terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

“Sermão do Monte” Djalma M. Argollo

“Sermão do Monte” (Mt 5, 1-12).
A função precípua do Espiritismo é resgatar o Cristo Galileu, na beleza dos seus ensinos, completamente desataviado dos perfunctórios e dispensáveis cessórios criados por homens ambiciosos e fanáticos, para referendarem suas paixões indignas e degradantes.

O Sermão do Monte: síntese dos ensinos de Jesus.

O Sermão do Monte é a espinha dorsal do Cristianismo.

Representa uma síntese magistral dos ensinos de Jesus, a Carta Magna da Civilização Cristã que um dia será implantada na Terra.


Pensadores ilustres, daqui e dAlém, manifestam-se compreensivos ante a “Boa Nova” do Cristo: “O Evangelho não é o livro de um povo apenas, mas o Código de Princípios Morais do Universo, adaptável a todas as pátrias, a todas as comunidades, a todas as raças e a todas as criaturas, porque representa, acima de tudo, a carta de conduta para a ascensão da consciência à imortalidade”
“O Evangelho é o método de harmonização universal; nele, como em nenhuma outra parte, transparece a Divindade na poesia sublime do Seu Amor – Pietro Ubaldi


O Evangelho de Jesus é, portanto, o aprendizado na Terra, para se atingir os planos superiores do céu. Divulgá-lo, levando-o ao palácio ou à palhoça, ao crente ou ao ateu é tarefa nobre de solidariedade humana.


No Mundo Espiritual Superior, a importância do Espírito está na razão direta da sua adesão aos princípios da Lei Divina ou Natural e, por via de conseqüência, sua insignificância se patenteia na inversa do seu distanciamento deles.

Não adianta ao espírita o simples conhecimento doutrinário e do Evangelho sem a respectiva prática, pois muitas pessoas, tanto no passado quanto no presente, apresentam vasta erudição no campo dos ensinos transcendentes, mantendo, todavia, uma conduta incompatível com o seu saber.

Somente a vivência dos princípios superiores destaca o crente da massa amorfa dos seres de pequena evolução moral.

Todos nós estamos presos às conseqüências dos nossos atos, e não nos liberamos sem a devida quitação.

No que se refere à convivência social, o fato de se cultivar a inimizade indica uma aplicação defeituosa da Lei de Amor.

Não cabe ao Espírita cultivar primordial. Todo ato, antes de se realizar, existe como potencialidade na mente de quem o pratica. Sua implementação concretiza o que já foi feito em pensamento. Muitas vezes, a não concretização do pensado pode ser fruto de circunstâncias inibidoras, alheias à vo debitado como tendo sido realizado.

A projeção mental atrai

companhias espirituais de igual vibração, as quais se alimentam do magnetismo, e estimulam a manutenção do estado mental de quem pensa. Naturalmente ninguém está livre de emitir um pensamento indigno. O reconhecimento do fato, e uma atitude imediata de repulsa, é sinal de crescimento espiritual.

A deficiência física, exprime uma opção do espírito, antes da encarnação, de “entrar na vida” em regime de expiação, evitando a reincidência nos erros cometidos, pela ausência dos membros ou funções utilizados para cometer os equívocos que lhe oprimem a consciência.

As restrições sociais, culturais e econômicas são também provações solicitadas, as quais servem para ensinar aos espíritos encamantes o valor dos bens perdidos, dos quais abusaram inconseqüentemente na(s) vida(s) anterior(es).

Em casos extremos, a Lei impõe limitações aos espíritos contumazes no erro, quando da reencarnação.

A caridade representa a materialização do sentimento fraterno, devendo ser exercida em qualquer circunstância, desde a simples esmola até os atos mais nobres.

O desprendimento significa abdicação dos grilhões da posse.

Não pode o Espírita se aproveitar da necessidade alheia para auferir lucro, emprestando a juros. É uma pratica imoral, um roubo, pois o agiota se aproveita da dificuldade, ou irresponsabilidade, para roubar o infeliz que lhe caia nas garras.

O Espírita tem obrigação de socorrer quem esteja em necessidade real, mesmo que possa não receber de volta o empréstimo.

A perfeição, resultante do pleno desenvolvimento intelectual e moral, é meta a ser perseguida tenaz e perseverantemente.

Quando Jesus põe Deus como modelo a ser imitado, está a nos convidar a um progresso contínuo e infinito, pois, como adverte o Livro dos Espíritos, entre o Criador e a criatura existe uma distância impossível de transpor, mas, à proporção que evoluímos, o nosso conhecimento da divindade cresce, igualmente.

Vale ressaltar que a busca da perfeição não implica perfeccionismo, o qual significa um desvio psíquico que deve ser evitado, ou corrigido, pois é, além de prejudicial, profundamente antipático e gerador de dissensões e atritos.

Foto: Pessoas em visita a Casa Transitória, realizam preces com os Idosos, tornando a tarde mais saudável e agradável sob a égide dos ensinamentos de Jesus.


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