domingo, 21 de fevereiro de 2010

Palavra aos espíritas

Espiritismo revivendo o Cristianismo — eis a nossa responsabilidade.

Como outrora Jesus revelou a Verdade em amor, no seio das religiões bárbaras de há dois mil anos, usan­do a própria vida como espelho do ensinamento de que se fizera veículo, cabe agora ao Espiritismo confirmar-lhe o ministério divino, transfigurando-lhe as lições em ser­viço de aprimoramento da Humanidade.

Espíritas!

Lembremo-nos de que templos numerosos, há mui­tos séculos, falam dEle, efetuando porfiosa corrida ao poder humano, olvidando-lhe a abnegação e a humildade.

E porque não puderam acomodar-se aos imperati­vos do Evangelho, fascinados que se achavam pela posse da autoridade e do ouro, erigiram pedestais de intole­rância para si mesmos.

Todavia, a intolerância é a matriz do fratricídio, e o fratricídio é a guerra de conquista em ação. E a lei da guerra de conquista é o império da rapina e do assalto, da insolência e do ódio, da violência e da crueldade, pros­crevendo a honra e aniquilando a cultura, remunerando a astúcia e laureando o crime, acendendo fogueiras e semeando ruínas em rajadas de sangue e destruição.

Somos, assim, chamados à tarefa da restauração e da paz, sem que essa restauração signifique retorno aos mesmos erros e sem que essa paz traduza a inércia dos pântanos.

É imprescindível estudar educando, e trabalhar cons­truindo.

Não vos afasteis do Cristo de Deus, sob pena de converterdes o fenômeno em fator de vossa própria ser­vidão às cidadelas da sombra, nem algemeis os punhos mentais ao cientificismo pretensioso.

Mantende o cérebro e o coração em sincronia de movimentos, mas não vos esqueçais de que o Divino Mestre superou a aridez do raciocínio com a água viva do sentimento, a fim de que o mundo moral do homem não se transforme em pavoroso deserto.

Aprendamos do Cristo a mansidão vigilante.

Herdemos do Cristo a esperança operosa.

Imitemos do Cristo a caridade intemerata.

Tenhamos do Cristo o exemplo resoluto.

Saibamos preservar e defender a pureza e a simpli­cidade de nossos princípios.

Não basta a fé para vencer. É preciso que a fideli­dade aos compromissos assumidos se nos instale por chama inextinguível na própria alma.

Nem conflitos estéreis.

Nem fanatismo dogmático.

Nem tronos de ouro.

Nem exotismos.

Nem perturbação fantasiada de grandeza intelectual.

Nem bajulação às conveniências do mundo.

Nem mensagens de terror.

Nem vaticínios mirabolantes.

Acima de tudo, cultuemos as bases codificadas por Allan Kardec, sob a chancela do Senhor, assinalando-nos as vidas renovadas, no rumo do Bem Eterno.

O Espiritismo, desdobrando o Cristianismo, é claro como o Sol. Não nos percamos em labirintos desnecessários, porquanto ao espírita não se permite a expectação da miopia mental.

Sigamos, pois, à frente, destemerosos e otimistas, seguros no dever e leais à própria consciência, na cer­teza de que o nome de Nosso Senhor Jesus-Cristo está empenhado em nossas mãos.

Do cap. 27 do livro Religião dos Espíritos,
de Emmanuel,
psicografada de Francisco Cândido Xavier.
Foto: Alguns participantes da atual Diretoria: Em primeiro plano - Walter, Cidália, Sueli e Dona Graças; em segundo plano - Wellington, Claúdia, Cátia e Generosa. Gestão 2009/2012.

Um comentário:

  1. Muito linda esta pagina da Casa do Caminhos, gostaria quando alguem ler esta mensagem, me mandar noticias sobre a Sueli Pereira de Andrade, se der passar meu email para ela que coloco a seguir. (jocesam@gmail.com)ficarei muito grato. César

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