QUASE QUE
DIVALDO CAI NA CILADA DE UM OBSESSOR
Fui pregar numa cidade, e hospedei-me numa residência onde havia
predominância feminina. Era uma casa rica e ampla. Duas filhas casadas e outras
solteiras. A família toda estava reunida para me receber. Logo notei o
distúrbio na filha mais velha. Aquela ansiedade, a insatisfação, o
desequilíbrio . . .
Registrei-lhe a aura muito carregada e, pelo tom, interpretei o seu
problema. Sem nada me falar, notei o drama de esposa que estava vivendo. Mas,
fui à tarefa, retornei e me deitei. Mais tarde, ouvi um ruído na porta e
acordei assustado. Uma voz me chamava:
- Divaldo, Divaldo, me ajude! Abra a porta!
Levantei-me, vesti o paletó do pijama e, quando segurei a maçaneta da
porta, vi a mão de Joanna de Ângelis, muito alva, segurando a minha. Ela me
alertou dizendo:
- Não abra essa porta e fale muito alto.
Então exclamei:
- Um minutinho, estou me vestindo.
Do outro lado vinha o sussurro:
- Abra a porta!
Eu respondia quase gritando:
- Um momento, já vou. Vá chamar sua mãe.
Enquanto falava, ouvi o clique do interruptor na sala e o estalar de um
golpe. Abri a porta rapidamente: era o pai, que estava de vigília e esbofeteara
a filha. Coloquei-me à frente do genitor e indaguei:
- Mas, o que é isto?
O pai revoltado disse:
- Minha filha é uma indigna! O marido está dormindo e ela veio te
perturbar. Não podemos ter um hóspede em casa porque ela . . . E usou
expressões muito vis.
Para defende-la disse:
- Todavia, o senhor está enganado. O senhor me respeite! A sua menina
está doente, me pediu socorro, mas, esqueci. Estava tão cansado! Você veio me
pedir passe, minha filha?
- Foi. – disse a moça.
Então, dei-lhe a mão, pedi ao pai que fosse chamar a esposa, e disse
para orarmos. Fizemos o culto do Evangelho. Enquanto isso, eu via o obsessor –
um espírito de baixa vibração moral que vampirizava a moça. Era uma obsidiada
do sexo, assaltada por volúpia sem-fim; quanto mais buscava, pior ficava. Havia
perdido a dignidade perante si mesma, odiando-se, porque o obsessor tramava o
seu suicídio ou assassínio pelo marido. Era um drama do passado. Após a leitura
evangélica, magnetizamos a água, apliquei-lhe um passe demorado. Quando
terminei, ela deu um grito dizendo:
- Mamãe, saiu algo de mim. – e abraçou a mãe chorando.
DIVALDO CONCLUI DIZENDO: “Até hoje somos amigos. Ela é avó, educou aquela
força negativa e canalizou os excessos para aplicar passes. Revelou uma bela
mediunidade curativa.
Mas, vamos supor que eu houvesse aberto a porta e ela entrasse. O pai, à
espreita, iria imaginar que havíamos combinado o encontro. Armava-se um
escândalo e, até explicar minha inocência, quem acreditaria? E com que
facilidade os escândalos tomariam corpo! Porque existe muita maldade e
maledicência, mesmo no nosso Movimento! Muitos diriam o que não poderiam
provar, dando-lhe tons e tintas de realidade! Seríamos vítimas de uma cilada
obsessiva.”
ATENÇÃO: Vigiemo-nos! Porque há uma população invisível que nos
acompanha e influencia, muito mais que simplesmente presenciar nossas ações,
transformam-nos, em instrumentos de seus desejos, manipulando-nos como se fôssemos
marionetes.
Espíritos que foram vítimas intentam vingar-se de seus algozes;
usurários defendem o ouro amoedado; ambiciosos pretendem sustentar dominação;
famintos do sexo vampirizam sexólatras; gênios da maldade semeiam confusão;
alienados da realidade espiritual perturbam familiares, viciados procuram
satisfazer o vício.
Os espíritos farejam as chagas da alma como as moscas farejam as chagas
do corpo.
Do mesmo modo que higienizamos o corpo para evitar a bicheira, limpemos
também a alma de suas impurezas para evitar a aproximação dos maus Espíritos.
Postado por GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC
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