quarta-feira, 9 de julho de 2014

O Cristo Paciente


 
O Cristo Paciente

Confrangido, observas que ao teu redor já não reagem com respeito ao que dizes; amargurado, verificas que os amigos que pensavas fiéis se mostram indiferentes às tuas necessidades; desgostoso, desistes de envidar esforços, modificando o meio e as pessoas com quem convives; indiferente, agora prossegues em atitudes que cada vez mais afastam de ti os que te poderiam auxiliar; continuas, assim, alheio à necessidade de modificação mental, saindo da faixa de amargura, negatividade e indiferença, despertando, permanentemente, para a verdadeira vida, e para a realidade do cristão: "servir o próximo, amando-o e fazendo a ele o que gostarias que te fizessem". 


Prometes, em tuas orações, modificações, mas logo a seguir, persistes na vaidade que te cega, voltando, obstinado, a recair nos mesmos erros anteriores. 

Estabelece, dessa maneira, padrão contínuo de ações e pensamentos doentios.
Enquanto o Evangelho te acena com a Paz, a tranquilidade e a harmonia, tu te voltas, indiferente e indolente, para a porta fácil dos hábitos antigos. 


O Cristo, todavia, paciente, continua a te esperar de braços abertos.

 Os Espíritos Amigos visitam teu íntimo, confuso e conflitado; recebes passes benfeitores, que se perdem, entretanto, no tumulto das tuas emoções desequilibradas, uma vez que permaneces o mesmo, encastelado no orgulho e amargurado pelas queixas. 


Ainda, não compreendestes que a vida na carne é momentânea e passageira, apenas uma pequena parcela, na totalidade de tua verdadeira vida. Essa passagem, objetiva o teu progresso e a tua evolução, pelo ressarcimento das dívidas anteriores e não pelo acúmulo de novos débitos. 


A contenção do espírito pela cadeia da matéria é momento evolutivo precioso para todos, a fim de que te consigam sobrepujar as necessidades das paixões físicas, os descontroles das emoções, disciplinando os pensamentos e as ações. Essa a finalidade da tua vida e de todos, na romagem da carne. 


Se continuas o mesmo, indo e vindo, nos queixumes e azedumes típicos dos que não progridem, estarás desperdiçando valioso tempo, sempre na contramão da vida. Observa que o tempo de que hoje dispões te foi concedido como empréstimo, para que progridas. 


Confia nos bons propósitos; multiplica os teus talentos; liberta-te da ganga aviltante dos sentimentos nocivos, cerceantes, e alça vôo, pelas obras, em direção ao Cristo paciente.

Amélia

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