quarta-feira, 28 de março de 2012

A DOUTRINA DA IMORTALIDADE

A DOUTRINA DA IMORTALIDADE

A moderna psicologia



Foi justamente quando o espírito de negação e de materialidade triunfava no mundo, e quando esses dois formidáveis exércitos, sacerdotalismo e cientificismo, se digladiavam e destruíam, com prejuízo para a coletividade, que as Potências dos Céus se abalaram e o Espírito de Verdade desceu à Terra, para trazer-nos a nova luz que deveria iluminar os horizontes da nossa Imortalidade!

Então, uma nova Ciência ergueu-se para enfrentar a Ciência que nega a Religião; e uma nova Religião bateu às portas dos templos para pedir, aos seus sacerdotes, contas das suas negações às provas positivas que a Ciência lhes tem oferecido.

O velho mundo foi abalado em suas bases e as partes litigantes, avelhantadas, sem recursos para prosseguirem na sua luta, voltaram suas armas contra quem lhes vinha propor paz honrosa.

O Espiritismo foi repudiado, caluniado, injuriado pelos obscurantistas anchos do saber e do poder humanos; mas a Verdade devia triunfar, pois soara no grande relógio universal a hora das reivindicações sociais! A cegueira de uns e de outros não poderia privar o desenvolvimento da vidência latente de tantos: a VOZ DOS MORTOS fez-se ouvir em todos os cantos da Terra e em pouco mais de meio século o Espiritismo restaurou o Gênio do Cristianismo, ao menos quanto aos memoráveis testemunhos da sobrevivência humana.

Ao par de tantas descobertas e inovações, que vêm transformando nosso mundo num paraíso, o Experimentalismo Espírita faz reviver, em todos, a certeza da Imortalidade, cumprindo assim a previsão do Apóstolo dos Gentios, segundo o qual "a morte será tragada na vitória dos arautos do Ideal Cristão".

E já não são mais considerações filosóficas, nem floreios de retórica que vêm exaltar a Doutrina da Vida, mas, sim, a eloqüência dos fatos persistentes que desafiam todas as minuciosas investigações e se submetem aos mais escrupulosos exames!

Precedendo a era nova, que o padrão espírita marcou na senda que a Humanidade tem de trilhar, o Magnetismo concorreu com fortes contingentes para abalar as barreiras do Materialismo, tão bem amparadas por Ernest Haeckel nos seus Enigmas do Universo.

O magnetismo, com os seus fenômenos de sonambulismo, desdobramento da personalidade e outros de não menor importância, tem deixado patente aos olhos de todos os que querem ver, a existência do Espírito, quer se trate do Espírito humano, quer se trate do Espírito do animal, esse mesmo Espírito independente do corpo carnal.

A visão a distancia e no interior dos corpos opacos, os fenômenos de bilocação, de exteriorização da sensibilidade, sobrepujam todos os templos de barro e academias de pedras, construídos pela imperfeita mão do homem.

O Animismo, como o denominou Aksakof, por si só explica e demonstra, com lógica irrefutável e fatos irrefragáveis, a existência da alma, independente das forças néuricas e cerebrais, e sua ação volitiva apesar da resistência que a matéria lhe opõe.

Não há que tergiversar: existimos, e nossa individualidade mantém-se indestrutível, sem que para isso concorram com um ceitil o fósforo, as circunvoluções cerebrais, ou a cal da carcaça que abriga nosso cérebro. A memória ai está para testificar esta verdade!

Hoje podemos dizer: Ego sun, fui et ero! - Existo, existi e existirei!
Cairbar Schutel

Gênese da Alma


 

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