quinta-feira, 31 de maio de 2012


Intrigas e Acusações
Quanto possível, abstém-te de assuntos infelizes.

Muitas vezes, quem te fala contra os outros pode trazer a imaginação doente ou superexcitada.

Quando alguém, porventura, se te faça veículo de alguma intriga, tanto é digna de compaixão a pessoa que te trouxe essa bom
ba verbal, quanto a outra que a teria criado.

Uma frase imperfeitamente ouvida será sempre uma frase
mal interpretada.

A
criatura que se precipita em julgamentos errôneos, a t
eu respeito, talvez seja vítima de lastimável engano.

Muitas
pessoa
s de hábitos cristalizados em comentários descaridosos, em torno da vida alheia, estão a caminho de tratamentos médicos, dos mais graves.

Se trazes a cons
ciência
tranqüila, as opiniões negativas efetivamente não te alcançam.

Diante de
crítica
s recebidas, observa até que ponto são verídicas e aceitáveis, para que venhamos a retificar em nós aquilo que nos desagrada nos outros.

Conhecendo algum desequilíbrio em andamento, auxilia em silêncio naquilo em que possas cooperar sem alarde, sem referir a ninguém, quanto ao
esforço
de reajuste que sejas capaz de desenvolver.

Compadece-te dos acusa
dores e ora, em favor deles, rogando a Deus para que sejam favorecidos com a bênção de paz que desejamos para nós.
Emmanuel

quarta-feira, 30 de maio de 2012


A Escrava do Senhor
Quando João, o discípulo amado, veio Ter com Maria, anunciando-lhe a detenção do Mestre, o coração materno, consternado, recolheu-se ao santuário da prece e rogou ao Senhor Supremo poupasse o filho querido. Não era Jesus o Embaixador Divino? Não recebera a notificação dos anjos, quanto à sua condição celeste? Seu filho amado nascera para a salvação dos oprimidos... Ilustraria o nome de Israel, seria o rei diferente, cheio de amoroso poder. Curava leprosos, levantava paralíticos sem esperança. A ressurreição de Lázaro, já sepultado, não bastaria para elevá-lo ao cume da glorificação?

E Maria confiou ao D
eus de Misericórdia suas preocupações e súplicas, esperando-lhe a providência
; entretanto, João voltou em horas breves, para dizer-lhe que o Messias fora encarcerado.

A Mãe Santíssima regressou à oração em silêncio. Em pranto, implorou o favor do Pai Celestial. Confiaria nEle.

Desejava enfrentar a situação, desassombradamente, procurando as autoridades de Jerus
além. Mas, humilde e pobre, que conseguiria dos poderosos da Terra? E, acaso, não contava com a proteção do Céu? Certamente, o Deus de Bondade Infinita, que seu filho revelara ao mundo, salvá-lo-ia da prisão, restituí-lo-ia à liberdade
.

Maria manteve-se vigilante. Afastando-se da casa modesta a que se recolhera, ganhou a rua e intentou penetrar o
cárcere
; todavia, não conseguiu comover o coração dos guardas.

Noite alta, velava, súplice, entre a
angústia e a confiança
.

Mais tarde, João voltou, comunicando-lhe as novas dificuldades surgidas. O Mestre fora acusado pelos sacerdotes. Estava sozinho. E Pilatos, o administra
dor romano, hesitando entre os dispositivos da lei e as exigências do povo
, enviara o Mestre à consideração de Herodes.

Maria não pôde conter-se. Segui-lo-ia de perto.

Resoluta, abrigou-se num manto discreto e tornou à via Pública, multiplicando as rogativas ao Céu, em sua maternal aflição. Naturalmente, D
eus modificaria os acontecimentos, tocando a alma de Antipas. Não duvidaria um instante. Que fizera s
eu filho para receber afrontas? Não reverenciava a lei? Não espalhava sublimes consolações? Amparada pela convertida de Magdala, alcançou as vizinhanças do palácio do tretarca. Oh! Infinita amargura! Jesus fora vestido com uma túnica de ironia e ostentava, nas mãos, uma cana suja à maneira de cetro e, como se isso não bastasse, fora também coroado de libertar-lhe a fronte sangrenta e arrebatá-lo da situação dolorosa, mas o filho, sereno e resignado, endereçou-lhe o olhar mais significativo de toda a existência. Compreendeu que ele a induzia à oração e, em silêncio, lhe pedia confiança no Pai. Conteve-se, mas o seguiu em pranto, rogando a intervenção divina. Impossível que o Pai não se manifestasse. Não era seu filho o escolhido para a salvação? Lembrou-lhe a infância, amparada pelos anjos... Guardava a impressão de que a Estrela Brilhante, que lhe anunciara o nascimento, ainda resplandecia no alto!...

A multidão estacou, de súbito. Interrompera-se a marcha para que o governa
dor
romano se pronunciasse em definitivo.

Maria confiava. Quem sabe chegara o instante da
ordem de Deus? O Supremo Senhor poderia inspirar diretamente o juiz da causa
.

Após
ansiedades longas, Pôncio Pilatos, num esforço extremo para salvar o acusado, convidou a turba farisaica a escolher este Jesus, o Divino Benfeitor, e Barrabás, o bandido. O povo ia falar e o povo devia muitas benções ao seu filho querido. Como equiparar o Mensageiro do Pai ao malfeitor cruel que todos conheciam? A multidão, porém, manifestou-se, pedindo a liberdade para Barrabás e a crucificação para Jesus. Oh! - pensou a mãe atormentada - onde está o Eterno que não me ouve as orações? Onde permanecem os anjo
s que me falavam em luminosas promessas?

Em copioso pranto, viu s
eu filho vergado ao peso da cruz. Ele caminhava com dificuldade, corpo trêmulo pelas vergastadas recebidas e, obedecendo ao instinto natural, Maria avançou para oferecer-lhe auxílio. Contiveram-na, todavia, os soldados que rodeavam o Condenado Divino.

Angustiada, recordou-se repentinamente de Abraão. O generoso patriarca, noutro tempo, movido pela voz de D
eus, conduzira o filho amado ao sacrifício. Seguira Isaac inocente, dilacerado de dor atendendo a recomendação de Jeová, mas, eis que no instante derradeiro, o Senhor determinou o contrário, e o pai de Israel regressara ao santuário doméstico em soberano triunfo. Certamente, o Deus Compassivo escutava-lhe as súplicas e reservava-lhe júbilo igual. Jesus desceria do Calvário, vitorioso, para o seu amor
, continuando no apostolado da redenção; no entanto, dolorosamente surpreendida, viu-o içado no madeiro, entre ladrões.

Oh! A terrível
angústia
daquela hora!! ... Por que não a ouvira o Poderoso Pai?? Que fizera para não lhe merecer a benção?

Desalentada, ferida, ouvia a voz do filho, recomendando-a aos cuidados de João, o companheiro fiel. Registrou-lhe, humilhada, as palavras derradeiras. Mas, quando a sublime cabeça pend
eu inerte, Maria recordou a visita do anjo, antes do Natal Divino. Em retrospecto maravilhoso, escutou-lhe a saudação celestial. Misteriosa força assenhoreava-se-lhe do espírito
.

Sim... Jesus era s
eu filho, todavia, antes de tudo, era o Mensageiro de Deus. Ela possuía desejos humanos, mas o Supremo Senhor guardava eternos e insondáveis desígnios. O carinho materno poderia sofrer, contudo, a Vontade Celeste regozijava-se. Poderia haver lágrimas em seus olhos, mas brilhariam festas de vitória no Reino de Deus. Suplicara aparentemente em vão, porquanto, certo, o Todo-Poderoso atendera-lhe os rogos, não segundo os seus anseios de mãe e sim de acordo com seu planos divino
s.

Foi então que, Maria, compreendendo a
perfeição, a misericórdia e justiça da Vontade do Pai, ajoelhou-se aos pés da cruz e, contemplando o filho morto, repetiu as inesquecíveis afirmações: - "Senhor, eis aqui a tua serva! Cumpra-se em mim, segundo a tua palavra!".
Irmão X

terça-feira, 29 de maio de 2012


Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre - tal é a Lei.
ALLAN KARDEC

Não se deve constranger ninguém a aceitar nossa Doutrina

O problema não é de ensinar ou não ensinar o Espiritismo, mas sim da excelência do ensino cultural e a educação que se deve dar à juventude e à infância.

Não devemos repetir o erro que comet
eu
a Igreja Católica, que tentou impor odiosamente seus postulados e em nada melhorou a Humanidade.

Não podemos profissionalizar o ensino da Doutrina e não será
justo
exigir do professor espírita, que lecione matéria curricular sem ganhar e, se receber, estará profissionalizando o ensino da Doutrina. O ensino da Doutrina é no Centro, nos trabalhos de evangelização.

O Instituto é para
educar
e ensinar com honradez e dignidade, dando exemplo de lisura no cumprimento do dever de ensinar.

Devemos melhorar as condições culturais do Educandário, a fim de que ele seja conceituado pelo valor do ensino e pela
conduta
exemplar espírita...

O Ginásio
espírita
será conhecido não porque ensina Espiritismo, mas pela qualidade excelente do ensino que oferece aos alunos espíritas ou não.

Imaginem o resultado de maus exemplos dados por professores
espírita
s, que ensinam Espiritismo a alunos que não são espíritas e especialmente aos espíritas.

Que os pais
espírita
s levem seus filhos aos Centros, pois lá é que devem aprender Espiritismo.

No currículo escolar por enquanto não é lógico e nem aplicável o ensino da Doutrina, pois nem sequer possuímos um sistema uniforme para o ensino doutrinário.

Não devemos ser mais intolerantes que os católicos, devemos agir com equilíbrio e
bom
senso.

É preferível que o Espiritismo soe
bem
aos ouvidos dos jovens estudantes não espíritas pela atitude correta dos professores espíritas e pelo valor do ensino que ministrem, do que assumindo uma atitude antipática que nos situe como intolerantes.

Na hora grave que o Brasil atravessa, deve sobressair o
esforço
cultural do Instituto, procurando contribuir para o bom ensino e educação da juventude.
Lins de Vasconcelos

segunda-feira, 28 de maio de 2012


Buscando a Felicidade
A felicidade que pode realmente não existir na Terra, enquanto a Terra padecer a dolorosa influenciação de um só gemido de sofrimento, pode existir na alma humana, quando a criatura compreender que a felicidade verdadeira é sempre aquela que conseguimos criar para a felicidade do próximo.

O primeiro passo, porém, para a aquisição de semelhante riqueza é o nosso entendimento das
leis que nos regem, para que o egoísmo e a ambição não nos assaltem a vida.

O n
egociante que armazena toneladas de arroz, com o propósito de lucro fácil, não poderá ingeri-lo, senão na quantidade de alguns gramas por refeição.

O dono da fábrica de tecidos, interessado em reter o agasalho devido a milhões, não vestirá senão um costume exclusivo para resguardar-se contra a intempérie.

E o proprietário de extensas vilas, que delibera locupletar-se com o suor dos próprios irmãos, não poderá habitar senão uma casa só e ocupar, dentro dela, um só aposento para o s
eu próprio repouso.

Tudo na
existência está subordinado a princípios que não podemos desrespeitar sem dano para nós mesmos, e, por esse motivo, a felicidade pura e simples é aquela que sabe retirar da vida os seus dons preciosos sem qualquer insulto ao direito ou à necessidade dos semelhantes.

Assim, pois, tudo aquilo que amontoamos, no mundo, em torno de nós, a pretexto de desfrutar privilégios e favores com pre
juízo
dos outros, redunda sempre em perigosa ilusão a envenenar-nos o espírito.

Felicidade é como qualquer recurso que só adquire valor quando em circulação em benefício de todos.

Em
razão
disso, saibamos dar do que somos e a distribuir daquilo que retemos, em favor dos que nos partilham a marcha, porque somente a felicidade que se divide é aquela que realmente se multiplica para ser nossa alegria e nossa luz, aqui e além, hoje e sempre.

EmmanuelDo livro: Inspiração, Médium: Francisco Cândido Xavier

domingo, 27 de maio de 2012

Espiritismo aplicado

Quando criei o título deste artigo, imaginei que as pessoas irão corretamente pensar em conhecimentos doutrinários aplicados no mundo, não apenas nos ambientes favoráveis como o Centro Espírita. Mas, na realidade muitos espíritas ainda evitam a sua clara exposição de fé nas atividades cotidianas, procurando ser morais e bons sem, no entanto, dizerem qual a sua motivação.
Sinto imensa alegria ao verificar que aos poucos as coisas estão mudando sob esse aspecto. Há décadas o Espiritismo tem conquistado o respeito das pessoas e isso facilita que mais integrantes de sua seara sejam encorajados a exporem-se sem medo de retaliações, pois o preconceito religioso consegue ser cruel tanto quanto qualquer outro tipo de preconceito.
A questão é que ostensivamente podemos ser, por exemplo, “médicos espíritas", além de “espíritas médicos“; da mesma forma podemos ser “advogados espíritas“, “juízes espíritas“, “professores espíritas“, “escritores espíritas“, “jogadores de futebol espíritas“… são infinitos os papéis sociais que podem ser exercidos com a vestimenta moral do espírita.
Sei que muitos discordarão quando digo que precisamos nos expor mais quanto a questão da fé, pois acham que seria uma espécie de imposição. Mas se me permitem, sou exemplo vivo de que estão equivocados. Por ser expansiva e direta, nunca omito a minha condição de espírita, aproveitando toda e qualquer oportunidade para fazer referência a essa situação. E por não ver separação entre a moral espírita e a moral humana necessária para uma boa existência, nunca desvinculo meus atos da fonte que os motivou.
Essa atitude de transparência nitidamente atrai a atenção das pessoas para a realidade espírita: fazem questionamentos, pedem dicas de livros, perguntam onde podem assistir palestras, procuram para obter vibrações em momentos de dificuldades, isso dentre outras reações tão positivas quanto as citadas. Esse modo de ser, além de tudo, privilegia o relacionamento e a conversa aberta sobre fé e religião com católicos, evangélicos, testemunhas de jeová, umbandistas, ateus, budistas e quem mais quiser.
Usei-me como exemplo por saber que o que digo é fato, mas é certo que que cada leitor pode experimentar por si mesmo e tirar a dúvida. Em se tratando de exposição da condição de espírita, diga-se, aliás, que há tempos existem diversos grupos de profissionais espíritas que se reúnem para estudar a profissão e a sua intervenção no mundo sob a ótica espírita. Esses grupos são de profissionais e espíritas, os quais unem os dois aspectos de suas existências em um mundo só, o da prática profissional moralizada pelo conhecimento doutrinário. Já existe a Associação Jurídico-Espírita, a Associação dos Magistrados Espíritas, a Associação de Médicos Espíritas, a União dos Delegados Espíritas, dentre outros grupos nacionais e internacionais. Uma boa notícia nesse sentido: em março último realizou-se o I Encontro Nacional de Parlamentares e Políticos Espíritas - imaginem o impacto positivo na política, o interesse real pela moralidade?!.
Vamos, portanto, nos expor mais, pois sempre seremos exemplos. Não temamos essa exposição, é possível – embora eu admita que isso seja, as vezes, um grande desafio – ser espíritas no mundo dos negócios, na vida profissional, na política, nos relacionamentos em geral.


Recomendo!
Vania Mugnato de Vasconcelos

sábado, 26 de maio de 2012



A batuta do Maestro José Queiroga (de terno)
comandava o Coral nos anos 70 em Sousa (PB).

A Surpresa do Crente

O devoto feliz experimentava a doce comoção do espetáculo celeste. Mais que a perspectiva do plano divino, porém, via, extasiado, o Senhor à frente dele.

Chorava, ébrio de júbilo. Sim, era o Mestre que se er
guia, ali, inundando-lhe o espírito de alegria e de luz.

Sentia-se compensado de todos os tormentos da vida humana. Esquecera espinhos e pedras, dificuldades e
dores.

Não vivia, agora, o instante supremo da realização? Não esperara, im
pacientemente, aquele minuto divino? Suspirara, muitos anos, por repousar na bem-aventurança. Recolhera-se em si próprio, no mundo, aguardando aquela hora de imortalidade e beleza. Fugira aos homens, renunciara aos mais singelos prazeres, distanciara-se das contradições da existência terrestre, afastara-se de todos os companheiros de humanidade, que se mantinham possuídos pela ilusão ou pelo mal. Assombrado com as perturbações sociais de seu tempo e receoso de complicar-se, no domínio das responsabilidades, asilara-se no místico santuário da adoração e aguardara o Senhor que resplandecia glorificado, ali diante dos seus olhos.

Jesus aprox
imou-se e saudou-o.

Oh! semelhante
manifestação de carinho embriagava-o de ventura. Sentia-se mais poderoso e mais feliz que todos os príncipes do mundo, reunidos!...

O Divino Mestre sorriu e perguntou-lhe:

– Dize-me,
discípulo querido, onde puseste os ensinamentos que te dei?

O crente levou a destra ao tórax opresso de
alegria e respondeu:

– No coração.

– Onde guardaste – tornou o Amigo Sublime – minhas continuadas bênçãos de paz e misericórdia?

– No coração – retrucou o interpelado.

– E as luzes que acendi, em torno de t
eus passos?

– Tenho-as no coração – repetiu o devoto, possuído de intenso júbilo.

O Mestre silenciou por instantes e indagou novamente:

– E os dons que te ministrei?

– Permanecem comigo – informou o aprendiz –, no recôndito da
alma.

Silenciou o Cristo e, depois de longo intervalo, inquiriu, ainda:

– Ouve! onde arquivaste a
, as dádivas, as oportunidades de santificação, as esperanças e os bens infinitos que te foram entregues em meu nome?

Reafirmou o
discípulo, reverente e humilde:

– Depositei-os no coração, Senhor!...

A essa altura, interromp
eu-se o diálogo comovente. Jesus calou-se num véu de melancolia sublime, que lhe transparecia do rosto.

O devoto perd
eu a expressão de beatitude inicial e, reparando que o Mestre se mantinha em silêncio, indagou:

– Benfeitor Divino, poderei
doravante abrigar-me na paz inalterável de tua graça? Já que fiz o depósito sagrado de tuas bênçãos em meu coração, gozarei o descanso eterno em teu jardim de infinito amor?

O Mestre meneou tristemente a cabeça e redargüiu:

– Ainda não!... O trabalho é a única ferramenta que pode construir o palácio do repouso legít
imo. Por enquanto, serias aqui um poço admirável e valioso pelo conteúdo, mas incomunicável e inútil... Volta, pois, à Terra! Convive com os bons e os maus, justos e injustos, ignorantes e sábios, ricos e pobres, distribuindo os bens que represaste! Regressa, meu amigo, regressa ao mundo de onde vieste e passa todos os tesouros que guardaste no santuário do coração para a oficina de tuas mãos!...

Nesse momento, o devoto, em lágrimas, notou que o Senhor se lhe subtraía ao olhar angustiado.

Antes, porém, observou que o Cristo, embora estivesse totalmente nimbado de intensa luz, trazia nas mãos formosas e compassivas os profundos sinais dos cravos da cruz.

Irmão X

sexta-feira, 25 de maio de 2012

'
Quadro "A adoração do Bezerro de ouro",
de Nicollas Poussin.

A Consulta


Chico Xavier psicografando.
A CONSULTA

Ante o amigo que se responsabilizava pelas tarefas do templo espírita-cristão, a dama bem-posta rogava, afoita:

- Venho pedir-lhes socorro, porque minha vida está realmente transtor
nada... Ainda ontem, sonhei que meu pai, desde muito no Além, veio a nossa casa, sustentando comigo longa palestra... Acordei, de súbito, e ainda pude ver-lhe o rosto, magro e vivo, rente a mim. Acabrunhada, dirigi-lhe algumas indagações em pensamento e, com assombro, ouvi-lhe a voz, explicando-me que a morte não existe, que a vida continua e que, além do sepulcro, prossegue interessado em meu bem-estar... Entretanto, não pude furtar-me aos calafrios. Horrível sensação de pavor assaltou-me o espírito e comecei a gritar, inconscientemente. .. Que supõe vem a ser isso?

- Mediunidade, minha senhora,
mediunidade. . . - comentou o orientador, calmo e prudente.

- Ah! sim - continuou a exaltada senhora -, muitas
pessoas de minhas relações afirmam que, de fato, sou médium... Desde criança, vejo coisas e, cada noite, antes do sono, embora cerre as pálpebras, diviso vultos estranhos que me cercam o leito, sem dissipar o temor de que me vejo possuída... Como interpretar esses fatos?

- São
fenômenos de sua mediunidade - respondeu o ponderado interlocutor.

- Sim, sim - aduzia a visitante -, outras ocorrências me espantam. Muitas vezes, à sesta, ou quando em conversação com amigas, noto que
objetos se movem, junto de mim, sem contacto físico. Pancadas nos móveis, como se pessoas invisíveis desejassem conversar conosco, repetem-se ao meu lado, todos os dias. Em muitas ocasiões, vejo mãos, como se fossem de névoa translúcida, a se movimentarem, agravando-me os sustos. Como classificar esses casos?

- Mediunidade, minha irmã...

- E essa
angústia que sinto, diariamente, qual se uma luva de sombra me buscasse a garganta? Muitas vezes, fico parada, prestes a morrer... E essa asfixia vem de longe. . . Debalde, tenho experimentado tratamentos diversos. Tenho a idéia de que forças inexplicáveis me escaldam a cabeça, ao mesmo tempo em que me enregelam o corpo. Nesses instantes, ouço vozes e lamentações que me torturam o pensamento... Como definir essas impressões?

- Minha irmã, tudo isso é
mediunidade - esclareceu o mentor, seguro de si.

E a dama contou novos
sonhos, relacionando novos fatos, até que terminou por suplicar, depois de longo tempo:

- Amparem-me, por
amor de Deus!... Estou disposta a qualquer sacrifício.. .Darei o que for preciso para desvencilhar-me dos obstáculos que me levam a semelhantes perturbações...

O dirigente da instituição deixou-a extravasar as promessas brilhantes que enfi
leirava uma sobre a outra, e acentuou, em seguida:

- A solução do problema está com você. Estude e trabalhe, minha irmã. Estude, apr
imorando a personalidade que lhe é própria, para dilatar os domínios do seu pensamento, compreendendo a vida com mais largueza, e trabalhe na sementeira do bem, atraindo a cooperação e a simpatia dos outros. Renovação mental, disciplina das emoções, esforço persistente no bem e meditação sadia não devem ser desprezados na aquisição de nossa paz, que não pode ser comprada a terceiros e sim construída por nós mesmos na intimidade do coração. Para isso, o Espiritismo ser-lhe-á valioso campo de luta, no qual conhecerá, com mais segurança, as suas energias psíquicas, enriquecendo-as pela cultura edificante e pela caridade bem conduzida.

Todavia, quando a irrequieta senhora ouviu falar em
estudo, trabalho, renovação, disciplina, esforço, meditação, cultura e caridade, perdeu a eloqüência em que se distinguia. Desapontada, tartamudeou, aflita:

- Julguei obter auxilio mais facilmente...

- Sim, a senhora será ajudada a fim de ajudar-se e porque o relógio modificasse a fisionomia das horas o diretor convidou:

- Iniciemos agora, minha irmã. Nossos
estudos vão começar, à luz da prece.

- Sim - falou a enferma, desencantada -, hoje não posso, mas virei amanhã...

E saiu sem despedir-se. Os dias correram apressados.

Contudo, por mais que os amigos do Grupo a esperassem, solícitos, a consulente não mais voltou.


Irmão X

quinta-feira, 24 de maio de 2012



Hoje, retornou ao mundo Espiritual o vovô José Felix,
 aos 93 anos de existência.

DESVIOS PERIGOSOS

Certo ferroviário de extinta Companhia de Estradas de Ferro, após muitos anos de trabalho, resolveu se aposentar, cabendo a ele ensinar suas tarefas ao seu substituto. No primeiro dia de treinamento, o futuro aposentado entregou ao funcionário contratado para substituí-lo um martelo, explicando-lhe que o seu serviço consistia em bater com o mesmo nas rodas dos trens que chegassem à estação. O novo contratado perguntou por que deveria assim proceder. O ferroviário, nervoso, respondeu-lhe irado: "Ora essa: há mais de trinta anos que eu venho fazendo isso todos os dias e ainda não sei, e você, que apenas acaba de chegar, já quer saber?"

(Logicamente, a pancada na roda era para verificar, através do som produzido, se ela estava trincada).

De maneira semelhante ao ferroviário, alguns médiuns e dirigentes de centros espíritas vêm assim procedendo: adotando práticas que são perigosos desvios doutrinários. Muito embora alguns deles sejam possuidores de ilibado caráter, são desconhecedores da Doutrina Espírita e incapazes de discernir o certo do errado. Acatam cegamente as determinações dos espíritos comunicantes, sem qualquer questionamento se elas são ou não condizentes com a Doutrina dos Espíritos.
Com o desencarne, o espírito não se torna sábio, nem santo ou demônio, de uma hora para outra, como pensam alguns. Ele continua sendo o mesmo que era antes, apenas mudando de dimensão, tendo a mesma personalidade, os mesmos sentimentos, as mesmas simpatias e antipatias, os mesmos conhecimentos e as mesmas necessidades, de acordo com o seu grau de evolução. Portanto, o espírito, ao se comunicar através do médium, transmite os conceitos que possui.

Por isso, é necessário estudar, analisar e passar pelo crivo da razão toda e qualquer orientação antes de levá-la a sério, verificando se ela não conflita com a Doutrina Espírita e nem a compromete. O espírito Erasto, discípulo de Paulo, recomenda que é preferível duvidarmos de nove verdades do que acreditarmos em uma única mentira. Os Espíritos Superiores não se ofendem quando questionados; ao contrário, eles se alegram com a nossa precaução doutrinária, ao passo que os espíritos inferiores, estes sim, se ofendem e se aborrecem.
A pretexto de atualização da Doutrina, quantas obras psicografadas por espíritos, com pareceres conflitantes com a Codificação Kardequiana, estão sendo editadas, gerando confusão entre os adeptos do Espiritismo! O que é mais lamentável ainda é que algumas dessas obras são recomendadas, e até mesmo adotadas, por dirigentes espíritas menos avisados, que, por ignorância, ingenuidade, ou mesmo por envolvimento obsessivo, se deixam conduzir, comprometendo sobremaneira o Cristianismo Redivivo! São bem oportunas as palavras do espírito Emmanuel, quando afirma:

"Compreendemos, com Allan Kardec, que, na Doutrina Espírita, foi pronunciada a primeira palavra, mas, em face do caráter progressivo dos seus postulados, ninguém poderá dizer a última. Na Doutrina Espírita, não se dirá que Allan Kardec foi ultrapassado, de vez que nossos princípios avançam com o fluxo evolutivo da própria vida e, à maneira do edifício que para crescer não prescinde do alicerce, a Doutrina Espírita não fugirá das diretrizes primeiras, a fim de ampliar-se em construções mais elevadas." Sabemos que a Doutrina codificada por Kardec é o alicerce sólido, indestrutível, feito para sustentar um número infinito de andares, mas é necessário ter o cuidado de que os andares a serem construídos sobre esse alicerce sejam da mesma qualidade, estrutura e robustez, para suportarem os que forem construídos acima, caso contrário comprometerão todo o edifício. Toda e qualquer prática fora dos preceitos doutrinários é um andar fragilizado, que, com o tempo, ruirá. Compete a nós, espíritas conscientes, a grande responsabilidade de preservar a pureza do Cristianismo Redivivo, e, de forma alguma, a pretexto de tolerância cristã, usar de condescendência para com as deturpações que invadem o Espiritismo!



Ary Lex, em seu livro "Pureza Doutrinária", alerta-nos:

"É urgente e fundamental que todos aqueles que tiveram a ventura de entender o Espiritismo lutem, dia a dia, pela manutenção da pureza doutrinária. Que não se omitam. Que não se escondam atrás de um comodismo preguiçoso, alegando que, cada qual tem o direito de adotar a prática que quiser, e que cada qual vive a religião de acordo com seu grau de evolução intelectual. Realmente, não temos o direito de apontar o dedo ameaçador à face dos profitentes de outras religiões e cultos. Eles têm o direito de ter a religião que quiserem e adotar os cultos que bem entenderem. O que não se pode permitir é que, em nome do Espiritismo, se pratiquem atos totalmente condenados pela Doutrina.
Amados, não deis crédito a qualquer espírito: antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo afora."
(S. João, 1 Epístola, Cap. IV, v. 1)


Fernando Norberto Massaro

Gentileza da "Associação Espírita de Estudos Evangélicos Francisco de Paula Victor", Limeira-SP.


 

quarta-feira, 23 de maio de 2012


O Homem só morre uma vez? Sim. E o Espírito? Não morre nunca.
O Homem só morre uma vez? Sim. E o Espírito? Não morre nunca.
Amigos,
O apostolo Paulo de Tarso, em sua carta aos Hebreus, capítulo 9, versículo 27, ensina: “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo ...”
Homem é o conceito amplo; corresponde à humanidade. Portanto homem na Bíblia Sagrada é o mesmo que humanidade.
Humanidade é o gênero que abrange as duas espécies humanas: homem e mulher. Essa é a definição que está na Bíblia Sagrada em Gênesis, capítulo 5, versículos 1 e 2: “Este é o livro da história da família de Adão. Quando Deus criou o homem, ele o fez à imagem de Deus. Criou-os homem e mulher, e os abençoou, e deu-lhes o nome de homem no dia em que os criou.” (Bíblia Sagrada. Edição Claretiana. 2003).
Portanto homem é o espírito encarnado, ou reencarnado.
Da mesma forma a mulher também é um espírito encarnado, ou reencarnado.
Depois que morrem, tanto o homem como a mulher voltam a ser espírito.
Realmente Paulo de Tarso tem razão: o HOMEM só morre uma vez.
O espírito encarnado (HOMEM OU MULHER), só morre uma vez mesmo. Com a morte, os laços fluídicos que mantinham o espírito imortal ligado ao corpo de carne mortal se desfazem, e o espírito imortal retorna ao plano espiritual. Já o corpo de carne é sepultado no cemitério, ou cremado, ou seus órgãos são doados ou o corpo será estudado pela Ciência.
 
Observemos que Paulo de Tarso jamais disse que ao ESPÍRITO está ordenado morrer uma vez. Paulo disse que apenas ao HOMEM (homem ou mulher) está ordenado morrer uma vez.
O apóstolo Paulo sabia que o ESPÍRITO é imortal. Por isso afirmou categoricamente que apenas ao HOMEM é ordenado morrer uma vez.

O Consolador Prometido por Jesus, o Espírito de Verdade, através das respostas às perguntas formuladas em “O Livro dos Espíritos”, em especial na questão 136, alínea “a”, afirma: “... desde que cessa a vida do corpo, a alma o abandona ... a morte do corpo rompe os laços que o prendem à alma e esta o abandona ... a alma não pode habitar um corpo privado de vida orgânica.”
Amigos. Cada encarnação é única.
Apenas como exemplo, Marcelo é o meu nome nesta vida, bem como são desta vida as demais circunstâncias que envolvem a minha atual encarnação, como o país, estado, cidade, sexo masculino, profissão, a esposa com quem me casei, os meus filhos, minha religião, meus pais, irmãos, grupo familiar, enfim, todas essas, e outras circunstâncias dizem respeito às minhas experiências evolutivas tão somente na presente encarnação.
Nas minhas próximas reencarnações outras serão as circunstâncias, de acordo com as minhas necessidades evolutivas, a serem avaliadas antes de reencarnar.
Paulo de Tarso tem razão. O homem só morre uma vez. Pois cada encarnação é única e as circunstâncias que a envolvem são bem específicas, de acordo com as necessidades evolutivas do espírito naquele momento.
Jamais nos esqueçamos. Paulo de Tarso nunca disse que ao ESPÍRITO está ordenado morrer uma vez. Ele sabia que o espírito é imortal.
Um grande abraço a todos.
Marcelo Badaró Duarte.
Fonte: UNIVERSOESPÍRITA

terça-feira, 22 de maio de 2012


Sebastião Gomes de Oliveira 82 anos de existência,
hoje albergado na Casa.  

Comportamentos Esdrúxulos



Autor: Vianna de Carvalho (espírito)


A criatura humana, pela sua procedência espiritual, está equipada de recursos que lhe facultam a crença natural na imortalidade da alma. Nela predomina o atavismo da fé espontânea, que lhe constitui recurso iluminativo, provendo-lhe de ânimo para a resistência a quaisquer adversidades e infortúnios, por sentir que a existência corporal é, sem dúvida, uma experiência educacional e não a realidade em toda a sua exuberância.

No entanto, à medida que envereda pelos meandros do comportamento conflitivo, elabora mecanismos de resistências contra a sobrevivência, em inquietantes tentativas de aniquilar a vida, como, se dessa forma, se pudesse evadir por definitivo do sofrimento e das frustrações. Inconscientemente, rebela-se contra os impositivos da evolução, e, guindando-se ao prazer, gostaria que as sensações tivessem uma duração indefinida, longe de responsabilidades e esforços. Nesse momento, predominam-lhe as sensações e deixa-se iludir pelas falsas alegrias que desfruta. Toda a historiografia da vida é formada na evidência da imortalidade da alma, que sempre se tem feito presente em todos os fastos do pensamento, nos diferentes povos e épocas transatas. Apesar

disso, o desejo do aniquilamento, para fugir dos defeitos dos atos, despertam-lhe um sentimento utópico de negação com o qual se debate nos variados sistemas que cria, para sustentar o conceito estranho do aniquilamento da vida.

Compreende-se que indivíduos de formação acadêmica, trabalhados pelos fatos palpáveis dos seus laboratórios, invistam na consumpção do ser, quando cessam os fenômenos biológicos, procurando ignorar, por sistema e hábito, a premissa do espírito como ser causal, anterior ao corpo e a ele sobrevivente. Todavia, quando religiosos buscam apoio em doutrinas de investigação parapsicológica, chegando a conclusões excludentes da interferência dos seres espirituais na vida, essa conduta surpreendente é, pelo menos, esdrúxula, porque pregando a imortalidade com apoio na teologia da sua fé, recusam-se a aceitar os fatos que a comprovam, procurando explicações materialistas para todos os fenômenos paranormais, sem se concederem a possibilidade daqueles de natureza mediúnica.

Esse comportamento disfarça os conflitos que pairam nas suas mentes e as profundas frustrações que lhes assinalam a existência que lhes parece inútil, já que direcionada para doutrinas que lhes não enriqueceram o coração, nem harmonizaram as aspirações da inteligência com as propostas dos sentimentos.

Assim também procedem as pessoas que se dizem vinculadas a doutrinas espiritualistas, assinaladas pela razão, que tiveram oportunidade de investigar os fenômenos paranormais e concluíram pela presença dos seres espirituais, no entanto, agem como se o corpo lhes fosse o único bem de que dispõem, permitindo-se extravagâncias e excentricidades, quando não se entregam ao uso desordenado dos recursos do prazer, que os consomem. Além disso, quando não se permitem os mecanismos de autodestruição, agem contrariamente aos postulados imortalistas, que trabalham o caráter do ser dulcificando-o, desenvolvendo-lhe os sentimentos superiores da tolerância, da compreensão das dificuldades e limites das outras pessoas. Têm, esses que assim se conduzem, atitudes arrogantes, prepotentes, exibicionistas, agindo, sempre que possível, de forma contrária aos cânones espirituais de elevação. Mesmo quando se dedicam ao trabalho de transformação moral para melhor, impõem sua forma de ser, estabelecendo normas que seguem, certamente, mas que desejam transformarem método de comportamento para os demais.

É sempre estranhável o comportamento do indivíduo que se diz espiritualista em geral ou espírita em particular, quando extrapola os limites do respeito aos direitos alheios, ou se torna fiscal impiedoso do seu próximo.

A visão da imortalidade trabalha o íntimo do indivíduo, ensejando-lhe a superação dos instintos primitivos que o agrilhoam à inferioridade, promovendo-o a degraus mais elevados na escala do progresso.

A certeza da transitoriedade orgânica faculta uma preparação continua para a vida futura, auxiliando no desapego dos bens do mundo, mas também dos tesouros do orgulho e das vaidades de toda ordem, que cedem lugar à humildade de reconhecer-se como aprendiz da vida em constante aprimoramento.

A descrença tem as suas vantagens que se caracterizam pela acomodação à indiferença pelo esforço de tornar-se melhor em conhecimento, em sentimento, deixando-se arrastar pela revolta contra os Códigos da Vida e encharcando-se de pessimismo, quando não de agressividade. A morte, porém, no seu périplo de visitar todos os seres, sempre chega e arrebata, convidando, então, às tardias reflexões entre revoltas e desesperos que se anestesiam nas futuras reencarnações silenciosas do sofrimento. São assim tratados todos aqueles que da vida, somente esperam recompensas e tripudiam sobre os elevados sistemas de preservação dos valores espirituais. Agindo insensatamente, embora as advertências que lhes chegam de todo lado, estabelecem os ditames do porvir, a eles submetendo-se para aprender a progredir, já que, incursos no programa da imortalidade, não se podem evadir de si mesmos nem do infinito curso da evolução.

Merece ainda anotação, o comportamento particular das pessoas que apelam para a negação, quando indagam: - Consideremos que haja um processo de evolução. E quando se atinge esse estado, que se passa a fazer; que acontece?

Acostumadas a tudo definir, a tudo limitar, pretendem de um golpe alcançar a finalidade máxima da vida e entender o que seja perfeição nos parâmetros dos seus particulares conceitos de finalismo, de gozo, de realização interior.

Adaptadas ao imediatismo da sensação, encontram-se distantes do significado da harmonia em considerando-se que os seus objetivos são tormentosos momentos de exaustão pelos sentidos, não possuindo sensibilidade para detectar as emoções superiores do êxtase, da elevação psíquica, das paisagens imateriais dos mundos transcendentes, onde não existem a dor a frustração, a morte, as ausências...

Todos aqueles que se propõe sempre a negar a imortalidade da alma, procurando demonstrar que a vida material sintetiza a realidade do existir; enfrentarão, naturalmente, o próprio despertar além das sombras angustiantes dos processos de fixação perturbadora, a que se deixaram conduzir.

Poderoso, inevitável, o tempo acompanha o deperecimento de tudo e de todos, as suas transformações, decadências, glórias e vicissitudes, até o momento da morte, quando abre os painéis da vida exuberante, inalienável, propondo novos cometimentos e realizações futuras, em nome da Harmonia, da Beleza que predominam no Universo.

(Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, na noite de 17 de abril de 1996, na cidade de Leiria, Portugal.)

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Suicídio NUNCA. Veja o porquê.
CINCO LEMBRETES ANTI-SUICIDIO


1. A vida não acaba com a morte.
A morte não significa o fim da vida, mas somente uma passagem para uma outra vida: a espiritual.

2. Os problemas não acabam com a morte.

Eles são provas ou expiações, que nos possibilitam a evolução espiritual, quando os enfrentamos com coragem e serenidade. Quem acredita estar escapando dos problemas pela porta do suicídio está somente adiando a situação.

3. O sofrimento não acaba com a morte.

O suicídio só faz aumentar o sofrimento. Os espíritos de suicidas que puderam se comunicar conosco descrevem as dores terríveis que tiveram de sofrer, ao adentrar o Mundo Espiritual, devido ao rompimento abrupto dos liames entre o Espírito e o corpo. Para alguns suicidas o desligamento é tão difícil, que eles chegam a sentir seu corpo se decompondo. Além disso, há o remorso por ter transgredido gravemente a lei de Deus, perante a qual suicidar-se equivale a cometer um assassinato.

4. A morte não apaga nossas falhas.

A responsabilidade pelas faltas cometidas é inevitável e intransferível. Elas permanecem em nossa consciência até que a reparemos.

5. A Doutrina Espírita propicia esperança e consolação quando oferece a certeza da continuidade infinita da vida, que é tanto mais feliz quanto melhor suportamos as provas do presente.

Retirado do livro Palavras Simples,
Verdades Profundas, de Rita Folker
EME Editora

domingo, 20 de maio de 2012


O SILÊNCIO

O silêncio ajuda sempre:

Quando ouvimos palavras infelizes.
Quando alguém está irritado.
Quando a maledicência nos procura.
Quando a ofensa nos golpeia.
Quando alguém se encoleriza.
Quando a crítica nos fere.
Quando escutamos a calúnia.
Quando a ignorância nos acusa.
Quando o orgulho nos humilha.
Quando a vaidade nos provoca.

O silêncio é a gentileza do perdão que se cala e espera o tempo.

Meimei
Xavier, Francisco Cândido.
Da obra: Pai Nosso.