Infinita e sendo Ele Mesmo o Amor Eterno de Toda a Criação, em tudo e em toda parte, é da legislação por Ele estatuída que cada espírito reflita livremente aquilo que mais ame, transformando-se, aqui e ali, na luz ou na treva, na alegria ou na dor a que empenhe o coração.

Eis por que Jesus, o Modelo Divino, enviado por Ele à Terra para clarear-nos a senda, em cada passo de seu Ministério tomou o amor ao Pai por inspiração de toda a vida, amando sem a preocupação de ser amado e auxiliando sem qualquer ideia de recompensa.

Descendo à esfera dos homens por amor, humilhando-se por amor, ajudando e sofrendo por amor, passa no mundo, de sentimento erguido ao Pai Excelso, refletindo-lhe a vontade sábia e misericordiosa. E, para que a vida e o pensamento de todos nós lhe retratem as pegadas de luz, legou-nos, em nome de Deus, a sua fórmula inesquecível: — “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.”

 

PENSAMENTO E VIDA

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

DITADO PELO ESPÍRITO EMMANUEL

quarta-feira, 23 de agosto de 2017


Melindres

Não permita que suscetibilidades lhe conturbem o coração.
Dê aos outros a liberdade de pensar, tanto quanto você é livre para pensar como deseja.
Cada pessoa vê os problemas da vida em ângulo diferente.
Muita vez, uma opinião diversa da sua pode ser de grande auxílio em sua experiência ou negócio, se você se dispuser a estudá-la.
Melindres arrasam as melhores plantações de amizade.
Quem reclama, agrava as dificuldades.
Não cultive ressentimentos.
Melindrar-se é um modo de perder as melhores situações.
Não se aborreça, coopere.
Quem vive de se ferir, acaba na condição de espinheiro.
André Luiz
 
 
 Francisco Cândido Xavier
Sinal Verde

terça-feira, 22 de agosto de 2017


O Evangelho no Coração

 

 

Quando o Evangelho vive somente em nossa cabeça, sofremos o perigo de queda nas discussões infindáveis, porque a intemperança mental e a vaidade sempre fazem a boa vizinhança.

Quando se localiza, exclusivamente, em nossos olhos, é provável desçamos da luminosa posição de companheiros para a condição de inquisidores e fiscais dos nossos melhores amigos, porquanto, é sempre mais fácil descobrir os erros alheios que surpreender os nossos.

Quando jaz situado simplesmente em nossos ouvidos, somos suscetíveis de perder valiosas sementeiras de fraternidade, de vez que a nossa vigilância imperfeita, sem qualquer dificuldade, se converte em suspeita.

Quando palpita, entretanto, em nosso coração, o Evangelho renova-nos a vida. Brilha dentro de nós, por abençoada estrela de compreensão e misericórdia.

Seus raios divinos apagam a malícia em nosso olhar, santificando-nos a audição e sublimando-nos os impulsos, intenções e motivos; elevam nossos sentimentos para o Céu, projetando-os simultaneamente na Terra, através de nossos braços, em obras genuínas de amor, fraternidade e sabedoria.

Quando encontrarmos o discípulo do Senhor, sem oportunidades de fixar as cicatrizes e defeitos do próximo, sem horas para guardar os tóxicos da maledicência e sem ocasião para salientar os males dos outros mantendo-se tranqüilamente no santo serviço da caridade e da luz, a bem de todos, estejamos convencidos de que esse companheiro terá colocado o Testamento Redentor, no imo do peito, vivendo entre os necessitados e sofredores do caminho terrestre, na condição de abençoada lâmpada acesa que sombra alguma alcançara.

 

Simplifiquemos...

 

Há ricos de ouro tão inutilmente preocupados com os patrimônios que lhes não pertencem, como há pobres flagelados sem proveito pela obsessão da necessidade.

 

PERANTE JESUS

 

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

EMMANUEL

segunda-feira, 21 de agosto de 2017


VERDADES DA VIDA

 

Chiquito de Moraes

 

Mede a coragem que tens

Quando a tormenta sibila.

Todos somos bons pilotos

Quando a corrente é tranquila.

 

Fraquezas de irmãos caídos...

Não te dês a criticar.

Recorda: Um de teus pés

Um dia pode falhar.

 

Ao companheiro com fome

Não agridas com sermão.

Atende à sabedoria:

Primeiro lhe dê o pão.

 

Ascensão pede trabalho...

Serve, porfia, não temas.

Um problema resolvido

Encaixa novos problemas.

 

Agradece os teus empeços

À Providência Divina.

A escola somente apura

Aquilo que a vida ensina.

 

 UNIÃO EM JESUS

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
ESPÍRITOS DIVERSOS

domingo, 20 de agosto de 2017


Em viagem

 

Distribuir, por onde viajar, exortações de alegria e esperança, com quantos lhe partilhem o itinerário.

O verdadeiro Espírita jamais perde oportunidade de fazer o bem.

Tratar generosamente os companheiros do caminho.

A qualidade da fé que alimentamos transparece de toda ação.

Ceder, dentro das possibilidades naturais, as melhores posições nas viaturas aos companheiros mais necessitados.

Um gesto simples define uma causa.

Sem esquecer os próprios objetivos, prever com estudo judicioso e minudente os percalços e as metas da viagem.

A previdência exprime vigilância.

Nas aproximações afetivas, comuns àqueles que viajam, fixar demonstrações de otimismo para que a tristeza não prejudique a obra da confiança.

O otimismo gera paz e simpatia.

Na atenção devida aos companheiros, cuidar com estima e apreço de todas as encomendas, recados e notícias de que seja portador.

O intercâmbio amigo destrói o insulamento.

Não se esquecer do respeito, da gentileza e da cordialidade com que se devem tratar indistintamente funcionários e servidores em veículos, hotéis, repartições e lugares públicos.

Aquele que anda, imprime sinais por onde passa.

 

“Andai como filhos da luz”. — Paulo. (EFÉSIOS, 5:8.)

André Luiz, do livro Conduta Espírita.