O médico Lucas procura o Apóstolo dos Gentios e narra os planos traçados pelos “homens da lei”.
Emmanuel narra que Saulo se fizera pálido, ao ouvir que teria que carregar o madeiro e encarar uma passagem igual a do Mestre Nazareno.
- Temos que evitar isso, por todos os meios ao nosso alcance. Como encarar essa deliberação extravagante de repetir a cena do Calvário? Qual o discípulo que teria a coragem de submeter-se a essa falsa paródia com a idéia mesquinha de atingir o plano do Mestre, no testemunho aos homens? O Sinédrio está enganado. Ninguém no mundo logrará um Calvário igual ao do Cristo.
Lucas estava assustado, ele não conseguia compreender o gesto, assim como outros muitos cristãos da época, e diz:
- Jesus não recorreu para as altas autoridades no sacrifício da cruz, e eu receio que os discípulos não saibam interpretar tua atitude, como convém.
Saulo responde, com segurança:
- Discordo de ti; se as comunidades cristãs não puderem compreender minha resolução, prefiro passar aos seus olhos como pedante e desatento, nesta hora singular da minha vida. Sou pecador e devo desprezar os elogios dos homens. Se me condenarem, não estarão em erro. Sou imperfeito e preciso testemunhar nessa condição verdadeira da minha vida. De outro modo seria perturbar minha consciência, provocando um falso apreço humano.
Saulo recorreu a Roma e lá testemunhou e morreu com os irmãos, por amor a Jesus.
Artigo dos Irmão da Casa do Caminho de Sousa, com base na obra "Paulo e Estêvão", do Espírito Emmanuel, psicografada por Chico Xavier.
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