quinta-feira, 31 de julho de 2014

Doenças reclamam mudança


O apóstolo Paulo de Tarso.


Doenças reclamam mudança


 

E se não existissem doenças?... O orgulho e o personalismo humano atingiriam um grau tão extraordinariamente intenso que, de há muito, o planeta já teria sido detonado.

Há quem diga que o Espiritismo enaltece as doenças, a dor. Famosa médium “espiritualista”, autora de vários romances psicografados, afirmou que espíritas gostam de supervalorizar sofrimentos, quando de uma entrevista em uma emissora de TV. Se essa pessoa conhecesse mesmo a Doutrina Espírita, saberia que toda experiência associada com dor e infelicidade neste mundo diz respeito a uma reforma moral. Diria que a doutrina dos Espíritos não vende direta ou indiretamente concessões ou vantagens terrenas, tampouco “salvação” de suposta infelicidade eterna porque “felicidade” se conquista com o custoso trabalho de melhora íntima. Os Benfeitores Espirituais nos ajudam inspirando-nos resignação como consenso do coração, se não podemos evitar a dor, sem ter nada a ver com conformismo religioso.

Causa e efeito - O estado mórbido de uma mente viciosa é o que provoca enfermidades. Em geral, falta de saúde significa aviso da natureza com o propósito de conterem um processo de autodestruição. Isso é o que faz se dar importância à saúde do corpo físico, o mais sublime dos santuários e uma das super maravilhas da Obra Divina. Se não ouvimos esse aviso, podemos nos submeter às mais desagradáveis sensações, transformando a nossa existência em verdadeiro inferno.

Revoltas e atos de violência tendem a gerar infortúnios. A infelicidade da criatura humana pode principiar da antipatia para o ódio, do ódio para uma enfermidade. As enfermidades não acontecem por acaso: são consequências de maus pensamentos e sentimentos que acabam atingindo o organismo.

Há um princípio possuidor de vontade livre, imperecível, o Espírito, que, encarnado, dá vida, movimento e expressão ao aspecto corpóreo denso. O Espírito encarnado exprime um sentimento através de gestos, da voz, de uma fisionomia. No caso, trata-se do único responsável pelo conjunto dos seus atributos morais peculiares que partem da própria consciência. Repulsa, ódio, rancor podem enfraquecer as defesas do organismo, sobretudo, ao se pensar em vingança.

Se desejamos a desgraça de fulano, ou fulana, logo, desejamos a própria desgraça. Afora dar espaço ao mal, envenenamos o coração com dosagens aniquiladoras. Se não perdoamos sinceramente, infligimos pena a nós próprios, sujeitos a uma intranquilidade capaz de nos conduzir a profunda angústia suscetível de até obtermos tumores malignos ou alguma úlcera e outros processos inflamatórios, além de possíveis distúrbios psíquico-obsessivos.

Por falar em distúrbios psíquico-obsessivos, acrescentemos mais um pouco. No instante em que exageramos um sintoma de determinada moléstia ou de um simples achaque, a fim de comover os mais próximos (há quem adore supervalorizar uma doença!), causamos também problemas às células, às gamaglobulinas, existentes no plasma ou no soro sanguíneo. A mente é notável fonte criadora que concretiza nossos desejos, modelando certos estados patológicos sem eficácia do medicamento.

Ao nos deixarmos levar por melindres, rancores, congelando-os, indignados com tudo e com todos, seguimos cega e celeremente em direção a um lamentável e triste precipício. Os sentimentos menos dignos nos impedem de pressentir um abismo de desventuras.

Comparemos os nossos permanentes interesses mesquinhos, desprezíveis, a uma venda... Ela nos impede de ver provável situação que nos imobilizará as energias. No entanto, as amarguras da existência por causa dos prejuízos à cadeia harmoniosa do progresso assemelham-se a asas dadas à Alma; elas a ajudam a se desprender e a elevar o pensamento às alturas.

Não aceitam – É difícil aceitarem a Dor, até mesmo a maioria dos espiritualistas não a encara com tranquilidade. Ao contrário de como o Espiritismo vê as doenças, esmagadora maioria somente lhes alcança os resultados, e não os motivos. Muitos choram, desanimam revoltosos, presos ao leito, e à medida que uma multidão deplora insubmissa os golpes da sorte, outra multidão, a dos Benfeitores Celestiais, dá-lhe alento.

Atentemos nestes conceitos formados pelo Espírito Emmanuel: “A maioria dos nossos irmãos na Terra caminha para Deus, sob o ultimato das dores, mas não aguardes pelo açoite de sombras, quando podes seguir calmamente pelas estradas claras do amor”. 1 Também de Emmanuel: “Não basta sofrer simplesmente para ascender à gloria espiritual, indispensável é saber sofrer extraindo as bênçãos de luz que a dor oferece ao coração sequioso de paz”.2

Pois é. Deus não criou a dor, e as doenças não correspondem à “vontade divina” nem se referem a castigo. Os Espíritos, o próprio Allan Kardec, jamais afirmaram sequer de modo sutil ou indireto que se busque o sofrimento voluntário com intenção de subida espiritual. 3 Só uma alma enfermiça optaria por submeter o seu veículo físico a torturas por penitência, ao supor o perdão divino assegurado e assegurado o seu lugar “à direita” do Pai Eterno. Ninguém logrará a felicidade, ainda que relativa deste mundo, sem ser menos egoísta, menos orgulhoso. 4

Jesus de Nazaré não desejou somente curar corpos enfermos. A ideia era a cura de coxos do pensamento, de aniquilados do sentimento, de cegos da luz espiritual. Os bons Espíritos, os Espíritos superiores esforçam-se por nos esclarecer acerca do verdadeiro sentido das “bem-aventuranças”. 5 Só quem busca de verdade o autoconhecimento e faz com que se melhore será de modo absoluto bem mais ditoso que aquele que só visa à própria felicidade em prejuízo da felicidade dos outros; sofrerá tremenda decepção na câmara escura dos estágios probatórios.


DAVILSON SILVA


Referências bibliográficas:

1 XAVIER, Francisco C. Pão nosso. Pelo Espírito Emmanuel. 10. ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira (FEB), 1984. Tema 39, p. 89.
2 XAVIER, Francisco C. Vinha de luz. Pelo Espírito Emmanuel. 7. ed. Rio: FEB, 1983. Tema 80, p. 178.
3 KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Tradução Herculano Pires. 62. ed. São Paulo: Lake — Livraria Allan Kardec Editora, 2001. Cap. 5º, item 26, p. 92.
4 . Cap. 17, item 11, p. 232

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Rumo Certo



Lins de Vasconcelos

 

Rumo Certo


Não há dúvida quanto ao rumo certo que o Evangelho nos dá para a nossa ressurreição na Vida Eterna. Mas não é menos certo que muitos escolhem caminhos incertos para tomar o rumo certo. Em verdade, todos, um dia, tomarão esse rumo, pois assim está estabelecido na lei da evolução. Quando descobrimos o caminho certo, estamos avançando a largos passos na estrada do progresso e ressarcindo com lucros os nossos débitos, por caminhar na trilha das pegadas do Mestre e Senhor, o que vale dizer, servindo e amando aos nossos irmãos do caminho, tornando as coisas simples e fáceis de serem compreendidas.


No entanto, tudo se torna difícil quando tomamos rumos incertos.

O Evangelho é o roteiro, a bússola a apontar o rumo certo, onde todos os obstáculos são previstos e os caminheiros preparados para superá-los. Os caminhos incertos afastam das diretrizes que o Evangelho mostra e a Doutrina dos Espíritos esclarece, retardando a jornada de redenção.


Atentemos, pois, em nossos compromissos com Ismael, para levar a sua bandeira de paz, luz e amor aos mais longínquos recantos da terra do Cruzeiro do Sul, a Pátria do Evangelho e o celeiro do mundo. Unam-se em torno da Casa Máter, sigam o seu programa, pois é o que mais se aproxima do roteiro certo de Jesus; não o busquem por caminhos incertos, tentando novas formas que os distanciam uns dos outros. e tornando mais penosa a jornada das ovelhas que obedecem ao cajado daqueles que se tornaram instrumentos de divulgação e pregação da mensagem trazida por Jesus e esclarecida e propagada pelos Espíritos que vem, em nome do Senhor, tirar o véu da letra que inata para fazer surgir o espírito que vivifica.


A tarefa será divina se a conduzirem à luz dos ensinos de Jesus.

Desviem-se dos caminhos incertos. Tomem o caminho certo, para mais depressa seguirem o rumo certo.

 
Lins de Vasconcelos

terça-feira, 29 de julho de 2014

Ponte Carcomida


 
Ponte Carcomida

Uma senhora, médium já idosa, há muitos anos trabalhando na desobsessão, cooperando com os espíritos carentes de enfermagem espiritual, aproximou-se de Chico Xavier, ao término de uma de nossas reuniões de sábados no “Grupo Espírita da Prece”, e perguntou:


- Chico, de que valerá uma médium já velha como eu? Não seria melhor que cedesse lugar aos médiuns mais jovens? ...


Com a sabedoria de sempre, Chico respondeu:


- Minha irmã, a ponte carcomida pelo tempo pode não mais suportar o peso dos veículos que transitam por ela, transportando pesadas cargas, mas ainda pode oferecer passagem para os que levam nas costas os fardos de alimento para os irmãos que esperam do outro lado...


Compreendendo a lição, a desalentada médium septuagenária, sorriu, osculou a mão do medianeiro e perseverou, como ele mesmo, havia décadas, perseverava na tarefa de ser abençoada ponte entre as duas margens da Vida! ...

Carlos Bacelli

segunda-feira, 28 de julho de 2014

A Única Dádiva


 
A Única Dádiva

Consta-se que Simão Pedro estava cansado, depois de vinte dias junto do povo.
Banhara ferimentos, alimentara mulheres e crianças esquálidas, e, em vez de receber a aprovação do povo, recolhia insultos velados, aqui e ali...

Após três semanas consecutivas de luta, fatigara-se e preferira isolar-se entre alcaparreiras amigas.
Por isso mesmo, no crepúsculo anilado, estava, ele só, diante das águas, a refletir...
Aproxima-se alguém, contudo...
Por mais busque esconder-se, sente-se procurado.
E o próprio Cristo.

- Que fazeis, Pedro? – diz-lhe o Senhor.
- Penso, Mestre.
E o diálogo prolongou-se.
- Estás triste?
- Muito triste.
- Por que?
- Chamam-me ladrão.
- Mas se a consciência te não acusa, que tem isso?
- Sinto-me desditoso: Em nome do amor que me ensinas, alivio os enfermos e ajudo aos necessitados. Entretanto, injuriam-me. Dizem por aí que furto, que exploro a confiança do povo... Ainda ontem, distribuía os velhos mantos que nos foram cedidos pela casa de Carpo, entre os doentes chegados de Jope. Alegou alguém, inconsideradamente, que surripiei a maior parte. Estou exausto, Mestre. Vinte dias de multidão pesam muito mais que vinte anos de serviço na barca.

- Pedro, que deste aos necessitados nestes últimos vintes dias?
- Moedas, túnicas, mantos, unguentos, trigo, peixe...
- De onde chegaram as moedas?
- Das mãos de Joana, a mulher de Cusa.
- As "túnicas"?
- Da casa de Zobalan, o curtidor.
- Os mantos?
- Da residência de Carpo, o romano que decidiu amparar-nos.
- Os unguentos.
- Do lar de Zebebeu, que os fabrica.
- O trigo.
- Da seara de Zaqueu, que se lembra de nós.
- E os peixes?
- Da nossa pesca.
- Então, Pedro?
- Que devo entender, Senhor?

- Que apenas entregamos aquilo que nos foi ofertado para distribuirmos, em favor dos que necessitam. A Divina Bondade conjuga as circunstâncias e confia-nos de um modo ou de outro os elementos que devamos movimentar nas obras do bem... Disseste servir em nome do amor...

- Sim, Mestre...

- Recorda, então, que o amor não relaciona calúnias, nem conta sarcasmos.
O discípulo, entremostrando súbita renovação mental, não respondeu.
Jesus abraçou-o e disse:

- Pedro, todos os bens da vida podem ser transmitidos de sítio a sítio e de mão em mão... Ninguém pode dar, em essência, esse ou aquele patrimônio do mundo, senão o próprio Criador, que nos empresta os recursos por Ele gerados na Criação... E, se algo podemos darmos, dar de nós, o amor é a única dádiva que podemos fazer, sofrendo e renunciando por amor...

O apóstolo compreendeu e beijou as mãos que o tocavam de leve.
Em seguida, puseram-se ambos a falar alegremente sobre as tarefas esperadas para o dia seguinte.

Irmão X

domingo, 27 de julho de 2014

Linhas de Evolução


 
Linhas de Evolução

"Caridade e humildade, tal a senda única da salvação."
(Alan Kardec. E.S.E. Cap. XV. Item 5.)



Observando os companheiros a quem você deseja ajudar, seja breve na exposição e demorado no socorro.
Sem o suor do exemplo, os mais belos comentários perdem a legitimidade.


Utilize-se do poço do caminho, sem lhe tisnar a limpidez das águas. Mais tarde você poderá necessitar dele novamente.
Seu vestuário desvela para os outros suas íntimas inclinações. Use a roupa, sem a ela escravizar-se.


Mantenha a higiene de seu corpo para preservar a saúde. No entanto, viver excessivamente preocupado com a limpeza é sintoma de desequilíbrio.


Cobiçando o melhor de cada dia, viva cada minuto nobremente, como se fosse o último a que você tivesse direito. O depois começa agora.


Pare para refletir, não obstante sabendo refletir para não parar. Quem avança, sem estacionar, pára sem forças para avançar.
Planifique, antes de agir, e demonstrará respeito pelo serviço. Evite, porém, planificar assoberbado de preocupações, pois que assim você jamais realizará algo.


Se você acredita em felicidade vivendo a sós, disponha-se para inquietantes aflições. A gota de orvalho no deserto reflete a glória de longínqua estrela, mas não dá vitalidade à terra onde se aquieta e consome, sem ajudar.


Em todas as conjunturas de sua vida, recorde-se da caridade, primeiro, e da humildade, logo depois.


"Caridade e humildade, tal a senda única da salvação."

Marco Prisco

sábado, 26 de julho de 2014

No Posto de Serviço


Janine (Foto), irá falar hoje sobre
A Prece, na Casa do Caminho.
 
No Posto de Serviço

O que importa é realizar o bem.

O verbo divino da Criação é o verbo SERVIR.

Servir sem exigências pessoais, sem condições prévias, sem melindres e sem queixas, ainda mesmo que o nosso coração sangre, que o nosso espírito sofra, que nossa alma se vergue sob o fardo da dor, sob o guante da ingratidão ou sob os vitupérios da calúnia.


Ainda é impossível construir o bem, neste mundo, sem a argamassa das lágrimas e sem o penhor do auto sacrifício.


O entendimento e a ajuda de que carecemos virá sempre do Alto, do coração magnânimo do Senhor, dos companheiros humildes que Jesus suscita para nos auxiliarem aqui e ali, ao longo dos caminhos pedregosos que precisamos percorrer com bom ânimo, com fé e até mesmo com heroísmo.


Por vezes, será fundamental que resistamos no silêncio da renúncia e da humildade, com absoluta dação de nós mesmos, a fim de que os alicerces da obra do Senhor sejam preservados.


Situações se formam, no mundo, em que não vale, para os objetivos do Senhor, qualquer discussão, cujos resultados serão sempre desastrosos à nossa tarefa, que é basicamente de amor.


Recordemos que o planeta está cheio de inteligências brilhantes e de recursos materiais preciosos, mas que, nem por isso, a miséria e a desventura foram banidas da face da Terra.


A paz só consegue florescer, nas construções permanentes, quando corações desvelados concordam em sacrificar-se, a fim de que as sementes da concórdia e das realizações evangélicas brotem do solo regado pelo suor e pelo devotamento dos que sabem eclipsar-se para que brilhe a luz de Deus.


Aparentemente, a segurança do trabalho, na Seara Cristã, depende da vigilância e da firmeza de atitudes humanas esclarecidas e fortes. Assim é, realmente, mas só isso não bastará para obstar a vitória arrasadora do mal.


Somente a humildade sincera do trabalhador consciente e fiel consegue tocar os corações impenitentes e desarmar o braço dos fraticidas, assegurando o triunfo da Verdade Maior.


Claro que é preciso ter completa fé no Senhor e avançar no esforço de cada dia, para que o tempo responda às nossas expectativas com as soluções oportunas e justas.

Nada, porém, nos faltará de essencial, enquanto tivermos conosco, em nossa alma, a bênção divina.

Aureano Flores

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Aos Educadores


 
Aos Educadores

O ilustre escritor brasileiro Augusto Cury enumera em seu livro intitulado "Pais Brilhantes, Professores Fascinantes", o que ele considera os sete pecados capitais dos educadores.

O primeiro deles é corrigir o educando publicamente. Um educa
dor jamais deveria expor o defeito de uma pessoa, por pior que ela seja, diante dos outros. Um educador deve valorizar mais a pessoa que erra do que o erro da pessoa.

O segundo é expressar autoridade com agressividade. Os educa
dores que impõem sua autoridade são aqueles que têm receio das suas próprias fragilidades. Para que se tenha êxito na educação, é preciso considerar que o diálogo é uma ferramenta educacional insubstituível.

O terceiro é ser excessivamente crítico: obstruir a
infância da criança. Os fracos condenam, os fortes compreendem, os fracos julgam, os fortes perdoam. Os fracos impõem suas idéias à força, os fortes as expõem com afeto e segurança.

O quarto é punir quando estiver irado e colocar limites sem dar explicações. A maturidade de uma
pessoa é revelada pela forma inteligente com que ela corrige alguém. Jamais coloque limites sem dar explicações. Para educar, use primeiro o silêncio e depois as idéias. Elogie o educando antes de corrigi-lo ou criticá-lo. Diga o quanto ele é importante, antes de apontar-lhe o defeito. Ele acolherá melhor suas observações e o amará para sempre.

Quinto: ser im
paciente e desistir de educar. É preciso compreender que por trás de cada educando arredio, de cada jovem agressivo, há uma criança que precisa de afeto. Todos queremos educar jovens dóceis, mas são os que nos frustram que testam nossa qualidade de educadores. São os filhos complicados que testam a grandeza do nosso amor.

O sexto, é não cumprir com a palavra. As relações sociais são um contrato assinado no palco da vida. Não o quebre. Não dissimule suas reações. Seja honesto com os educandos. Cumpra o que prometer. A
confiança é um edifício difícil de ser construído, fácil de ser demolido e muito difícil de ser reconstruído.

Sétimo: destruir a esperança e os
sonhos. A maior falha que os educadores podem cometer é destruir a esperança e os sonhos dos jovens. Sem esperança não há estradas, sem sonhos não há motivação para caminhar. O mundo pode desabar sobre uma pessoa, ela pode ter perdido tudo na vida, mas, se tem esperança e sonhos, ela tem brilho nos olhos e alegria na alma.

Você que é pai, professor ou responsável pela
educação de alguém, considere que há um mundo a ser descoberto dentro de cada criança e de cada jovem.
Só não consegue descobri-lo quem está encarcerado dentro do seu próprio mundo.
Lembre-se que a
educação é a única ferramenta capaz de transformar o mundo para melhor, e que essa ferramenta está nas suas mãos.
Do seu uso adequado depende o presente e dependerá o futuro. O jovem é o presente e a criança é a esperança do porvir.
Pense nisso e faça valer a
pena o seu título de educador.
Eduque. Construa um mundo melhor. Plante no solo dos corações infanto-juvenis as flores da esperança.

Texto extraído do site http://www.momento.com.br

quinta-feira, 24 de julho de 2014

A Quem Serves?


Cidália, (aniversariante)
 trabalhadora da Casa Transitória.


 
A Quem Serves?

A mulher e o homem contemporâneos, que vivem no mundo, ataviam-se em exagero, a fim de fruírem até a exaustão as concessões enganosas e agradáveis do trânsito carnal.


Fixados às sensações buscam, em contínuos esforços, às vezes, sacrificiais, os favores prazenteiros do momento, sem outros quaisquer compromissos, exceto, os para conseguirem recursos que lhes facultem a continuidade do gozo.


Vivem em função do imediato, celebrando o culto do corpo, sem a preocupação mínima com a essência que o mantém, excepcionalmente quando se instalam distúrbios psicológicos, alguns deles frutos da insensatez, no uso dos eventos de vida.


Desgastam-se com facilidade e, por mais se utilizem dos meios e técnicas de rejuvenescimento, dos recursos valiosos das cirurgias plásticas, sofrem os transtornos que se derivam da opção de comportamento a que se entregam, na incessante correria para ganhar o tempo.


No passado, as religiões preconizavam a fuga do mundo e das suas maquiavélicas manipulações para o isolamento monacal ou as cavernas desérticas para refúgio em rude asceticismo.


Nada obstante, embora a boa intenção, levavam-se a si próprios, as suas necessidades e conflitos que os alucinavam na solidão e, não raro, os vinculavam mais fortemente aos inimigos desencarnados com os quais mantinham conúbios muito perturbadores.


A visão de Jesus sobre a existência terrena é, no entanto, otimista e rica de sabedoria, adornada pela beleza, ao propor viver-se no mundo, embora não dependendo das suas constrições ou excessivas liberações.

É compreensível a ocorrência, porque todos somos servidores a soldo dos nossos amos.

Existem aqueles que, dependentes dos instintos primários, servem aos senhores perversos, que são os desejos infrenes neles dominantes.

Por essa razão, a Mitologia oferece um panteão de deuses, tantos quantos os níveis de consciência e de evolução dos seus adoradores, que se lhes vinculam através da similitude de hábitos e de aspirações.


Outros, são servidores da ira e do ódio, do ressentimento e da inveja, vivendo encarcerados em tormentos inimagináveis.


Igualmente, missionários da luz e da imortalidade renasceram no mundo para oferecer as inestimáveis contribuições que proporcionam a harmonia íntima, a superação das paixões primárias neles em primazia.

Superando, porém, a todos os construtores da fé religiosa e das filosofias idealistas encontra-se Jesus, que alterou a ética do comportamento, demonstrando a transitoriedade da organização física e a perenidade da vida.



Depois dEle, a cultura e a civilização encontraram a diretriz para dar sentido psicológico profundo à existência terrena.



Não padece dúvida que a Sua é a doutrina da mansidão, da paz, da pura alegria.


Servi-l, passou a ser o objetivo fundamental da jornada humana.


As atrações e divertimentos, no entanto, necessários para proporcionar bem-estar, trabalhadas pelas mentes viciadas, passaram a constituir-se essenciais, superando os deveres e a dedicação ao fundamental, a vida espiritual!


Face ao tumulto que toma conta irrefreada de quase toda a sociedade, é indispensável que faças uma reflexão cuidadosa e, durante a mesma, uma interrogação: A quem sirvo?


Se abraças a doutrina da compaixão e da caridade, não te permitas os desvios de rota, buscando os prazeres e as futilidades que distraem, mas não preenchem o imenso vazio interior.


Todo aquele que procura a embriaguez dos sentidos consome-se no fogo das ansiosas mudanças de jogos, tentando renovação e preservação das satisfações sensoriais, vivendo sedentos de contínuos gozos.


Os servidores de Jesus são alegres e joviais, mas suas metas são significativas e gratas, duradouras, porque avançam além do portal de cinzas do túmulo.


Não cansam, nem debilitam o organismo, pelo contrário, fortalecem-no e mantêm-no saudável, mesmo quando frágil ou delicado.


Observa os ases campeões do mundo, no seu envelhecimento precoce, no desgaste imposto pelos hábitos doentios, como o álcool, o tabaco, as drogas aditivas, o sexo irresponsável...


...E de quando em quando, os suicídios espetaculares pelos excessos das substâncias destrutivas ou mesmo pela falta de motivação para viver, após alcançarem o topo da fama, na carreira a que se dedicaram, a admiração e a paixão das massas, que os não preencheram de alegria real, mantendo-os em tremenda solidão...


O serviço com Jesus, porém, não te impedirá o sofrimento, as vicissitudes que fazem parte do processo iluminativo, mas que contribuem com o conforto moral e o conhecimento da sua causalidade e da sua significação para o alcance da plenitude.


Como a existência na Terra tem por finalidade a depuração moral e a conquista da harmonia plena, ninguém transita sem a dor nem permanece, indefinidamente, sem a vivência da reflexão em torno do próprio sofrimento.


O servidor do mundo, por desconhecer esse mecanismo superior da evolução, quando chamado ao processo inevitável, desanima ou reage com violência, desespera-se ou recalcitra, tomba ou enlouquece...


O servidor de Jesus, porém, comporta-se de forma tranquila, porque sabe que também a aflição é transitória.


A quem serves?


Se elegeste Jesus, não te envergonhem a cruz dos testemunhos, nem as problemáticas que te auxiliam no crescimento espiritual.

Cristão sem cruz é apenas simpatizante do ideal que Ele ensinou e viveu.

Conduz, desse modo, a problemática afligente que te crucifica interiormente, mantém a alegria e torna-a fácil de superar, porque o Seu fardo é leve e o Seu jugo é suave.


A quem serves?

Joanna de Ângelis

Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão da noite de 31 de março de 2014, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.

Do site: http://www.divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=363

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Créditos Espirituais


 
Créditos Espirituais

Não deixes que o dia se ponha sem praticares, pelo menos, uma boa ação, melhorando os próprios créditos no caminho espiritual.


Vejamos algumas receitas e sugestões ao alcance de todos:


- doar um prato de alimento a quem sofre em penúria;


- entregar uma peça de roupa aos que gemem no frio;


- improvisar o conforto de uma criança menos feliz;


- promover inda que seja migalha de assistência, a beneficio dessa ou daquela mãe desditosa;


- oferecer um livro nobilitante;


- escrever uma página de esperança e alegria aos amigos ausentes;


- conter a irritação;


- evitar a palavra inconveniente;


- escutar, com paciência e bondade, a conversação inoportuna, no equilíbrio de quem ouve, sem elogiar a invigilância e sem condenar a inabilidade dos que falam, tocados de boa intenção;


- prestar auxílio desinteressado aos enfermos;


- assegurar dois minutos de prosa consoladora aos doentes;


- cultivar o espírito de sacrifício, em favor dos outros, seja em casa ou na rua;


- plantar uma árvore proveitosa;


- acrescentar a alegria dos que fazem o bem;


- auxiliar, de algum modo, aos que procuram auxiliar;


- encaminhar parcelas de recursos amoedados, conquanto ligeiras, a irmãos em necessidade;


- articular algumas frases calmantes em hora de crise;


- usar a palavra na construção do melhor a fazer;


- remover espontaneamente um perigo na via pública.


Na base de uma boa ação por dia, terás o crédito de trezentos e sessenta e cinco boas ações por ano; se aumentares a contagem, no entanto, em tempo breve, somente a Contadoria Divina conseguirá relacionar a extensão de teus bens imperecíveis e o valor de teus investimentos no erário da Vida Eterna.

Albino Teixeira