Procurar e Entregar
Estudando o Evangelho em sua Divina simplicidade, jamais nos cansemos de aprender com a Natureza.
Não basta procurar para que o êxito te acompanhe.
É preciso saber o que fizeste daquilo que já encontraste.
O verme pede luz e recolhe a claridade solar.
Em troca, aduba a terra, auxiliando a sementeira.
A árvore reclama a presença da fonte que lhe refresque as raízes, obtendo o manancial que lhe assegura a seiva farta.
Em troca, entrega a quem passa todo um tesouro de serviços a expressar-se em frutos dadivosos, assistência e doçura.
A abelha suspira pelo néctar que lhe enriquece a moradia e recebe das flores preciosa alimentação. Em troca, oferece ao homem o milagre do mel.
Todos os elementos e todos os seres buscam algo e algo encontram, estendendo o câmbio valioso da cooperação e da simpatia que garantem o mundo em seus fundamentos.
Reflitamos o ensino e situemo-nos na posição do usufrutuário que dispõe consigo de infinitos recursos, em favor de si mesmo.
Procurávamos ocasião de resgatar o pretérito e clamávamos pelo reencontro com antigos adversários para o trabalho de recuperação e de reajuste.
Suplicávamos talentos, possibilidades, tempo e dons...
E, tudo isso brilha em nosso coração e em nossos braços, enquanto a oportunidade nos favorece agora a recomposição do destino...
Valorizemos, desse modo, os meios que já nos felicitam a existência e, em troca, do carinho com que a bondade celeste nos ampara, saibamos produzir mais trabalho, mais compreensão e mais fraternidade junto de nós.
Amanhã, sofreremos a inspeção da Contabilidade Divina.
Que não sejamos identificados na condição do servo ocioso que gastou a riqueza dos dias procurando vantagens e benefícios, quando benefícios e vantagens nos cercam por todos os ângulos do caminho.
Que a Justiça Eterna nos encontre por trabalhadores fiéis que fizeram do amor recebido mais ampla lavoura do amor, afim de que o amor, como Divindade Imperecível da Vida, nos coroe de paz e vitória, hoje e sempre.
Emmanuel
Do livro: Refúgio, psicografia de Francisco Cândido Xavier
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