terça-feira, 20 de novembro de 2012

NECESSÁRIO E SUPÉRFLUO


 
NECESSÁRIO E SUPÉRFLUO




 


715 - Como o homem pode conhecer o limite do necessário?



– Aquele que é sensato o conhece pela intuição; muitos o conhecem pela experiência e à sua própria custa.



716 - A natureza não traçou o limite de nossas necessidades em nossa estrutura orgânica?



– Sim, mas o homem é insaciável. A natureza traçou o limite às suas necessidades no seu próprio organismo, mas os vícios lhe alteraram a constituição e criaram necessidade que não são reais.


 




717 - O que pensar dos que monopolizam os bens da terra para obter o supérfluo em prejuízo dos que precisam do necessário?



– Eles desconhecem a lei de Deus e terão que responder pelas privações que impuseram aos outros.
O limite entre o necessário e o supérfluo não tem nada de absoluto, de indiscutível. A civilização criou necessidades que o selvagem desconhece, e os Espíritos que ditaram esses ensinamentos não pretendem que o homem civilizado viva como o selvagem. Tudo é relativo e cabe à razão distinguir cada coisa. A civilização desenvolve o senso ético e ao mesmo tempo o sentimento de caridade, que leva os homens ao apoio mútuo. Os que vivem  à custa das necessidades dos outros exploram os benefícios da civilização em seu proveito; têm da civilização apenas o verniz, como há pessoas que têm da religião apenas a máscara.



Extraído de "O LIVRO DOS ESPÍRITOS"

Allan KARDEC

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