O verdadeiro espírita, conhecedor dos princípios sublimes da sua doutrina, é um jardineiro do amor, segundo o poema imortal de Tagore.
Dia a dia, ele trabalha os canteiros do seu coração, da sua sensibilidade e da sua inteligência, removendo a terra, extraindo as ervas daninhas e semeando a boa semente das flores evangélicas.
Não basta acreditar na sobrevivência e participar de sessões ou ouvir palestras. Kardec assinalou que se conhece o verdadeiro espírita pela sua transformação moral. E essa transformação não se verifica sem o trabalho incessante do homem na modelação de si mesmo.
Os Espíritos do Senhor podem auxiliar-nos, mas o trabalho de nossa transformação é principalmente nosso, e deve ser realizado por nós mesmos.
Algumas religiões nos condenam por essa teoria do esforço próprio, alegando a existência da graça. Mas Kardec definiu a graça como a força que Deus concede ao homem de boa-vontade, para que vença as suas imperfeições.
Sabemos que existe a graça. Mas sabemos, também, que devemos nos colocar em condições de merecê-la, e que isso depende de nós mesmos. Trabalhemos, pois, diariamente, o nosso jardim interno, para sermos espíritos perfeitos.
(Herculano Pires/Chico Xavier)*
Colaboração preciosa de Marcos Paterra João Pessoa/PB
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