domingo, 15 de julho de 2012

Como Deus é bom!

O palestrante espírita Wilton Ferreira em nossa Casa.

Como Deus é bom!


Foi em 17 de agosto de 1984 que chegava a nossa CASA DO CAMINHO, o primeiro albergado chamado Vovô José Maria, vindo de Sousa (PB), o segundo de nome Ascendino, vinha da cidade de Cajazeiras (PB). A princípio, a alegria contagiou a todos, isso mesmo, a todos os irmãos do Caminho. A caminhada era iniciada, dado o primeiro passo. Para uns o trabalho dizia da responsabilidade ante o Pai da vida, o comprometimento estava acima de nossos egoísmos, para outros apenas influência, modismo, entusiasmo momentâneo, semelhante ao vento que vem e vai. Apenas assistem ao espetáculo sem comprometimento de aperfeiçoamento moral e nem atento à aproximação das vibrações crísticas e balsâmicas. Na verdade, muitos de nós vivemos, aqui e alhures, como folhas ao vento. Não sabemos aonde vamos parar, apenas seguimos o impulso e nos deleitamos com as mensagens de esperança e consolação sem, no entanto, propor a nós mesmos a veracidade da existência dos Espíritos, em face de nossas limitações que apenas enxergam o material, optando como primeiro plano o nosso “ego“, nosso bel prazer, a nossa suposta “felicidade efêmera” e como dizia Chico Anísio: “o resto que explodam”.


Quanta ignorância! Certamente nossa pretensão não é alardear obstinadamente a verdade cristalina da existência do mundo espiritual, até porque o próprio Allan Kardec já nos enunciou que “O Espiritismo anda no ar”. Assim sendo, nossa preocupação maior é instalar definitivamente em nossos corações o desejo legitimo de auxiliar, de pensar e repensar o íntegro sentimento de amor, de solidariedade e de respeito ao próximo.


Como Deus é bom! Em pleno século XXI temos o conforto da tecnologia; a ciência nos orientando à direção da Casa do Pai; a revelação Espírita bela e rica de ensinamentos, ofertando-nos os instrumentos essenciais à plenitude da paz e fortaleza da imortalidade da alma, sem, contudo, deixarmos de lado o saber que acima de nossa filosofia e do nosso conhecimento reina absoluto o Evangelho do Cristo.

Denotando, na forma primacial, que de nada adianta a informação e o conhecimento, pois a virtude em nós torna-se um desafio inatingível. É inútil temos a consciência da fragilidade do nosso corpo e a imortalidade da alma se ainda geramos dor, lágrimas e sofrimento ao nosso irmão.


Somos, normalmente, embriagados pelo poder e pelos bens materiais, confirmando os conselhos de Kardec quando, sem titubear, de forma magistral, mostrou no livro O Evangelho Segundo o Espiritismo que “O egoísmo é a grande chaga da Humanidade.”


Com integridade e sabedoria inquestionáveis ressalta com conhecimento de causa o estudioso e pesquisador francês                   
Léon Denis ao afirmar: “O Espiritismo não será a religião do futuro, mas será o futuro das religiões.”

Apesar de todo alerta oriundo do mundo espiritual, de que movemo-nos na esfera física para prosperar e construir, como candidatos a aprendizes do Evangelho, não obstante, ainda fraquejamos, desnorteamos nossos amigos e familiares com pensamentos e atitudes infantis, muito embora cientes de que repercutem nossas pobrezas na esfera espiritual, causando um impacto profundo de desesperança e tristeza pelo não cumprimento do combinado de que iríamos independente das dificuldades, vivenciar o Evangelho de Jesus.

Como Deus é bom! Como dizia o respeitável maçom e dentista Dr. Marinho, da cidade de Sousa (PB): “Deus é tão bom, mas tão bom, que permite que não acreditemos NÊLE.”
Embora saibamos que ninguém na Terra segue só.

Como dizia Paulo, o Apóstolo dos Gentis: “Estamos rodeados por uma nuvem de testemunhas.”

Somos, sobremaneira, compromissados com o bem, não importam as sugestões infelizes, pois, mesmo feridos pelas incompreensões, pelos impasses de exigências descabidas e preconceituosas, pelas antipatias gratuitas e traiçoeiras daqueles que se dizem amigos e/ou irmãos, não poderão afetar o nosso bom-humor e vontade férrea de perseverar na pratica do bem, do amor e da caridade; restando-nos orar para apagar o fogo que queima o coração daqueles que não amam, quando na verdade, representam o papel de um cachorro deitado em cima de um feno, que nem come nem deixam a vaca ou o cavalo faminto se alimentarem.

A nossa proposta é servir, compreender e passar, segundo o espírito de Emmanuel. Nada conseguiremos sem esforços, sem trabalho, sem compromisso com o Amor. Sejamos pacientes a evolução é lenta, a subida é íngreme, nosso objetivo é o Evangelho, mas para que a Obra seja concluída é necessário, indispensável e inadiável arregimentar trabalhadores e recursos materiais para soerguimento da Casa.

Mas o que aconteceu? Onde estão os trabalhadores que se dispuseram a seguir Jesus? E a nobre Dama que empenhou sua palavra em troca de união, do plano redentor de Luz a envolver os nossos corações necessitados de amparo e carinho? O projeto da Casa, inspirado em Jesus, está plasmado no mundo espiritual aguardando a boa vontade dos verdadeiros Obreiros do bem.

O tempo Urge! A Casa reclama que abandonemos o comodismo e o orgulho, deixemos de lado idéias desconexas, temerárias e vãs. O norte da execução dos trabalhos é a dedicação constante ao próximo.

A espiritualidade Superior, atenta aos nossos comportamentos inseguros, bizarros e aparentemente desajuizados, deverá utilizar para o nosso despertar, metodologia apropriada, não usando-se mais de sangue derramado e carnificina animalesca. A priori, o desenvolvimento moral e material quer queiramos ou não acontecerá quando teremos uma sociedade mais justa, integra e culta com relação às coisas do espírito.

A fase de transição que atravessamos em nosso planeta, denota com vigor a mudança sendo efetivada, com a minimização da atuação das sombras e no comando a proposta cristã de fidelidade à verdade. Quem viver, verá. Os fatos sublimes evidenciam por toda parte a determinação, a satisfação, a importância do exemplo que precisamos ofertar na abnegação da vivencia do Amor incondicional, como única forma de entrar na vibração do Mestre e Senhor Jesus.

Hoje, 11.07.2012, assistimos as exéquias do estimado professor Ramiro, que educou várias gerações da cidade de Sousa, embora, muitas vezes, sendo necessária a utilização de duas palmatória de aroeira (árvore nativa do sertão paraibano, de madeira dura, cuja casca tem propriedades medicinais). Atualmente, tal instrumento uns dizem de tortura, outros de educação comportamental, método amplamente contestado pela educação moderna, não obstante, fato é que aquela época reeducou muitos alunos na base da palmatória, conforme relatos de pais de alunos, afirmavam: Já considerava caso perdido a situação do meu filho e o professor Ramiro resolvia pela autoridade, pela disciplina e pela odiada palmatória. Mas, ela (palmatória) fazia um bem que só os pais sabiam.


Como Deus é bom! A existência na Terra não é o fim, mais o meio de educar o nosso coração. As dificuldades que nos deixam bobos e cegos são o dinheiro, poder, vaidade e orgulho, pois são efêmeros. Os reveses da vida são oportunidades benditas para amenizar as consciências culpadas, fracassadas de outras vidas, haja vista que a justiça verdadeira vai além das aparências, além de tudo, todos somos irmãos em aprendizagem e não inimigos.

Como Deus é bom! Tinha razão nosso genitor Walter Sarmento de Sá ao declamar, com voz grave, a poesia do poeta carioca Francisco Otaviano, com o título “Ilusões da Vida,” conforme se segue:
Quem passou pela vida em branca nuvem
E em plácido repouso adormeceu,
Quem não sentiu o frio da desgraça,
Quem passou pela vida e não sofreu,
Foi espectro de homem - não foi homem,
Só passou pela vida - não viveu.




Walter Sarmento de Sá Filho.



 

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