quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Disciplina

... a obra prossegue, com o Amparo Divino.
Nem desânimo, nem pressa.

Equilíbrio.

... um servidor, na máquina do trabalho que lhe compete, pode esperar a ordem do Senhor e tantas são as nossas responsabilidades que é aconselhável não pedir e nem rejeitar as providências que aguardamos para que as nossas atividades se façam mais amplas na seara espiritual.



Bezerra de Menezes
Do livro: Bezerra, Chico e Você, Médium: Francisco Cândido Xavier


quarta-feira, 30 de janeiro de 2013


Quando




...Quando a lágrimas sufocarem-lhe o peito até o desalento, leia O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO que, em suas páginas de luz, você vai encontrar consolo para suas lutas.

Quando você encontrar dificuldades para empreender sua reforma íntima e lhe faltar diretriz para sua vida, leia O LIVRO DOS ESPÍRITOS, que nele você vai encontrar a rota certa e oportuna em suas mil e dezenove perguntas e respostas... É um grande tratado filosófico para a reforma da humanidade.


Quando você estiver triste e não compreender a morte de um ente querido, ou na aceitar a partida de alguém para o mundo espiritual, leia o livro O CÉU E O INFERNO, que, desse compêndio de esperança, você vai receber ampara pelas mensagens, ali contidas, dos Espíritos que já retornaram ao mundo espiritual e deram depoimentos na Sociedade Espírita de Paris, para o insigne codificador Allan Kardec, deixando o próprio testemunho da sua condição de felizes ou infelizes, conforme viveram na Terra.


Quando você tiver dúvidas sobre a criação do mundo, sobre os milagres de Jesus, leia A GÊNESE, que em suas páginas benditas, você encontrará um Deus justo e bom, que não se derroga as leis que Ele mesmo criou, que não faz milagres, antes sim é Imutável e está presente na natureza.


Quando você sentir algum pensamento desajustado, daquele que chegam até a assustar, e você chega a ter dúvidas de ser esse pensamento seu mesmo..., leia o maior tratado sobre paranormalidades que o homem já recebeu: O LIVRO DOS MÉDIUNS, que você vai compreender que vivemos mergulhados em mar de vibrações e ondas mentais e acabamos caminhando com as mentes que se nos afinam.



* O Centro Espírita é um pronto-socorro espiritual é uma escola da alma. A Doutrina Espírita veio para educar almas e não para remendar corpos.



Batuira



terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Perante a Desencarnação



Resignar-se ante a desencarnação inesperada do parente ou do amigo, vendo nisso a manifestação da Sábia Vontade que nos comanda os destinos.



Maior resignação, maior prova de confiança e entendimento.



Dispensar aparatos, pompas e encenações nos funerais de pessoas pelas quais se responsabilize, abolir o uso de velas e coroas, crepes e imagens, e conferir ao cadáver o tempo preciso de preparação para o enterramento ou a cremação.



Nem todo Espírito se desliga prontamente do corpo.



Emitir para os companheiros desencarnados, sem exceção, pensamentos de respeito, paz e carinho, seja qual for a sua condição.

A caridade é dever para todo clima.



Proceder corretamente nos velórios, calando anedotário e galhofa em torno da pessoa desencarnada, tanto quanto cochichos impróprios ao pé do corpo inerte.



O companheiro recém-desencarnado pede, sem palavras, a caridade da prece ou do silêncio que o ajudem a refazer-se.



Desterrar de si quaisquer conversações ociosas, tratos comerciais ou comentários impróprios nos enterros a que comparecer.

A solenidade mortuária é ato de respeito e dignidade humana.



Transformar o culto da saudade, comumente expresso no oferecimento de coroas e flores, em donativos às instituições assistenciais, sem espírito sectário, fazendo o mesmo nas comemorações e homenagens a desencarnados, sejam elas pessoais ou gerais.



A saudade somente constrói quando associada ao labor do bem.



Ajuizar detidamente as questões referentes a testamentos, resoluções e votos, antes da desencarnação, para não experimentar choques prováveis, ante inesperadas incompreensões de parentes e companheiros.



O corpo que morre não se refaz.



Aproveitar a oportunidade do sepultamento para orar, ou discorrer sem afetação, quando chamado a isso, sobre a imortalidade da alma e sobre o valor da existência humana.



A morte exprime realidade quase totalmente incompreendida na Terra.



“Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte.” — Jesus. (JOÃO, 8:51.)



André Luiz


segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Deus é Amor



Efetivamente, podes mobilizar as palavras que desejes, sacando-as, indiscriminadamente, da terminologia criada pelos homens, entretanto, em favor da própria felicidade, escolhe para teu uso pessoal, no cotidiano, aquelas que se fazem aceitáveis perante Deus.



Fácil a seleção.



Deus é Luz.


Não enfatizemos a força das trevas, empregando frases que lhes salientem o jogo infeliz, e sim encareceremos o valor da educação que acabará por dissolver todas as cristalizações de sombras, nos domínios da ignorância.



Deus é Harmonia.


Abster-nos-emos de exaltar a discórdia, fugindo de exteriorizar recursos verbais que operem desequilíbrio e separação entre os companheiros da Humanidade, e, sem deixarmos de cultivadores da verdade, trabalharemos, quanto nos seja possível, na preservação da própria paz, no campo de relações uns com os outros.



Deus é Bondade.


Compreenderemos que a justiça é benemerência da vida, no entanto, reconheceremos que a justiça não atua sem misericórdia em nome da Providência Divina, e, por isso mesmo, faremos do entendimento e da compaixão nosso ambiente de cada dia.



Deus é Perdão.


Evitaremos condenar seja a quem for e, consequentemente, não nos valeremos do dicionário para engenhar mecanismos de censura ou sarcasmo e, sim, ao invés disso, articularemos imagens de fraternidade e de bênção em auxílio ao próximo, não apenas porque sejamos ainda suscetíveis ao erro, mas também porque a Sabedoria do Senhor nos transforma todos os males em valores de experiência.



Seja qual a forma pela qual se te apresentem as dificuldades do cotidiano, pensa no bem e faze o bem, esquecendo o mal, porque Deus é amor e em tudo quanto dissermos ou fizermos contra o amor, tentando subverter as leis do Universo e da Vida Deus, através do tempo, dar-nos-á formal desmentido.



Batuira

Do livro: Mais Luz, Médium: Francisco Cândido Xavier


domingo, 27 de janeiro de 2013


Espiritismo Praticado

Irmãos, recordando Allan Kardec, na prática espiritista, lembremo-nos de que, no Espiritismo praticado, é necessário:

Colocar os interesses divinos acima dos caprichos humanos.
Negar-se a si mesmo, tomar a cruz da elevação e seguir com o Senhor.
Reformar-se em Cristo, antes de reclamar a reforma dos outros.
Exemplificar o bem, antes de ensiná-lo.
Servir sem propósitos de recompensa.
Consolar, antes de procurar consolações.
Amar sem exigências.
Usar os bens do Pai, sem os desvarios da posse.
Compreender, antes de reclamar compreensão alheia.
Agradecer, antes de pedir.
Confiar sem angústias.
Cumprir todos os deveres da cooperação, sem as trevas da incompreensão e da queixa.
JESUS É CAMINHO, VERDADE E VIDA.
Kardec é Trabalho, Solidariedade e Tolerância.
O Caminho da realização não dispensa o trabalho.

O templo da Verdade não exclui a solidariedade legítima.

A Vida eterna pede a luz da tolerância construtiva.

O Espiritismo em seu tríplice aspecto, científico, filosófico, religioso, é movimento libertador das consciências, mas só o Espiritismo praticado liberta a consciência de cada um.

Lembrando o grande Missionário, não vos esqueçais de que o Espiritismo prático pode ser o Espiritismo do eu e que só o Espiritismo praticado é o Espiritismo de Deus.
Emmanuel
Referência
 
Do livro: Nosso Livro, Médium: Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos

sábado, 26 de janeiro de 2013

SÍMBOLOS NAS PALAVRAS

Em nos reportando à indulgência, recorde-se que o verbo pode ser definido em variadas comparações.

A palavra de bondade é uma semente de simpatia.

A frase de acusação é um golpe agravando a ferida que nos propomos curar.

O conceito otimista é luz no caminho.

O grito de cólera é curto-circuito na sistemática das forças em que venha a surgir.

O diálogo construtivo é terapêutica restauradora.

O comentário deprimente é pasto da obsessão.

A nota de esperança é porta de paz.

O conceito pessimista é nuvem enregelante.

A frase calmante é ingrediente de paz.

O verbo agressivo é indução à doença.

Conversando podemos criar saúde ou enfermidade, levantar ou abater, recuperar ou ferir.

A nossa palavra enfim pode ser uma pancada ou uma bênção.

E o uso dessa força que equilibra ou desequilibra, obscurece ou ilumina, ergue ou abate está em nós.



André Luiz


Do livro BUSCAS E ACHARÁS
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Caridade Entre Nós

A Doutrina Espírita no amparo do Cristo de Deus é o campo de serviço, a que somos chamados para agir em Seu Nome.

 


Compreendemos que todos comparecemos ao engajamento, tais quais somos e como estamos: - em dívida ou em luta, carregando o fardo de nossas imperfeições e conflitos.

 


E, unicamente trabalhando, encontraremos o desgaste das
forças que nos compete alijar de modo a servir com segurança. 


Por isto mesmo, não nos esqueçamos:



Se a dificuldade aparece, sejamos o ponto que favoreça a supressão dos obstáculos, sem agravá-los;



Se a discórdia nos impele a tumulto, recorramos à paz sem menosprezo da verdade, colacando a verdade em amor, a fim de que o amor nos reúna acima de quaisquer circunstancias, procurando os objetivos que nos cabe atingir;

 



Se a sombra nos envolve, acendamos a luz da oração, por dentro de nós, com a certeza de que se a prece nem sempre modifica o ambiente externo de nossas realizações, sempre nos rearmonizará no íntimo da alma, induzindo-nos a ver com clareza e entendimento as questões do caminho;

 



Se a provação nos visita, usemos a paciência que o conhecimento da realidade nos infunde, reconhecendo que não bastará medir o sofrimento para extinguí-lo e sim trabalhar incessantemente no auxílio aos outros, porque através dos outros, o Senhor nos estenderá o socorro necessário;

 



Se incompreensões nos examinam a capacidade de amar, convertamos-nos em companheiros mais dedicados ao bem daqueles irmãos que, por ventura, se nos façam instrumentos de melhoria espiritual;

 
 



Se a crítica surge à frente, busquemos anatomizá-lo, a fim de assimilar-lhe as lições justas, desfazendo enganos ou refazendo tarefas, sinceramente dispostos a contribuir no sustento da harmonia geral;

 



Se recursos escasseiam a hora em nossas mãos, doemos um tanto mais de nós mesmos, em serviço e compreensão, no socorro às necessidades alheias, convencidos de que pelo idioma inarticulado do dever cumprido, Deus suscitará novos cooperadores e companheiros que nos reforçarão as possibilidades nas tarefas que nos reclamam presença e atividade, no dia a dia;

 



Se óbices, reparações, desuniões, fracassos, sofrimentos, desistências, desafios, lágrimas, deserções, conflitos e tribulações, sejam quais sejam, aparecerem juntos de nós, que a luz de nossa fé se transforme em nós no recurso preciso a fim de que os esquemas do Cristo se façam realizados por nós, com o esquecimento de nós mesmos.

 



Nesse caminho da caridade, devemos seguir todos, porque se fora dela não há recuperação para ninguém, fora do serviço que a expressa nenhum de nossos problemas encontrará solução.

 


Bezerra de Menezes



quinta-feira, 24 de janeiro de 2013


Não Fuja do Dever

Todo ser humano enfrenta períodos difíceis em sua vida.

Há momentos em que a esperança parece desaparecer no horizonte.

Nessas oportunidades, todos os sonhos e planos periclitam. 


A
harmonia familiar, tão cuidadosamente construída, sucumbe a brigas.

A carreira, tratada com o máx
imo carinho, passa a ser motivo de tormento.

A saúde, habitualmente vigorosa, torna-se frágil e vacilante.

Amigos de longa data se afastam por conta de desentendimentos fortuitos.

Muitas vezes é possível identificar uma falha no próprio
comportamento que desencadeou a catástrofe.

Uma
leviandade, uma palavra mal posta, falta de dedicação ou de carinho podem ter levado à desarmonia.

Nesses casos, torna-se e
vidente o que deve ser corrigido, a fim de evitar novas crises.

Mas às vezes não há
causa visível para uma tragédia que se abate.

É o trabalha
dor dedicado e honesto que se torna desempregado.

O marido fiel e atencioso traído pela esposa.

O filho amado e cercado de
atenção que sucumbe às drogas e causa infinitas aflições aos pais.

A amizade antiga que termina por conta de fofocas.

Em outras oportunidades, a vida parece exigir uma quota muito grande de
esforços.

A doença de um familiar consome vastos recursos financeiros.

Além disso, o doente exige
atenção e cuidados constantes.

A manutenção de um negócio torna-se árdua e pouco rentável.

O patrão revela-se exigente e avaro.

Trabalhar converte-se em uma penitência.

A união da família só se mantém a custo de inauditos
esforços.

Entre incompreensões e dificuldades, a tarefa parece hercúlea.

Muitas vezes, há uma saída fácil.

Em outras, isso não ocorre.

Perante um familiar doente, um filho drogado, o único empr
ego disponível que se torna árduo, o que fazer?

Em tais situações, tem-se um regime severo imposto pela vida.

Se não há
causas identificáveis na presente existência, elas se encontram no passado.

O
destino das criaturas não é regido pelo acaso.

Em face de situações inelutáveis e graves, não se sinta uma vítima.

Pense que você está tendo oportunidade de redimir-se perante sua própria cons
ciência.

O sacrifício atual representa a liberação de uma antiga dívida.

O familiar que reclama
atenção e cuidados pode ter sido outrora levado por você ao vício e à degradação.

Ajudá-lo hoje não representa um favor, mas a reparação de um erro.

Talvez o chefe
insensato tenha sido um explorado servo seu no pretérito.

Se ele não teve a
força necessária para superar o episódio, cabe a você entendê-lo e desculpá-lo.

Os recursos financeiros que hoje lhe faltam devem ter sido esbanjados outrora.

Seja digno em face das dificuldades que a vida lhe apresenta.

Elas correspondem às suas exatas necessidades de aprendizado e reparação.

Não pense em abandonar o barco, em fugir do dever.

As
leis divinas não podem ser burladas.

Elas sempre dão o
justo retorno ao mérito e aos equívocos.

Se alguém o trair ou prejudicar, perdoe.

Aja com grandeza e feche o ciclo da
dor.

Aprenda a viver e a servir com
alegria, mesmo por entre dificuldades.

Para seguir adiante é preciso acertar-se com o passado.


Referência

Texto extraido do site http://www.momento.com.br

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

História de Amor

Certa mulher sofrida no trabalho
E que agia tão-só na prática do bem,
Teve, um dia, saudade de Jesus
E passou a viver concentrada no Além.
Muito tempo, lutara dia-a-dia,
Vencendo sombra, empeço, tentação,
Servira a muita gente, mas supunha
Que todo o longo esforço houvera sido vão.
Trazia os pés feridos, indagando
Se a Terra não seria estranho espinheiral,
Conquanto a fé a acalentasse o peito,
Declarava temer a vitória do mal.

Suportara, sem mágoa, ingratidões e golpes,
Entretanto, cansara-se, por fim,
Queria agora a paz do Lar Celeste,
Sonhava entrar em fulgido jardim ...
Desejava esquecer a tristeza e a fadiga,
A poeira do mundo e a cinza do pesar,
Suplicava a Jesus lhe concedesse,
O caminho do Além e o dom de descansar.
Jesus, porém, um dia, veio e disse: –
"Enquanto houver na Terra algum sinal de dor,
Estarei, entre os homens, trabalhando
Para a Bênção de Deus, em tarefas de amor.

Mas se queres partir, segue adiante,
Busca os sóis da Divina Primavera,
Construíste, lutaste, padeceste,
Conquistaste o repouso, a Paz te espera."
Mas aquela que ouvira o Cristo Amado,
Não mais pensou no Céu, nem no Porvir,
E, se seguindo a Jesus, achou na própria Terra
A alegria de amar e o prazer de servir.


Maria Dolores

Do livro: Recanto de Paz, Médium: Francisco Cândido Xavier


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Recado da Vida

Se o presente é rude e amargo,
com nublados horizontes,
coração não se amedrontes
nas sombras de algum lugar...
sigamos buscando a frente,
na direção do porvir,
a paz reclama servir,
progresso pede marchar.

Olha o quadro que te cerca,
do átomo aos oceanos,
do verme aos seres humanos,
a confiança é valor;
o sol se apóia no espaço,
criando jardins fecundos
que o tempo transforma em mundos
de evolução e de amor.

A semente entregue ao solo
germina e cresce sem medo,
faz-se depois arvoredo,
depois, é verde mansão;
suporta vento e aguaceiro
cada flor que desabrocha,
confia-se o vale à rocha,
o rio tem fé no chão.

Assim também, os espinhos
da provação que te alcança,
são faixas de segurança
de invisíveis cireneus;
cumpre o dever que te cabe,
trabalha, serve e porfia,
tens a fé por luz e guia
da Terra aos braços de Deus.


Maria Dolores

Do livro: Seara de Fé, Médium: Francisco Cândido Xavier


segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Parentes


"Mas se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel." - Paulo. (I TIMÓTEO, 5:8.)





A casualidade não se encontra nos laços da parentela.



Princípios sutis da Lei funcionam nas ligações consangüíneas.



Impelidos pelas causas do passado e reunir-nos no presente, é indispensável pagar com alegria os débitos que nos imanam a alguns corações, a fim de que venhamos a solver nossas dívidas para com a Humanidade.



Inútil é a fuga dos credores que respiram conosco sob o mesmo teto, porque o tempo nos aguardará implacável, constrangendo-nos à liquidação de todos os compromissos.



Temos companheiros de voz adocicada e edificante na propaganda salvacionista, que se fazem verdadeiros trovões de intolerância na atmosfera caseira, acumulando energias desequilibradas em torno das próprias tarefas.



Sem dúvida, a equipe familiar no mundo nem sempre é um jardim de flores. Por vezes, é um espinheiro de preocupações e de angústias, reclamando-nos sacrifício. Contudo, embora necessitemos de firmeza nas atitudes para temperar a afetividade que nos é própria, jamais conseguiremos sanar as feridas do nosso ambiente particular com o chicote da violência ou com o emplastro do desleixo.



Consoante a advertência do Apóstolo, se nos falha o cuidado para com a própria família, estaremos negando a fé.



Os parentes são obras de amor que o Pai Compassivo nos deu a realizar. Ajudemo-los, através da cooperação e do carinho, atendendo aos desígnios da verdadeira fraternidade. Somente adestrando paciência e compreensão, tolerância e bondade, na praia estreita do lar, é que nos habilitaremos a servir com vitória, no mar alto das grandes experiências.

Emmanuel



sábado, 19 de janeiro de 2013

Deus Te Vê

Deus te vê, alma querida,
Quando te pões na trilha escura,
Para ajudar aos filhos da amargura
Que tanta vez se vão
Como sombras errantes no caminho
— Chagas pensantes ao relento —,
Entre as nuvens do Pó e as pancadas do Vento,
Com saudades do Pão...

Deus te vê a mensagem de bondade
Com que suprimes ou reduzes
As provações, as lágrimas e as cruzes
Dos que vagam na rua sem ninguém,
E te agradece as posses que desprendes,
No auxílio ao companheiro em desamparo,
Seja um tesouro inesperado e raro,
Seja um simples vintém!...

Deus te vê quando estendes braço amigo
Aos que carregam lenhos de tristeza,
Doando-lhes o afeto, o abrigo, a mesa,
O remédio, a camisa, o cobertor...
E, por altos recursos sem que o saibas,
Manda que a Lei te aumente os dons divinos,
Em mais belos destinos,
Para a glória do amor.

Deus te vê na palavra com que ensinas
A senda clara e boa
Da verdade que alenta e que abençoa
Sem perturbar e sem ferir...
E determina aos homens que teu verbo
Seja apoiado, aceito
E ouvido com respeito,
Na construção excelsa do porvir.

Deus te vê quando acolhes sem revide
O golpe da pedrada que te insulta,
O braseiro da ofensa, a dor oculta
Em ferida mortal...
E te louva o perdão espontâneo e sincero
Com que ajudas o Céu no trabalho fecundo
De extinguir sem alarde, entre as sombras do mundo,
A presença do mal!...

Deus te vê, através da caridade!...
Mas não só isso... Em paz calada e santa,
Pede alguém que te siga e te garanta
Na jornada de luz!...
E, por isso, onde estás, rujam trevas em torno,
Sofras humilhação, injúria, cativeiro,
Tens contigo um sublime companheiro:
— Nosso Amado Jesus!...


Maria Dolores
Do livro: Antologia da Espiritualidade, Médium: Francisco Cândido Xavier


sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Acréscimo do Novo

"Aquele que não receber o Reino de Deus como uma criança não entrará nele"


Na infância corporal, encontra-se o Espírito vulnerável à influenciação, apassivado a novidades. Para a criança, o novo é o seu objetivo, a sua busca incessante, a sua razão de ser.
Por isso, em sua simplicidade, desatando os preconceitos, o infante é um ser em transformação evidente, em renascer constante para a vida.

À idade adulta, envolve-se o indivíduo em conceituações e formas, posicionamentos e posturas, que, se na aparência, conferem-lhe estabilidade, na verdade impossibilita-o de avançar passos mais decisivos em direção ao futuro, ao se deixar entorpecer pela materialidade.

As grandes mudanças, para se processarem, não prescindem da preparação e do amadurecimento, porém freqüentemente estão vinculadas ao que o homem considera como verdadeiras catástrofes e explosões, que o induzem a desnudar-se da capa da "estabilidade" ostentada na carne em favor da
transcendência. Vê-se, a exemplo disso, o chamamento de Saulo de Tarso, na Estrada de Damasco dar-se com tamanha veemência, a ponto de torná-lo cego da vista física, ele que teimosamente fazia-se cego do espírito, aprisionado na forma e na exterioridade rabínica, enfatuado no conhecimento farisaico, arrogante na sua posição perante a sociedade de então.
Surge daí o "homem novo" asfixiando o "homem velho", não para destruí-lo por completo nadificando-o, posto necessário o seu arcabouço de experiências acumuladas, mas para remoça-lo, fazê-lo renascer do espírito.

O "homem novo" é, pois, basicamente o "homem velho" renascido.
O misoneísmo que vos escraviza e afoga no passado é, decerto, bem compreensível diante do já constituído. Mas será que já dispusestes do último tijolo da edificação que promoveis em vosso interior? A última palavra já foi dada por vós em matéria de evolução?...

Não repilais as novas idéias que parecem contrastar com as que acalentais em vosso coração! Antes, procurai entende-las e compara-las judiciosamente ao que dispondes no hoje, somando-as ao vosso acervo evolutivo.

Não desprezeis o futuro que vos conclama a luta na feição de novas idéias! O Cristianismo é a idéia nova, novíssima, por vir sendo bem pouco praticado em sua essência, confundido que foi com as manifestações orgulhosas do preferencialismo dos "escolhidos".
O Espiritismo é, por sua vez, essa nova idéia que ressurge límpida, deslindada das impurezas e nódoas que lhe foram assentadas pela incúria humana.

Cabe a vós não retardar o progresso do Ensino Cristão nos corações e nas consciências, pelo receio de renovação e de amar. Erguei bem alto a luminosa bússola do "amai-vos uns aos outros". Fazei-vos quais crianças sonhadoras, confiantes e esperançosas de um novo amanhã, de um mundo
melhor. Abri um sorriso de serenidade ao Cristo que vos chama e vos indica o luminoso, conquanto ainda espinhoso, roteiro da felicidade.

Sede simples e humildes como a criança e estareis edificando, célere, o Reino Deus em vós mesmos.

Irmão Saulo
Sobre o Autor
Pseudônimo utilizado por José Herculano Pires.
 

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

História Ligeira



O candidato ao ministério cristão penetrou o templo do serviço e proclamou-se transformado.



Na primeira semana, afirmou-se favorecido pela divina luz e, depois de solene profissão de fé, assinalou fronteiras entre ele e o pecado, entre a sua perfeição e o mundo envilecido.
Na segunda semana, discursou, ardentemente, conclamando o povo à salvação com o Cristo.



Na terceira, traçou programas e promessas, na esfera da beneficência, mostrando-se inclinado a socorrer infelizes, curar os doentes e asilar criancinhas abandonadas.



Na quarta, declarou-se vítima da incompreensão e da discórdia, entre pesadas nuvens de tristeza e insubmissão.



Na quinta, apareceu cansado e desiludido, indicando os males do mundo e os defeitos dos irmãos.



Na sexta, rogou ao Senhor licença para descansar.



Na sétima, deitou-se e dormiu por duzentos anos.



Nesse candidato às bênçãos do Evangelho, temos a história de milhões.

“MUITOS OS CHAMADOS, POUCOS OS ESCOLHIDOS”.
Oportunidades para todos e serviço de raros.



Em verdade, o Divino Amigo continua curando, levantando, consolando, reanimando e convidando almas para o banquete do Reino de Deus, mas os seguidores e discípulos começam a tarefa no calor fervente do entusiasmo, elevado à tensão mais alta. Pronunciam votos comovedores, gesticulam e ensinam, entretanto, em poucos dias, antes mesmo de marcharem dez passos, na senda da elevação, reclamam férias espirituais para o repouso de vários séculos.



André Luiz


quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Vida Transitória



Tendo em vista a transitoriedade do corpo e a inevitabilidade da morte, vive, de maneira que possas partir, da Terra, livre e feliz.



O fenômeno
biológico pode interromper-se subitamente, não te permitindo tempo para qualquer preparação.



Conduze-te de forma que, seja qual for o momento em que sejas convidado ao retorno, possas seguir sem amarras ou aflições desconcertantes.

Organiza bem os teus labores e compromissos, a fim de que outros possam levá-los adiante com tranquilidade.

 



Regulariza as tuas atividades, liberando-te de temores ou remorsos futuros desnecessários. Enriquece-te com os tesouros do amor, enquanto podes, a fim de que disponhas de recursos para a viagem inevitável.

 



Há pessoas, que vivem no corpo, totalmente esquecidas da sua fragilidade como da sua breve duração.

 



Programam compromissos a distância, no tempo, distraídas da compulsoriedade da morte.

 



Parecem

crer que o passeio orgânico é conquista que não se interromperá, demorando-se no cultivo das fantasias e ilusões que um dia as abandonarão em doloroso estado de desencanto. Outras existem, assinaladas por sofrimentos cessar, deixando-se dominar pela revolta e pela amargura, esquecidas de que, em breve, estarão liberadas.



Nada na Terra, é definitivo, mesmo no campo físico das aglutinações moleculares, já que todos os

fenômenos aí se dão mediante sucessivas transformações.



No que diz respeito aos valores morais espirituais, a experiência corporal tem, por finalidade precípua, desenvolvê-los e ampliá-los, para a glória de cada ser.



Age com serenidade, buscando sempre solucionar os problemas e desafios com saldo positivo de paz.



Evita as

atitudes ostensivas e os comportamentos prepotentes, que ferem sem ajudar, deixando mágoas e aborrecimentos.



Usa o tempo com

propriedade, bem dividindo as horas, sem que te esqueças dos deveres de relevo na órbita espiritual.



Se queres, sempre podes produzir no bem.

 



Não te poupes, portanto, na ação da solidariedade, do esclarecimento, do amor.

 



Vida sem

bondade, é como parasita explorador e pernicioso. Usa os dons íntimos, que te jazem latentes, e amplia-os em favor do progresso de todos.



Tua vida é exemplo para outras vidas.



Torna-a uma claridade no caminho daqueles que te seguem.



Ninguém passa incólume, insensível à presença de outrem. Deixa, em quem se acerque de ti, sinais de paz e de ternura, de amizade e de gratidão.



O tempo transcorrerá, inevitavelmente, de qualquer maneira.



Usa-o na construção da tua e da felicidade alheia.



Se dispuseres de oportunidade para aguardar a

morte, faze-te exemplo de ânimo para aqueles que a temem ou a detestam, também encorajando os fracos e tímidos.



Se, entretanto, ela te chegar de improviso, recebe-a tranqüilamente, e segue, porque após a tua partida, com os t

eus exemplos bons, deixarás pegadas luminosas, como significando que por ali passou um coração afável que soube viver para a verdade e o amor.



Joanna de Ângelis


Fonte: Caminhos de Luz