domingo, 18 de junho de 2017

Tarefas humildes

Reunião pública de 31-7-61 1ª Parte, cap. VIII, item 13
Anseias, em verdade, pela grande sublimação.
Anotaste a biografia dos paladinos da solidariedade e ambicionas comungar-lhes a experiência.
Choraste, sob forte emoção, ao conhecer-lhes a vida, nos lances mais duros, e quiseras igualmente desprender o coração de todos os laços inferiores.
*
Recordas Vicente de Paulo, o herói da beneficência, olvidando possibilidades de dominação política, a fim de proteger os necessitados.
Pensas em Florence Nightingale, a mulher admirável que esteve quase um século entre os homens, dedicando-se aos feridos e aos doentes, sem quaisquer intenções subalternas.
Refletes em Damião, o apóstolo que se esqueceu da própria mocidade, para entregar-se ao conforto dos nossos irmãos enfermos de Molokai.
Meditas em Gandhi, o missionário da não-violência, que renunciou a todos os privilégios, a fim de ajudar a libertação do povo.
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Sabes que todos os campeões da fraternidade no mundo nunca se acomodaram a expectação improdutiva. Em razão disso, estimarias seguir-lhes, imediatamente, o rastro luminoso; entretanto, trazes ainda a alma presa a pequeninas obrigações que não podes menosprezar... Não te amofines, porém, diante delas. Todas as dificuldades e todos os dissabores do caminho terrestre são provas e medidas da tua capacidade moral para a Estrada Gloriosa.
Chão relvoso é começo de floresta.
Humanidade é sementeira de angelitude.
Penetremos o bem verdadeiro para que o bem verdadeiro penetre em nós.
É indispensável que o espírito aprenda a ser grande nas tarefas humildes, para que saiba ser humilde nas grandes tarefas.
Na relatividade dos conceitos humanos, ninguém, na Terra, pode ser bom para todos; contudo, ninguém existe que não possa iniciar-se, desde já, na virtude, sendo bom para alguém.

Francisco Cândido Xavier
 
Justiça Divina
 
Estudos e dissertações em torno da obra
“O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec
 
Ditado pelo Espírito
Emmanuel
 

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