terça-feira, 31 de julho de 2012

ESPÍRITO E VIDA

Joanna de Ãngelis.

ESPÍRITO E VIDA


Ainda hoje, no turbilhão da vida moderna, o Evangelho de Jesus é lição incomparável, veiculando em cada fasto o espírito da vida para a atormentada mente humana..

No momento mesmo em que para psicólogos respeitáveis teimam por negar a realidade insofismável do espírito imortal, tentando reduzi-lo a uma “força exteriorizadda pelo cérebro” e não por ele manifestada, confundindo, por preconceito científico a causa ao efeito ou este àquela, a palavra do Cristo atualizada por Allan Kardec na gigantesca epopéia do Pentateuco (*), tem caráter de urgência.

Até o instante da Codificação Espírita, embora os esforços titânicos de Erasmo e Lutero, tanto quanto de outros veneráveis cristãos, a mensagem evangélica esteve confundida na “letra que mata” e no dogmatismo ultramontano, sem conseguir atingir os altos objetivos a que se destinava, no inquieto panorama sócio-moral da Humanidade.

Com a Doutrina Espírita expressões nebulosas, revelações absurdas, fenômenos ditos milagrosos e ensinamentos que se demoravam na clausura do fantástico, adquiriram coerência graças às luzes da razão, que fulgem, desde então, clarificantes e consoladoras.

Espírito e vida.

Vida do espírito.

Espírito da vida.

Na mensagem evangélica examinada em espírito ressumbra a vida da lição atualizada e oportuna.

Com os instrumentos do bom-senso e da lógica adquiridos nos conceitos espiritistas, a vida do espírito se confirma em toda sua pujança, enquanto a Doutrina mesma desata o espírito da vida para os que jazem amortalhados no preconceito ou na ignorância desta ou daquela modalidade.

O modesto trabalho que hoje apresentamos, sem pretensão de espécie alguma, foi elaborado paulatina-mente e algumas das suas páginas agora refundidas e reestruturadas já apareceram, ao seu tempo, em letra de forma, na imprensa espírita, atendendo à diretriz para a qual foram escritas: consolar e esclarecer.

Utilizamo-nos de preciosos parágrafos da Codificação Kardequiana para os estudos do presente trabalho. Estas páginas agora enfeixadas em livro se destinam a oferecer lenitivo a muitas dores, consolo a diversas aflições e sugestões fraternas à luz do Evangelho e do Espiritismo a quem se encontra ante as encruzilhadas que, muitas vezes, surpreendem a todos nós, face às atitudes que devemos ou não tomar. (1)

Não guardamos no íntimo a fantasia de conseguir qualquer posição literária e não acarinhamos outro desejo senão aquele de apresentar os resultados da própria experiência haurida diversas vezes com lágrimas acerbas, na carne e fora dela.

E assim procedemos estimulada como estamos pela identificação da ânsia de Deus que treme em cérebros e corações atormentados, em todas as esferas da vida atual.

Não faz muito tempo e o filósofo inglês Tomás Hardy, exclamou, aflito: “O homem moderno perdeu o endereço de Deus”... Alguns anos depois, o físico alemão Alberto Einstein algo desanimado, escreveu:

“Vivemos num Universo em expansão. Toda conquista, no entanto, tem levado o homem quase sempre à dissolução”...

Nosso despretencioso trabalho não pretende apresentar um novo “endereço de Deus”, antes pelo contrário, afirmar aquela direção multimilenária:

“Fazer a outrem o que se deseja que outrem lhe faça”, equivalente ao amor com que sempre e incessantemente Jesus nos tem amado.

Não conservamos a presunção de estancar, com estas páginas, o caudal da “dissolução” dos costumes em voga, mas sim mantemos a esperança de estimular os espíritos valorosos que, em luta renhida contra as manifestações inferiores, se esforçam para prosseguirem intimoratos pela senda do bem, por sabermos que o bem é bom para quem o pratica, como a verdade é luz para quem a conduz, iluminando primeiro aquele que com ela se identifica.

Enquanto as indústrias da guerra derramam o morticínio em massa e “a psicose da ansiedade”, desse estado resultante, destrói em escala igual à do câncer, Jesus hoje como ontem acalma, harmoniza, pacifica.

Seu Evangelho é rota, seus exemplos são sustentação e diretriz.

Atraidos por Sua voz à Seara da vida, trabalhadores que nos candidatamos “à última hora” ao serviço na Vinha do Amor, rumemos confiantes, renovando-nos interiormente, exemplificando em espírito e vida, a excelência da revelação que chega “à hora predita”, e aceitemos os instrumentos para arrebentar as cruéis algemas do “eu” a que nos encontramos milenarmente atados.

Agradecendo ao Senhor os júbilos do dever cumprido como serva que “dá conta da sua administração”, trabalhadora imperfeita que reconhecemos ser, suplicamos suas dadivosas bênçãos para todos nós que necessitamos do seu inefável amor.

Joanna de Ãngelis.

(Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, na sessão da noite de 2/7/ 1966, no Centro Espírita “Caminho da Redenção”, em Salvador, Bahia).


(*)Pentateuco kardequiano: “O Livro dos Espíritos”, “O Livro dos Médiuns”, “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, “O Céu e o Inferno” e “A Gênese”.
(1) Usamos para cada Obra consultada as suas letras iniciais. Por exemplo: “O Livro dos Espíritos” — O LIVRO DOS ESPÍRITOS; “O Livro dos Médiuns” — O LIVRO DOS MÉDIUNS etc., com os respectivos Capítulos e Itens donde extraimos o ensino.

As Obras consultadas foram editadas pela F. E. B., respectivamente:
O LIVRO DOS ESPÍRITOS 29ª edição; O LIVRO DOS MÉDIUNS 28ª edição; O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO 52ª edição; O CÉU E O INFERNO 19ª edição; A GÊNESE 14ª edição. (Notas da Autora espiritual).

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Responsabilidade

Responsabilidade



Deus emprestou-te filhos para que o eduques.

Deus confiou-te terras para que as cultives.

Deus mandou-te o dinheiro para servir ao Bem.

Deus te envia a saúde, a fim de que trabalhes.

Deus o fez livre, forte, e também responsável.

A vida é luz em todos, mas o mundo é de Deus.

Emmanuel

Médium: Francisco Cândido Xavier

Do livro: Senda para Deus.

domingo, 29 de julho de 2012

Enfermidades da Alma


Enfermidades da alma


Gravame de significado perigoso nos relacionamentos humanos é a intriga.

Perversa, é semelhante à erva daninha e traiçoeira que medra no jardim das amizades, gerando desconforto e agressividade.

A intriga é enfermidade da alma que se alastra perigosamente na sociedade, tornando-se terrível inimiga dos bons costumes.

O intrigante é sempre alguém infeliz e invejoso que projeta os seus conflitos onde se encontra, alegrando-se com os embaraços que proporciona no meio social.

À semelhança de cupim sorrateiro, destrói sem ser vista, até o momento em que as resistências fragilizadas em suas vítimas, rompem-se, dando lugar ao caos, à destruição.

Muitas vezes, o insensato não faz ideia do poder mefítico da intriga, permitindo-se-lhe a manifestação verbal ou gráfica, pr falta de responsabilidade ou desvio de conduta psicológica.

Da simples referência a respeito de alguém ou de algum acontecimento adulterado pela imaginação enferma, surge a rede das informações infelizes que dilaceram as vidas que lhes são o alvo inditoso.

Ninguém, na Terra, encontra-se indene à difamação das pessoas espiritualmente enfermas, e, quando são atingidas pelas flechas das narrações deturpadas, permitem-se sucumbir, abandonando os propósitos superiores em que se fixavam, sem ânimo para o prosseguimento nos ideais abraçados.

Lamentavelmente a intriga consegue grassar com imensa facilidade em quase todos os agrupamentos sociais, religiosos, familiares, políticos, de todos os matizes, em razão da presença de alguns dos seus membros que se encontram em desarmonia interior.

Todo empenho deve ser aplicado para a vitória sobre a intriga.

Cabe àqueles que são devotados ao bem não darem ouvidos à intriga que se apresenta disfarçada de maledicência, de censura em relação a outrem ausente, aplicando o antídoto do silêncio nesse trombetear da maldade.

Cuidasse o intrigante do próprio comportamento e dar-se-ia conta do quanto necessita de corrigir, em si mesmo, ao invés de projetar no seu próximo o morbo infeccioso.

Toda censura com sinais de acusação é filha da crueldade que se converte em intriga.

São célebres as intrigas das cortes, nas quais os ociosos e inúteis, compraziam-se em tecer redes vigorosas que asfixiavam as melhores expressões do trabalho, que mesmo imperfeitas ou necessitadas de aprimoramento, produziam para o bem...

Nada se edifica ou se faz sem o exercício, em cujo início os equívocos têm lugar.

As mais colossais realizações são resultado de pequenos ou incertos tentames.

O intrigante, porém, sempre ativo e vigilante, porque insidioso, logo se apropria da mínima falha que se observa em qualquer projeto para investir furibundo e devastador.


Jesus referiu-se com firmeza àquele que vê o argueiro no olho do próximo, embora a trave pesada que se encontra no seu.

Sê tu, no entanto, aquele que adota a complacência, que compreende o limite e a dificuldade do outro.

Fala, quando a tua boca possa cantar o bem de que está cheio o teu coração.

A palavra enunciada torna-te servo, enquanto que a silenciada faz-te dela senhor.

Não estás convidado para vigiar o próximo, mas para conviver e trabalhar com ele.

Tocado no sentimento pelo amor, usa a bondade nas tuas considerações em relação às demais pessoas com as quais convives ou não.

Faz-te a criatura gentil por quem todos anelam, estando sempre às ordens dos Mensageiros da luz para o serviço da fraternidade e da construção do bem no mundo.

A palavra é portadora de grande poder, tanto para estimular, conduzir à plenitude, assim como para gerar sofrimento, destruição e amargura...

Guerras terríveis, representando a inferioridade humana, surgiram de intrigas de pequeno porte, que se tornaram ameaças terríveis...

Tratados de paz e de união também são frutos do acordo pela parlamentação e pelos diálogos, pelas decisões de alto porte.

Tem, pois, cuidado com o que falas, a respeito do que ouves, vês ou participas. Serás responsável pelo efeito das expressões que externes, em razão do seu conteúdo.

Convidado a servir na Seara de Jesus, mantém-te vigilante em relação a esta enfermidade contagiante: a intriga!

Tentado, em algum momento, a acusar, a criar situações danosas, resiste e silencia, legando ao tempo a tarefa que te compete.

Isso não quer dizer conivência com o erro, mas interrupção da corrente prejudicial, mantida pela intriga. Antes, significa também a decisão de não vitalizar o mal, mantendo-te em paz, sustentado pela irrestrita confiança em Deus, na execução da tarefa abraçada, seja ela qual for.

A intriga apresenta-se de forma sutil ou atrevidamente, produzindo choques emocionais que se transformam em dores naqueles que lhes padecem a injunção cruenta.


Allan Kardec, o nobre mensageiro do Senhor, preocupado com o próprio e o comportamento dos indivíduos, buscando uma diretriz segura para evitar a intriga e outros desvios na convivência social, indagou aos Guias espirituais, conforme se lê na questão 886, de O Livro dos Espíritos:

-Qual o verdadeiro sentido da palavra
caridade, como a entendia Jesus?

E eles responderam com expressiva sabedoria:

Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.

Nessa resposta luminosa encontra-se todo um tratado de ética para o bem viver, ser feliz e contribuir para a alegria dos outros.


Joanna de Angelis Psicografia de Divaldo Pereira Franco,na reunião mediúnica de 23 de janeiro de 2012,no Centro Espírita Caminho da Redenção,em Salvador,Bahia.




sábado, 28 de julho de 2012

CUIDAR DO CORPO E DO ESPÍRITO



CUIDAR DO CORPO E DO ESPÍRITO


Todos os sábios e grandes mestres da humanidade concordam em afirmar que a verdadeira felicidade do homem aqui na terra, consiste em amar ao próximo como a si mesmo ou então fazer aos outros o que gostaríamos que os outros nos fizessem.

Algumas pessoas, no entanto talvez num ato de heroísmo, tentam amar ao próximo e se esquecem de si mesmos o que não deixa de ser uma atitude anti-natural.

Quando Jesus nos aconselhou a amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, nos ensinou a utilização da fraternidade aplicada, pois se jamais queremos o mal para nós, igualmente não os desejamos aos outros. Portanto, jamais poderemos amar a Deus se não amarmos ao próximo e também a nós mesmos. Muitas vezes equivocadamente pensamos que amar a nós mesmos é uma forma de egoísmo. Amar-nos é fundamental para nossa evolução, pois se não gostamos de nós, como esperar que outros possam gostar? O homem integral harmonizado com as forças cósmicas e divinas deve ser alma, mente, sentimento e corpo.

O homem moderno deve tentar dentro do possível, manter sua forma física, pois o corpo é o templo do espírito. A boa forma física é fundamental para que nos sintamos melhor ajudando o retardamento e deterioração de nosso corpo físico. Se quisermos, não precisamos gastar um minuto sequer na manutenção de nossa forma física com academias, ginásticas e massagens, pois andar, correr, nadar ou pular corda podem ser exercícios muito saudáveis e que todos sabem praticar. Os exercícios são tranqüilizantes e antidepressivos naturais e combatem as doenças cardíacas, a hipertensão, artrites, osteoporoses, problemas respiratórios, obesidades e outros males. Outro cuidado que temos que ter são com nossos alimentos e com a quantidade com que os ingerimos. A gula desequilibrada tem levado muita gente mais cedo para o mundo espiritual. Quantas doenças provocamos com o destempero de nossa alimentação muito rica em açúcar, gorduras saturadas e outros venenos como balas, chocolates refrigerantes e anilinas?

Mastigar bem os alimentos, comendo com equilíbrio e devagar é necessário para uma boa digestão. Ghandi nos aconselhava a: “mastigar os líquidos e beber os sólidos.” O uso excessivo de carnes vermelhas e o abuso de bebidas alcoólicas não é nada saudável para o homem. No livro dos Provérbios está escrito: “Não estejais entre os beberrões de vinho, nem entre os comilões de carne.”( Pv. 23:20).

É preciso entendermos que tanto a enfermidade quanto a saúde se originam da mente, das emoções e dos sentimentos. O mal viver, o mal sentir e o mal pensar, podem nos levar a quadros mórbidos dolorosos. Somos o que pensamos. Se insistimos em pensar no mal, na dor ou na doença atrairemos todos esses males.

Procuremos viver mais em consonância com os ensinos evangélicos, pois quanto mais nos entregamos às coisas de Deus, tudo mais, inclusive a saúde, nos será dado de acréscimo. Nada, portanto, será mais saudável para nosso corpo e mente que a luta que temos de realizar em nosso íntimo para a superação de nossos erros e dificuldades.


Extraído do livro Sândalo


sexta-feira, 27 de julho de 2012

PROBLEMAS E PROVAÇÕES


PROBLEMAS E PROVAÇÕES


Enquanto estivermos encarnados estaremos às voltas com dificuldades e lutas.

Abençoemos os problemas e as provas que a infinita sabedoria nos proporciona que visa o nosso aprimoramento.

Evitemos choros e lamentações. Todo lamento debilita nossas forças internas, necessárias para superar nossas dificuldades. Se mudarmos nossa atitude mental veremos que com valentia, venceremos às vicissitudes adversas que a vida nos impõem.

Notaremos surpresos que os obstáculos que antes achávamos insuperáveis não são tão grandes como pensávamos.

O problema é mantermos uma atitude mental positiva de triunfador.

Acreditemos em nossa força interior e tenhamos fé que Deus é nosso Pai e por isso jamais nos abandonará, por mais difícil que seja nossa provação.

Provas e problemas foram feitos para serem resolvidas com fé, empenho e muita determinação.

Façamos nossas, as palavras do apóstolo Paulo: “Tudo podemos naquele que nos conforta, tudo podemos naquele que nos fortalece.” (Fp 4:13).

Aceitemos sem desfalecimento nossas provações, confiando nas forças divinas que jamais nos abandonarão.

Temos consciência que o planeta que nos acolhe é local de expiação e dor e que a dor nos purifica e nos eleva quando a aceitamos sem revoltas.

Dores e sofrimentos devem ser aceitos com calma, resignação e até com certa alegria. A dor é o caminho mais alto para nossa ascensão e o modo mais seguro para nos afastar das futilidades e veleidades humanas.

O Cristão verdadeiro deve encarar a existência material como um curso de

provas de toda a espécie, tanto físicas quanto morais.

Não peçamos ao nosso Pai Celestial o afastamento da dor. Roguemos forças

para suportá-las. É mais sensato não solicitar o desaparecimento das pedras do nosso caminho e sim, a maneira de como nos livrarmos delas.

Jesus quando solicitava ao Pai favores em prol dos seus discípulos, assim

rogava: “Não peço que os tireis do mundo, mas que os livreis do mal” (Jo 17:15).

Aceitemos nossos sofrimentos sem revoltas e sem desespero, mas os aceitemos com resignação e paciência, pois, assim como chegaram, um dia, também partirão.

Lutemos sempre por nosso melhoramento moral, estudando, e sobretudo,

procurando vivenciar os ensinos do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo e não nos esquecermos que, na maioria das vezes, fomos nós que escolhemos as provações atuais.

O Pai jamais abandona qualquer um de seus filhos. O que hoje nos esmaga e nos parece uma calamidade insuportável, se diluirá em poucos dias ou até em poucas horas.

Com Jesus, todas, as dores e tormentas passarão e todas as lágrimas se secarão.

Se tivermos fé, veremos então que essas dores transformar-se-ão em cicatrizes e essas cicatrizes serão luzes a iluminar nossos caminhos.


Extraído do livro
SÂNDALO

quinta-feira, 26 de julho de 2012

O objetivo


"Recorda-te de que a vida é curta; esforça-te, pois, por conquistar, enquanto o podes, aquilo que vieste aqui realizar: o verdadeiro aperfeiçoamento. Possa teu espírito partir desta Terra mais puro do que quando nela entrou! Pensa que a Terra é um campo de batalha, onde a matéria e os sentidos assediam continuamente a alma; corrige teus defeitos, modifica teu caráter, reforça a tua vontade; eleva-te pelo pensamento, acima das vulgaridades da Terra e contempla o espetáculo lumisoso do céu..."
—Léon Denis, no seu livro Depois da Morte

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Defesa Contra Obsessão





Defesa Contra Obsessão




Doía ver o irmão Maurício Tessi, prostrado, na crise aguda de artrite

reumatóide. Orava, sofria, esperava.

A
dor
espraiava-se de um dos joelhos intumescido, assaltando o corpo.

Acompanhando-lhe a mãezinha desencar
nada
, Dona Etelvina, que nos fora devotada amiga na Terra, partilhávamos a oração, enquanto a equipe de enfermeiros espirituais atuava com recursos curativos do nosso plano de ação.

Finda a tarefa de auxílio, ergu
eu
-se a velha amiga e perguntou, respeitosamente, ao dirigente da turma:

– M
eu amigo, posso, na condição de mãe, saber por que motivo tanto demora a definitiva recuperação de meu
filho?

O interpelado disse a
pena
s:

– Sem dúvida. Aqui está o registro das reações dele nos dias últ
imo
s...

E com a exatidão de um técnico, no setor de trabalho que lhe é próprio, sacou da pasta pequena folha de papel em que nos foi possível, de imediato, ler as seguintes indicações, simples e expressivas, que se interrompiam justamente no dia de nossa presença, no quarto humilde:


MAURÍCIO TESSI

36 anos no corpo físico.

DOENÇA – Providencial.

FASE – Experimentação.

MÉRITO INDIVIDUAL POR SERVIÇO À COMUNIDADE, ATÉ OS PRIMEIROS SINTOMAS DA MOLÉSTIA – Nenhum.

MOTIVO – Defesa contra
obsessão
e loucura.

AUXÍLIO A RECEBER – Socorro em bases de
magnetismo curativo, somente para a sustentação de forças orgânicas e alívio controlado, até a melhora espiritual
positiva.

HISTÓRICO – Os amigos e benfeitores do interessado, residentes nas Esferas Superiores, depois de lhe endossarem a presente
reencarnação, observaram-lhe a tendência para estragar, de modo completo, a oportunidade recebida. Preocupados, solicitaram seja ele mantido em condições enfermiças, conforme os remanescentes das dívidas cármicas que ainda carrega no extrato corpóreo. Assim agiram para evitar-lhe a indesejável associação com Espíritos infelizes, procedentes de suas existências passadas, caídos, desde muito tempo, em processos de vampirização
e criminalidade, com os quais o beneficiário vinha, a pouco e pouco, se acomodando.



ANOTAÇÕES DE 4 A 28 DE JANEIRO DE 1967
<>

































DATAS DE OBSERVAÇÃO




ESTADO FÍSICO



CONDIÇÕES ESPIRITUAIS




4




Crise




Fé, oração,

humildade.



5




Melhora




Tranquilidade,

teimosia.



6




Grande melhora


Agressividade,

pensamentos escusas. Obsessores perto.



7




Crise




Obediência, conformação, gentileza.




8




Crise aguda




Elevação

moral, prece.



9




Crise aguda




Nobres promessas de serviço ao próx

imo, altura mental.



10




Melhor




Bom humor, rebeldia.




11




Grande melhora






Intolerância, idéias menos dignas, obsessores atraídos.



12




Grande melhora




Desequilíbrio,

obsessores no aposento.



13




Crise




Serenidade




14




Crise agravada




Emoções superiores




15




Crise aguda




Fé comovente,

simpatia, generosidade.



16




Melhora






Calma, irritação.



17




Grande melhroa




Pensamentos inconfessáveis,

obsessores próximos.



18




Grande melhora




Obsessores dominando.




19




Crise




Obsessores repelidos.




20




Crise aguda




Confiança em

Deus.



21




Crise aguda




Votos de trabalho santificante, planos de

caridade.



22




Melhora




Marasmo, azedume.




23




Grande melhora




Idéias lastimáveis,

obsessores interessados.



24




Grande melhora




Obsessores na

aura, caos intenrior.



25




Crise




Brandura,

confiança.



26




Crise aguda




Afabilidade,

benevolência.



27




Crise aguda




Doçura, lucidez, piedade para com os outros.




28




Crise aguda




Formosa renovação íntima. Raios de luz em momentos de

prece.



A irmã Etelvina restituiu a folha de notas, entre serena e triste, agradecendo ao

prestimoso cooperador:

– Obrigada, amigo. Maurício é m
eu filho. Antes, contudo, tanto ele e eu, quanto vós, somos filhos de Deus. E a Lei do Senhor foi criada para o bem
de nós todos.

Em seguida, nosso grupo dispersou-se, mas permaneci longo tempo, junto ao
enfermo, tentando meditar em minhas próprias necessidades e aproveitar a lição.



Irmão X
Fonte: CaminhodeLuz.com.br