terça-feira, 3 de abril de 2018


Obsessão

 

1 - Existe relação entre obsessão e correntes mentais?

- Quem se refere à obsessão há de reportar-se, necessariamente, às correntes mentais.

O pensamento é a base de tudo.

2 - Todos temos desafetos do pretérito?

- Inegável que todos carreamos ainda, do pretérito ao presente, enorme carga de desafetos.

3 - Qual a nossa posição, depois de desencarnados, quando não somos integralmente bons, nem integralmente maus?

- Quando desencarnados, em condições relativamente felizes, guardadas as justas exceções, somos equiparados a devedores em refazimento, habilitando-nos, pelo trabalho e pelo estudo, ao prosseguimento do resgate dos compromissos de retaguarda.

4 - Onde somos defrontados com mais frequência pelos desafetos do passado, na Terra ou no Plano Espiritual?

- É compreensível que seja na esfera física que mais direta e frequentemente nos abordem aqueles mesmos Espíritos a quem ferimos ou com quem nos cumpliciamos na delinquência.

5 - Como poderíamos classificar aqueles que em outras existências nos foram inimigos ou de quem fomos adversários e que, no presente, desempenham, na base da profissão ou da família, o papel de nossos companheiros e de nossos parentes?

- São elas as testemunhas de nosso aperfeiçoamento, experimentando-nos as energias morais, quando não lhes suportamos o permanente convívio, por força das provas

regenerativas que trazemos ao renascer. Acompanha-nos por instrumentos do progresso a que aspiramos, vigiam-nos as realizações e policiam-nos os impulsos.

6 - Quando estaremos realmente em paz com todos aqueles que ainda são para nós aversões naturais ou pessoas difíceis?

- Um dia, chegaremos a agradecer-lhes a colaboração, imitando o aluno que, incomodado na escola, se rejubila, mais tarde, por haver passado sob as atenções do professor exigente.

 

7 - Como se transformam os nossos adversários do passado?

- Nos processos da obsessão, urge reconhecer que os nossos opositores ou adversários se transformam para o bem, à medida que, de nossa parte, nos transformamos para melhor.

8 - As sessões de desobsessão têm valor? Em que condições?

- Toda recomendação verbal e todo entendimento pela palavra, através das sessões de desobsessão, se revestem de profundo valor, mas somente quando autenticados pelo nosso esforço de reabilitação íntima, sem a qual todas as frases enternecedoras

passarão, infrutífera, qual música emocionante sobre a vasa do charco.

9 - Em que tempo e situação no podem atingir os fenômenos deprimentes da obsessão?

- Salientando-se que o pensamento é a alavanca de ligação, para o bem ou para o mal, é muito fácil perceber que os fenômenos deprimentes da obsessão podem atingir-nos, em qualquer condição e em qualquer tempo.

10 - É preciso que o obsediado observe a própria vida mental para contribuir para as próprias melhorias?

- Sim. As correntes mentais são tão evidentes quanto as correntes elétricas, expressando potenciais de energias para realizações que nos exprimem direção, propósito ou vontade,

seja para o mal ou para o bem.

11 - Qual o papel do desejo, da palavra, da atividade e da ação no fenômeno obsessivo?

- Cada um de nós é acumulador por si, retendo as forças construtivas ou destrutivas que geramos. Desejo, palavra, atitude e ação representam eletroímãs, através dos quais

atraímos forças iguais àquelas que exteriorizamos, no rumo dos semelhantes.

12 - Quais as consequências para quem se detém em qualquer aspecto do mal?

- Deter-nos, em qualquer aspecto do mal, é aumentar-lhe a influência, sobre nós e sobre os outros.

13 - Qual a relação entre as manifestações do sentimento aviltado e os desequilíbrios da personalidade?

-Todas as manifestações de sentimento aviltado quais sejam a calúnia e a maledicência, a cólera e o ciúme, a censura e o sarcasmo, a intemperança e a licenciosidade, estabelecem a comunicação espontânea com os poderes que os representa, nos círculos inferiores da natureza, criando distonias e enfermidades, em que se levantam fobias e fixações, desequilíbrios e psicoses, a evoluírem para a alienação mental declarada.

14 - O que nos acontece moralmente quando emitimos um pensamento?

- Emitindo um pensamento, colocamos um agente energético em circulação, no organismo da vida – agente esse que retornará fatalmente a nós, acrescido do bem ou do mal de que o revestimos.

15 - Qual a relação entre os nossos pontos vulneráveis e o retorno do mal que praticamos?

- Compreendendo-se que cada um de nós possui pontos vulneráveis, no estado evolutivo deficitário em que ainda nos encontramos, toda vez que o mal se nos associe a essa ou àquela idéia, teremos o mal de volta a nós mesmos, agravando-se doenças e fraquezas, obsessões e paixões.

16 - O que recebemos dos outros?

- Assimilamos dos outros o que damos de nós.

17 - Que imagens reflete o espelho da mente?

- A mente pode ser comparada a espelho vivo, que reflete as imagens que procura.

18 - Qual o nexo existente entre a obsessão e os interesses da criatura?

- A obsessão, em qualquer tipo pelo qual se expresse, está fundamentalmente vinculada aos processos mentais em que se baseiam os interesses da criatura.

19 - As companhias têm influência na obsessão?

- Assevera o Cristo: “Busca e acharás”.

- Encontraremos, sim, os companheiros que buscamos, seja par ao bem ou para o mal.

20 - Qual a solução mais simples ao problema da obsessão?

- Consagremo-nos à construção do bem de todos; cada dia e cada hora, porquanto caminhar entre Espíritos nobres ou desequilibrados; sejam eles encarnados ou desencarnados, será sempre questão de escolha e sintonia.

 

EMMANUEL

 

LEIS DO AMOR

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