VIVER
COM SERENIDADE
No
tumulto, que ruge desenfreado, precata-te na serenidade.
Ante o clamor das mil vozes da
anarquia, que engrossa as fileiras da alucinação, mantém-te em serenidade.
Sob as tempestades da dor
generalizada ou a coerção de aflições que pressionam, preserva a serenidade.
No meio do vozerio, que reclama e
blasfema sob falso fundamento de justiça ou não, vive com serenidade.
Na conjuntura de expectativas malsãs,
ante o desalinho que se faz lugar comum, insiste na serenidade.
Porque todos se descontrolem,
ameaçando a harmonia geral, não percas a serenidade.
Serenidade em qualquer situação.
Serenidade com Deus.
Certamente não é fácil uma atitude
pacifista quando se enfrenta a agressão asselvajada.
Sem dúvida é um desafio sustentar o
equilíbrio sob o açodar da violência primitiva.
Ninguém nega a dificuldade em
permanecer com nobreza em meio às viciações que grassam, dominadores.
Quem, no entanto, conhece Jesus, tem
um compromisso com a serenidade de que Ele deu mostras em todos os transes da
Sua vida.
A identificação com o Mestre impõe a
consciência do discernimento em meio à malversação dos valores que se
desatinam, em desconcerto.
A afinidade com o Cristo reveste o
indivíduo de fortaleza moral para permanecer no posto fiel da paz.
Ninguém se justifique em face das
armadilhas em que tomba.
Ninguém se escuse do esforço que deve
envidar, preservando a integridade.
Ninguém procure desculpas para tombar
no redemoinho das paixões dissolventes.
Os mecanismos de evasão fazem-se uma
atitude cômoda, amolentada, diante das dissonantes composturas morais que se
estabelecem na Terra com o beneplácito dos cristãos...
A serenidade em tudo, caracteriza o
amadurecimento do Espírito na forja dos testemunhos, disposto, realmente, a
atingir o ponto final da sua difícil trajetória.
Só uma decisão finalista e
argamassada no desejo honesto de não cair, de não desistir, de não
asselvajar-se, leva o homem ao planalto da serenidade, em que o Mestre aguarda
todos quantos se candidatam ao Reino.
Considerando a gravidade do momento
que se vive no planeta angustiado, a serenidade é uma eficiente medicação de
emergência para evitar o contágio dos males que predominam nos corações.
Com ela, todos teremos forças para os
cometimentos elevados que a vida nos propõe em forma de testes para o nosso
aprimoramento íntimo. E quando esta serenidade parecer desequilibrar-se, busca
a oração que imana o homem ao Senhor numa sublime osmose, e absorverás o fluido
pacificador que verte do Pai, recompondo-te, para prosseguir.
Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo P. Franco.
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