quinta-feira, 23 de março de 2017

Bom combate

Reunião pública de 20-1-61
1ª parte, cap. V, item 6
Voltando à Pátria Espiritual, depois da morte, estamos frequentemente na condição daquele filho pródigo da parábola, de retorno à casa paterna para a bênção do amor.
Emoção do reencontro.
Alegria redescoberta.
Entretanto, em plena festa de luz, quase sempre desempenhamos o papel do conviva do cérebro deslumbrado, trazendo espinhos no coração.
Por fora, é o carinho que nos reúne.
Por dentro, é o remorso que nos fustiga.
Vanguarda que fulgura.
Retaguarda que obscurece.
Êxtase e dor.
Esperança e arrependimento.
Reconhecidos às mãos luminosas que nos afagam, muitos de nós sentimos vergonha das mãos sombrias que oferecemos.
E porque a Lei nos infunde respeito à justiça, aspiramos a debitar a nós próprios o necessário burilamento e a suspirada felicidade.
Rogamos, dessa forma, a reencarnação, à guisa de recomeço, buscando a tarefa que interrompemos e a afeição que traímos, o dever esquecido e o compromisso menosprezado, famintos de reajuste.
*
Agradece, assim, o lugar de prova em que te sintas.
Corpo doente, companheiro difícil, parente complexo, chefe amargo e dificuldade constante são oportunidades que se renovam.
Todo título exterior é instrumentação de serviço.
A existência terrestre é o bom combate.
Defeito e imperfeição, débito e culpa são inimigos que nos defrontam.
Aperfeiçoamento individual é a única vitória que não se altera.
E, em toda parte, o verdadeiro campo de luta somos nós mesmos.
 
Emmanuel, do livro Justiça Divina
Estudos e dissertações em torno da obra
“O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec
Francisco Cândido Xavier
Ditado pelo Espírito
Emmanuel
 
 
 
1ª parte, cap. V, item 6
6. Devido às suas imperfeições, o Espírito culpado sofre
primeiro na vida espiritual, sendo-lhe depois facultada a
vida corporal como meio de reparação. É por isso que ele se
acha nessa nova existência, quer com as pessoas a quem
ofendeu, quer em meios análogos àqueles em que praticou
o mal, quer ainda em situações opostas à sua vida precedente,
como, por exemplo, na miséria, se foi mau rico, ou
humilhado, se orgulhoso.
A expiação no mundo dos Espíritos e na Terra não
constitui duplo castigo para eles, porém um complemento,
um desdobramento do trabalho efetivo a facilitar o progresso.
Do Espírito depende aproveitá-lo. E não lhe será preferível
voltar à Terra, com probabilidades de alcançar o céu, a
ser condenado sem remissão, deixando-a definitivamente?
A concessão dessa liberdade é uma prova da sabedoria, da
bondade e da justiça de Deus, que quer que o homem tudo
deva aos seus esforços e seja o obreiro do seu futuro; que,
infeliz por mais ou menos tempo, não se queixe senão de si
mesmo, pois que a rota do progresso lhe está sempre franca.
O CÉU E O INFERNO C A P Í T U L O V Allan Kardec

 

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