quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Carta Íntima

É verdade. Conseguiste matrícula na escola da luz, a fim de que possas servir com mais segurança na causa do bem, mas encontras empeços de toda espécie, no rumo das aquisições a que te diriges.
 



Consideras muito difíceis as matérias em pauta.
 



Quantas falhas nas provas de paciência? Quantos desacertos nos exercícios da caridade? Quantos desajustes nas demonstrações de tolerância? E, sobretudo, que montão de erros nos exames do amor?
 



E choras verificando os problemas que se te afiguram insuperáveis.

Sofres com dependências e recapitulações, boletins de alarme e consequências infelizes de teus próprios enganos.
 



De quando a quando, eis que se te amplia o desencanto, observando o alto número dos companheiros que desertam das aulas e sentes que o vazio cresce ao redor da carteira de trabalho em que te vês.
 



Entretanto, não esmoreças.



Prossegue.

Possivelmente, ainda não te conscientizaste de que o professor amigo te acompanha.

Onde haveria escola sem mestre?


Ouve. O instrutor que te acolheu, de braços abertos, não te abandona.


Se ele te registra os equívocos e as crises, é que deseja conduzir-te à certeza e à serenidade nos conhecimentos
que buscas.



E se insiste contigo para que te mantenhas no aprendizado é porque te ama.

Quando te entristeces, ele é a esperança que te restaura o ânimo enfraquecido.


Quando te afliges, ei-lo a pacificar-te no clarão do discernimento.

Confia e segue adiante.



Ele sabia que vieste à escola a fim de assimilar recursos que, até agora, não possuis e, por isso mesmo, não te pede a elevação que ainda não tens.


Apóia-te nele e persevera.



Em qualquer dificuldade, chama por ele. Talvez ainda não saibas que ele, o nosso mestre, é mais conhecido pelo nome de Jesus Cristo.
 



Meimei



 

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013


Se Você Ajudar




Se você ajudar, tudo o que hoje parece ruína e fracasso surgirá amanhã renovado em dons de renascimento e vitória.



A permanência na Terra é curso de melhoria.



Entretanto, como atingir o divino objeto, se você cristaliza o potencial da simpatia e da boa vontade, na expectativa inoperante em torno do gesto de seu irmão? Como alcançar a alegria se nos confiamos à tristeza, animar a outrem, se nos rendemos às sugestões do desalento e levantar a fé no coração do próximo, se estimamos a posição horizontal da preguiça interior na incerteza?

 




Se você ajudar, porém, o mau se fará melhor e o bom se revelará excelente; as mãos enrijecidas na avareza abrir-se-ão ao seu toque de bondade e o coração endurecido descerrar-se-á, de novo, à luz, diante de sua manifestação de assistência espontânea.

 




A gentileza é a filha dileta da renúncia e guarda consigo o dom de tudo transformar, em favor do infinito bem.

 




Não se mantenha sob o frio do desânimo ou sob a tempestade do desespero.



Venho para o clima da cooperação e da solidariedade e use a chave milagrosa do sorriso de entendimento, que auxilia para a felicidade alheia.

Ampare a você mesmo, auxiliando aos outros.




Você não deve exigir o socorro do mundo, quando a verdade é que o mundo nos tem dado quanto pode e hoje espera confiante o socorro nosso.

 




Creia, pois, no poder do serviço e da bondade e convença-se de que tudo se converterá hoje em alegrias e bençãos para seu caminho se você ajudar.

 




André Luiz

Extraído do livro: Nosso Livro, psicografia de Francisco Cândido Xavier



terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Humildade Sempre



Alegra-te por fazeres parte da grandeza indescritível do Universo.


Não te subestimes, a ponto de constituíres-te uma nota dissonante, nesta sinfonia de incomparável musicalidade.

Busca sintonizar-te com a melodia que paira no ar, vibrante, afinando-te com a glória da vida.


Engrandece-te na ação das coisas de menor monta; apequena-te, quando diante das expressivas realizações que promovem os pruridos da vaidade e desarticulam as peças da simplicidade.



No contexto das expressões do Universo tu és importante, traduzindo a glória da Criação e evoluindo sem cessar.

A humildade exterioriza o valor e a conquista pessoais.
 

Ignorando-se, irradia-se e fomenta a paz em toda parte.



Jamais te deixes engolfar pela revolta, que traduz soberba e orgulho.

Quando alguém se permite penetrar de humildade, enriquece-se de força renovadora que se não exaure.


Contempla as estrelas, mas não te descuides dos pedregulhos sob os teus pés.


Sonha com os acumes esplendor
osos das alturas, no entanto, não desconsideres as dificuldades-desafio da ascensão.



O Sol, que mantém a corte de astros que o cercam, desgasta-se, lentamente.

A Tecnologia, de tão salutares benefícios para a Humanidade, também responde pela tremenda poluição que ameaça a vida e a Natureza.



O metal, que reluz, se consome no burilamento a que se entrega.

Só a humildade brilha sem desgastar-se e eleva sem por em perigo.


Muitos falam, escrevem e traçam definições sobre a humildade
de que se dizem possuidores ou que propõem para vivê-la os outros.



Sê tu aquele que passa incompreendido, porém entendendo o próximo e as circunstâncias, sem tempo para justificativas ou colocações defensivas.
 



Segue a programação a que te vinculas com o bem, não descurando o burilamento íntimo, o sacrifício pessoal.
 

Se outros pensam em contrário à tua atividade — cala e prossegue.



Cada qual responde a si mesmo pelo que é e pelo que faz.



A humildade difere da humilhação. Uma é luz, outra é treva; a primeira eleva, a segunda rebaixa.
 

Investe-te da segurança, de que, na Terra, ainda não há lugar ou pelo menos compreensão, para a verdadeira humildade de que Jesus se fez o protótipo por excelência, e, olhos nEle postos, ignora o mal e os sequazes dos maus não revidando nem magoando ninguém, embora ferido, em sofrimento intenso, na certeza da vitória plena e final, após a larga travessia pelo oceano das paixões humanas dilacerantes.


Joanna de Ângelis


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Todos Nós

Da beneficência somos todos necessitados.
Os mais fortes requisitam apoio, a fim de que se lhes acentue a resistência.
Os mais fracos esperam auxílio para que não desfaleçam.
Os mais cultos precisam de esclarecimento, de modo que a vaidade não lhes ensombre a cabeça.

Os ignorantes solicitam o amparo de quem lhes ministre a instrução.
Os doentes aguardam a enfermagem de quem os medique.
Os sãos reclamam o concurso de quem lhes recorde o cuidado preciso para que não adoeçam.
A solidariedade é lei
da vida.
Por isso mesmo, a nosso ver, a caridade
não é somente uma virtude simples, mas também uma instituição universal.


Emmanuel


domingo, 24 de fevereiro de 2013

Coisas Terríveis e Ingênuas Figuram nos Livros Bíblicos



A palavra de Deus não está na Bíblia, mas na natureza, traduzida em suas leis.


A Bíblia é simplesmente uma coletânea de livros hebraicos, que nos dão um panorama histórico do judaísmo primitivo.



Os cinco livros iniciais da Bíblia, que constituem o Pentateuco mosaico, referem-se à formação e organização do povo judeu, após a libertação do Egito e a conquista de Canaã.
 


Atribuídos a Moisés, esses livros não foram escritos por ele, pois relatam, inclusive, a sua própria morte.
 



As pesquisas históricas revelam que os livros da Bíblia têm origem na literatura oral do povo judeu.
 

Só depois do exílio na Babilônia foi que Esdras conseguir reunir e compilar os livros orais (guardados na memória) e proclamá-los em praça pública como a lei do judaísmo, ditada por Deus.

 



Os relatos históricos da Bíblia são ao mesmo tempo ingênuos e terríveis.

Leia o estudante, por exemplo, o Deuteronômio, especialmente os capítulos 23 e 28 desse livro, e veja se Deus podia ditar aquelas regras de higiene simplória, aquelas impiedosas leis de guerra total, aquelas maldições horríveis contra os que não creêm na "sua palavra".
 

Essas maldições, até hoje, apavoram as criaturas simples que têm medo de duvidar da Bíblia.

 

Muitos espertalhões se servem disso e do prestígio da Bíblia como “palavra de Deus",
para arregimentar e tosquiar gostosamente vastos rebanhos.

As lei
s morais da Bíblia podem ser resumidas nos Dez Mandamentos.




Mas esses mandamentos nada têm de transcendentes.
 

São regras normais de vida para um povo de pastores e agricultores, com pormenores que fazem rir o homem de hoje.

 

Por isso, os mandamentos são hoje apresentados em resumo.




O Espírito que ditou essas leis a Moisés, no Sinai, era o guia espiritual da família de Abraão, Isaac e Jacob, mais tarde transformado no Deus de Israel.


Desempenhando uma elevada missão
, esse Espírito preparava o povo judeu para o monoteísmo, a crença num só Deus, pois os deuses da antiguidade eram muitos.



O Espiritismo reconhece a ação de Deus na Bíblia, mas não pode admiti-la como a "palavra de Deus".
 

Na verdade, como ensinou o apóstolo Paulo, foram os mensageiros de Deus, os Espíritos, que guiaram o povo de Israel, através dos médiuns, então chamados profetas.

 

O próprio Moisés era um médium, em constante ligação com Iavé ou Jeová, o deus bíblico, violento e irascível, tão diferente do Deus-pai do Evangelho.



Devemos respeitar a Bíblia no seu
exato valor, mas nunca fazer dela um mito, um novo bezerro de ouro.


Deus não ditou nemdita livros aos homens.

 
Herculano Pires


sábado, 23 de fevereiro de 2013



Preceitos de Saúde





1 - Guarde o coração em paz, à frente de todas as situações e de todas as coisas.Todos os patrimônios da vida pertencem a Deus.


2 - Apóie-se no dever rigorosamente cumprido. Não há equilíbrio físico sem harmonia espiritual.





3 - Cultive o hábito da oração. A prece é Luz na defesa do corpo e da alma.

 

4 - Ocupe o seu tempo disponível com o trabalho proveitoso, sem esquecer o descanso imprescindível ao justo refazimento. A sugestão das trevas chega até nós pela hora vazia.

 



5 - Estude sempre. A renovação das idéias favorece a sábia renovação das células orgânicas.
 

6 - Evite a cólera. Enraivecer-se é animalizar-se caindo nas sombras de baixo nível.


 


7 - Fuja a maledicência. O lodo agitado atinge a quem o revolve.


8 - Sempre que possível, respire a longos haustos e não olvide o banho diário, ainda que ligeiro. O ar puro
é precioso alimento e a limpeza é simples obrigação.




9 - Coma pouco. A criatura sensata come para viver, enquanto a criatura imprudente vive para comer.

 


10 - Use a paciência e o perdão infatigavelmente. Todos nós temos sido caridosamente tolerados pela Bondade Divina milhões de vezes e conservar o coração no vinagre da intolerância é provocar a própria queda na morte inútil.




André Luiz



sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013



Créditos Espirituais



Não deixes que o dia se ponha sem praticares, pelo menos, uma boa ação, melhorando os próprios créditos no caminho espiritual.
 

Vejamos algumas receitas e sugestões ao alcance de todos:



- doar um prato de alimento a quem sofre em penúria;
 


- entregar uma peça de roupa aos que gemem no frio;


- improvisar o conforto de uma criança menos feliz;


- promover inda que seja migalha de assistência, a beneficio dessa ou daquela mãe desditosa;


- oferecer um livro nobilitante;


- escrever uma página de esperança e alegria aos amigos ausentes;
 

- conter a irritação;


- evitar a palavra inconveniente;


- escutar, com paciência e bondade, a conversação inoportuna, no equilíbrio de quen ouve, sem elogiar a invigilância e sem condenar a inabilidade dos que falam, tocados de boa intenção;
 


- prestar auxílio desinteressado aos enfermos;
 


- assegurar dois minutos de prosa consoladora aos doentes;
 


- cultivar o espírito de sacrifício, em favor dos outros, seja em casa ou na rua;

- plantar uma árvore proveitosa;


- acrescentar a alegria dos fazem o bem;
 

- auxiliar, de algum modo, aos que procuram auxiliar;


- encaminhar parcelas de recursos amoedados, conquanto ligeiras, a irmãos em necessidade;


- articular alguma frases calmantes e hora de crise;
 


- usar a palavra na construção do melhor a fazer;


- remover espontaneamente um perigo na via pública.



Na base de uma boa ação por dia, terás o crédito de trezentos e sessenta e cinco boas ações por ano; se aumentares a contagem, no entanto, em tempo breve, somente a Contadoria Divina conseguirá relacionar a extensão de teus bens imperecíveis e o valor de teus investimentos no erário da Vida Eterna.
 



Albino Teixeira

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Boa Vontade



O Sol é a força que nutre a vida na Terra.



A boa-vontade é a luz que alimenta a harmonia entre as criaturas.



Acendamo-la no coração para caminhar com segurança e valor.



No lar, é chama atraente e doce.



Em sociedade, é fonte de concórdia e alegria.



Onde falha o dinheiro e onde o poder humano é insignificante, realiza milagres.

Ao alcance de todos, não a desprezemos.



Em todos os lugares, há chagas que pedem bálsamo, complicações que rogam silêncio, desventuras que esperam socorro e obstáculos que imploram concurso amigo.



Muitos aguardam lances públicos de notabilidade e inteligência, no cultivo da caridade, acabando vencidos pelo tempo, entre a insatisfação e o desencanto.

Sejamos nós soldados diligentes no exército do bem, anônimos e humildes, atravessan- do os dias no culto fiel à fraternidade.



O ódio e a ignorância guerreiam com ímpeto, conquistando no mundo o salário da misé- ria e da morte.



O amor e o serviço lutam sem alarde, construindo o progresso e enaltecendo a vida.



Com a boa-vontade, aprendemos a encontrar o irmão que chora, o companheiro em dificuldade, o doente infeliz, a criança desamparada, o animal ferido, a árvore sem proteção e a terra seca, prestando-lhes cooperação desinteressada, e é por ela que podemos exercitar o dom de servir, através das pequeninas obrigações de cada dia, estendendo as mãos fraternas, silenciando a acusação descabida, sofreando a agressividade e calando a palavra imprudente.



Situemo-la no princípio de todas as nossas atividades, a fim de que as nossas iniciativas e anseios, conversações e entendimentos não se desviem da luz.



Lembremo-nos de que a paz e a boa-vontade devem brilhar em nossos triunfos maiores ou menores com o nosso Divino Mestre.



É por isso que o Evangelho no berço de Jesus começa com a exaltação inesquecível das milícias celestiais: -- “Glória a Deus nas alturas, paz na Terra e boa-vontade para com os homens”.



Meimei

Do livro: Instruções Psicofônicas, Médium: Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos


terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Sinais


Sua conversação dirá das diretrizes que você escolheu na vida.
 
Suas decisões, nas horas graves, identificam a posição real de seu espírito.Seus gestos, na luta comum, falam de seu clima interior.

Seus impulsos definem a zona mental em que você prefere movimentar-se.
 
Seus pensamentos revelam suas companhias espirituais.

Suas leituras definem os seus sentimentos.


 
Seu trato pessoal com os outros esclarece até que ponto você tem progredido.
 
Suas solicitações lançam luz sobre os seus objetivos.

 Suas opiniões revelam o verdadeiro lugar que você ocupa no mundo.

Seus dias são marcas no caminho evolutivo.
 
 Não se esqueça de que compactas assembléias de companheiros encarnados e desencarnados conhecem-lhe a personalidade e seguem-lhe a trajetória pelos sinais que você está fazendo.
 
André Luiz

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

ATITUDE DE AMOR



Um Novo Tempo para a Doutrina Espírita



Pois, se amardes os que vos amam, que galardão havereis?
Não fazem os publicanos também o mesmo?
Jesus em Mateus. 5:46
 
Nosso Maior Inimigo: o Orgulho.



Afirmamos outrora que o serviço da unificação é urgente, porém, não apressado. Verificamos no tempo que alguns corações sinceros e leais, entretanto, sem larga vivência espiritual, inspirados em nossa fala, elegeram a lentidão em nome da prudência e a acomodação passou a chamar-se zelo, cadenciando o ritmo das realizações necessárias ao talante de propósitos personalistas na esfera das responsabilidades comunitárias. O receio da delegação, a pretexto de ordem e vigilância, escondeu propósitos hegemônicos em corações desavisados, conquanto amantes do Espiritismo.



Em verdade, a tarefa é urgente, não apressada, mas exige ousadia e dinamismo sacrificial para encetar as mudanças imperiosas no atendimento dos reclames da hora presente, e o hábito de esperar a hora ideal converteu-se, muita vez, em medida emperrante.



Ninguém pode vendar os olhos a título de caridade, porque deliberadamente o apego institucional marcou esse segundo período de nossas lides, em muitas ocasiões, com enfermiças atitudes de desamor como forte influência atávica de milenares vivências. Isso era previsível e, por fim, repetimos velhos erros religiosos...



Honrar e respeitar os antepassados e a história não significa aboná-la de todo, embora os nossos sentimentos devam ser enobrecidos no perdão, no entendimento, na oração e no trabalho. Foi o melhor que conseguimos em se considerando as imperfeições que nos são peculiares.



Na seara espírita, que declara inspirar sua ação em Jesus, o Mestre operoso, e em Kardec, o infatigável trabalhador, não deve haver o pacto insensato com os privilégios e a representatividade improdutiva. Se o Senhor deixou definido que o maior seria quem se fizesse servo de todos, de igual forma a função das entidades doutrinárias, de qualquer âmbito, é servir e servir sempre, mais e mais, no atendimento das extensas necessidades a vencer nas lavouras doutrinárias, cumprindo o roteiro dos deveres de orientação e apoio sem jamais avocar para si direitos ilusórios no campo do poder.



Há de se ter em conta que nos referimos ao institucionalismo como grilhão pertinente a todos nós, sem jamais vinculá-lo a essa ou àquela entidade organizativa em particular, porque semelhante marca de nosso psiquismo, por muito tempo ainda, criará reflexos indesejáveis na obra do bem.



O institucionalismo é fruto da ação dos homens; ele em si não é o nosso adversário maior e sim os excessos que o tornam nocivo.



Nosso maior inimigo
, de fato, é o orgulho em suas expressões inferiores de arrogância, inflexibilidade, perfeccionismo, autoritarismo, intolerância, preconceito e vaidade, seus frutos infelizes que, sem dúvida, insuflam a institucionalização perniciosa e incentivam o dogmatismo e a fé cega, adubando a hierarquização e o sectarismo.


Seus frutos geram sementes, e precisamos interromper essa semeadura do “joio” que sustenta a ilusão de trabalhadores desprevenidos e invigilantes.

Quando os homens forem bons farão boas instituições(6), asseverou o insigne apóstolo de Lyon, Allan Kardec.

Nossa luta deve ser íntima e não exterior, não contra organizações, mas contra nós mesmos quando em atitudes praticadas sob o manto da mentira que acostumamos a venerar em favor de vantagens pessoais.

Esses desvios perpetrados lembram os primeiros momentos do Evangelho sobre a Terra, quando teve circunscrito seu raio de ação ao Judaísmo dominante. Tal realidade levou o Mais Alto a chamar o espírito corajoso e nobre de Paulo de Tarso na ingente missão de servir para além dos muros institucionais da capital do religiosismo, e tornar universal a mensagem do Sábio Pastor.

Conclamamos novos apóstolos para a “gentilidade” nesse momento delicado de nossa seara, porque o orgulho humano reeditou, em larga amplitude, os ambientes estéreis à propagação dos ensinos do Senhor. Temos um novo centro de convergência estipulado pela egolatria humana, buscando fixar estacas demarcatórias injustas e dispensáveis para o futuro glorioso da religião cósmica da verdade e do amor.

Essa velha bagagem da alma tem solução. Melhorando os homens, melhoramos as instituições. Por isso, nossa meta prioritária jamais foi ou será incentivar dissidências a fim de comprovar a eficácia de alguma ideologia, porque, em verdade, todas cooperam para um destino comum no futuro.

Apenas não podemos mais adiar medidas, esperando que os homens acordem naturalmente para as realidades que os cercam, junto às perigosas investidas levadas a efeito pelos inimigos confessos do Evangelho do Cristo na humanidade, em ambos os planos da vida. A hora é de ação e campanha para chamar na Estrada de Damasco os que queiram suportar o sacrifício, a renúncia e a obstinação em nome de uma nobre causa que é libertar a mensagem de Jesus dos círculos impregnados de bazófia e fascinação, através de exemplos de vida e do serviço construtivo de uma mentalidade em plena identificação com a mensagem moral do Espiritismo Cristão.



A hora pede clareza e determinação para a segurança dos ideais.

Há um momento em que a atitude de amor pede a verdade a fim de escapar dos pântanos da omissão. Estamos nesse momento. As diretrizes do Espírito Verdade não pactuam com as conveniências, embora não incentive o desamor. Esse tempo é daqueles que souberem ser coerentes, sem que a coerência custe o preço da discórdia tempestuosa. O desagrado existirá, porque a verdade incomoda quem se acostumou aos caminhos largos. Estamos no tempo dos “caminhos estreitos”, e os que aceitarem perlustrá-lo não terão as coroas de glórias passageiras e nem a aclamação geral dos distraídos do caminho. Serão taxados de egoístas simplesmente por decidirem buscar a “contramão” das opiniões e a percorrer o caminho inverso das consagrações humanas. Entretanto, terão um “contrato de assistência” permanente e irrevogável para angariarem as condições justas ao desiderato. Contudo, justiça aqui não significa facilidades, mas ação mediadora da Divina Providência para o bom andamento dos labores encetados. Temos grupos dispostos a comprometer-se com os misteres da hora a custo de sacrifício; eles serão os apóstolos da “gentilidade” dos tempos modernos.



Respeitaremos em nome do amor a quantos ainda estagiam nas formalidades e convencionalismos. Firmaremos bases seguras fora dos limites da conveniência, para assegurar, aos mais novos que chegarão, a oportunidade de vislumbrarem horizontes que atendam as suas exigentes expectativas, com as quais renascerão no soerguimento desse período de moralização e atitude, nesse momento de Espiritismo por dentro e não fora de nossos corações.

Carecemos de um movimento espírita forte, marcado por uma cultura de raciocínios lógicos e coerentes, e por atitudes afinadas com a ética do amor. Temos sim um problema, temos um inimigo. Atitude, eis a questão. Más atitudes, eis nosso problema. Atitudes de orgulho, nosso maior inimigo.



Livro Atitude de Amor, Editora Dufaux, Psicografia de Wanderley Soares de Oliveira.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Se Você Ajudar



Se você ajudar, tudo o que hoje parece ruína e fracasso surgirá amanhã renovado em dons de renascimento e vitória.


A permanência na Terra é curso de melhoria.


Entretanto, como atingir o divino objeto, se você cristaliza o potencial da simpatia e da boa vontade, na expectativa inoperante em torno do gesto de seu irmão? Como alcançar a alegria se nos confiamos à tristeza, animar a outrem, se nos rendemos às sugestões do desalento e levantar a fé no coração do próximo, se estimamos a posição horizontal da preguiça interior na incerteza?
 

Se você ajudar, porém, o mau se fará melhor e o bom se revelará excelente; as mãos enrijecidas na avareza abrir-se-á, de novo, à luz, diante de sua manifestação de assistência espontânea.


A gentileza é a filha dileta da renúncia e guarda consigo o dom de tudo transformar, em favor do infinito bem


.


Não se mantenha sob o frio do desânimo ou sob a tempestade do desespero.



Venho para o clima da cooperação e da solidariedade e use a chave milagrosa do sorriso de entendimento, que auxilia para a felicidade alheia.


Ampare a você mesmo, auxiliando aos outros.


Você não deve exigir o socorro do mundo, quando a verdade é que o mundo nos tem dado quanto pode e hoje espera confiante o socorro nosso,
 

Creia, pois, no poder do serviço e da bondade e convença-se de que tudo se converterá hoje em alegrias e bênçãos para seu caminho se você ajudar.

 
 
André Luiz

Do livro: Nosso Livro, Médium: Francisco Cândido Xavier


sábado, 16 de fevereiro de 2013

Oportunidade



"Disse-lhes, pois, Jesus: Ainda não é chegado o meu tempo, mas o vosso tempo está pronto." (João, 7:6.)

 

O mau trabalhador está sempre queixoso. Quando não atribui sua falta aos instrumentos em mão, lamenta a chuva, não tolera o calor, amaldiçoa a geada e o vento.


Esse é um cego de aproveitamento difícil, porquanto somente enxerga o lado arestoso das situações.

 



O bom trabalhador, no entanto, compreende, antes de tudo, o sentido profundo da oportunidade que recebeu. Valoriza todos os elementos colocados em seus caminhos, como respeita as possibilidades alheias. Não depende das estações. Planta com o mesmo entusiasmo as frutas do frio e do calor. É amigo da Natureza, aproveita-lhe  as lições, tem bom ânimo, encontra na aspereza da semeadura e no júbilo da colheita igual contentamento.



Nesse sentido, a lição do Mestre reveste-se de maravilhosa significação. No torvelinho das incompreensões do mundo, não devemos aguardar o reino do Cristo como realização imediata, mas a oportunidade dos homens é permanente para a colaboração perfeita no Evangelho, a fim de edificá-lo.



Os cegos de espírito continuarão queixosos; no entanto, os que acordaram para Jesus sabem que sua época de trabalho redentor está pronta, não passou, nem está por vir. É o dia de hoje, é o ansejo bendito de servir, em nome do Senhor, aqui e agora...

 

Emmanuel


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Esquecimento do Passado



1 – Se reencarnamos para ressarcir dívidas, não seria interessante guardar a lembrança delas? Não haveria maior facilidade em aceitar sofrimentos e dissabores que ensejam o resgate?



O objetivo primordial da existência humana é a evolução. O resgate de dívidas é apenas parte do processo. Quanto ao esquecimento, funciona em nosso benefício. Seria impossível incorporar, sem pertubador embarelhamento, o rico, o pobre, o negro, o índio, o branco, o amarelo, o analfabeto, o letrado e tudo mais que já fomos, em múltiplas encarnações. É ilustrativo que muita gente vai parar em hospitais psiquiátricos simplesmente por sofrer a pressão de pálidas lembranças, envolvendo acontecimentos pretéritos.

 



2 – Se não lembramos o que fomos e fizemos, de que nos adianta?



Guardamos a experiência. O adulto não se lembra de seus primeiros passos, na infância, mas conserva a adquirida capacidade de andar.

 



3 – Há alguma causa física para o esquecimento?

 



Sim. O Espírito reencarnado registra clara e conscientemente apenas o que passa pelos cinco sentidos - tato, paladar, olfato, audição, audição e visão. Essa é uma das razões pelas quais também não lembramos das experiências no mundo espiritual durante as horas de sono.

 



4 – As vivências anteriores ficam perdidas?



Nada se perde. Ficam resguardadas nos arquivos do inconsciente, que se localiza na intimidade do Espírito, o ser imortal. É esse substrato das experiências pretéritas qie compõe a personalidade do indivíduo, com suas características tendências e aptidões. Em determinadas circunstâncias, naturalmente ou sob indução hipnótica, esses arquivos se abrem e surgem as reminiscências.

 



5 – Fala-se que o principal objetivo do esquecimento é possibilitar a reconciliação de desafetos do passado, reunidos pelos laços da consanguinidade no lar. Seria isso?

 

Pode acontecer, mas seria exagero generalizar. É mais freqüente nos ligarmos a Espíritos simpáticos, a fim de consolidarmos afeições e nos ajudarmos mutuamente nos caminhos da vida.




6 – Por que, então, há tantos conflitos e desentendimentos nos lares? Não seria lógico imaginar que estamos diante de adversários em confronto?

 



O objetivo das experiências junto a desafetos do pretérito, quando ocorram, não é a dissensão, mas a pacificação. Deus não nos une pela consaguinidade para vivermos às turras. Dessentendimentos no lar relacionam-se muito mais com a falta de compreensão, respeito e tolerância que caracteriza o ser humano, orientado pelo egoísmo. Falando o português claro: o rpoblema é a falta de educação. 
 


7 – Na análise de todas as circuntâncias que envolvam a reencarnação, conclui-se que é bom esquecer o pretérito...


É indispensável! No planeta em que vivemos, habitado por Espíritos atrasados, comprometidos com o vício e a irresponsabilidade, é importante desfrutar a bênção do recomeço, suprimindo, temporariamente, o passado. Imaginemos um condenado de consciência atormentada, desfrutando a misericordiosa possibilidade de cumprir sua pena sem a perturbadora lembrança de seus desatinos...

 



8 – Chegará o tempo em que recordaremos plenamente das vidas anteriores?

Sim, na medida em que se torne mais sofisticado o cérebro, habilitando-nos a recuperar informações confinados no inconsciente; em que se depure o sentimento, para que contemplemos o passado sem constrangimento; em que sejamos capazes de evitar desajustes decorrentes de um embaralhamento de lembranças... Levará milênios, talvez, mas chegaremos lá.

 

Richard Simonetti


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Prece pelo Espiritismo



Senhor e Mestre!



Jesus!

Ante o Espiritismo que nos confiaste por teu Evangelho Redivivo, fortalece-nos i coração para que te sejamos leais à confiança.



Na defesa da luz contra o assalto das trevas
, não permita que a presunção nos tome o lugar da certeza nas verdades que nos legaste, e nem deixes que a névoa da acomodação destrutiva nos entorpeça o ânimo no pressuposto de guardar o espírito na falsa tranqüilidade das aparências...



Chamados à confissão de nossa fé, livra-nos, Senhor, dos delitos da intolerância, contudo, clareia-nos o raciocínio para que te expliquemos as boas-novas sem os prejuízos da supertição e sem as teias da ignorância...

 



Nas horas difíceis da verdade, afasta-nos da violência e da paixão menos digna, no entanto, sustenta-nos a sinceridade para que pronunciemos a palavra equilibrada e certa, sem a hipocrisia do silêncio culposo...

 



Impelidos à luta do

bem que vence o mal, suprime-nos a cegueira das conveniências e interesses particulares para que o orgulho não nos tisne as decisões, todavia, esclarece-nos a alma a fim de que preguiça e deserção não nos ocupem a existência por suposta humildade...



Senhor, eis-nos à frente da Doutrina Espírita na condição de teus servos, responsáveis pela obra divina de nossa própria libertação espiritual...

 



Guia-nos no trabalho, ilumina-nos o entendimento, neutraliza as imperfeições que trazemos ainda e faze-nos fiéis a Ti, hoje e sempre.



Assim seja!



André Luiz

Do livro: Sol nas Almas, Médium: Francisco Cândido Xavier, CEC