sábado, 11 de abril de 2020


Mensagem de Irmão


A vida na Terra se assemelha a um estágio em magnífica escola.
A reencarnação é abençoada oportunidade de crescimento espiritual.
Somos, porém, aprendizes rebeldes e incipientes.
Malbaratamos o tempo.
Desprezamos a lição.
Olvidamos os compromissos.
Quando sofremos, recorremos a Deus, ensaiando humildade.
Quando felizes, nem sequer nos lembramos de agradecer ao Dispensador de todas as graças.
É que em contato com a matéria densa, o espírito deixa-se hipnotizar pelos cânticos da ilusão. O imediatismo predomina em suas decisões.
Para o homem comum, importa viver o “agora” com intensidade. Falta-lhe, portanto, senso de eternidade.
Por isso, justamente, a dor se faz companheira constante em nossos caminhos... Ela nos recorda a fugacidade da vida física e nos reconduz à senda do bem.
Ai do homem, se não sofresse!...
Mas Deus não quer o sofrimento voluntário, aquele abismo em que muitos se precipitam para fugir à dor que nos aprimora interiormente. O sofrimento natural é uma luz mas, provocado, qual o suicídio, é uma infelicidade que a palavra não define.
Procuremos na caridade o nosso cajado para a subida do monte escarpado da evolução.
Amemos os nossos semelhantes.
Esforcemo-nos para perdoar as ofensas, sem guardar ressentimento no coração.
Não percamos de vista os passos do Senhor, que transitou no mundo entre zombarias e sarcasmos.
Façamos da oração o nosso pão espiritual, cujo fermento divino é a fé que raciocina.
Tenhamos sempre uma palavra de otimismo e um sorriso de esperança para oferecer aos que nos buscam a presença.
Visitemos os doentes nos hospitais, porquanto somos espíritos enfermos, necessitados também da visitação diária do Divino Médico.
Não nos queixemos de sacrifício; antes agradeçamos a Jesus que nos aceita como somos em seu ministério santo entre os homens.
Aprendamos a silenciar as nossas mágoas. A lamentação improdutiva é peso na própria alma, impedindo-nos de seguir à frente.
Que Deus seja sempre louvado em todas as providências que toma para que nós, os seus filhos, possamos viver segundo a sua Vontade.
Restaurando o Evangelho, o Espiritismo aplicado em nossas vidas é o sol que nos ilumina, desfazendo as sombras que, há séculos, pairam sobre o nosso entendimento.
Irmãos, deixo-lhes aqui o meu afetuoso abraço, na certeza de que a morte não existe e que o Senhor vela por cada um de nós.

Sebastião Carmelita


(Soneto recebido pelo médium Francisco Cândido Xavier, em sessão pública do Centro Espírita “Amor ao Próximo”, em Leopoldina, MG, na noite de 28-6-50.)

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