quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Somos Espíritos imortais




43. Mediunidade com Jesus - Em sua explanação, Alexandre situava com precisão o dever do trabalhador ante o compromisso. – O problema da glória mediúnica, disse o instrutor, não consiste em ser instrumento de determinadas Inteligências, mas em ser instrumento fiel da Divindade. Para isso é indispensável desenvolver nossos próprios princípios divinos, porquanto sem o Cristo a mediunidade é simples "meio de comunicação" e nada mais, mera possibilidade de informação, como tantas outras, da qual poderão assenhorear-se também os interessados em perturbações. Se as máquinas mais simples da Terra pedem o treinamento prévio do operário, para que o setor de produção não desmereça em qualidade e quantidade, como esperar que a mediunidade sublime se reduza a serviços automáticos, a puras manifestações de mecanismo fisiológico, sem educação e responsabilidade? Alexandre acentuou, em seguida, a importância do preparo individual, sobretudo no campo do sentimento e das aplicações legítimas, para que o médium se converta em agente do bem, e não das trevas. Que dizer dos discípulos que estudam sempre, sem jamais aplicarem? Que dizer dos companheiros portadores de luzes verbais para os outros, que nunca se iluminam a si mesmos? Mediunidade não é disposição da carne transitória e sim expressão do Espírito imortal. Evidentemente, o intercâmbio aprimorado entre os dois planos requer sadias condições do vaso fisiológico, mas o corpo é instrumento elevado nas mãos do artista, que deve ser divino. Se aspiramos ao desenvolvimento superior, abandonemos os planos inferiores. Se pretendemos o intercâmbio com os sábios, cresçamos no conhecimento, valorizemos as experiências, intensifiquemos as luzes do raciocínio! Se, por fim, aguardamos a companhia dos santos, santifiquemo-nos na luta de cada dia, porque as entidades angélicas não ficam insuladas nos júbilos celestes e trabalham também pelo aperfeiçoamento do mundo. Tornemo-nos bondosos. Sem afabilidade e doçura, sem compreensão fraternal e sem atitudes edificantes, não poderemos entender os Espíritos afáveis e amigos, elevados e construtivos. (Cap. 9, págs. 98 a 103)


44. Verbalismo sem obras - Depois de asseverar que a mediunidade não é somente um sexto sentido, nem é dom de privilegiados, mas sim qualidade comum a todos os homens demandando a boa vontade sincera no terreno da elevação, o instrutor Alexandre prosseguiu a sua explanação aludindo ao futuro, em que o serviço dessa natureza pertencerá a todas as criaturas, porque todos nós somos Espíritos imortais. É preciso, pois, intensificar nosso esforço espiritual, renovando as disposições milenárias do pensamento animalizado do mundo, construindo estradas sólidas para a fraternidade legítima, concretizando as obras de elevação dos sentimentos e dos raciocínios das criaturas e formando bases cristãs que santifiquem o curso das relações entre os homens! "Não provoqueis o desenvolvimento prematuro de vossas faculdades psíquicas!" – asseverou Alexandre. "Ver sem compreender ou ouvir sem discernir pode ocasionar desastres vultosos ao coração. Buscai, acima de tudo, progredir na virtude e aprimorar sentimentos. Acentuai o próprio equilíbrio e o Senhor vos abrirá a porta dos novos conhecimentos!". É preciso, enfatizou o palestrante, desligar-nos do excessivo verbalismo sem obras! Não apenas das obras do bem exteriorizadas no plano físico, mas, particularmente, das construções silenciosas da renúncia, do trabalho de cada dia no entendimento de Jesus-Cristo, da paciência, da esperança, do perdão, que se efetuam portas a dentro da alma, no grande país de nossas experiências interiores! Em todos os labores terrestres, transformemo-nos na Vontade de Nosso Pai e, nos serviços da fé, não queiramos fazer baixar até nós os Espíritos superiores, mas aprendamos a subir até eles, conscientes de que os caminhos de intercâmbio são os mesmos para todos e que mais vale elevar o coração para receber o infinito bem, que exigir o sacrifício dos benfeitores! Jamais permitamos que o egoísmo e a vaidade, os apetites inferiores e as tiranias do "eu" nos empanem a faculdade de refletir a Divina Luz. Coloquemos as expressões fenomênicas dos nossos trabalhos em segundo plano, lembrando sempre de que o Espírito é tudo! (Cap. 9, págs. 104 a 106)

MISSIONÁRIOS DA LUZ
André Luiz
Obra psicografada por Francisco Cândido Xavier
 


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