quinta-feira, 22 de outubro de 2020

 

PROVIDÊNCIA DIVINA

 

• ação de Deus nas vidas humanas

• os amigos, os contratempos, o não de Deus

• a Providência Divina não falha

 

Texto:


Conta-se que o conquistador mongol Genghis-Khan tinha como animal de estimação um falcão. Com ele saía a caçar. Era seu amigo inseparável.

Certo dia, em uma das suas jornadas, com o falcão como companhia, sentiu muita sede. Aproximou-se de um rochedo de onde um filete de água límpida brotava.

Tomou da sua taça, encheu até à borda e levou aos lábios. No mesmo instante, o falcão se jogou contra a taça e o líquido precioso caiu ao chão.

Genghis-Khan ficou muito irritado. Levou a taça novamente até o filete de água e tornou a encher. De novo, antes que ele pudesse beber uma gota sequer, o falcão investiu contra sua mão, fazendo com que caísse ao chão a taça e se perdesse a água.

Desta vez o impiedoso conquistador olhou para a ave e falou:

“Vou tornar a encher a taça. Se você a derrubar outra vez, impedindo que eu beba, você perderá a vida.”

Na mão direita segurando a espada mongol, com a esquerda ele tornou a colocar a taça debaixo do filete de água e a encheu.

No exato momento que a levava aos lábios, o falcão voou rápido e a derrubou.

Agil como ele só, Genghis-Khan utilizou a espada e em pleno ar, decepou a cabeça do falcão, que lhe caiu morto aos pés.

Ainda com raiva, ele chutou longe o corpo do animal.

E porque a taça se tivesse quebrado na terceira queda, ele subiu pelas pedras para beber do ponto mais alto do rochedo, no que imaginou fosse a nascente da fonte.

Para sua surpresa, descobriu presa entre as pedras, bem no meio da nascente, uma enorme cobra venenosa. O animal estava morto há tempo, com certeza, porque mostrava sinais de decomposição.

Neste instante, e somente então, o grande conquistador se deu conta de que o que o falcão fizera, por três vezes, fora lhe salvar a vida, pois se bebesse daquela água contaminada, poderia adoecer e morrer.

Tardiamente, lamentou o gesto impensado que o levara a matar o animal, seu amigo.

Assim muitas vezes somos nós. A Providência Divina estabelece formas de auxílio para nós e não as entendemos. Pelo contrário, nos rebelamos. Por vezes, a presença de Deus em nossas vidas se faz através dos sábios conselhos de amigos. Contudo, quando eles vêm nos falar de como seria mais prudente agirmos nesta ou naquela circunstância, nos irritamos. E podemos chegar a romper velhas amizades.

De outras vezes, Deus estabelece que algo que desejamos intensamente, não se concretize. Algo que almejamos: um concurso, uma viagem, um prêmio, uma festa, um determinado emprego. É o suficiente para que gritemos contra o Pai, nos dizendo abandonados, esquecidos do seu apoio.  

Raras vezes paramos para pensar e analisar sobre o que nos está acontecendo. Quase nunca paramos para nos perguntar: “Não será a mão de Deus agindo, para me dizer que este não é o melhor caminho para mim?” Nada ocorre ao acaso. Tudo tem uma razão de ser. Você nunca se deu conta que um engarrafamento que o detém no trânsito por alguns preciosos minutos, pode lhe impedir ser participante de um acidente mais adiante?

Um contratempo à saída de casa, que lhe retarde a tomada do ônibus no momento que você planejava, pode ser a mão de Deus interferindo para que você não se sirva daquela condução, para não estar presente no acidente que logo acontece.

Providência Divina. Esteja atento. Busque entender as pequenas mensagens que Deus lhe envia todas as horas.

Não se irrite. Não se altere. Agradeça. A mão de Deus está agindo em seu favor, em todos os momentos, todos os dias. (A partir de história de autor desconhecido).

 

Observações:

Deus tudo provê, utilizando o próprio homem para tais fins.  

 

Sugestão bibliográfica:

01. KARDEC, Allan. Deus. In:___. A gênese. 29. ed. Rio de Janeiro:FEB, 1986. cap. II, itens 20 e 30.

02.DENIS, Léon. Ação de Deus no mundo e na história. In:___. O grande enigma. 6. ed. Rio de Janeiro:FEB, 1980. pt. 1, cap. VIII.

03. SCHUBERT, Suely Caldas. Nas mãos de Nilson. In:___. O semeador de estrelas. Salvador:LEAL, 1989. cap. 23.

04.______. Em um minuto apenas. In:___. Op. cit. cap. 24.

05. SIMONETTI, Richard. O bem maior. In:___. Encontros e desencontros. 7. ed. Bauru:SÃO JOÃO, 1994.

06.XAVIER, Francisco Cândido. O velho testamento. In:___. O consolador. Pelo espírito Emmanuel. 5. ed. Rio de Janeiro:FEB, 1970. pt. 3, cap. I, pergs. 278 a 280.

 

Fonte: Federação Espírita do Paraná

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