sábado, 13 de novembro de 2010

A paciência

Tereza (foto), filha de Vovô Zé Maria é recebida na Casa do Caminho
com muita alegria no último dia 06.11.2010.

A paciência


7. A dor é uma bênção que Deus envia a seus eleitos; não vos aflijais, pois, quando sofrerdes; antes, bendizei de Deus onipotente que, pela dor, neste mundo, vos marcou para a glória no céu.

Sede pacientes. A paciência também é uma caridade e deveis praticar a lei de caridade ensinada pelo Cristo, enviado de Deus. A caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil de todas. Outra há, porém, muito mais penosa e, conseguintemente, muito mais meritória: a de perdoarmos aos que Deus colocou em nosso caminho para serem instrumentos do nosso sofrer e para nos porem à prova a paciência.

A vida é difícil, bem o sei. Compõe-se de mil nadas, que são outras tantas picadas de alfinetes, mas que acabam por ferir. Se, porém, atentarmos nos deveres que nos são impostos, nas consolações e compensações que, por outro lado, recebemos, havemos de reconhecer que são as bênçãos muito mais numerosas do que as dores. O fardo parece menos pesado, quando se olha para o alto, do que quando se curva para a terra a fronte.

Coragem, amigos! Tendes no Cristo o vosso modelo. Mais sofreu ele do que qualquer de vós e nada tinha de que se penitenciar, ao passo que vós tendes de expiar o vosso passado e de vos fortalecer para o futuro. Sede, pois, pacientes, sede cristãos. Essa palavra resume tudo. - Um Espírito amigo. (Havre, 1862.)


CAPÍTULO IX, item 7  - ESE - ALLAN KARDEC







ANOTAÇÕES DA FÉ







Se queres elevar-te e engrandecer a vida,
Alma querida, escuta:
De tudo o que produz, serve, ampara e abençoa,
Nada existe sem luta.


Árvore alguma, seja em qualquer parte,
Fornecendo socorro e espalhando alimento,
Cresceu e se formou para doar-se à gleba,
Sem chicotes do vento.


Se talhada em madeira, a mesa que te apóia
O pão de cada dia
Foi nobre vegetal arrebatado à gleba
Para agüentar a serraria.


Pedra que te suporta a residência,
Resguardando o equilíbrio que a domina,
Passou por marteladas muitas vezes,
A fim de se ajustar a disciplina.


Quem sonhe paraíso de alegria
Sem sair de poltronas e almofadas,
Quem foge de ser útil, quem se omite,
Olhe as águas paradas.


Quem reclama sucesso sem controle,
Menosprezando o sentimento alheio,
Assista a uma corrida em que se note
Algum carro sem freio.


Sem participação, sem sacrifício,
A construção da paz jamais se apruma,
Sem canseira não há felicidade,
Nem se obtém conquista alguma.

Alma querida, serve, ama e confia,
Ajuda para o bem seja a quem for,
Trabalho é luz de Deus a burilar-nos
Para o Reino do Amor.

 
Maria Dolores
De "A Vida Conta" de Francisco Cândido Xavier









Nenhum comentário:

Postar um comentário