segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Apressa a Marcha da Tua Evolução


 
Apressa a Marcha da Tua Evolução

Homem! Irmão, que, como eu, descendes do mesmo Foco Glorioso de Luz!



Alma imortal fadada a destinos excelsos no seio magnânimo da Eternidade!



Apressa a marcha da tua evolução para o Alto nos caminhos do Conhecimento, reeducando o teu caráter aos fulgores do Evangelho do Cristo de Deus!

Cultiva tuas faculdades anímicas no silêncio augusto das meditações nobres e sinceras; esquece as vaidades depressoras; relega os prazeres mundanos que para nada aproveitam senão para excitar-te os sentidos em prejuízo das felizes expansões do ser divino que em ti palpita; alija para bem distante do teu coração o egoísmo fatal que te inferioriza no concerto das sociedades espirituais… pois tudo isso mais não é que escolhos terríveis a dificultarem tua ascensão para a Luz!…



Rasga o teu seio para a aquisição de virtudes ativas e deixa que teu coração se dilate para a comunhão com o Céu… Então, as arestas do calvário terreno que palmilhas serão aliviadas e tudo parecerá mais suave e mais justo ao teu entendimento aclarado pela compreensão sublime da Verdade, pois terás dado abrigo em teu seio às forças do Bem que promanam do Supremo Amor de Deus!…



E depois, quando te sentires afeito às renúncias; quando fores capaz das rígidas reservas necessárias ao verdadeiro iniciado das Ciências Redentoras; quando tiverdes apartado o teu coração das ilusões efêmeras do mundo em que experimentas a sabedoria da Vida, e empolgada se sentir a tua alma imortal pelo santo ideal do Amor Divino – que teus dons mediúnicos se entreabram qual preciosa e cândida flor celeste, para a convivência ostensiva com o Mundo Invisível, despetalando aljôfares de caridade fraterna à passagem dos infelizes que não souberam a tempo se precatar, como tu, com as forças indestrutíveis que à alma fornece a Ciência Imarcescível do Evangelho do Cristo!

Camilo Castelo Branco

Do livro: Memórias de um Suicida, Médium: Yvonne do Amaral Pereira - Federação Espírita Brasileira, página 166.

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