JESUS NO DESERTO. |
CONDIÇÕES DA PRECE
Irmão Saulo
“As condições da prece foram claramente definidas por Jesus”, escreveu Kardec no capítulo XX.VII de O Evangelho Segundo o Espiritismo. E para prová-la transcreveu os trechos dos Evangelhos de Mateus (6:5-8), de Marcos (11:25 e 26) e de Lucas (18:9-14) que a seguir comentou. -No item 22 desse capítulo inseriu uma comunicação mediúnica do pastor protestante Monod intitulado “Modo de orar”.
Nessa comunicação Monod adverte: “O primeiro dever de toda criatura humana, o primeiro ato que deve assinalar o seu retorno à atividade diária é a prece. Vós orais, quase todos, mas quão poucos sabem realmente orar!” E passa a discorrer sobre a oração e a melhor maneira de fazê-la, acentuando: “Pedi, antes de tudo, para vos tornardes melhores e vereis que torrentes de graças e consolações se derramarão sobre vós”.
Nas reuniões com Chico Xavier várias pessoas são convidadas a falar sobre o tema de estudos da noite. Esses temas são escolhidos pelos espíritos que dirigem os trabalhos, pois o livro é aberto ao acaso e cai sempre um tópico referente às preocupações dominantes no recinto. Lido o texto, passa-se aos comentários e no final o médium recebe uma comunicação psicográfica.
Todas as explicações já haviam sido dadas, todos os comentários já haviam sido feitos quando Maria Dolores trouxe, através do médium, o seu aparte do Além. E preferiu fazê-lo em forma de exemplo. Ao invés de dar uma nova explicação, fez a sua prece a Jesus. Essa prece corresponde exatamente às condições definidas por Monod. É um agradecimento espontâneo pelas graças recebidas e um pedido para maior atividade no campo da fraternidade e do amor. As condições da prece e a maneira de fazê-la estão bem claras nesse poema em que a inspiração da poetisa confirma, em versos, as lições do Evangelho.
Do livro “Na Era do Espírito”. Psicografia de Francisco C. Xavier e Herculano Pires. Espíritos Diversos
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