terça-feira, 5 de abril de 2011

A TENTAÇÃO NO DESERTO

Jesus no deserto.


A TENTAÇÃO NO DESERTO

Quando analisamos esta questão, entendemos bem porque Jesus, na cruz, pediu a Deus que perdoasse seus algozes, argumentando que eles não sabiam o que estavam fazendo. Se aquele que se compromete com o mal tivesse noção dos sofrimentos que o esperam, mudaria de imediato sua orientação de vida.

O pai, proclamava Jesus, não quer perder nenhum de seus filhos. Repito,

Deus não quer!
Isso diz tudo.

Por mais longe nos levem os nossos desatinos, ainda assim estaremos nos domínios de Deus, regidos por leis soberanas, que corrigem nossos impulsos e reajustam nossas emoções, mostrando-nos o que é bom e o que não é bom para nós.

Não há, pois, diabos.
Apenas Espíritos transviados.
A lei divina cuidará deles, impondo-lhe penosas disciplinas que os reconduzirão ao Bem.

Agora Jesus:

Jesus jamais seria tentado. Tão fantasiosa quanto a existência do diabo dedicado ao mal eterno é a idéia de que ele tenha tentado Jesus. Inteligente como o descrevem, saberia que ninguém pode ser induzido ao mal, senão pelo mal que guarda em seu próprio coração.

▬ Se a oportunidade faz o ladrão, como proclama velho ditado, devemos considerar que somente o ladrão a enxerga, inspirado em suas tendências.

▬ Se, num restaurante, deixarmos sobre a mesa um pacote de dinheiro, muitas pessoas passarão por ali indiferentes.

Mas aquele que costuma apropriar-se de bens alheios, logo pensará numa forma de aproximar-se sorrateiramente e levar as notas.

Outro exemplo:

Bela jovem sai da faculdade por volta de vinte e três horas. Posta-se no ponto de ônibus. Para muitos motoristas que passam por ali é apenas alguém que espera sua condução. Mas, para o paquerador habituado às aventuras do sexo, ela é a oportunidade de um “programa”. Estacionará o carro e a constrangerá com mal intencionada oferta de carona.

Somos tentados por nossas próprias inferioridades.

Partindo desse princípio, jamais alguém poderia tentar Jesus com perspectivas de poder, glória e riqueza. Espírito puro e perfeito, situava-se acima dos interesses e das paixões que empolgam a Humanidade. Podemos, pois, considerar esta passagem evangélica como engenhosa interpolação.

Quando muito, trata-se de uma alegoria apresentada por Jesus, tomada à conta de experiência pessoal.

Fica uma lição:

Se pretendemos condição de discípulos de Jesus é indispensável que cultivemos pureza e virtude. Sem esse empenho nossa comunhão com o Mestre será tão quimérica quando o episódio da tentação.

Richard Simonetti.
Do seu livro:
Paz na Terra.

Fonte: FORUM ESPÍRITA.




Um comentário:

  1. o que especificamente quiseste dizer que Jesus não foi tentado: Dizer que o fato não aconteceu, que isto é uma falácia? Ou simplesmente que o ocorrido para Jesus não foi tentação porque para Ele, em qualquer momento teve essa definição.
    Caso acreditas que o fato não aconteceu, seria interessante lerdes o livro: contos e apologos, de Irmao X, psicografado por Chico Xavier

    ResponderExcluir