Um
sábio me falou isto:
– “O Cristo
em Jerusalém?
Não
vive lá, Jesus Cristo
Está
onde esteja o bem.”
***
Enquanto
me concentrava na redação desta breve introdução, lia em horas disponíveis um
compêndio tratando da Astronomia e do Universo em expansão. Recolho nas páginas
admiráveis desse compêndio os seguintes dados científicos:
O
observatório de Monte Palomar, nos Estados Unidos, consegue abranger, numa
única chapa fotográfica, dez bilhões de sóis; a Via-Láctea, à qual pertencemos,
é composta de 200 mil estrelas, sendo o nosso Sol uma dessas estrelas, de
tamanho apenas mediano, embora 109 vezes maior do que a Terra – pelo Equador.
Cada galáxia contém centenas de milhares, ou milhões, ou bilhões de estrelas,
sendo que o raio desse observatório permite entrever um bilhão de galáxias. A
luz viaja a uma velocidade, necessita de oito minutos para chegar à Terra; a
Constelação Andrômeda, uma das mais próximas da nossa Via-Láctea, necessita de
680,000 anos-luz até tocar nosso planeta, existindo galáxias cujas distâncias
são superiores a milhões de bilhões de anos-luz. Quase ao fim de uma longa
existência de pesquisa debruçado sobre a imensidão cósmica, e sentindo a
proximidade da morte, exclama Isaac Newton: “Ignoro o que o mundo pensa de mim,
mas tenho a impressão de nunca haver sido, em toda a minha vida, senão um
garotinho brincando à beira do mar e se divertindo com descobrir, aqui e ali,
uma pedrinha mais polida ou uma concha mais bonita que as outras, enquanto o
grande oceano da Verdade se estendia, pleno de mistérios, diante de meus olhos.
Há um Ser Infinito que governa tudo, é Deus quem dirige o balé do Universo”. A
Cosmologia comprovou que o Universo se
move
em contínua expansão, enquanto as galáxias se afastam rapidamente umas das
outras em direção a rumos desconhecidos.
Uma
única colher de café, se contivesse massa dos chamados espaços ou “buracos
negros”, onde a matéria fica concentrada ao extremo, pesaria em torno de um
bilhão de toneladas.
Os
“quasar” do espaço, ou nebulosas gasosas dotadas das luminosidades azul e ultravioleta,
de intensidade espantosa e com cauda de luz saindo de um dos flancos, embora
não sejam classificadas como cometa, estrela ou planeta, emitem sinais de
radioeletricidade com freqüência e potência desconcertantes.
Também
numa colher das de café existem 50,000,000,000,000,000 de átomos, sem falar nos
sub átomos.
O
macrocosmo e o microcosmo contêm enigmas de estonteante grandeza, harmonia e
equilíbrio perfeitos!
Observando
tudo isso, analisando, medindo e comparando, os sábios e astrônomos que se
debruçam sobre a mais ampla das ciências – a Cosmologia – após um esforço
desesperado de compreensão abrangente, afirmam, entre perplexos e desiludidos:
“Nada sabemos acerca da origem e da razão de ser do Universo e de tudo o que
nele há”. Depois que os homens aprenderam a se orientar pelos astros, a
Cosmologia, teoricamente, tornou-se uma ciência inútil!
A
grande janela aberta para o Céu por Copérnico, Tycho Brahe, Kepler e Galileu,
Newton e Willian Herschel, de repente se revela um espetáculo tão grandioso
quanto vazio de sentido. “Por que tudo isso? Para que existem esses bilhões de
mundos aparentemente estéreis, mudos e despovoados? Para onde vão as galáxias?
Por que esses bilhões de astros anódinos – e conhecemos apenas uma fração deles
– não respondem aos nossos sinais e interpelações?”
Renova-se,
através das gerações, a firmativa de Jesus quando diz que Deus confunde os
sábios com aquilo que revela aos simples pela graça da fé. “Há muitas moradas
na casa de meu pai; se assim não fosse, já eu vo-lo teria dito.” (S. João – 24
– 1 a 3)
Outro
dia, numa reunião fraterna de amigos no Hospital Espírita de Porto Alegre,
presentes o professor Cícero Marcos Teixeira, os doutores Nei da Silva Pinheiro
e José Jorge da Silva, e este vosso servidor, considerava-se a grandiosidade de
Deus relembrando a célebre frase de Santo Agostinho: “Que absurdo não crer!”
FERNADO WORM
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