segunda-feira, 23 de maio de 2011

Perdão! A vítima passiva e a vítima ativa.


Pegadas de dinossauros em Sousa-PB.


Nelson Moraes, do livro PERDÃO! O Caminho da Felicidade!

"A tecnologia encurtou distâncias e ampliou as comunicações, proporcionando ao homem tomar conhecimento em poucos instantes de tudo o que acontece no mundo. Entretanto, com todos esses recursos, por incrível que pareça, a grande maioria dos homens ainda continua ignorante da sua real natureza e da verdadeira finalidade da vida.

É essa a ignorância que contribui para o aumento da criminalidade e o crescimento constante da população carcerária em todo o mundo. Se analisarmos o problema da criminalidade de forma um pouco mais profunda, vamos perceber que, na verdade, não existem criminosos, o que existe são dois tipos de vítimas dessa ignorância: a vítima passiva e a vítima ativa.

Os violentos, os desonestos, os corruptos, e os criminosos de toda sorte são as vítimas ativas que, sem compreenderem o verdadeiro significado da vida, acham-se no direito de tomar para si o que não conseguiram conquistar pelos meios adequados e justos.

Vítimas da própria ignorância, serão julgados no tribunal da própria consciência onde o remorso os condenará a duras penas que poderão representar séculos de sofrimentos até que, como vítimas da violência que usaram hoje, resgatem seus crimes no futuro.

Por outro lado, menos doloroso, nossos irmãos que sucumbiram como vítimas passivas, provavelmente, são criminosos de outrora que retornaram ao mundo físico para resgatarem a consciência atormentada pelos crimes cometidos em encarnações passadas. Como vítimas hoje, retornaram ao mundo espiritual aliviados em suas consciências.

Aqueles que sofreram da violência apenas prejuízos morais, materiais ou físicos, com certeza, submeteram-se a provações que, se compreendidas, servirão de lastro para grandes conquistas na renovação dos seus sentimentos, resgatando os equívocos cometidos no pretérito.

Analisando as duas situações, percebe-se que o ser humano, em qualquer circunstância, é sempre uma vítima de si mesmo e da sua ignorância; além disso, o mal que pratica acaba servindo aos propósitos divinos no cumprimento das suas leis sábias e justas que punem os criminosos de ontem, através dos criminosos de hoje. Todos são dignos da nossa compreensão!

Até que consigamos superar esse período de ignorância espiritual em que vive a maioria dos seres encarnados, os cárceres, os hospitais e os manicómios estarão sempre lotados.

Não quero, sob esse argumento, isentar da culpa aqueles que optaram pelos caminhos do crime, mas apenas chamar a atenção a um sentimento que, estimulado pela média, parece se generalizar na grande maioria das mentes desprevenidas. Trata-se da ideia de que os criminosos são seres à parte do contexto social e incapazes de qualquer recuperação.

Não podemos generalizar e nem tão pouco esquecer de que, há menos de cento e cinquenta anos, as leis humanas permitiam a muitos de nós, reencarnados naquela época, dar os filhos recém nascidos dos nossos escravos como alimento aos cães e aos porcos e até matar os adultos nos troncos, sob o guiaste infame da chibata, além de nos permitir praticar abusos inconfessáveis contra as mulheres cativas.

Apesar disso, não nos tornamos criminosos perante as leis da Terra, mas ferimos profundamente as leis naturais e as leis divinas.

É por esse motivo que jamais devemos julgar ou condenar quem quer que seja. Talvez os erros que apontamos no nosso próximo sejam aqueles que mais praticamos no passado. Hoje entendemos por que Jesus desafiou a turba sequiosa pela condenação, afirmando: "Atire a primeira pedra quem não tiver pecado".

Do livro PERDÃO! O Caminho da Felicidade!
Nelson Mora


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