sexta-feira, 17 de junho de 2011

LAR

Frederico Menezes

LAR

Muitos carregam a amargura de não conseguir ter um lar equilibrado, saudável. Uma enorme quantidade nem se toca quanto a isso e vive em um verdadeiro inferno grupal. Não há entendimento e os pais convivem com a amarga experiência de perderem seus filhos para as drogas e o desamor. As estruturas físicas se mantém, às vezes até semi novas, no entanto, as estruturas emocionais estão falidas.

O sublime laboratório do lar é conquista evolutiva de uma civilização. E é lá, nas paredes concretas e de sentimentos do lar, que se forjam as almas mais belas, aformoseadas pela afetividade pujante e pelas experiências mais marcantes na longa trajetória. Só os espíritos que vivem o drama de não ter uma família sabe o quanto custa a experiência.


Valorizar o lar e atentar para a oportunidade legada em grupo no tocante ao afeto é candidatar-se à mais altos valores da vida, na esteira do tempo.

FREDERICO MENEZES



Segue comentário valioso de "Pequenina" a respeito do texto LAR, de Frederico Menezes:
 
Olá meu querido amigo bom dia! Falando sobre o lar...Conheci meu ex marido com dezessete anos, foi o meu primeiro namorado. Casamos e fomos muito felizes. Com o passar do tempo passamos a ter uma vida a quatro:eu, ele e as crianças. Não tínhamos mais vida a dois.Parecíamos irmãos. Eu procurava convencê-lo a sairmos os dois,a criarmos romance na nossa relação, tentava mostrar que havia um vazio, mas ele dizia para não me preocupar que estava tudo bem.Apesar de tudo vivíamos em harmonia e dedicava-nos muito do lar. Mas a minha imaturidade deixou-me vulnerável: me apaixonei por outra pessoa, pedi a ele a separação. Foi horrível pois ele não aceitou e sofreu muito. Até hoje os amigos dele não falam comigo. Nos separamos e dois anos depois casei. Este casamento durou apenas um ano. Conheci uma pessoa extremamente possessiva, dominadora, ciumenta e explosiva. Quando me separei pela segunda vez estava grávida de dois meses. Aí começou a minha peleja. Ele também não aceitou, e fez a maior bagunça na minha vida...Por conta desta escolha desenvolvi três patologias: capsulite adesiva do ombro, hipertensão e urticária. Não consegui me equilibrar mais financeiramente.Comecei a trabalhar em casa com artesanato. Emocionalmente está muito difícil, mas por conta das crianças faço um esforço sobre humano para ficar melhor. Todos os dias choro lembrando do meu primeiro lar. Meu Deus quanta ilusão! Como eu daria tudo pra ter aquela família harmoniosa de volta! E tentaria resolver os problemas de uma outra forma. Aprendi da pior forma possível, e nunca mais esquecerei a lição. Desejo de coração que nínguém prove desse amargo sabor. Não me reconheço mais, nem chego perto daquela pessoa alegre e feliz que já fui um dia. As vezes quando me olho no espelho só vejo um bagaço, não ha vida mais nos meus olhos. A doutrina me ajuda, ou melhor, ela salva a minha vida, pois com certeza já teria feito uma asneira. Queria dizer que:"Nas pequenas coisas também reside a felicidade, basta aprender a vê-las e a extrair delas o essencial, com simplicidade e com vontade de viver." Muita paz e que Deus nos abençoe.

Pequenina



Não desista não Pequenina! Continue firme, seja forte! Tudo passa! Nesse mundo de relatividades nada é absoluto, só a presença de Deus! Como diz um belo orador espírita, “quando estivermos atravessando as grandes tempestades da vida, recordemos: o arco-íris é sempre mais lindo depois dos temporais!”

Peço vênia para contar um caso relacionado a Chico Xavier, de saudosa memória:

Uma mãe “perdeu” um filho num trágico acidente, e foi para Uberaba em busca de uma mensagem consoladora do seu amado filho através de Chico.

Chegando lá, as senhas eram entregues por ordem de chegada, e como ela chegou muito cedo, ela conseguiu uma.

Quando foi um pouco mais tarde, chegou uma senhora desesperada, ela tinha perdido uma criança, ainda pequena. Ela queria ser atendida pelo Chico, só que já havia acabado as senhas. Ficou em prantos! O desespero tomou conta...

E aquela senhora com a senha (a que havia conseguido, por ter chegado cedo) olhava para a outra (a que havia acabado de chegar, desesperada por não haver conseguido uma) e a enxergava muito muito triste, ficou bastante sensibilizada, e pensou “meu Deus, ela precisa mais do que eu!” E deu a senha!

A que recebeu ficou numa felicidade enorme, a abraçou efusivamente, e ambas, naturalmente, choraram, compartilharam a dor de perder um filho.

Chico começou a psicografar, quando ele vai ler a primeira mensagem...de quem era a mensagem?
Era o filho daquela que deu a senha!

E ele fala assim: “mamãe, eu não tinha condições de vir aqui hoje dar uma mensagem para a senhora. Mas o seu gesto foi tão lindo mãe, que comoveu aos Espíritos, e eles foram lá me buscar! Eu estou aqui amparado, pra te dar essa mensagem, tamanha beleza do seu gesto! Estou vivo mamãe! E muito orgulhoso da senhora!”

E a próxima mensagem? De quem era?
Da filhinha da senhora que ganhou a senha...

Talvez essa história não tenha muita relação com a sua Pequenina, mas meu intuito é mostrar que, ainda que estejamos passando por momentos muito difíceis, ainda há espaço para amar, para fazer os outros felizes...porquanto, se não percorrermos a trilha do amor ao próximo, dificilmente lograremos a felicidade em nós mesmos!

Texto de Nilson
 
Fonte: Blog de Frederico Menezes

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