O SALÁRIO DA ABNEGAÇÃO.
Qualquer trabalhador exerce as
suas atividades profissionais dentro de limites determinados que o fazem credor
de salário específico. No entanto, se o profissional, em qualquer setor de
atividade humana ultrapassa as fronteiras naturais das próprias obrigações,
guarda merecimento superior, à importância do vencimento estabelecido.
Semelhante salário – extra;
corresponde à abnegação.
As leis terrestres não
recompensam o mérito extraordinário, por falta absoluta dos meios de aferição.
Assim, a abnegação do espírito
encarnado, seja qual for o setor em que moureja, é paga pela Lei Divina que
define o valor de cada ser no Plano Espiritual.
O trabalho comum, na Terra, é
recompensado pela moeda a exprimir-se por honorários; o trabalho extra, no
reino do espírito, é pago em recursos de ascensão para a alma.
O trabalho ordinário conduz o
servidor ao domínio horizontal do meio em que vive; o trabalho extraordinário
eleva-o, em sentido vertical, às Esferas Superiores.
Exemplificando, vemos o professor
que apenas procura cumprir determinado plano de aulas, dedicando-se
exclusivamente ao mister que lhe é próprio, dentro do limite mínimo de esforço
e tempo, a receber a paga integral do serviço nos honorários que percebe.
Todavia, aquele que transfigura o magistério em sacerdócio, ajudando aos
discípulos, nos horários extra escolares, esmerando-se em estudos contínuos da
matéria que leciona para superar o programa rotineiro, habilita-se a crédito
extraordinário, de vez que demonstra rendimento superior ao exigido pelos próprios
encargos. Semelhante educador receberá naturalmente o salário maior a que fez
jus pela abnegação que revelou.
Quem pagará, entre os homens, o
devotamente do coração feminino que se decide a recolher no próprio regaço os
filhinhos alheios.
Qual instituto humano remunerará
o desvelo da criatura generosa que apóia com desinteresse e carinho os
companheiros em sofrimento?
Eis porque, contrapondo-se à
orientação do esforço mínimo, a abnegação é sempre o esforço máximo, somente
compensável pelos cofres da Bondade Divina.
Cumpre as obrigações que te cabem
e granjearás vencimento justo na Terra.
Faze mais que o dever, pelo bem
de todos, e, conforme as lições de Jesus, amontoarás tesouros nos Céus.
JOÃO
MODESTO.
LIVRO
“IDEAL ESPÍRITA” PSICOGRAFIA: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
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