No livro “Inesquecível Chico”, dos autores Romeu Grisi e Gerson Sestini, trabalhadores e divulgadores da DoutrinaEspírita, encontramos um esclarecimento feito por Chico a esses companheiros, com respeito ao citado Cárcere Mamertino, em Roma. Contam os autores que, numa das ocasiões em visita ao médium Chico Xavier, no Grupo Espírita da Prece em Uberaba, após a reunião noturna, o famoso cafezinho tão esperado era o início dos abraços e conversações com o médium, que se estendiam até a madrugada. Porém, Chico, vendo o aglomerado de pessoas naquela noite, vindas em muitas caravanas de diversos locais, pediu-nos acompanhá-lo ao Hotel Zote, que se situava próximo ao Grupo da Prece, diante da rodovia BR-50. Ali, dizia-nos
Chico, ficaríamos mais à vontade para o nosso cafezinho. Esse local servia de parada de ônibus para Brasília e outras cidades do Brasil Central. O extenso salão era movimentado pelos passageiros que aguardavam seus respectivos ônibus, mas a chegada de Chico, com todas as pessoas, chamou a atenção e um grande aglomerado formou-se ao seu redor. Com isso, o guarda Xexéu foi despertado para que se mantivesse a ordem pública. Ele era muito conhecido e Chico sempre o estimulava para exercer, com paciência, a sua sagrada profissão de saber lidar com o povo. E Xexéu tinha profundo respeito para com o médium. Diante da preocupação em manter a ordem, pelo guarda Xexéu, Romeu lembrou-se do cartão postal que ele e Gerson mandaram ao Chico, quando estiveram em Roma. E ambos,dirigindo-se ao médium, indagaram:
— Chico, você está se lembrando do cartão postal, com vista do “Cárcere Mamertino”, em Roma, que enviamos a você?
Chico, muito atento e brincalhão, disse aos amigos:
— Vocês querem testar minha memória? Claro que lembro e tão bem quanto ao ano de 1951 e que, na época, eu residia em Pedro Leopoldo. Mas por que vocês se lembraram desse fato? Romeu, meio constrangido pela resposta de Chico, falou:
— Não, Chico, de modo nenhum queremos testá-lo, pois sabemos que estaremos em pior condição mental. O fato nos ocorreu, agora, porque gostaríamos de ouvi-lo e nos elucidar sobre o citado local, que é o mencionado nos livros, “Há Dois Mil Anos” e “Paulo e Estevão”, romances de Emmanuel. Chico, demonstrando satisfação em falar sobre o assunto, relatou:
— Foi com muita alegria que recebi o cartão postal com a vista do “Cárcere de Mamertino”, pois era a confirmaçãode sua existência, descrita nos livros “Há Dois Mil Anos” e “Paulo e Estevão”, romances recebidos por nós, de seu ilustre autor, o senhor Emmanuel. Podemos dizer que éramos iniciantes na mediunidade psicográfica e, quando vimos que esse local existia e não era fruto denossa imaginação, foi-nos muito agradável.
Demonstrando ainda alegria pela recordação do cartão, ele prosseguiu na descrição do local:
— O Cárcere Mamertino possui dois pavimentos ligados por uma escada. Consta na tradição cristã que, quando Pedro, o Apóstolo, foi preso, os guardas o atiraram violentamente pela escada abaixo. O rosto do Apóstolo bateu na parede rochosa e nela deixou um sinal, que permanece até hoje.
E quando Deus nos permitiu que viajássemos para a Europa, passamos por Roma, pois nosso desejo era o de visitarmos o local do Cárcere Mamertino, vimos que lá está o sinal deixado por Pedro, o Apóstolo, na rocha, protegido por um vidro, para que não haja dúvidas sobre o acontecimento da prisão de Pedro.
Érika
Bibliografia: Adaptação do livro “Inesquecível Chico” - Romeu Grisi e Gerson Sestini,Editora GEEM, 1ª ed., 2008.
fONTE: JORNAL ON-LINE SEAREIRO
Nenhum comentário:
Postar um comentário