Quando deparamos com algo que não conhecemos, fechamos nossas mentes em nossos paradigmas, e achamos erroneamente que estamos vendo algo “diferente”.
Devido à criação familiar ou político social, formamos em nossa mente um mundo o qual, muitas vezes vemos os outros com preconceito ou racismo.
Muitos de nós ao ver dois homens de mãos dadas, já os rotula de homossexuais, e ai surgem dois fatores importantes; o primeiro é: E se for homossexual? E daí?
O outro é cultural, muitas pessoas não sabem que em algumas regiões no Oriente Médio, os homens se dão as mãos e passeiam desse modo quando são amigos.
Pois é... Em meio a costumes de outros Países, ou de algumas regiões desse enorme Brasil, também em nossa volta por vezes podemos ver algo “diferente”.
Fui uma vez á uma festa em uma escola para crianças especiais, acompanhei desde a chegada dos alunos até o termino de todas as apresentações.
De inicio, como a maioria, vi logo as diferenças, muitos estavam em cadeiras de rodas, outros, dependiam de ajuda para se locomover, a maioria alem do problema físico também tinha o mental.
E fiquei impressionado, com a maneira que se respeitavam, como se divertiam, e se entendiam, ignorando completamente os problemas uns dos outros.
Mesmo com suas limitações, dançaram, cantaram, e mostraram a todos, uma capacidade de ultrapassar o limite invejável!
Vejo no dia a dia, pessoas comentando em tom de fofoca umas das outras, ironizando seus eventuais defeitos físicos ou manias, e ali, em meio aquelas crianças eu só vi respeito e solidariedade.
Para eles não havia diferença... As mães orgulhosas aplaudiam de pé a cada apresentação.
Naquela festa o diferente era eu, eram os pais e os professores.
Devido à criação familiar ou político social, formamos em nossa mente um mundo o qual, muitas vezes vemos os outros com preconceito ou racismo.
Muitos de nós ao ver dois homens de mãos dadas, já os rotula de homossexuais, e ai surgem dois fatores importantes; o primeiro é: E se for homossexual? E daí?
O outro é cultural, muitas pessoas não sabem que em algumas regiões no Oriente Médio, os homens se dão as mãos e passeiam desse modo quando são amigos.
Pois é... Em meio a costumes de outros Países, ou de algumas regiões desse enorme Brasil, também em nossa volta por vezes podemos ver algo “diferente”.
Fui uma vez á uma festa em uma escola para crianças especiais, acompanhei desde a chegada dos alunos até o termino de todas as apresentações.
De inicio, como a maioria, vi logo as diferenças, muitos estavam em cadeiras de rodas, outros, dependiam de ajuda para se locomover, a maioria alem do problema físico também tinha o mental.
E fiquei impressionado, com a maneira que se respeitavam, como se divertiam, e se entendiam, ignorando completamente os problemas uns dos outros.
Mesmo com suas limitações, dançaram, cantaram, e mostraram a todos, uma capacidade de ultrapassar o limite invejável!
Vejo no dia a dia, pessoas comentando em tom de fofoca umas das outras, ironizando seus eventuais defeitos físicos ou manias, e ali, em meio aquelas crianças eu só vi respeito e solidariedade.
Para eles não havia diferença... As mães orgulhosas aplaudiam de pé a cada apresentação.
Naquela festa o diferente era eu, eram os pais e os professores.
Somos todos diferentes... E no fundo tão iguais.
Marcos Paterra
Foto de Marcos Paterra
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SOMOS O QUE SÃO OS NOSSOS IDEAIS
Não julgues o homem só pelo que ele é — julga-o antes pelo que desejaria ser.
Melhor que a fortuita realidade caracteriza ao homem a espontânea liberdade do seu ideal.
Pode a realidade ser o corpo da nossa vida — mas o ideal é a alma do nosso ser.
Quantas vezes não é a realidade filha dum inconsciente dever — mas o ideal nasce sempre dum consciente querer.
Mais vale a espontânea liberdade que a dura necessidade.
Todo homem é aquilo pelo que vive e trabalha, luta e sofre — e não aquilo que o domina e oprime.
Quando Jesus encontrou, nos caminhos da sua peregrinação terrestre, aquela “pecadora possessa de sete demônios”, não lhe perguntou o que fora, mas sim, o que queria ser.
Imensamente triste era aquilo que Madalena fora — divinamente belo o que ela queria ser — e já era.
E o Nazareno lançou ao olvido o passado da pecadora, em atenção ao presente da convertida — e descerrou à santa as portas do futuro...
Não há ontem tão pecador que o hoje do amor não possa converter num amanhã de santidade.
Não há Satanás que resista à vontade humana aliada à graça de Deus ..
Rendeu-se o orgulho de Saulo , capitulou a luxúria de Agostinho ante a ofensiva dum grande idealismo.
Querer é poder!
Só não pode quem não sabe querer.
Tudo é possível àquele que quer.
Oh! quão injusta é toda a justiça humana!
Só tem olhos para ver o corpo dos nossos atos — e é cega para a alma da nossa atitude...
Bem fazem os artistas em representar a justiça de olhos vendados.
Quantas vezes é o homem realmente o contrário daquilo que parece ser!
Quantas vezes são os publicanos e pecadores, as Madalenas e samaritanos melhores que sacerdotes e levitas, escribas e doutores da lei, que em “largos filactérios e borlas volumosas” fazem consistir a sua santidade!
Quantas vezes voltam para casa “ajustados” os publicanos que batem no peito — e voltam ainda mais culpados os fariseus que exibem a Deus a estatística dos seus jejuns e os catálogos de sua piedade!...
Eu sou aquilo que é o meu sincero querer — ainda que o meu frágil poder não valha transformar logo em perfeita realidade os longínquos ideais do meu espírito.
Eu sou o meu ideal...
Não julgues o homem só pelo que ele é — julga-o antes pelo que desejaria ser.
Melhor que a fortuita realidade caracteriza ao homem a espontânea liberdade do seu ideal.
Pode a realidade ser o corpo da nossa vida — mas o ideal é a alma do nosso ser.
Quantas vezes não é a realidade filha dum inconsciente dever — mas o ideal nasce sempre dum consciente querer.
Mais vale a espontânea liberdade que a dura necessidade.
Todo homem é aquilo pelo que vive e trabalha, luta e sofre — e não aquilo que o domina e oprime.
Quando Jesus encontrou, nos caminhos da sua peregrinação terrestre, aquela “pecadora possessa de sete demônios”, não lhe perguntou o que fora, mas sim, o que queria ser.
Imensamente triste era aquilo que Madalena fora — divinamente belo o que ela queria ser — e já era.
E o Nazareno lançou ao olvido o passado da pecadora, em atenção ao presente da convertida — e descerrou à santa as portas do futuro...
Não há ontem tão pecador que o hoje do amor não possa converter num amanhã de santidade.
Não há Satanás que resista à vontade humana aliada à graça de Deus ..
Rendeu-se o orgulho de Saulo , capitulou a luxúria de Agostinho ante a ofensiva dum grande idealismo.
Querer é poder!
Só não pode quem não sabe querer.
Tudo é possível àquele que quer.
Oh! quão injusta é toda a justiça humana!
Só tem olhos para ver o corpo dos nossos atos — e é cega para a alma da nossa atitude...
Bem fazem os artistas em representar a justiça de olhos vendados.
Quantas vezes é o homem realmente o contrário daquilo que parece ser!
Quantas vezes são os publicanos e pecadores, as Madalenas e samaritanos melhores que sacerdotes e levitas, escribas e doutores da lei, que em “largos filactérios e borlas volumosas” fazem consistir a sua santidade!
Quantas vezes voltam para casa “ajustados” os publicanos que batem no peito — e voltam ainda mais culpados os fariseus que exibem a Deus a estatística dos seus jejuns e os catálogos de sua piedade!...
Eu sou aquilo que é o meu sincero querer — ainda que o meu frágil poder não valha transformar logo em perfeita realidade os longínquos ideais do meu espírito.
Eu sou o meu ideal...
(De “Alma para Alma”, de Huberto Rohden)
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