segunda-feira, 15 de junho de 2020



Um sábio me falou isto:

– “O Cristo em Jerusalém?

Não vive lá, Jesus Cristo

Está onde esteja o bem.”


***

Enquanto me concentrava na redação desta breve introdução, lia em horas disponíveis um compêndio tratando da Astronomia e do Universo em expansão. Recolho nas páginas admiráveis desse compêndio os seguintes dados científicos:

O observatório de Monte Palomar, nos Estados Unidos, consegue abranger, numa única chapa fotográfica, dez bilhões de sóis; a Via-Láctea, à qual pertencemos, é composta de 200 mil estrelas, sendo o nosso Sol uma dessas estrelas, de tamanho apenas mediano, embora 109 vezes maior do que a Terra – pelo Equador. Cada galáxia contém centenas de milhares, ou milhões, ou bilhões de estrelas, sendo que o raio desse observatório permite entrever um bilhão de galáxias. A luz viaja a uma velocidade, necessita de oito minutos para chegar à Terra; a Constelação Andrômeda, uma das mais próximas da nossa Via-Láctea, necessita de 680,000 anos-luz até tocar nosso planeta, existindo galáxias cujas distâncias são superiores a milhões de bilhões de anos-luz. Quase ao fim de uma longa existência de pesquisa debruçado sobre a imensidão cósmica, e sentindo a proximidade da morte, exclama Isaac Newton: “Ignoro o que o mundo pensa de mim, mas tenho a impressão de nunca haver sido, em toda a minha vida, senão um garotinho brincando à beira do mar e se divertindo com descobrir, aqui e ali, uma pedrinha mais polida ou uma concha mais bonita que as outras, enquanto o grande oceano da Verdade se estendia, pleno de mistérios, diante de meus olhos. Há um Ser Infinito que governa tudo, é Deus quem dirige o balé do Universo”. A Cosmologia comprovou que o Universo se

move em contínua expansão, enquanto as galáxias se afastam rapidamente umas das outras em direção a rumos desconhecidos.

Uma única colher de café, se contivesse massa dos chamados espaços ou “buracos negros”, onde a matéria fica concentrada ao extremo, pesaria em torno de um bilhão de toneladas.

Os “quasar” do espaço, ou nebulosas gasosas dotadas das luminosidades azul e ultravioleta, de intensidade espantosa e com cauda de luz saindo de um dos flancos, embora não sejam classificadas como cometa, estrela ou planeta, emitem sinais de radioeletricidade com freqüência e potência desconcertantes.

Também numa colher das de café existem 50,000,000,000,000,000 de átomos, sem falar nos sub átomos.

O macrocosmo e o microcosmo contêm enigmas de estonteante grandeza, harmonia e equilíbrio perfeitos!

Observando tudo isso, analisando, medindo e comparando, os sábios e astrônomos que se debruçam sobre a mais ampla das ciências – a Cosmologia – após um esforço desesperado de compreensão abrangente, afirmam, entre perplexos e desiludidos: “Nada sabemos acerca da origem e da razão de ser do Universo e de tudo o que nele há”. Depois que os homens aprenderam a se orientar pelos astros, a Cosmologia, teoricamente, tornou-se uma ciência inútil!

A grande janela aberta para o Céu por Copérnico, Tycho Brahe, Kepler e Galileu, Newton e Willian Herschel, de repente se revela um espetáculo tão grandioso quanto vazio de sentido. “Por que tudo isso? Para que existem esses bilhões de mundos aparentemente estéreis, mudos e despovoados? Para onde vão as galáxias? Por que esses bilhões de astros anódinos – e conhecemos apenas uma fração deles – não respondem aos nossos sinais e interpelações?”

Renova-se, através das gerações, a firmativa de Jesus quando diz que Deus confunde os sábios com aquilo que revela aos simples pela graça da fé. “Há muitas moradas na casa de meu pai; se assim não fosse, já eu vo-lo teria dito.” (S. João – 24 – 1 a 3)

Outro dia, numa reunião fraterna de amigos no Hospital Espírita de Porto Alegre, presentes o professor Cícero Marcos Teixeira, os doutores Nei da Silva Pinheiro e José Jorge da Silva, e este vosso servidor, considerava-se a grandiosidade de Deus relembrando a célebre frase de Santo Agostinho: “Que absurdo não crer!”

FERNADO WORM

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