33. Fidelidade a Deus - Reunido a sós com seus discípulos, Jesus ensinou que na causa de Deus a fidelidade deve ser uma das primeiras virtudes. Nós não podemos duvidar da fidelidade de Nosso Pai. “Sua dedicação -- disse Jesus -- nos cerca os espíritos, desde o primeiro dia. Ainda não o conhecíamos e já ele nos amava.” (P. 44)
34. Dito isto, o Mestre acrescentou: “Tudo na vida tem o preço que lhe corresponde. Se vacilais receosos ante as bênçãos do sacrifício e as alegrias do trabalho, meditai nos tributos que a fidelidade ao mundo exige. O prazer não costuma cobrar do homem um imposto alto e doloroso? Quanto pagarão, em flagelações íntimas, o vaidoso e o avarento? Qual o preço que o mundo reclama ao gozador e ao mentiroso?” (P. 45)
35. Timidamente, Tiago, filho de Alfeu, contou-lhes então a história de um amigo que arruinara a saúde, por excessos nos prazeres condenáveis. Tadeu falou de um conhecido que, depois de ganhar grande fortuna, se havia tornado avarento e mesquinho a ponto de privar-se do necessário, para multiplicar o número de suas moedas, acabando assassinado pelos ladrões. Pedro recordou o caso de um pescador de sua intimidade, que sucumbira tragicamente, por efeito de sua desmedida ambição. (P. 45)
36. Jesus, depois de ouvi-los, perguntou: “Não achais enorme o tributo que o mundo exige dos que se apegam aos seus gozos e riquezas? Se o mundo pede tanto, por que não poderia Deus pedir-nos lealdade ao coração?” E aduziu: “Trabalhamos agora pela instituição divina do seu reino na Terra; mas, desde quando estará o Pai trabalhando por nós?” (P. 45)
37. Na seqüência, respondendo a uma observação feita por Tiago, o Messias lembrou-lhes que nem todos podem compreen-
der a verdade de uma só vez. “Devemos considerar -- disse ele -- que o mundo está cheio de crentes que não entendem a proteção do céu, senão nos dias de tranqüilidade e de triunfo. Nós, porém, que conhecemos a vontade suprema, temos que lhe seguir o roteiro. Não devemos pensar no Deus que concede, mas no Pai que educa; não no Deus que recompensa, sim no Pai que aperfeiçoa. Daí se segue que a nossa batalha pela redenção tem de ser perseverante e sem trégua...” (P. 46)
38. Um dos discípulos então perguntou: “Mestre, não seria melhor fugirmos do mundo para viver na incessante contemplação do reino?” A resposta de Jesus foi dada em forma de pergunta: “Que diríamos do filho que se conservasse em perpétuo repouso, junto de seu pai que trabalha sem cessar, no labor da grande família?” (P. 47)
39. “Em verdade -- esclareceu o Messias --, ninguém pode servir, simultaneamente, a dois senhores. Fora absurdo viver ao mesmo tempo para os prazeres condenáveis da Terra e para as virtudes sublimes do céu. O discípulo da Boa Nova tem de servir a Deus, servindo à sua obra neste mundo. Ele sabe que se acha a laborar com muito esforço num grande campo, propriedade de seu Pai, que o observa com carinho e atenta com amor nos seus trabalhos.” E completou: “o filho de coração fiel a seu Pai se lança ao trabalho com perseverança e boa-vontade”. (P. 47)
40. Ouvindo isto, um dos filhos de Zebedeu perguntou qual a primeira qualidade a cultivar no coração para que nos sintamos plenamente identificados com a grandeza espiritual da tarefa. “Acima de todas as coisas -- respondeu Jesus -- é preciso ser fiel a Deus.” (PP. 47 e 48)
41. André indagou: “Como alguém pode ser fiel a Deus, estando enfermo?” “Ouve”, explicou Jesus. “Nos dias de calma, é fácil provar-se fidelidade e confiança. Não se prova, porém, dedicação, verdadeiramente, senão nas horas tormentosas, em que tudo parece contrariar e perecer. O enfermo tem consigo diversas possibilidades de trabalhar para Nosso Pai, com mais altas probabilidades de êxito no serviço.” (P. 48)
42. Dirigindo-se ao apóstolo, o Mestre recomendou: “André, se algum dia teus olhos se fecharem para a luz da Terra, serve a Deus com a tua palavra e com os ouvidos; se ficares mudo, toma, assim mesmo, a charrua, valendo-te das tuas mãos. Ainda que ficasses privado dos olhos e da palavra, das mãos e dos pés, poderias servir a Deus com a paciência e a coragem, porque a virtude é o verbo dessa fidelidade que nos conduzirá ao amor dos amores!”. (P. 48)
34. Dito isto, o Mestre acrescentou: “Tudo na vida tem o preço que lhe corresponde. Se vacilais receosos ante as bênçãos do sacrifício e as alegrias do trabalho, meditai nos tributos que a fidelidade ao mundo exige. O prazer não costuma cobrar do homem um imposto alto e doloroso? Quanto pagarão, em flagelações íntimas, o vaidoso e o avarento? Qual o preço que o mundo reclama ao gozador e ao mentiroso?” (P. 45)
35. Timidamente, Tiago, filho de Alfeu, contou-lhes então a história de um amigo que arruinara a saúde, por excessos nos prazeres condenáveis. Tadeu falou de um conhecido que, depois de ganhar grande fortuna, se havia tornado avarento e mesquinho a ponto de privar-se do necessário, para multiplicar o número de suas moedas, acabando assassinado pelos ladrões. Pedro recordou o caso de um pescador de sua intimidade, que sucumbira tragicamente, por efeito de sua desmedida ambição. (P. 45)
36. Jesus, depois de ouvi-los, perguntou: “Não achais enorme o tributo que o mundo exige dos que se apegam aos seus gozos e riquezas? Se o mundo pede tanto, por que não poderia Deus pedir-nos lealdade ao coração?” E aduziu: “Trabalhamos agora pela instituição divina do seu reino na Terra; mas, desde quando estará o Pai trabalhando por nós?” (P. 45)
37. Na seqüência, respondendo a uma observação feita por Tiago, o Messias lembrou-lhes que nem todos podem compreen-
der a verdade de uma só vez. “Devemos considerar -- disse ele -- que o mundo está cheio de crentes que não entendem a proteção do céu, senão nos dias de tranqüilidade e de triunfo. Nós, porém, que conhecemos a vontade suprema, temos que lhe seguir o roteiro. Não devemos pensar no Deus que concede, mas no Pai que educa; não no Deus que recompensa, sim no Pai que aperfeiçoa. Daí se segue que a nossa batalha pela redenção tem de ser perseverante e sem trégua...” (P. 46)
38. Um dos discípulos então perguntou: “Mestre, não seria melhor fugirmos do mundo para viver na incessante contemplação do reino?” A resposta de Jesus foi dada em forma de pergunta: “Que diríamos do filho que se conservasse em perpétuo repouso, junto de seu pai que trabalha sem cessar, no labor da grande família?” (P. 47)
39. “Em verdade -- esclareceu o Messias --, ninguém pode servir, simultaneamente, a dois senhores. Fora absurdo viver ao mesmo tempo para os prazeres condenáveis da Terra e para as virtudes sublimes do céu. O discípulo da Boa Nova tem de servir a Deus, servindo à sua obra neste mundo. Ele sabe que se acha a laborar com muito esforço num grande campo, propriedade de seu Pai, que o observa com carinho e atenta com amor nos seus trabalhos.” E completou: “o filho de coração fiel a seu Pai se lança ao trabalho com perseverança e boa-vontade”. (P. 47)
40. Ouvindo isto, um dos filhos de Zebedeu perguntou qual a primeira qualidade a cultivar no coração para que nos sintamos plenamente identificados com a grandeza espiritual da tarefa. “Acima de todas as coisas -- respondeu Jesus -- é preciso ser fiel a Deus.” (PP. 47 e 48)
41. André indagou: “Como alguém pode ser fiel a Deus, estando enfermo?” “Ouve”, explicou Jesus. “Nos dias de calma, é fácil provar-se fidelidade e confiança. Não se prova, porém, dedicação, verdadeiramente, senão nas horas tormentosas, em que tudo parece contrariar e perecer. O enfermo tem consigo diversas possibilidades de trabalhar para Nosso Pai, com mais altas probabilidades de êxito no serviço.” (P. 48)
42. Dirigindo-se ao apóstolo, o Mestre recomendou: “André, se algum dia teus olhos se fecharem para a luz da Terra, serve a Deus com a tua palavra e com os ouvidos; se ficares mudo, toma, assim mesmo, a charrua, valendo-te das tuas mãos. Ainda que ficasses privado dos olhos e da palavra, das mãos e dos pés, poderias servir a Deus com a paciência e a coragem, porque a virtude é o verbo dessa fidelidade que nos conduzirá ao amor dos amores!”. (P. 48)
Livro Boa Nova
Humberto de Campos, psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Editora da FEB, 11a edição, 1941.
Humberto de Campos, psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Editora da FEB, 11a edição, 1941.
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