quinta-feira, 30 de abril de 2015


Ao Amanhecer

Dia novo, oportunidade renovada.

Cada amanhecer representa divina concessão, que não podes nem deves desconsiderar.

Mantém, portanto atitudes positiva em relação aos acontecimentos que devem ser enfrentados; otimismo diante das ocorrências que surgirão coragem nos confrontos das lutas naturais; recomeço de tarefa interrompida; ocasião de realizar o programa planejado.

Cada amanhecer é convite sereno à conquista de valores que pa
recem inalcançáveis.

À medida que o dia avança, aproveita os minutos, sem pressa nem postergação do dever.

Não te aflijas ante o volume de coisas e problemas que tens pela frente.

Dirige cada ação à finalidade específica.

Após concluir um serviço, inicia outro e, sem mágoa dos acontecimentos desagradáveis, volve à liça com disposição, avançando passo a passo até o momento de conclusão dos deveres planejados.

Não tragas do dia precedente o resumo das desditas e dos aborrecimentos.

Amanhecendo, começa o teu dia com alegria renovada e sem passado negativo, enriquecido pelas experiências que te constituirão recurso valioso para a vitória que buscas.

Joanna de Ângelis

quarta-feira, 29 de abril de 2015


Desculpar

Procura motivos para desculpar tantos quantos te possam ter ofendido dessa ou daquela forma, com ou sem motivos aparentes, direta ou indiretamente, para que a vitória da paz, e a implantação da harmonia, em torno de teus passos não se demore a estabelecer.


É, certo que, o mal que te possam ter causado sem que “nada tenhas feito por merecer”, estará sendo apreciado cedo ou tarde pelo Tribunal da Justiça Divina, e que, em sendo assim, terás por certo teus direitos reconhecidos e, por conseguinte, quem te houver causado prejuízos de qualquer ordem, arcará, inevitavelmente, com as consequências dos atos e ações, indevidamente relacionadas com teu nome.


Mas, como indíviduo encarnado num planeta de provas e expiações, bem distante da pureza espiritual, como nos informam os Espíritos Superiores, é prudente e até mesmo inteligente, procurar desculpar e esquecer o quanto já te mostres capaz, as possíveis falhas do teu semelhante em relação a ti, pois, do mesmo modo que te utilizar para julgar as palavras, atos e ações de teus irmãos, serás também, medido e pesado, pela Justiça Maior, com os respectivos instrumentos de que tenhas te servido, para que também tu, prestes contas dos teus desatinos frente à contabilidade Celeste.


Procura entender, que nem todos os que nos ofendem ou caluniam, o fazem por maldade, e sim por pura ignorância e, até, por motivos de infortúnio e desespero, a quem precisamos dar nossa cota de contribuição e empenho no socorro que devemos ofertar aos necessitados que nos pedem ajuda e compreensão no dia a dia de nossas vidas, concedendo-nos excelentes oportunidades de desenvolver em nós as virtudes divinas do amor no exercício da verdadeira caridade.


Quem, de nós, em sã consciência, poderá medir ou, sequer avaliar, a extensão das trevas nas mãos que se envolveram em crimes? Quem, de nós, seres humanos estará suficientemente capacitado a tudo, para distinguir toda a extensão da dore da necessidade que provoca em alguém o desespero e a revolta?


Acautela-te, portanto, ante todo aquele que te possa trazer dissabores ou prejuízos, buscando na oração o combustível da fé e da esperança, desculpando infinitamente a todos, deixando a cargo da Soberana Justiça do Universo o julgamento final e inequívoco, em benefício de todos, e, que em relação a ti, possa garantir paz e tranqüilidade para que tua consciência se conserve harmonizada e em cumprimento das sábias e imutáveis Leis de Deus.

Josepha

terça-feira, 28 de abril de 2015


Variações de humor

 

 

Um dos sintomas da mediunidade que aflora e um dos percalços com que podem se deparar, mesmo os médiuns mais experimentados, é o das variações de humor.

Isto se explica: dentro da impressionabilidade dos médiuns, em geral, o campo das emoções é o mais sujeito a influências que lhe alterem os padrões. Ainda quando não seja possível transmissão de conteúdos, de pensamentos concatenados, nossas emoções podem ser influenciadas com muita facilidade, modificando o nosso estado geral.

Como, via de regra, entre os Espíritos perturbadores, o campo emocional é o mais comprometido, a simples proximidade, uma mínima assimilação dos fluídos emanados por estas criaturas pode afetar o médium de forma sutil ou mesmo fortemente.

Acresce o fato de que a maioria dos encarnados tem pouco conhecimento e domínio das próprias emoções, tornando-se incapazes de perceber-lhes as mudanças e atribuir-lhes as verdadeiras causas.

Por isso é imprescindível que os médiuns que desejem encarar com seriedade o compromisso mediúnico e habilitar-se ao serviço em reuniões de socorro ou instrução iniciem o quanto antes o exercício da auto-observação, da autoanálise, da percepção de seus padrões emocionais diários e daquilo que pode alterá-los, formando um conceito mais ou menos preciso das suas variações mais comuns. Mudanças de humor sem causa aparente (irritação, apatia, depressão, euforia) podem resultar da aproximação e sintonia com Espíritos diversos. 

Às vezes, pode ser simples atuação de criaturas que conosco simpatizam ou antipatizam. Outras vezes, sobretudo no dia ou na véspera da reunião mediúnica, pode ser uma providência dos Dirigentes Espirituais, que começam a trabalhar na ligação fluídica para facilitar o processo da comunicação, quando chegar a hora.

Em qualquer dos casos, é recomendável que o médium esteja ciente e aja de modo a cooperar, quando for o caso, mas sem desarmonizar-se consigo mesmo nem prejudicar-se nas suas ocupações normais.

Por Gilberto (Esp.)/Rita Foelker

segunda-feira, 27 de abril de 2015


Prece para Hoje
Senhor!... Enquanto o tempo se renova
Nos vastos horizontes deste dia,
Aspiro a ser, onde me colocares,
A lembrança de paz e alegria.

Ante a explosão de amor com que envolves o mundo,
Deixa que eu seja um raio de esperança
A todo coração desalentado
Que procura encontrar-te e ainda não te alcança.

Que eu tenha os próprios braços no socorro
À penúria de todos os matizes.
Entretanto, senhor, faze de mim também a palavra de fé
Levantando na estrada os tristes e infelizes.

Converte-me a visão em caridade,
Dá-me o dom de servir sem perguntar a quem,
Conserva-me na escola do dever,
Faze de minhas mãos artífices do bem.

Ampara-me, Senhor, para que me transforme;
Na seara da vida e seja com quem for,
Num singelo canteiro de trabalho
A bendizer-te a luz e a florir-se de amor!
Maria Dolores
Do livro: Mãos Marcadas, Médium: Francisco Cândido Xavier

domingo, 26 de abril de 2015


Existimos

Existem todas as criaturas saídas do Hálito Criador.
A pedra existe, a planta existe, o animal existe...
Existem almas nos passos diversos da evolução.
Em sentido espiritual, no entanto, viver é algo diferente de existir.
A vida é a experiência digna da imortalidade.
Há muita gente que se esfalta, perdendo saúde e possibilidades em movimento vazio, quando não se mergulha nas tramas do mal, entretecendo reencarnações dolorosas.
Há muita gente que destrói o próprio cérebro, escrevendo sem proveito, quando não expressa o pensamento para inspirar negação e crueldade, entrando em sofrimentos reparadores.
Há muita gente que aniquila as horas, falando a esmo, quando não se utiliza do verbo para ferir e enlouquecer os semelhantes, adquirindo débitos escabrosos.
Há muita gente que pede essa ou aquela concessão para frustra-la em atividades sem sentido, quando não a maneja em prejuízo dos outros, criando lágrimas que empregará longo tempo para enxugar.
Todos esses agentes da inutilidade e da delinquência existem como todos nós existimos.
Observa, assim, o que fazes.
O berço confere a existência, mas a vida é obra nossa.

Emmanuel

sábado, 25 de abril de 2015


O Futuro Genro

A notícia caíra com o fragor de um raio no espírito de João Pacheco.

Dissera-lhe alguém que Wilson Pedroso, o moço que lhe pedira a filha em casamento, fora visto, por duas vezes, nas ruas cariocas, abraçado à uma jovem pela qual parecia apaixonado.

Lembrava-se de que o rapaz era espírita e de muitos amigos ouvira observações desfavoráveis.

- “Espírita é livre pensador!” – Diziam alguns.

- “Espiritismo é religião diferente da nossa”. – repetiam outros.

Pacheco, tocado nos brios paternos, quis tirar tudo a limpo, antes que a filha se complicasse; por isso, imaginando possíveis discussões e reações, armou-se e desceu da cidade serrana em que moravam.

Chegou cedo à Capital e informado sobre o ponto e hora exata em que o futuro genro vinha sendo visto, permaneceu de tocaia.

No justo momento, Pedroso e a moça apareceram ao longe. Abraçado. Tão embevecidos que não conversavam.

Colado um ao outro, penetraram num grande edifício e Pacheco, furioso, acompanhou-os até o saguão e ficou esperando.

Depois de duas horas, que o pai exasperado passou a mentalizar imagens terríveis, o par abraçado surgiu de volta.

O rapaz instalou a companheira carinhosamente numa poltrona e saiu como se fosse pedir contas de alguma cousa.

Pacheco aproximou-se da jovem e dirigiu-lhe a palavra.

A desconhecida, entretanto, não respondeu.

O homem exasperou-se mais ainda. Sentia-se injuriado. Decerto, ela sabia quem ele era e insultava-o com desprezo.

E quando o moço regressou, pôs-se a gritar acusações amargas, apontando-lhe o revólver.

Contudo, logo após, profundamente desapontado, soube que Pedroso estava em companhia da própria irmã, cega e já bastante surda, que viera do interior para tratamento no Rio.

Hilário Silva

sexta-feira, 24 de abril de 2015


Dificuldades

É possível hajas despertado para a nova fé, sob enormes dificuldades.

Guardas, talvez, a impressão de quem se vê defrontado por asfixia num cipoal...

A primeira atitude, em favor da própria libertação – não te fixares nas crises e nos entraves e sim sair deles honrosamente pela aplicação ao trabalho nobilitante.

A Divina sabedoria nos confere o benefício da prova, para que venhamos a superá-la e assimilá-la, em forma de experiência, nunca no objetivo de confundir-nos ou arrojar-nos ao desalento.

Se te encontras doente, reflete na lição que te é concedida, valendo-te dela para edificar espiritualmente nos irmãos que te assistem e, sob a desculpa de que sofres mais que os outros ou de que tens pouco tempo de vida, não te demandes em excessos ou irritações.

Se te observas em pauperismo, não incrimines a ninguém pelo estado de carência que atravessas, nem te revoltes contra as vantagens que favorecem os outros, mas sim, ergue-te, em espírito, e, quanto possível, esforça-te para que a diligência no desempenho das próprias obrigações te faculte novas perspectivas de reabilitação e progresso.

Aceita o concurso alheio, que todos nós precisamos do entendimento e do amparo uns dos outros, no entanto, desenvolve os teus próprios recursos.

Não creias que possas desfruta, em caráter permanente, de benefícios que não plantaste.

A luz de um amigo clarear-te-á o caminho, por algum tempo, entretanto, se queres sobrepor-te definitivamente ao domínio da sombra, é forçoso possuas a tua própria lâmpada.

Obstáculos são desafios renovadores.

Ouvi-los e aproveitá-los é obrigação que a vida nos atribui.

Emmanuel

Do livro: No portal da Luz, Médium: Francisco Cândido Xavier

quinta-feira, 23 de abril de 2015


Erros do Amor

Antes os erros do amor que aparecem na vida,
Nunca ergas a voz.
Recorda, coração, se a pessoa acusada
Fosse qualquer de nós.

Quem poderá pesar as circunstâncias
De convivência, angústia e solidão!...
Quanta mudança chega de improviso
Por um “sim, por um não”!...

Entre afeto que sonha e dever que governa,
Quanto conflito surge e quanto anseio vêm!...
Quando a dor de ser só escurece o caminho
Ninguém pode prever as lágrimas de alguém...

Votos no esquecimento, afeições destruídas,
Ocultas aflições, desencantos fatais!...
Quanto chora quem sofre, ante golpe e abandono,
E quem bate ou despreza, às vezes, sofre mais.

Ante as faltas de amor, alma querida,
Não te dês à censura sempre vã,
Que o teu dia de amor incompreendido
Talvez chegue amanhã.

Problemas de quem ama, em luta e prova,
Sejam teus, sejam meus...
Quem os conhecerá, desde o princípio?...
Quem os verá?... Só Deus.

Maria Dolores                  

Do livro: Mãos Marcadas, Médium: Francisco Cândido Xavier

quarta-feira, 22 de abril de 2015


Confiança


Acima de tudo, confia em Deus.
Ele sabe do que mais careces.

Os pássaros encontram alimento no chão.
As plantas recebem água dos Céus.

Tens oxigênio puro, o calor do Sol
E a benção da fonte cristalina.

Teu corpo é máquina perfeita.
Tudo em ti funciona com espantosa precisão.

Confia em Deus que age em cessar
Para que sejas sempre mais feliz.

Ele que te deu a vida,
Não deixaria órfão de amparo.

Irmão José

terça-feira, 21 de abril de 2015


Inconveniências

Decerto que Jesus não reclamou prodígios dos seguidores.

Todos os ensinos do Mestre jazem resumidos no mandamento profundo: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.


Também a Doutrina Espírita, revivendo as lições do Senhor, não pede aos seus profitentes senão simplicidade e lealdade, serviço e amor na edificação do Reino de Deus.


Compreensível, no entanto, enumerar algumas inconveniências que o espírita, é exortado a evitar, para contribuir com eficiência na Causa do Senhor:


- isolar-se do mundo, sob a desculpa de não se contaminar com os vícios do mundo, quando se sabe claramente chamado em socorro dos homens, com a possibilidade e a obrigação de viver corretamente entre eles;

- manejar os créditos morais que desfrute para auferir vantagens terrestres;

- disputar honrarias;

- não cooperar e criticar quem trabalha;

- descurar-se do domínio de si mesmo;

- jamais desentender-se com aqueles que não lhe esposam as opiniões;

- condenar os outros porque não lhe seguem os princípios, ao invés de ajudar-lhes o entendimento com bondade e discrição;


- acreditar-se indene de erros; 


- trancar-se em si próprio, desconhecendo deliberadamente as provações dos semelhantes;


- afligir-se mais pelas próprias vantagens que pelos encargos de elevação e beneficência que as circunstâncias lhe atribuem;


- criar problemas e estimular a discórdia;


- lastimar-se por falatórios e irritar-se por bagatelas;


- desprezar os companheiros, ignorando-lhes os esforços;


- jamais reconsiderar atitudes, exclusivamente por questão de prestígio individual, sem respeitar os interesses de equipe.

A obra do bem exige se mostre tudo aquilo que devemos fazer, mas, igualmente, expõe tudo aquilo que não se deve fazer.

Emmanuel

Do livro: No portal da Luz, Médium: Francisco Cândido Xavier

segunda-feira, 20 de abril de 2015


Doações Mínimas
Não subestime as chamadas “pequenas doações”.

O prato frugal que você oferece ao necessitado será provavelmente o recurso de que precisa a fim de liberar-se dos últimos riscos da inanição.

A peça de vestuário que você entregou ao companheiro em penúria terá representado o apoio providencial com que se livrou de moléstia grave.

A reduzida poção de remédio que conseguiu você doar em favor de um doente foi talvez o socorro que o auxiliou a desviar-se do derradeiro corredor em que resvalaria para a morte.

A visita rápida que você levou ao enfermo pode ter sido o estímulo inesperado que o arrancou do desânimo para os primeiros passos, em demanda ao levantamento das próprias forças.

O bilhete ligeiro que você endereçou ao irmão em dificuldade, ofertando-lhe reconforto, possivelmente se transformou na âncora em que haverá retomado o acesso à esperança.

O minuto de tolerância com que você suportou a exigência de uma pessoa, em difícil conversação, haverá sido aquele que a ajudou a descompromissar-se com um encontro desgradável ou com determinado acidente.

Algumas poucas frases num diálogo construtivo serão o veículo pelo qual o seu interlocutor evitará render-se a idéias de suicídio ou delinquência.

Os seus instantes de silêncio caridoso, à frente desse ou daquele agressor, significarão o amparo de que não prescinde, a fim de aceitar a necessidade da própria renovação.

Não menospreze o valor das minidoações.

O seu concurso supostamente insignificante pode ser o ingrediente complementar que esteja faltando em valiosa peça de salvação.
André Luiz

domingo, 19 de abril de 2015


Ao Alcance de Todos
Simbolicamente, a paciência é um sedativo da melhor qualidade.

Usando-a, nessa condição, ei-la fazendo prodígios.

Antes de tudo, é vacina contra a irritação, acalmando-nos a vida íntima.

E surge a sequência de abençoadas derivações.

Resguardando-a conosco, os familiares encontram segurança e tranquilidade.

Os vizinhos permanecem isentos de inquietações.

Os amigos descansam em nosso convívio.

Discussões negativas e diálogos inconvenientes surpreendem a estação terminal.

Conservando-a, retemos em nós o clima favorável ao cultivo da esperança.

Ao alcance de todos, é por isso que a paciência na farmácia da vida, é o específico da paz.
Emmanuel
Do livro: Hora Certa, Médium: Francisco Cândido Xavier.

sábado, 18 de abril de 2015


Ponderação

Diante do mal quantas vezes!...

Censuramos o próximo...
Desertamos do testemunho da paciência...
Criticamos sem pensar...
Abandonamos companheiros infelizes à própria sorte...
Esquecemos a solidariedade...
Fugimos ao dever de servir...
Abraçamos o azedume...
Queixamo-nos uns dos outros...
Perdemos tempo em lamentações...
Deixamos o campo das próprias obrigações...
Avinagramos o coração...
Desmandamo-nos na conduta...
Agravamos problemas...
Aumentamos o próprios débitos...
Complicamos situações...
Esquecemos a prece...
Desacreditamos a fraternidade...
E, às vezes, olvidamos até mesmo a fé viva em Deus...

Entretanto a fórmula da vitória sobre o mal ainda e sempre é aquela senha de Jesus:

AMAI-VOS UNS AOS OUTROS COMO EU VOS AMEI!!...

Bezerra de Menezes

Do livro: Visão Nova, Médium: Francisco Cândido Xavier, Autores Diversos

sexta-feira, 17 de abril de 2015




Doenças Mentais e Obsessões

Questão grave que requisita acurados estudos e contínuo exame, a fim de haurir-se necessário conhecimento, a que diz respeito à problemática das distonias e afecções psíquicas, sejam decorrentes dos transtornos orgânicos e mentais, sejam de, causa obsessiva.



Em cada processo de alienação mental há uma causa preponderante com complexidades que escapam ao observador menos vigilante e pouco adestrado, em relação às questões do Espírito.


Sendo o homem um Espírito encarnado em processo evolutivo, somente através do seu conhecimento, espiritual serão possíveis os esforços exitosos no solucionamento dos distúrbios .que o surpreendem no trânsito carnal...


Cada enfermidade mental tem sua etiopatogenia específica sediada nas intricadas tecelagens do perispírito do paciente, como resultado do comportamento que se permitiu de maneira equivocada. Isto porque as soberanas Leis da Justiça Divina sempre alcançam os infratores dos seus estatutos, onde quer que se encontrem.


O homem, através das realizações, construções mentais e atitudes, instala nos centros da vida pensante os germens .dos distúrbios que produzem alienações as mais diversas, impondo os impostergáveis ressarcimentos pela autopunição, ,através das psicoses, psicopatias, psiconeuroses, traumas, obsessões que se apresentam em múltiplos aspectos...


Da neurose simples às complexas manifestações da hidro, da micro e da macrocefalia, do mongolismo, da oligofrenia, passando pelas faixas do retardamento, ida demência, da idiotia, da esquizofrenia, as causas atuais possuem suas matrizes na anterioridade do caminho percorrido, no passado, pelo Espírito ora em alienação.


As agressões à caixa craniana .e ao cérebro, pela desarvoração que conduz ao suicídio, engendram as anomalias da constituição morfológica e de funcionamento das engrenagens mentais desarranjadas pelos petardos e atentados perpetrados na suprema rebeldia a que o homem se entrega...


Ninguém foge à vida sem se surpreender com ela mais adiante... Pessoa alguma se evade à responsabilidade sem que se veja defrontada pelos problemas criados à frente. Criminosos não justiçados reencarnam com psicoses maníaco-depressivas, como a tentarem fazer justiça ante o delito, não ressarcido, fixado na memória. Homens que enganaram, não obstante as homenagens que desfrutaram, refugiam-se em várias formas de loucura, como a fugirem dos compromissos que anão têm coragem para enfrentar...


Na gama multiface das alienações mentais, a obsessão igualmente ocupa lugar expressivo. ódios demoradamente .cultivados e decorrentes de erros graves vinculam os que se demoram no além-trémulo aos que se reencarnaram na Terra, produzindo lamentáveis consórcios mentais de conseqüências imprevisíveis. Hediondos conciliábulos que transcorreram em sombras, produzindo gravames, convertem-se em heranças de interdependência psíquica, que degeneram em obsessões cruéis... Amores violentos, saciados em sangue, asfixiados em traição, silenciados em infâmias, mantidos em tramas urdidas para se libertarem dos empecilhos, reagrupam algozes e vítimas no intercâmbio espiritual que se transforma em subjugações truanescas de curso demorado e pungente...


A morte não apaga a memória, antes a aguça, facultando a uns lucidez exagerada, enquanto outros jazem em longo torpor, automaticamente atraídos e imantados aos compares dos crimes e descalabros, produzindo interdependência, em comunhão danosa, de vampirização fluídica, em que se exaurem as forças constitutivas da cápsula carnal, por onde deambulam os encarnados. A morte é sempre a grande, fatal desveladora de mistérios, de enigmas, de causas ocultas... E a vida física se organiza mediante as conseqüências dos atos pretéritos, transformados em presídios de dor ou paisagem de liberdade. Simultaneamente, a experiência carnal enseja tesouros de incomparável valor para a elaboração ide causas propiciatórias à paz .e à felicidade que um dia todos lograrão, após depurados e esclarecidos.


Do conhecimento da vida espiritual defluirão preciosos benefícios para a sanidade mental idas criaturas humanas.


O Espiritismo ou Cristianismo moderno possui as mais valiosas terapêuticas para a problemática mental, da atualidade, por ensinar a indestrutibilidade e comunicabilidade do princípio espiritual do homem, asseverando quanto à necessidade das sucessivas reencarnações, anulando o pavor da morte, dos sofrimentos e sendo o mais perfeito método contra os fatores que produzem traumas, desvarios, desequilíbrios...


Favorecendo o otimismo, este produz a vitalização dos centros do equilíbrio psicofísico, reabastecendo de energias compatíveis as engrenagens eletromagnéticas do campo mental, vitalizando os fulcros debilitados da fomentação de forças mantenedoras da vida.


A diminuição das defesas morais encarregadas de criarem um campo de força defensiva no homem faculta a invasão microbiana no organismo, permitindo que seqüelas desta ou daquela ordem afetem os núcleos do discernimento e ela razão, arrojando-o no desconserto da loucura.


O cultivo da prece, a conversação edificante, o exercício da meditação e da reflexão, as ações nobibilitantes, o labor pelo próximo conseguem fortalecer o homem com energias específicas, forrando-o das agressões físicas como espirituais, propiciatórias das distonias múltiplas, promotoras das doenças mentais e obsessivas que tanto infelicitam.

No sentido oposto, a ociosidade física e mental, o pessimismo, a irritabilidade, o desânimo a malícia, a ira e o ódio, o ciúme e os vícios, facultam não apenas a proliferação dos fatores que geram loucuras como o surgimento de matrizes para fixações obsessivas de conseqüências graves.

Em razão proporcional aos distúrbios morais crescem os desvarios mentais supliciando os Espíritos levianos e cultuados, em terapêutica depuradora, de que se poderiam forrar, não sei demorassem vinculados aos círculos da insensatez, da leviandade, do imediatismo...


Face ao conhecimento do Mundo Espiritual presente em todos os cometimentos humanos, poderão a Psiquiatria, a Psicologia, a Psicanálise, a Psicossomática enriquecer-se de luzes - rara se transformarem, realmente, em ciências da alma e da mente a benefício do homem, após vencido o preconceito que, não obstante o respeito que finos merecem, lhes põem antolhos impeditivos para a clara e ampla visão das realidades da vida, na grandeza que lhe é própria.

Joanna de Ângelis

quinta-feira, 16 de abril de 2015


O Trabalhador e Jesus

Em verdade, esses são dias de confusões na alma do mundo, causando dificuldades na ação do bem.


Jesus, contudo, já houvera asseverado que, na Terra, a alma humana só encontraria aflições. Há sombras que se avolumam no cerne dos seres, promovendo a sanha da violência e do crime em toda parte.


Mas, Jesus afirmara que tanto o homem bom quanto o mau retiravam os fundamentos das suas obras dos próprios corações.

Esses são tempos nos quais identificamos a devastadora atividade do materialismo e a impertinência de interesses egoísticos que espalham a miséria da guerra.


Entretanto, Jesus estabeleceu que seriam bem-aventurados os pacificadores.


Um agigantado número de indivíduos, doentes e necessitados de variados matizes, num mundo de bilhões de almas, ainda sofre a tortura da desconsideração e do abandono.

Porém, é bom recordar a ação de Jesus, considerando que Ele afirmou não ter vindo para os sãos e sim para os enfermos. Vê-se a hipocrisia que se amplia nos arraiais planetários, levando ao engano, à ilusão, numerosas criaturas, que se entregam inermes à falácia de tantos que, de fala fácil, convincente e de corações ensombrados, esmeram-se por triunfar no imediatismo do mundo.


Jesus, no entanto, advertiu para que tivéssemos cuidados com os falsos profetas, disseminados aqui e ali.


Localizam-se atitudes antifraternais, expressas por meio de intrigas, de agressões de vários tipos, de ignomínias que estabelecem comprometimentos infelizes, provocando muito sofrimento e muita frustração desalentadores.


Mas, Jesus explicou que se O levaram à praça do escárnio e ao madeiro infamante, Ele que era o ramo verde, o que é que devem esperar as varas secas que nós representamos? Às vezes, o desalento ronda a trajetória dos servos do bem, em razão de tantas e exaustivas pelejas com que se defrontam, como se carregassem o peso do mundo sobre os ombros cansados.


Porém, vale não olvidar a recomendação de Jesus: Tende bom ânimo!


Sejam, então, quais forem os problemas que se apresentem nos passos do teu caminho terreno, caro amigo, quaisquer que sejam os desafios que se insurjam na tua rota evolutiva, seja em teu próprio íntimo, no relacionamento familiar ou nas lidas da seara em que trabalhas a tua fé, terás em Jesus Cristo o ancoradouro seguro para o coração, a orientação e o conforto moral de que necessites. Nele encontrarás sempre as respostas às tuas inquietações, a fim de que não te alarmes, não te atormentes, mas para que possas seguir caminho afora, superando as deficiências em torno de ti, cumprindo a parte que te cabe cumprir na cooperação com a Obra de Deus, sob a claridade do Consolador

Guilherme March

quarta-feira, 15 de abril de 2015


Conceitos e Ações

José Benevides reencarnou com um excelente programa de atividades em favor da auto iluminação.

Espírito fracassado várias vezes, nas hostes cristãs onde militou em outras existências, preparou-se na erraticidade sob o carinho de dedicados benfeitores espirituais para o cometimento de reparação que lhe dizia respeito.

Dificuldades e perturbações que o haviam vencido foram reencaminhadas, debilidades morais estiveram sob estudo cuidadoso, angústias receberam tratamento especializado e todo um programa de serviço foi elaborado com a anuência do viajante da esperança.

Reencarnou comprometido com as lides espíritas, encarregadas de restaurar na Terra o pensamento de Jesus, que também ele conspurcara oportunamente com a conduta reprochável que se permitia, experienciando, antes do berço, muitos fenômenos mediúnicos, de modo que a faculdade lhe servisse de instrumento valioso para o ministério libertador.

Banhos magnéticos foram-lhe aplicados, exercícios de concentração e técnicas de bioenergia foram providenciados, a fim de que se encontrasse robustecido no ânimo e na fé, objetivando a vitória sobre as más inclinações do passado.

Desse modo, em face das providências seguras, renasceu em lar espírita, haurindo o conhecimento da Doutrina desde os primeiros dias, aprimorando o caráter frágil nos exemplos domésticos.

Desde cedo habituou-se a conviver com os desencarnados que lhe apareciam amiúde, manifestando-se com frequência, dessa forma preparando-o emocionalmente para a tarefa enriquecedora da divulgação e vivência do Espiritismo.

Desde os primeiros anos como era de esperar-se, revelou pendores religiosos, que se manifestaram na infância, participando da evangelização espírita em Núcleo bem constituído doutrinariamente, demonstrando lucidez no entendimento das mensagens e loquacidade especial para os comentários quando lhe eram solicitados.

Aos quatorze anos, começou a explanar a Doutrina entre os companheiros no grupo juvenil, tornando-se líder natural estimado por todos.

Na sucessão do tempo, tornou-se expositor simpático e convincente, logo arrebanhando expressivo número de simpatizantes e adeptos da sua oratória brilhante, que se foi aprimorando mediante a experiência e os estudos contínuos.

Tornando-se advogado, vinculou-se ao serviço público, justificando a necessidade de um salário digno para a sobrevivência e de tempo hábil para dedicar-se ao ministério de divulgação da Terceira Revelação.

Em razão do número de amigos que mourejavam à sua volta, foi estimulado a criar uma Sociedade Espírita, na qual pudesse ampliar as possibilidades de serviço doutrinário, e utilizar dos amplos recursos da mídia moderna para a finalidade a que se propunha.

Não teve qualquer dificuldade, porquanto pessoas abastadas, politicamente bem situadas, que lhe recorreram ao auxílio através da faculdade mediúnica de valor inquestionável, dispuseram-se a ajudá-lo cn cometimento, que se fez coroar de êxito.

No começo, a fidelidade à Codificação Espírita era total e todos os empreendimentos objetivavam a iluminação de consciências e o conforto dos corações atemorizados ou sofridos pelos infortúnios da existência.

Dedicado, procurava lenir as exulcerações das almas, envolvendo-as em carinho e em esperança.

A mediunidade abriu-lhe as portas para o sucesso, e o entusiasmo de pessoas inadvertidas, teleguiadas por Espíritos zombeteiros, passou a envolver o trabalhador do Evangelho, que lentamente despertou os adormecidos comportamentos levianos e insensatos, deixando-se arrastar pela presunção e autovalorização.

Embora a ocorrência, permanecia dedicado às atividades que lhe diziam respeito, estando sempre em labor decorrente da agenda de compromissos oratórios, que o levavam de um para outro lado, escasseando-lhe o tempo para reflexões, autoanálises, refazimento de forças morais...

O seu estilo especial e agradável logo fez escola, e diversos simpatizantes passaram a constituir-lhe corte generosa e bajulatória.

À medida que os anos se dobaram uns sobre os outros, José Benevides foi-se afastando dos sofredores, dos mais necessitados, demonstrando desagrado ante os excluídos, que passou a denominar como os malcheirosos.

As pessoas de sociedade que o cercavam, asfixiando-o com elogios mentirosos e referências vãs, tomaram o lugar dos desprotegidos socialmente, daqueles para quem viera Jesus, naturalmente sem exclusão dos dominadores do mundo.

Com o tempo, embora a jovialidade que mantinham, passou a cultivar a irritação interior e o tédio, desde que tudo lhe corria agradável e fartamente, desencantando-se com as próprias aspirações, exceto nos momentos de exaltação da personalidade.

O nobre Espírito Henrique, seu dedicado mentor que o acompanhava desde antes do renascimento carnal, percebendo o perigo em que se encontrava o pugilo invigilante, não regateou socorros: advertências verbais e escritas, inspiração superior, enfermidades variadas com o objetivo de demonstrar-lhe a fragilidade orgânica, alguns problemas nos relacionamentos afetivos, solidão... Convidava-o constantemente à oração e à convivência com a caridade em relação aos irmãos da retaguarda, igualmente com os desencarnados em sofrimento, que evitava, narcisisticamente, acreditando-se médium especial para contato somente com os Espíritos elevados...

Prosseguindo nos disparates, permitiu-se o culto ao corpo, utilizando-se dos recursos em voga, e, passando dos temas sérios à vulgaridade, àqueles de humor duvidoso, assumiu comportamentos esdrúxulos...

Aplaudido e enganado em si mesmo, foi-se divorciando da conduta enobrecida, passando a agredir verbalmente as demais pessoas, quando se sentia contrariado ou temendo competidores, ele que se fizera competidor dos outros, como se fosse irretocável, um missionário sob medida para o divertimento e a salvação da Humanidade.

Sentindo-se desconsiderado, o mentor advertiu-o severamente, explicando-lhe a gravidade da situação elegida e os riscos que lhe rondavam.

A obsessão, em decorrência do cerco de inimigos do passado, que lhe padeceram injunções penosas, instalou-se-lhe nos painéis mentais e, obstinado pela conquista de aplausos, de fama, saiu da proteção amorosa do generoso guia, que lhe reservou a dádiva do tempo para o despertamento.

Tornando-se frívolo e imitando os triunfadores do mundo, esqueceu-se da simplicidade e da abnegação, fazendo-se interesseiro e atormentado.

Para o público, mantinha a aparência alegre, bombástica, a crítica ferina, enquanto que, a sós, cedia espaço à angústia em insidioso processo depressivo e obsessivo.

Conheci o candidato à iluminação nos seus áureos tempos e recordo-me das formosas e edificantes exposições espíritas de que se fazia portador. Acompanhei, também, logo depois, as preocupações do devotado benfeitor rejeitado, assim como as suas advertências carinhosas, mas Benevides, à semelhança de Epimeteu, deixou-se seduzir por Pandora enviada pelo colérico Zeus, e sucumbiu-lhe aos encantos e enredamentos...

Tive ocasião de revê-lo recentemente, mergulhado no abismo do transtorno depressivo, aos sessenta anos, receando a morte que não se permitira considerar quanto deveria, e que se lhe acerca apressadamente...

O antigo excelente orador e médium, multiplicador de opiniões, verdadeiro show man, afastou-se das hostes doutrinárias e, abandonado pelos aficionados que antes o aplaudiam e agora o censuram, sucumbe ao fracasso irremediável.

A teoria no seu verbo brilhante infelizmente não se fortaleceu na prática, no exemplo de vida correta, defraudando a responsabilidade e iludindo-se com as fantasias da imaginação infantil.

Irmão X

terça-feira, 14 de abril de 2015


Exame

Aprofundar a mente na investigação minuciosa das deficiências alheias, mesmo com o propósito aparente de ajudar, seria como derramar precioso bálsamo sobre pântano infeliz com a intenção de saneá-lo ou jogar ácido cruel sobre feridas que demoram a cicatrizar com o pretexto de eliminar o foco infeccioso...


Não convertas a tua caridade mental em sombras densas para que não tropeces em escolhos.


Podes movimentar o tesouro psíquico para reorganizar o equilíbrio sem o impositivo de ampliar a infelicidade, tornando-a conhecida.


Não transformes a visão em instrumento de observação impiedosa. Nem movimentes o verbo como quem aciona o látego cortante, desencadeando sofrimento. Exalta a oportunidade de cultivar a esperança.


Difunde a excelência do otimismo.


Distende a alegria junto àqueles que a tristeza venceu.


Louva as mensagens da fé operante ao lado do amigo que caiu fragorosamente.


Acena a todos com novas possibilidades de refazimento no bem, demonstrando ânimo sereno e robusto.


Supera a tentação de inquirir muito para compreender, desdobrando o trabalho que renova e restaura.


Descobre o lado melhor do infeliz e faze o melhor.

E se notares que tudo indica insucesso do seu empreendimento, agigantando-se o mal, apela para a Espiritualidade Superior e transforma-te em viva mensagem de amor, desdobrando a bondade de Jesus Cristo, sem aguardares de imediato o êxito que te não pertence.

Quando não puderes fazer o bem pensa nele.


A noite para não ser triste veste-se de estrelas.


O espinheiro atormentado, em silêncio, adorna-se de flores.

E com o que tiveres exalta a alegria embelezando a vida.


Nunca reclames ante a fraqueza dos outros nem examines o erro do próximo com azedume, mesmo porque, em te voltando contra eles é necessário examinar, no recesso íntimo, quanto tens sido mal sucedido e, se em lugar desses companheiros não estarias complicando a própria aflição, fazendo o que eles realizam com dificuldade, de maneira pior e mais infeliz.

Joanna de Ângelis