sexta-feira, 9 de março de 2012

Ferramentas de Deus


Ferramentas de Deus

Desejavas, decerto, alma querida,
Que D
eus te desse para a vida
Unicamente laços prediletos,
Os mais doces
afetos
Que te consigam
compreender.

Entretanto, cantando de esperança,
Recebes muitas vezes,
Por mecanismos sobrenaturais,
Muitos amados que se modificam
Enquanto o tempo avança,
Sejam eles o esposo, a esposa, o irmão, o amigo,
Parentes, companheiros, filhos, pais!. . .

Aqui, é um coração que resumia
Todos os t
eus projetos de ventura,
Que se te fez na luz do dia – a – dia
Um ponto inevitável de amargura.

Eis que encontras, ali, alguém que amaste
Por
anjo de uma vida superior
E hoje se te surge
Por presença de
dor.

Mais
além, se destaca outra criatura
A quem te deste pelo
afeto irmão
E agora te aparece por verdugo
Que te esquece a
bondade e humilha o coração.

Entretanto,
alma boa,
Serve mais, ama sempre, auxilia, perdoa. . .
Ternos amigos que se avinagraram!. . .
Temo-los onde vamos
A fim de apr
imorar-nos,
Mesmo devagarinho. . .

São eles todos sempre
Ferramentas de D
eus
Que nos aperfeiçoam em caminho.
Anota a vida, em torno:
A
natureza é um claro exemplo disso.
O espinho guarda a rosa, a rocha escora o vale.

O freio salva o carro ao contê-lo em serviço.
Um dia, entenderás,
alma querida,
Na luz do Mais Além,
Como é
bom suportar quem nos despreze ou fira
Sem nunca desprezar ou ferir a ninguém.


Maria Dolores

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