terça-feira, 20 de outubro de 2020

 

FIDELIDADE

 

• fidelidade aos valores morais

• a Jesus

• coerência entre o falar e o fazer.

 

Texto:


Houve, em tempos passados, uma localidade denominada Sebastes. Situava-se entre a Judéia e a Síria. Foi ali que 40 legionários da 12ª legião romana deram sua vida por amor à verdade.

Presos por professarem o Cristianismo, os 40 jovens marcharam saindo da cidade, escoltados por outros tantos soldados.

À frente se desenhava o lago de águas tristes e frias. O sol se afundava na direção do poente e o vento soprava gelado.

Os tambores soavam, ditando o ritmo da marcha. E os prisioneiros foram entrando no lago. Um passo, dois, três, dez, vinte. Os pés foram chapinhando a água e eles entrando mais e mais. Só ficaram as cabeças descobertas fora dágua.

Os superiores haviam lhes decretado uma terrível forma de morrer. Ali parados, impassíveis e silenciosos iam morrer enregelados.

As luzes do crepúsculo se envolveram num manto dourado e se retiraram, deixando que a noite se apresentasse com seu cortejo de estrelas.

Ao redor do lago, nas margens, familiares e amigos oravam silenciosos. E silenciosos permaneciam os jovens dentro d’água.

Então, em nome de César, falou um oficial. Eles eram jovens  e levando em conta a sua inexperiência, seriam perdoados se jurassem fidelidade aos deuses protetores do Império.

Era tudo muito simples. Bastava queimar algumas ervas, perante o improvisado altar a Júpiter Olímpico, na outra margem do lago.

Dentro do lago, nem um mínimo movimento. O ar foi se fazendo mais frio e uma névoa começou a se erguer das águas.

Os guardas acendiam fogueiras nas margens, batiam as mãos, andavam para se aquecer. Mas os 40 legionários ficaram imóveis.

Então, eles começaram a cantar e mais forte do que o vento, o hino se ergueu como um grito vitorioso.

Era como uma cascata de esperanças feita de fé, ternura e renúncia.

Um a um, no transcorrer das horas, aquelas chamas foram se apagando na terra, para tremeluzirem na espiritualidade.

Quando nasceu o dia, somente um vivia. Um guarda se aproximou de uma mulher e lhe disse que seu filho vivia. Como ele vivera até então, teria sua vida poupada. Que ela o retirasse das águas, e em nome dele oferecesse sacrifício aos deuses romanos.

“Nunca, ” foi a resposta dela. “Se ele, consciente, não o fez, como poderia me aproveitar da sua agonia para traí-lo?”

Firmemente avançou para as águas e ali esteve com o filho até que o coração dele parou de bater. Depois, apertando-o firmemente nos braços, tomou o seu corpo e o veio depositar aos pés do oficial da guarda. (A partir da obra A esquina de pedra/Editora O Clarim/ Wallace Leal V. Rodrigues - cap. XXVIII).

 

 Bibliografia sugerida:

01. FRANCO, Divaldo Pereira. Convite à fidelidade. In:___. Convites da vida. Pelo espírito Joanna de Ângelis. Salvador: LEAL, 1972. cap. 24.

02.______ e SANTOS, Celeste. Primeiras experiências. In:___. A veneranda Joanna de Ângelis. Salvador:LEAL, 1987. cap. 1.

03.______. Objetivos de Joanna. A obra. In:___. Op. cit. cap. 10.

04.TEIXEIRA, J. Raul. Escândalos e fidelidade. In:___. Cintilação das estrelas. Pelo espírito Camilo. Niterói:FRÁTER, 1992. cap. 24.

05.______. A rama pujante. In:___. Quem é o Cristo? Pelo espírito Francisco de Paula Vítor. Niterói:FRÁTER, 1997. cap. 28.

06.______. Amor e fidelidade. In:___. Vida e mensagem. Pelo espírito Francisco de Paula Vitor. Niterói: FRÁTER, 1993. cap. 18.

07.______. Fidelidade e trabalho. In:___. Op. cit. cap. 16.

08.VIEIRA, Waldo. Perante a codificação kardequiana. In:___. Conduta espírita. Pelo espírito André Luiz. 2. ed. Rio de Janeiro:FEB, 1961.cap. 45.

09.______. Perante Jesus. In:___. Op. cit. cap. 47.

10.XAVIER, Francisco Cândido. Fidelidade a Deus. In:___. Boa nova. Pelo espírito Humberto de Campos. 8. ed. Rio de Janeiro:FEB, 1963. cap. 6.

11.______. Joana de Cusa. In:___. Op. cit. cap. 15.

 

Fonte: Federação Espírita do Paraná

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