sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016


NECESSIDADE DE AÇÃO

Emmanuel

 

Os casos particulares não me permitem ser demasiado extenso, mas não me furto ao desejo de vos dizer duas palavras, corroborando a explanação elucidativa junto das preces da noite.

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Espiritismo, filhos, é luz, e é necessário que cada um daqueles que o abraçam procure brilhar, testemunhando a sua claridade.

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As nossas mensagens, a possibilidade de comunicação entre os dois mundos, são permitidas por Deus, a fim de que o homem vislumbre as realidades espirituais, aplicando-as à sua passageira vida na Terra.

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É necessário cessar a época do verbalismo vazio.

Há muitos séculos a humanidade tem vivido uma época de pura predicação sem exemplos.

O que temos visto em todos os tempos?

Tribunas, púlpitos, livros, prolixidade de pedagogia gratuita, dentro de uma multiplicidade assombrosa de demagogos e de arautos

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Chegaram os tempos da iniciativa própria, do esforço pessoal em favor da iluminação consciencial do individuo, perdido no oceano da coletividade.

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Cada homem deve e pode possuir qualidade autodidata.

Os espíritas necessitam compreender essa necessidade de ação no campo individual.  

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Ação essa que se irradiará naturalmente para o mundo largo das sociedades.

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Sem o esforço nada se terá feito.

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As obras de caridade material têm sido edificadas pela Igreja Católica.

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Seus hospitais, seus orfanatos, suas freiras, seus conventos, onde se efetuam sopas a pobres e recolhimento dos desvalidos, estão por toda parte.

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O que os espíritas não estão percebendo é que a eles compete organizar sua consciência verdadeiramente cristã nessa civilização da fome e da febre do ouro.

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É preciso que se arregimentem os exemplos de predicações pelos atos, trabalhando e enfrentando corajosamente as penúrias da vida, sem estagnação, sem fanatismo, sem recuos para épocas primitivas do pensamento.

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É doloroso que sejamos mentalidades que deveriam estar afinadas em obras evangélicas, perdidas no lábaro ingrato de doutrinações inoportunas e desnecessárias.

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Os espíritas precisam saber que obras materiais não faltam no mundo, os grandes colossos de pedra assombram as iniciativas dos mais ousados.

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Eles ficaram, de fato, com o apostolado da pobreza, da Humilde de Assis na restauração do cristianismo, mas compete-lhes fornecer com os seus exemplos na ação, na tolerância, no trabalho, no esforço, na piedade e na resignação, uma alma a esses gigantes de alvenaria.

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Faz-se necessário dar calor às cátedras imensas e frias. E esse calor só poderá nascer da fé realizadora e ativa, que trabalha e opera, longe de qualquer cristalização teórica.

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O tempo da palavra vazia passou.

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O tempo atual é dos atos.

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Aliemos os nossos esforços e trabalhemos.

Precedamos qualquer ensinamento com um exemplo de ordem pessoal.

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O mundo está intoxicado pela generalização da cultura sem base, sem bússola, sem norte espiritual.

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Aprendamos e pratiquemos, trabalhando, laborando com o nosso desprendimento, sem nos fanatizarmos, dentro das atividades que nos cabe desenvolver e dentro da tarefa que nos cabe desempenhar.  

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Se emprego o "nós", nestes meus apelos é que também aqui não descansamos.

Não estamos inativos.

A luta é condição primordial de qualquer conquista.

Aprendamos com Jesus e coloquemos ao seu serviço toda a nossa boa vontade.

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