Por Wellington Ferreira
PAULO
Genuflexo, na solidão da igreja de Corinto, Paulo orava ao Senhor suplicando socorro e auxílio para as comunidades de Pisídia, de Icônio, de Listra, de Tessalônica, de Chipre, de Jerusalém. O colégio de irmãos necessitava da palavra conciliadora e o Apóstolo dos Gentios ainda tinha o compromisso com a edificação de Corinto e com a coleta para A Casa do Caminho em Jerusalém.
“Não te preocupes com as necessidades do serviço” - disse Jesus a Paulo. “O valor da tarefa não está na presença pessoal do missionário, mas no conteúdo espiritual do seu verbo, da sua exemplificação e da sua vida”.
O Mestre Nazareno então aconselha: “poderás resolver o problema escrevendo a todos os irmãos em meu nome; os de boa vontade saberão compreender”.
Emmanuel conta que “Simão Pedro, recebendo as primeiras cópias, em Jerusalém, reuniu a comunidade e, lendo-as, comovido, declarou que as cartas do convertido de Damasco deviam ser interpretadas como cartas do Cristo aos discípulos e seguidores”.
Sob a inspiração permanente de Estêvão, por determinação do próprio Jesus, Paulo centuplicou os valores da sua tarefa missionária, exemplificando a renúncia de si mesmo e abdicando da própria vida por testemunho do amor a Jesus, o Senhor das suas existências.
KARDEC
Alan Kardec, quanto a sua missão, em diálogo com o Espírito de Verdade, recebeu a advertência: “A missão dos reformadores é prenhe de escolhos e perigos. Previno-te de que é rude a tua, porquanto se trata de abalar e transformar o mundo inteiro”.
“Ora bem! não poucos recuam quando, em vez de uma estrada florida, só vêem sob os passos urzes, pedras agudas e serpentes. Para tais missões, não basta a inteligência. Faz-se mister, primeiramente, para agradar a Deus, humildade, modéstia e desinteresse, visto que Ele abate os orgulhosos, os presunçosos e os ambiciosos. Para lutar contra os homens, são indispensáveis coragem, perseverança e inabalável firmeza”, acrescentou.
Kardec, como um singelo mestre-escola, na simplicidade dos humildes, não comprometeu o êxito da missão recebida: “devotamento, abnegação e disposição a todos os sacrifícios” foram determinantes em sua tarefa.
O Codificador, em suas fadigas diárias, pelo cansaço das lutas e embates, jamais esqueceu a orientação dada pelo mais Alto: “Vês, assim, que a tua missão está subordinada a condições que dependem de ti”.
* * *
Importante, portanto, não perder o foco: o valor da tarefa não está no personalismo, mas no que realmente somos e nos exemplos que damos.
Com base nas obras “Paulo e Estêvão”, de Emmanuel/Chico Xavier, e "Obras Póstumas", de Allan Kardec.
Nenhum comentário:
Postar um comentário